Incest escrita por Cah Stilinski


Capítulo 6
Um incidente na casa da árvore


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem e me perdoem por demorar pra postar



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Acordei só no outro dia com o sol batendo em meu rosto, eu dormi exatamente 15 horas seguidas. Sentia que possuía energia para ficar acordada pra sempre. Tomei um belo banho, coloquei uma calça jeans e uma blusa preta e desci. Olhei no relógio e eram 6:30 da manha. Jace estava deitado no sofá e a casa não aparentava ter sido vitima de uma festa há um dia. Ele estava descoberto então o cobri e fui para a cozinha tomar uma vitamina.

Peguei meu copo e me sentei no mesmo balcão onde beijei Victor, e através da janela vi o mesmo lugar onde Jace e melissa estavam conversando e também vi a tal casa da árvore. Olhei para Jace no sofá e ele aparentava estar em sono profundo.

Fui até o quintal e subi pela escada enferrujada até a casinha feita de madeira em cima da arvore. Tinha uma portinha pequena onde precisei ficar agachada para entrar. Lá dentro era maior do que aparentava ser, tinha brinquedos velhos de um lado, e garrafas de bebida e um narguile do outro.

Fui para o lado dos brinquedos e comecei a observar a enorme coleção de carrinhos na prateleira. Atrás de um dos carrinhos tinha um rabisco quase indecifrável de longe. Quando me aproximei consegui ler, escrito com uma caneta rosa, com o pingo do “i” em forma de coração, estava escrito Melissa. Me imaginei com raiva mas não consegui conter um sorriso, era tão a cara dela. Então imaginei duas crianças loiras com as bochechas avermelhadas se beijando naquela casa da árvore tão bem feita. O primeiro beijo de Jace com certeza foi melhor que o meu, eu ri. E por um momento me vi triste por não ter tido a oportunidade de crescer com Jace como uma irmã. Por não ter compartilhado coisas que só irmãos fariam.

Irmãos não se beijariam numa hp qualquer, irmão se reconheceriam em uma festa, e não transariam a noite em quanto os pais dormem. A verdade é que não dá mais para recuperar todos os anos perdidos, e eu não consigo mais ver Jace como um irmão, e a culpa com certeza não é minha.

Distraída em meus próprios pensamentos só notei que Jace estava vindo depois do ranger da porta.

–O que faz aqui?- Perguntei.

–Eu que te pergunto - Disse ele – O que faz você, aqui?

–Queria ver à tão famosa casa da arvore. Algum problema?

–Nenhum. - Ele se sentou ao meu lado. – Ta brava por ontem?

–Brava? Só por que você gritou, me humilhou e me impediu de ficar com o Victor? Não!

–É sério Clary, me desculpe.

–Ah não, pode parar. Desculpas não resolvem nada, é uma palavra tão inútil! É como matar alguém e depois pedir desculpas aos parentes desse alguém.

–Você é uma pessoa muito trágica!- Jace revirou os olhos. – Eu estava bêbado...

– Ta bom Jace! você estava bêbado, grande desculpa essa. – Eu disse e me levantei indo em direção a porta.

Logo quando fui me abaixar para passar pela mini porta Jace me puxou pelo braço fazendo com que ficássemos cara a cara. Ele colocou as mãos na minha cintura me puxando para perto. Pronto, pensei, estou ferrada. As minhas pernas estavam bambas e eu não estava conseguindo resistir ao fato de querer beijá-lo. Tentei me afastar, mas foi uma tentativa falha pelo fato de estar exprimida a parede de madeira e ele estar me segurando com força. Então quando ele me puxou para perto foi a minha ultima tentativa de desviar do beijo, outra tentativa falha. Nos beijamos.

Um beijo quente, que superou todas as minhas expectativas com o Victor, superou tudo. Em meio segundo de beijo eu estava sem ar e um pouco ofegante. Ele me puxou para o outro canto da casa da arvore onde tinha garrafas vazias de bebida limpando o caminho com os pés. A casa da arvore parecia menor agora, de modo que só eu conseguia ficar em pé sem ter que me abaixar, já Jace ficava com a cabeça um pouco curvada na exata posição que ele ficava para me beijar. Logo estávamos no chão, ele sentado com as costas na madeira fria e as pernas esticadas, eu em cima de suas pernas o beijando. Jace começou a puxar a alça da minha regata quando a minha sanidade gritou meu nome e eu me afastei. Não era certo. Cheguei perto da sua boca e murmurei.

–Sexo não é a solução pra tudo!- E então me virei indo pra porta.

–Não pra tudo, só grande parte dos problemas. – Disse Jace atrás de mim.

Quando tentei abrir a mini porta numa tentativa falha o desespero tomou conta de mim. Tentei de novo, e de novo, e nada da porta abrir.

–Estamos presos aqui!- Gritei.

–Como?- Jace disse e então me empurrou de perto da porta tentando abri-la. – Ai que ótimo, a maçaneta deve ter caído por causa do vento.

– E agora?- Suspirei.

–Agora é esperar a empregada vir amanhã para abrir, hoje é a folga dela.

–Mas o papai não chega hoje?- Perguntei.

