A Ordem dos Nove Reinos - Agents of S.H.I.E.L.D escrita por Jessyhmary


Capítulo 31
"Kleinod Todes"


Notas iniciais do capítulo

Oláa amores!!
Desculpem a falta de capítulos essa semana mas aconteceu algumas coisas complicadas... rs Enfim, agora estou aqui com um capítulo maior e cheio de coisas a descobrir.

P.S.: E que eu passei boa parte do dia escrevendo... rs

Bem, chega de enrolação.

#Boa Leitura!



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Ela a tinha visto.

Presa, encolhida... Fria. Completamente vulnerável em um mundo de gelo. Nas mãos de Loki. Samantha sentia seu coração apertando, tornando-se árido a despeito da frieza que reinava em Jotunheim. Caminhava lentamente, com o frio começando a comprometer sua visão. O vento uivava sobre seus cabelos, bagunçando-os suavemente. Ela parecia ter sido arrebatada para Jotunheim, mas estava bem ali em Asgard. Seu único pensamento era resgatar Maria.

– Sabe que ir até lá é suicídio, não sabe? – Ward a repreendeu, mas sabia que não adiantaria de muita coisa.

– Você não pensaria duas vezes se isso fosse pra me salvar, Grant.

– Não, mas isso é outro caso.

– Não é não. Ela é minha irmã. Assim como eu sou a sua.

– Foi mal... Eu sei, eu sei... – ele desculpou-se, numa careta de arrependimento. – Nós daremos um jeito de salvá-la das mãos de Loki. Mas vamos consultar Odin primeiro!

– Ele vai negar, Grant. Você sabe disso! – ela falava numa expressão tensa, andando de um lado para outro do quarto. – Ele nem mesmo nos deixou voltar para a Terra!

– Mas você sabe que Loki está atrás de nós...

– Grant – Samantha endureceu o semblante e o encarou séria. – Você é menos medroso do que isso. Você enfrentaria metade de Asgard se eu ainda estivesse presa naquele calabouço. Então... Faça isso... Por mim! Eu amo Maria e não vou deixa-la morrer congelada naquele lugar horrendo! Vou com ou sem você!

Ward paralisou por um momento. Os olhos de Samantha estavam cheios de lágrimas, sua voz começando a falhar. Sabia que seu coração já estava ferido por deixar Alan sozinho e agora quase podia sentir a fragilidade da irmã corroendo os seus ossos.

– Não. – ele a segurou pelos ombros, fazendo Samantha olhar em seus olhos. – Você não vai salvar a Hill sem mim.

Ela o abraçou sem dizer uma palavra. Ward nunca a deixaria ir sozinha a lugar algum naquele mundo estranho.

– Nós vamos encontrá-la, Sammy. – ele prometeu, abraçando a irmã. – Não sairemos de lá sem ela, eu te dou a minha palavra.

– Obrigada Grantie – ela pronunciou, enquanto enxugava uma lágrima calada. - De verdade.

– Ótimo – ele suspirou e soltou lentamente os ombros da irmã. – E agora o que faremos?

– Eu meio que tenho uma ideia... – ela deu uma risada e sentou-se na cama – E eu sei de alguém que poderia nos ajudar.

– Aqui? Em Asgard? – Ward franziu a testa. – Sério?

– Bom, na verdade não. – ela encolheu os ombros em desânimo. – Jane está na Terra... Droga! Não tenho os materiais pra construir o radar...

– Radar?

– Bom – ela voltou a levantar-se, não suportando o peso de ficar quieta por dois minutos. – Quando me trouxeram para cá, logo na primeira noite, eu ouvi uns prisioneiros conversando. E eles mencionaram um tipo de amuleto milenar que permite realizar viagens entre os reinos!

– Uau. – ele deu um passo para trás, desnorteado com a informação. – Isso deve estar mais bem guardado do que a Coroa da Rainha Elizabeth.

– Não! – ela falava com empolgação. – Os prisioneiros disseram que uma mulher havia saqueado...

– Então já era!

– Nossa! – ela girou os olhos em volta do próprio eixo e encarou o irmão. – Pode me deixar terminar, por favor?

– Fala...

– Então... Mas essa mulher sofreu uma interceptação quando fugia pelas montanhas vermelhas. O que eu ouvi foi que ninguém levou o amuleto no fim das contas. Nós temos uma chance.

– E como ele funciona?

– Eu sei lá! – ela o olhou com desprazer. – Seria mais fácil se tivéssemos um localizador. É o tipo de coisa que a Foster deve ter no porão de casa. Maria me ensinou um pouco sobre como criar radares utilizando a energia que erradia de objetos poderosos como este.

– Tem alguma coisa que a Hill não saiba fazer? – ele a olhou, incrédulo.

– Ovos mexidos. – Samantha respondeu, apoiando as mãos sobre um móvel de ouro do quarto. – Acredite em mim, ela é a pior do mundo nisso!

