Aprendendo a amar escrita por Laura Luchesse


Capítulo 2
Sorrateira


Notas iniciais do capítulo

Aí vai mais um capítulo... eu gostaria de saber a opinião de vocês sobre a história, se acham que as outras meninas deviam aparecer mais e tal...



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Depois da cerimônia de apresentação tivemos o jantar, estávamos todos em volta de uma mesa enorme, não sei se eu era a única a perceber isso, mas o príncipe nos encarava com um olhar curioso, praticamente entretido com algo em cada uma nós.
Pelo menos eu estava com muita fome, não comia nada há um bom tempo, e o banquete era completamente abundante, nunca havia visto nenhuma mesa de jantar como aquela desde... Na verdade acho que eu nunca havia visto uma mesa como aquela. Naquela mesa havia mais comida do que eu jamais havia visto em toda minha, acho que nenhuma de nós jamais havia visto tanta comida.
Depois de quase uma hora o jantar havia acabado. Eu e as outras garotas fomos direcionadas para nossos quartos, quando uma das criadas me levou até meu quarto, eu estava curiosa, não sabia o que esperar.
Assim que entrei no quarto, fiz o possível para parecer normal, mas não se consegui não parecer surpresa. O quarto era enorme!
As paredes eram completamente brancas, as janelas era grandes e as cortinas eram douradas como ouro. Os lençóis da cama eram de seda da mesma cor das cortinas, tudo naquele quarto era muito iluminado. Tudo aquilo era um tipo de contraste de branco e dourado. O quarto parecia maior do que toda a minha casa, isso me fez sentir um pouco surpresa sobre o quanto a realeza tinha de superior comparado à nós.
Mesmo com toda aquela beleza, não consegui pregar o olho de noite. Minhas criadas foram dispensadas e eu estava sozinha na escuridão. Pensei um pouco e decidi dar uma volta. É claro que não seria adequado, afinal deveríamos ficar trancafiadas até segunda ordem, mas eu era muito boa em me esconder e quebrar regras. Era silenciosa e sempre dava um jeito de escapar.
Calcei minhas pantufas e abri a porta com cuidado. Espiei por uma greta, e quando notei que não havia ninguém, desci as escadas sorrateiramente. Decidi procurar por uma daquelas salas misteriosas que sem viam em filmes, não que eu já tenha visto muitos em minha vida.
Alguns corredores eram vigiados por guardas, e eu tinha que desviar meu percurso desses. Acabei indo para a biblioteca. Estava escuro lá, e meus passos pareciam ecoar. O teto abobadado era muito alto, e bordado com pinturas góticas. Era lindo. Parecia uma igreja, mas repleta de estantes com livros.
Nenhum me interessava. Fui até a lareira para me aquecer, e foi quando percebi que ela não emanava calor algum. Pelo contrário, era até fresca. Sem muita convicção, coloquei minha mão no fogo, e nada aconteceu. Obsevrei a estrutura da lareira. Era preta, uma espécie de mármore, e havia dois leões também de mármore em cada uma das estremidades. Notei que eles pareciam estar pregados no chão por uma espécie de alavanca.
Empurrei os dois rumo ao chão simultaneamente, e me sobressaltei ao ver que o piso da lareira estava afundando. Uma passagem secreta!
Olhei atentamente antes de descer. Era uma escada íngrime, como aquelas de bombeiros. A parede era de tijolos, como a maior parte da minha cidade. Parecia bem sujo lá em baixo. Mas havia um brilho, uma luz acesa.
Meu coração quase saiu pela boca quando me deparei com o príncipe. Ele cobriu minha boca, evitando um berro. Nossos olhos se encontararam, e e ambos estavam assustados.
– Como chegou aqui?!
– Eu desci pela lareira... - gaguejei. ELe iria me expulsar. Que imrpudente uma dama sair escondida e ainda invadir uma propriedade privada do castelo.
– Não devia estar aqui. É Ariane, certo?
Ele se lembrava do meu nome. Isso era diferente. Para mim, eu não me destacava em nada ali e seria facilmente esquecida.
– Vocês não começaram a frequentar a escola, o que quer dizer que não veio aqui para pesquisas. Então, por que veio?
– Eu queria sair. Me sentia presa. Perdão.
– Não se desculpe. Não é sua culpa.
– Não vai me mandar para casa?
– Você quer ir para casa?
Eu sorri.
– Não sei.
Isso o surpreendeu.
– Pensei que todas aqui quisessem estar comigo.
– Bem... Eu meio que fui forçada a vir.
Ele sorriu, o que me surpreendeu ainda mais.
– Isso não é bom pra mim. É menos uma.
Eu bufei. Não. Ele não era diferente.
– Quer dizer, quero estar com alguém que realmente me ame, sabe? - ele fez uma pausa. - Como meus pais se amam. Eu nunca amei ninguém, e quero amar somente a pessoa certa.
– Você só ama a pessoa certa, Alteza.
– Você parece saber do amor. Já amou antes?
– Não, Alteza.
– Pode me chamar de Maxon.
– Desculpe, mas por que está sendo legal comigo?
– Bem, talvez eu ainda tenha esperanças que você possa mudar de ideia. - ele riu e eu o acompanhei. - Já que está aqui, vou te mostrar uma coisa.
Ele pegou um livro em cima da mesa em que estava estudando, onde também havia um lampião e um caderno. O título era quase ilegível, mas tinha algo a ver com " história".
– É um ótimo livro. Você gosta de ler?
– Eu adoro.
– Só... peço que tenha cuidado, pode lê-lo aqui. É que, ele não é muito aceito pelo rei.
– Tudo bem, isso quer dizer que posso voltar aqui?
– Claro! O castelo é sua casa! Mas... me pergunte antes, não que precise da minha permissão, mas é melhor não vir quando o rei estiver aqui, ele não é muito hospedeiro.
Notei que ele dizia rei e não pai, mas não comentei.
Passamos o resto da noite comentando sobre livros e autores que gostávamos, e acabei descobrindo que tínhamos muito em comum.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler! Comentem por favor!!!



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