A Ordem dos Nove Reinos - Agents of S.H.I.E.L.D escrita por Jessyhmary


Capítulo 25
Manhattan


Notas iniciais do capítulo

Olá amores!! Estou tãaaaao animada para o retorno de SHIELD, cara... AAHH!!! hahaha
Olha, vou deixar de conversa e deixar vocês lerem... Amei esse capítulo... rs

#BoaLeitura! :)



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– Esse lugar é o paraíso – Ward não pôde deixar de comentar, ao sentir seu corpo acordando, regenerado. – Tem certeza que quer mesmo ir embora daqui?

– Claro que tenho, Grant! – Samantha já estava bem acordada e penteava os cabelos loiros, com uma espécie de escova que havia encontrado numa gaveta. – Diferente de você, eu ainda tenho pessoas que se importam comigo me esperando na Terra.

– Tipo quem? A Hill? – Ward não falava com raiva, apenas desafiando a irmã. – Acho que ela é a única pessoa que está lhe esperando nesse momento.

– Não, Ward – ela parou de pentear o cabelo e segurou a escova com as duas mãos. – Ela não é a única que está me esperando.

Samantha permaneceu imóvel, quase fazendo carinho no objeto que segurava em suas mãos. Ela contara muitas coisas para o irmão, mas uma delas escondera dentro de si. Não sabia ao certo o porquê, mas Sammy se calara. Talvez uma parte dela não queria supor o pior, e pronunciar em voz alta faria aquilo se tornar ainda mais real do que já era.

– Eu sei que fui um idiota – ele interrompia os devaneios de Samantha. – Mas não precisa me lembrar disso sempre que tem uma chance.

– Olha, me desculpa, tá? – Samantha agora parecia estar bem alterada. – Eu não queria lembrar disso, não queria lembrar daquela droga de fazenda e não queria lembrar que eu passei metade da minha vida sem acreditar que havia perdido o meu irmão gêmeo! Ward, que droga! Se não fosse pela Hill, eu... Eu...

Ela sentou-se na cama novamente e engoliu o choro. Ele não precisava ouvir aquilo e Samantha detestava chorar na frente dos outros. Apenas tomou fôlego novamente e continuou a escovar o cabelo como se aquela pequena discursão não tivesse acontecido.

– Eu falei alguma coisa que...

– Não, Grantie. – ela voltava ao tom de voz normal. – Eu estou bem.

Mas ela não estava bem. Nem um pouco bem. Nem mesmo perto de bem.

Mais um amanhecer confuso. Havia alguns dias que estava em Asgard e sua cabeça parecia que ia explodir. Parecia que o tempo ficara meio maluco ao adentrar aquela outra dimensão. Samantha não sabia ao certo quantos dias haviam se passado desde que ela havia sido arrebatada de sua casa, mas parecia uma eternidade. Sete dias que haviam se tornado sete anos.



* Nova Iorque, uma semana atrás.



– Sim, Barbara – Samantha caminhava pelas ruas iluminadas de Manhattan, levemente distraída. – Eu já verifiquei isso com a Hill.

– Quando você falou com ela?

– Não sei ao certo... Tem alguns dias já.

– Devia ligar pra ela hoje.

– Hoje não dá, Bobbi – ela olhava o relógio de relance, enquanto atravessava a avenida. – As coisas da mudança acabaram de chegar e o Alan está em casa me esperando... Eu amo Maria, mas... Hoje não dá. Hoje é meu dia de folga.

– Tudo bem, Samantha... Encare a fera na segunda-feira, então.

– Eu vou encarar – ela apertou a sacola de compras e parou quando viu o segundo sinal fechar. – Maria vai me entender, cara... Eu praticamente acabei de chegar a Manhattan. Não que eu não conheça a cidade com a palma da mão, mas eu nunca morei aqui antes. Só visitei a cidade umas quinhentas vezes nas missões.

– Tudo bem, você que sabe. – Barbara não aprovou, apenas percebeu que não adiantaria discutir com ela. – Boa sorte com a mudança. Manda lembranças pro Alan.

– Obrigada, Bobbi... Mando sim – ela sorriu ao avistar a sacada da sua nova casa. – Ele reclamou essa semana porque você nunca mais veio nos visitar.

– Você sabe como é. Acabei de voltar pra S.H.I.E.L.D, Sam... Preciso mostrar um pouco de serviço antes de pedir férias ao novo Diretor.

– Philip Coulson, certo?

– Esse mesmo. Você devia falar logo com a Hill sobre entrar definitivamente para a S.H.I.E.L.D.