– Mas... E sobre o amuleto...

– Okay... Ouvi eles falando que o amuleto funciona por vinte e quatro horas consecutivas, se usado por alguém inexperiente como nós. É o tempo em que salvamos Maria e voltamos pra casa. Pro inferno com Loki e seu plano estúpido! – ela apertava os punhos, quase machucando a palma da mão com as unhas. – Tô cansada disso! Quero ir pra casa, ver meu filho, lutar ao lado da S.H.I.E.L.D. com meu irmão... Quero minha vida de volta! – ela pronunciava resoluta. – E nada nem ninguém vai me impedir!



(...)



S.H.I.E.L.D. 616 Curso atual em andamento. Preparar para a Aterrissagem.

– Informe sua altitude.

– trinta mil pés e diminuindo.

– Pouso autorizado. – May respondia do outro lado da linha, num misto de orgulho e apreensão. – Mantenha o manche estável, piloto.

– Sim, senhora. – Skye respondia num sorriso, usando os óculos de May. – Previsão para aterrissagem em cinco minutos. Já consigo avistar a base.

– Entendido. Iniciando processo de abertura frontal. – May aguardou um pouco na linha. – Onde estão os outros agentes?

No laboratório. Testando alguns brinquedos. – Skye respondia, diminuindo a altitude do avião. – Devo desativar a camuflagem agora?

– Aguarde até que a abertura esteja concluída. Haverá sinalizadores.

Entendido.

May deslocou-se até o estacionamento do Helitransporte. Estacionar um avião daquele porte em uma base helitransportada não era tarefa fácil. Contudo, May sabia que ela podia dar conta. Skye não era uma agente qualquer.

– Pensei que não ia convencê-los. – May a recebia com um sorriso. – Belos óculos.

– Obrigada, encontrei eles na cabine. – Skye parou em frente a piloto em posição de descansar. – Avião entregue, senhor. Sem nenhum arranhão. – ela falava com um sorriso no rosto. – A tripulação se mostrou relutante no começo, mas a piloto manteve tudo sob controle.

– Não fique convencida.

– Foi um bom voo. – Skye insistiu, sorrindo.

– E eu estou orgulhosa. Mas não abuse.

– Sim, senhora.

– E não pense que vai sair pilotando por qualquer motivo.

Sim, mãe. – Skye revirou os olhos em deboche. – Eu prometo.

May apenas balançou a cabeça em sinal de negação, escondendo um enorme sorriso enquanto assistia a garota tirar os seus óculos e a jaqueta de piloto que Fitz havia feito exclusivamente para ela uma semana atrás. Olhando por aquele ângulo, os olhinhos ligeiramente asiáticos, aquele traje de piloto e usando seus óculos, Melinda poderia jurar que a pequena Chloe nunca a havia deixado. Poderia jurar que Skye era a versão 2.0. de sua amada filha, agora sem o gorrinho e as botas para neve.

– May? – Fitz sacudiu uma das mãos em frente aos olhos da asiática, despertando-a de uma espécie de transe.

– Fitz! – May respondeu ligeiramente desconfortável. – O que acharam do voo?

– Eu definiria como “Aterrorizante” nos primeiros cinco minutos. – ele respondeu e a nova piloto fez uma careta com o comentário.

– Medroso! – Skye alfinetou. – Pergunta pra Jemma! Foi super formidável.

– Eu não diria que foi exatamente formidável. – Simmons a corrigiu. – E eu não pronuncio desse jeito!

– Tanto faz – Skye deu de ombros sorrindo. – Eu pilotei bem, ninguém morreu e é isso que importa.

– Vamos para a sala de reuniões. – May interrompeu. – Alan está desenhando há horas.

– Ah, o filho dela está aqui. – Fitz lembrou-se. – Como ele está?

– A cada meia hora ele pergunta pela mãe e pela tia. – May respondeu, guiando-os até a sala de reuniões. – Mas ele é um garoto forte. Só evitem usar os termos “sequestrada” e “outro mundo” perto dele. Pode causar algum... Transtorno.

– Okay. – os três responderam em uníssono.

– Agente May! – Jane Foster estava vermelha quando surgiu apressada de algum corredor. – Você... Vocês precisam ver isso.

May, Skye e Fitz-Simmons a seguiram, todos já quase correndo na mesma velocidade que ela. Em alguns segundos, todos estavam de frente a enormes telas na sala de monitoramento espacial. Um ponto dourado reluzia em um dos painéis, fazendo com que toda a atenção se voltasse inteiramente para ele. Selvig segurava um enorme livro empoeirado enquanto fazia anotações em uma prancheta.

– O que é isso piscando? – Skye perguntou antes mesmo de Jane começar a explicar.

– Apareceu há alguns minutos na tela... E, bem, não temos certeza.