–Ele me mandou uma mensagem hoje de manhã, só voltará semana que vem. Ah, ele te mandou um beijo.

–Que ótimo!- Resmunguei e me sentei no canto da estupida casa da arvore.

Jace se sentou no outro canto me encarando.

–Aposto que o sexo não te parece uma opção tão ruim agora.

–NEM COMEÇA!- Falei em resposta.

*

Era meio dia e lá estávamos nós presos na estúpida casa da árvore bebendo cerveja velha e quente da festa.

–você podia ligar pra algum amigo não?- Perguntei.

–Ao menos que seja a Melissa, que tem a chave de casa, não.

–Ai que ódio, isso é tudo culpa sua!- Resmunguei.

–Minha? Por quê?

–Por que se não tivesse entrado eu não teria demorado pra sair e a porra da maçaneta não teria caído.

–Se não fosse tão curiosa nem estaria aqui dentro.

– E se não fosse tão enxerido não teria me seguido!- Revidei.

–Ta bom, a culpa é nossa. - Ele disse por fim.

Passaram-se mais quinze minutos de puro silêncio, apenas com os barulhos dos grandes goles que eu dava na cerveja.

–Por que ficou bravo por me ver beijar o Victor ontem?- Perguntei quebrando o gelo.

–você é minha irmãzinha, estava te protegendo.

–Pode me dar uma razão real? Por que me considerar como irmã é uma das ultimas coisas que você me considera.

–Quer que eu te considere como? A garota gostosa que é filha do meu pai?

–Jace! É sério! Estava com ciúmes?- Sorri.

–Não, é que... Ah sei lá, só não quero imaginar você vivendo outros amores por ai. - Ele disse e deu um longo gole na sua garrafa.

Dei um sorriso bobo.

–Então eu não posso ficar com você e também não posso ficar com mais ninguém? Isso me parece injusto! – Falei.

–Não disse que a vida era justa querida, e também não disse que você não pode ficar comigo.

–Ah é, isso quem disse não foi você, só a justiça, e os católicos e sei lá mais quem. – Eu dei um riso fraco.

–Não ligo pra nenhum deles! – Disse Jace, ele então se levantou e se sentou ao meu lado. - Um brinde pra opinião de merda dessas pessoas.

E então brindamos.

*

Eram três horas da tarde, já tínhamos bebido quase todas as garrafas presentes no local, eu estava deitada no colo de Jace contando as estrelas amarelas que brilham no escuro coladas no teto da casa da arvore e ele resmungava alguma canção de um comercial antigo.

Algo me dizia que eu estava muito bêbada, pois tinha contado o total de 325 adesivos, o que não era possível já que o teto era minúsculo.

–Como é possível ser três horas da tarde e eu estar nesse estado?

–Falta do que fazer e também a grande capacidade de resistir ao Jace. E talvez também a bebida quente. – Respondeu Jace.

–Que horas a caralhuda da empregada chega? – Falei brava.

–As 7 horas da manhã, de amanhã.

–Af!- resmunguei.

–Tem certeza que não quer que eu ligue pra Melissa?- Jace perguntou.

–Não! Ela vai ficar pensando coisas inapropriadas. E também vai pensar que eu tô tentando roubar você dela.

–Me roubar dela? Quem foi que disse que eu sou dela?- Jace perguntou confuso.

–você, quando a deixou assinar no seu corpo com aquele batom vermelho.

–Ela não assinou nada!

–Não, ela só beijou todo seu corpo com um batom super forte e chamativo!- Falei de bico.

–Quem está com ciúmes agora ein?- Jace sorriu, um sorriso lindo por sinal.

–Eu só não quero imaginar você vivendo outros amores por ai. – Falei e me sentei levantando do colo dele.

–Se não quer que eu te beije tem que parar de dizer essas coisas pra mim. - Ele falou me encarando.

–Foi você que começou. - Sorri e deitei a cabeça em seu ombro.

*

Três horas da manhã, a porra da casa da arvore não tinha luz, a cerveja tinha acabado, eu estava completamente bêbada e meus lábios estavam implorando pelos de Jace.

Ele estava deitado ao meu lado, estávamos usando um bicho de pelúcia antigo como travesseiro e o casaco dele me servia de cobertor.

–Clary.- Ele murmurou.

–Oi?- Perguntei baixinho.

–Eu estou com frio- Ele deu um riso fraco.

–Eu já te devolvo seu casaco. - Falei me sentando e retirando ele das costas.

–Mas eu não quero o meu casaco. – Ele murmurou.

–Quer que eu brote com um aquecedor aqui?

–Não, para de ser boba. – Ele disse e então me puxou fazendo com que eu me deitasse em cima do seu peito, com o casaco cobrindo nós dois. –Assim está bom.

E ficamos assim abraçados por um longo tempo, e eu acho que adormeci, ou apenas entrei em transe com a sua voz rouca no meu ouvido. “Eu não conseguia ouvir mais nada no mundo além de você. E, naquele momento, estava tão frio e tão silencioso… E eu te amava tanto.”


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Notas finais do capítulo

Fim do capitulo com um trecho do João verde p vcs ♥