– Eu sei – Samantha deu uma pausa e voltou a ficar séria. – Mas eu ainda posso ser muito útil como infiltrada, Bobbi. – ela cerrou os dentes, determinada. – A HIDRA não se meteu apenas com a S.H.I.E.L.D. Isso tem muito a ver com o meu passado.

– Como assim?

– Prefiro não falar a respeito, okay? Nem a Hill sabe sobre isso...

– Não tô mais nem aqui – Barbara aliviou a barra para ela. – Mas você vai ficar bem, não vai?

– Claro que vou, Morse. Eu sempre fico bem.

– Boa noite, então. Até segunda.

– Até.

Samantha desligou já na calçada da sua casa e já passava das dez horas da noite quando viu um enorme feixe de luz azul se materializando na sua frente, tomando a forma de um ser que definitivamente não pertencia ao planeta Terra. O manto em tons de verde, o elmo, o cetro chitauri. Ela conhecia muito bem aquele rosto.

– Loki! – ela exclamou com os dentes cerrados e deu um passo para trás, levantando os punhos na direção dele. – O que você quer aqui?

– Oh não, querida – ele aproximou-se dela e segurou os seus braços. – Eu não vim lutar com você. Até porque isso seria ridículo – ele deu um sorriso sarcástico. – Você só vai pagar uma certa dívida à HIDRA.



(...)



Naquele momento, Samantha entendia como tudo aquilo fazia todo o sentido do mundo: Loki apenas a queria como um incentivo para Ward fazer o que ele havia mandado, o que a deixava cada vez mais amedrontada com o fato de terem fugido das celas. A todo instante, sua cabeça imaginava o que viria a seguir.

Ela sempre soube sobre a HIDRA, não era boba nem nada. Apenas não havia revelado a Maria que sua família mexia com esses negócios. Havia se passado muito bem na frente de Ward, afinal, a vida lhe ensinara a não confiar muito nas pessoas, principalmente nas da sua família. Ela pesquisava tudo silenciosamente, aprendendo um pouco em cada lugar. Samantha odiava tanto a HIDRA que faria qualquer coisa para acabar com aquela seita diabólica, incluindo principalmente, levar a vida de agente-dupla.

– Samantha? – a voz forte de Thor adentrava os aposentos mesmo que ele estivesse do lado de fora do quarto. – poderia vir até a Grande Sala, por favor?

– Sim, só um minuto.

A garota pôs-se de pé e apressou o irmão. Em menos de um minuto, os dois saíam do quarto.

– Você volta para os seus aposentos – Thor olhou sério para Ward. – O que temos aqui é somente para a garota de longos cachos.

– Tudo bem, não precisa mandar duas vezes. – Ward voltou para o quarto sem questionar.

– Samantha – Frigga dirigiu sua doce voz até a garota. – Alguém muito especial quer falar com você.

– Quem?

De um instante para outro, um anel cor de Rubi começou a brilhar mais intensamente sobre a mesa. Ela nem mesmo havia o notado ali, mas o brilho ficou tão intenso que ela precisou afastar-se um pouco da mesa para ver a imagem que se formava como um holograma partindo dele.

– Samantha? – uma Hill meio embaçada aparecia na imagem, fazendo a garota tapar a boca de um susto.

– MARIA?! – Sam esqueceu o quanto aquela luz doía nos olhos e voltou a aproximar-se do holograma, como se isso significasse se aproximar de Hill. – É... É VOCÊ?!

– Claro que sou eu, Miss. Impossível! – a morena respondeu com a voz trêmula.

Samantha imediatamente se esquecera de sua regra sobre não chorar na frente das pessoas e caiu de joelhos, enterrando o rosto entre as mãos. Maria, do outro lado, só não fez o mesmo porque estava sentada, quase por cima da mesa do escritório, também com o rosto completamente molhado.

– Maria! Maria!

Samantha agora só conseguia soluçar, falando o nome dela. Definitivamente a loira não estava muito bem emocionalmente para receber uma surpresa dessas.

– Eu estou bem aqui, meu anjo! – Hill respondia do outro lado, quase engolindo o holograma. – Nós estamos trabalhando em um jeito de te trazer de volta e punir o desgraçado que te levou para aí.

– Loki – Samantha tentou segurar o choro para explicar o que estava acontecendo, afinal o cristal só funcionaria por nove minutos e depois precisaria recuperar sua energia, já que comunicar-se com outros reinos não era uma tarefa nenhum pouco simples. – Loki está por trás disso tudo! Ele quer alguma coisa da S.H.I.E.L.D... Ele deve saber que eu...