– Que tipo de radiação causa esse padrão espectral? – Fitz aproximou-se da tela e apontou para uma área que aparecia em laranja no painel. – Onde está localizado?

– Em Asgard – Simmons e Foster responderam ao mesmo tempo.

– As leituras batem com as amostras do bastão Berserker. Asgard com certeza. – Jemma reafirmou. – Como estamos recebendo isso?

– A teoria mais provável é a de que Samantha possa ter implantado alguns desse em Asgard quando conseguiu fugir para a Casa de Odin. – Foster formulava, apontando para um instrumento parecido com uma espécie de radar. – Esses radares podem estar transmitindo as imagens através de uma das frestas decorrente do último alinhamento dos reinos.

– O problema... E Bem, esperamos estar errados quanto a isso – Selvig olhava preocupado para os agentes. – Se as imagens estiverem corretas... Encontramos um objeto poderosíssimo que pensávamos estar perdido há milênios.

– Por que eu sinto que algo dentro de mim está me dizendo que isso é encrenca? – Skye perguntou, olhando para o monitor com uma expressão preocupada.

– Por que é. – Jane pegou o livro que estava com Selvig e o entregou a Skye na página em que ele estava lendo. – Pelo menos, é isso que diz o livro.

“Die Ordnung der neun Welten” – Skye pronunciou completamente fora do padrão. – Okay, essa é a hora que usamos o Google. – ela respondeu, procurando a mochila que trazia seu notebook.

– É germânico para: “A Ordem dos Nove Mundos.” Tecnicamente é apenas um conto... Mas dadas as circunstâncias...

– Pode ser mais clara, doutora? – May perguntou, começando a perder a paciência com a demora.

– Aqui diz que existe uma lenda... Sobre a Ordem e o Caos. Há centenas de milhares de anos existia esse fruto, escondido na parte mais escura do pomar sagrado dos Aesir. Era um fruto muito poderoso, gerado espontaneamente no ventre da lendária Yggdrasil. Foi forjado no seu interior por milhares de anos até que um dia floresceu. No dia em que seu fruto atingiu a maturidade, o galho que o abrigava murchou instantaneamente e foi transformado em pó. O jardineiro que rondava aquela parte do jardim foi brutalmente modificado ao entrar em contato com o fruto e em seguida desapareceu por uma espécie de portal. Ele nunca mais foi visto.

– Que raios de fruto era esse, gente? – Skye ouvia assustada, enquanto digitava alguma coisa na pesquisa do Google.

– Os Vickings o nomearam de "Kleinod Todes", devido ao seu poder de destruição. – Selvig respondeu.

– “Gema da Morte.” – Fitz traduziu, sem tirar os olhos do painel.

– Todo mundo fala alemão aqui, menos eu? – Skye perguntou, incomodada.

– O que mais? – May suspirou, enquanto olhava Alan pelo vidro da sala de reuniões.

– O fruto então, passou a ser temido por todos e foi banido para as Montanhas Vermelhas pra que não pudesse causar danos a mais ninguém. Passaram-se mais outros milênios até que o fruto se partiu e sua semente foi liberada e dividida pela metade, num evento espontâneo. Temendo que algo ruim acontecesse, Odin decidiu separar as duas metades da semente. Uma ele enterrou, explodindo uma montanha inteira para isso. A outra foi levada por uma raça que o livro define como: “Cavaleiros Azuis.” Mais alguns milênios e uma crosta resistente se formou ao redor das duas sementes, conferindo uma aparência cristalizada a elas. Uma delas tornou-se amarelada pelo desbotamento da cor da areia das Montanhas Vermelhas...

– Que no caso, é essa que está brilhando no painel. – Skye concluiu.

– Precisamente. – Selvig confirmou.

– E a outra tornou-se azulada, influência de seus guardiões. As duas sementes seriam a Ordem e o Caos. Diretamente ligadas ao Padrão que rege os Nove Reinos. – Foster concluiu.

– Não sabemos o que essa semente faz. Mas ela resistiu a mais tempo do que possamos imaginar. Seu poder provavelmente tem se acumulado durante todos esses anos... Não sabemos o que isso pode fazer hoje em dia... – Fitz divagou.

– Mas se cair nas mãos erradas... – May iniciava uma teoria. – Samantha e Hill...

– Oh, que dia! – Skye interrompeu com sarcasmo. – Você vai querer avisar ao Coulson?

– Eu meio que preciso avisá-lo, Skye.

– O que nós vamos fazer agora? – Jemma perguntou, entrelaçando as mãos. – Isso está prestes a se tornar um evento de ordem global!

– Alguém chamou por reforços?

Todos se viraram ao mesmo tempo em direção à voz que adentrou a sala repentinamente. Skye não conseguiu manter seu queixo erguido.

– Capitão Rogers, se apresentando para o serviço.




CONTINUA...


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Notas finais do capítulo

Nossa... Isso vai ser louco...

#Itsallconnected #StandWithSHIELD! :)



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