– O que você acha que ele está procurando, Sam? – Hill perguntava ofegante, ainda enxugando o rosto molhado.

– Alguma coisa que seja capaz de mexer com a Ordem dos Nove Reinos... Ele quer destruir a barreira que separa os Reinos e tocar o terror no Universo... Pelo menos foi isso que eu entendi...

– E por que ele te levou pra aí, meu amor?

– Eu não sei ao certo, eu acho que... – Samantha foi interrompida por um pressentimento nada agradável. – Maria... Só temos mais um minuto, okay? Presta atenção!

– Pode falar, meu anjo.

– Alan... Eu não sei como ficou depois de toda loucura... Não sei a quanto tempo eu estou aqui... Ele deve estar louco, confuso... Por favor...

– Pode deixar, querida...

– Encontre-o o mais rápido possível, Maria! Se Loki descobrir que nós fugimos ele pode ir atrás dele...

“Fugimos?” – Hill não pôde deixar de notar. – Samantha? Está me ouvindo? – A transmissão começava a falhar. – Alguém... Est-tá co-om vo-ocê?

– Maria? – Samantha assistia a imagem de Hill se desfazendo e sua voz sendo interrompida pela sobrecarga do cristal vermelho. – Hill, pode me ouvir?

– Samantha, querida – Frigga tocou o ombro dela ternamente. – A transmissão foi encerrada. Agora o cristal levará exatamente nove dias para se fortalecer novamente.

– Não podem somente nos levar para casa? – Samantha a olhou quase voltando a chorar, tentando apelar para a sensibilidade de Frigga. – Não quero parecer mal agradecida, mas acho que já os convencemos de que somos inocentes.

– Você sim. Mas seu irmão ainda levanta suspeitas. – Thor interveio, antes que a mãe fosse convencida por Samantha. – Além disso, se o que disseram for mesmo verdade, vocês estão correndo mais perigo do que os outros, já que sabem dos planos de meu irmão.

– Tudo bem... Preciso falar com meu irmão agora, tudo bem?

Samantha voltou para o quarto, sem saber ao certo se aquela chamada havia melhorado o seu humor ou apenas acentuado a saudade que ela sentia de sua vida normal. Sentou-se na cama quase que roboticamente e permaneceu olhando para o vazio, como se seus olhos não estivessem enxergando absolutamente nada.

– Grant... Eu... Tenho algo pra te contar.



(...)



Maria ainda estava com o coração acelerado, mas o comando da irmã mais nova a fez retornar de seu transe profissional. Agora ela tinha uma missão quase tão urgente quanto descobrir o Loki queria: Encontrar Alan.

– Agente Morse – Hill não estava muito a fim de pagar pra ver. – Varri as comunicações do celular da Samantha e vi que foi a última a falar com ela.

– Como assim, "última"?

– Samantha foi levada para Asgard.

– ELA O QUÊ?! – Barbara praticamente gritou do outro lado do telefone. – Mas o que...

– Presta atenção, Harpia! – O comando da morena voltou a parecer com o seu tom usual.

– Quero que envie as coordenadas do último endereço dela para o GPS da base E.A.R.T.H. Imediatamente – ela ordenava, enquanto encarava May que já havia substituído o piloto do Helitransporte.

– É pra já, chefia! – a loira começou a digitar mais que depressa no seu palmtop. Mas me diz uma coisa... Você não sabia pra onde ela estava se mudando?

Hill engoliu em seco, mas não deixou que aquilo a distraísse.

– Algum lugar em Nova Iorque... A garota assinou o contrato em cartório... Levaria no mínimo uma hora para que a Skye quebrasse o protocolo de registros do... Mas que diabos, Harpia! Você sabe que quando a Samantha quer encobrir um rastro...

– Ela consegue – Bobbi daria uma risada se não estivesse tão preocupada com a situação. – Okay, estou mandando as coordenadas em três, dois... E um! Prontinho.

Helicentro de Comando, protocolo 572B. Nova rota solicitada – A voz robótica aparecia piscando no painel. – Alterar curso de voô?

– Positivo – Melinda respondia, encarando o monitor enquanto colocava os óculos escuros.

– Protocolo 572B. Novo curso em execução.

– Ótimo – Hill suspirou apenas para aliviar a tensão. – Alan... Por favor, esteja lá...


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Notas finais do capítulo

Ops... Prevejo encrenca... E vocês, o que acham?

#itsallconnected #StandWithSHIELD! #23thSeptember #5DAYS!!!! YEAAHH!!



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