Um Arqueiro em Minha Vida. escrita por Wezen


Capítulo 30
Fugitivos


Notas iniciais do capítulo

Olá meus leitores marvetes, fã do arqueiro mais liindo da face da terra e da minha personagem original kkkkkkk Então né, desculpem ae minha demora, desta vez ocorreu pela minha falta de motivação, preguiça, trabalhos e bla bla bla, só que bem mais pela falta de motivação.
E não quero pedir desculpas só pela demora, mas que eu notei que no cap anterior, acho que o 28, eu esqueci de responder os comentarios -.-' foi mal.
A unica pessima noticia que tenho é que: Está acabando. Mas a boa noticia é que eu to escrevendo uma Original, que não vai ser publicada aqui, mas se quiserem lerem, me procurem :* e não esqueçam de comenta.



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Acordei repentinamente com dores em vários músculos de meu corpo, olho para a cama, Clint não estava mais lá, a cama estava vazia e arrumada, no final dela havia uma mochila.

Levanto-me com dificuldade e vou até a mochila, dentro dela havia roupas. Roupas! Pensei que não tomaria banho tão cedo, as pego e com pressa corri para o banheiro, eu não estava me importando como elas eram. Só queria um banho quente.

Tirei a roupa e entrei no chuveiro, a água se tornou um alivio para cada músculo lesionado ou dolorido, lembro que quando cheguei à casa do meu avô pela primeira vez no Hawaii, o lugar do que eu costumava dizer que eram: O lugar dos dias felizes. Eu estava da mesma maneira que hoje: Cansada e machucada. Tudo o que eu queria era ter um pouco de esperança e foi o que aconteceu, depois daquele banho quente eu pude me sentir nova.

Sai do chuveiro e Clint não havia chegado, terminei de me vestir, colocando a blusa de moletom, e fui colocar os coturnos que estavam no chão. Até nisso ele me conhecia bem. Depois de arrumada, sai do quarto, ele tinha que estar em algum lugar, espero que não tenha me deixado aqui, numa tentativa tola de me proteger.

No corredor que antes estava solitário, agora habitavam pessoas andando para seus quartos ou para a recepção. Desço as escadas e vejo uma movimentação de pessoas na parte de baixo, havia varias mesas que eu não havia notado que estavam ali, era até estranho que aqui fosse tão movimentado. Chego ao pé da escada e Sr. Meninger vem até mim com um imenso sorriso, daqueles bem convidativos a fazer algo.

–Senhorita Rivers, - Ele pega em meu braço me puxando para uma mesa. –que bom que esta acordada.

–O senhor, viu meu namorado?

–Sim, ele passou aqui e me disse para lhe servir um bom café.

–Ele disse só isso?

–Ah, que eu ouvi sim, - Ele puxa uma cadeira para me sentar. –fique tranquila, logo ele estará aqui.

Sento-me e avisto o velhinho sumir na entrada daquele corredor, eu já estava preocupada com Clint, o que é obvio que eu não devia estar ele não me deixaria aqui, ele já fez tanto por mim. Havia uma televisão naquele ambiente que mais parecia um restaurante, a televisão transmitia imagens de um jornal internacional, a Ancora, uma bela loira típica húngara, apresentava o jornal e no fundo dela, um telão azul apresentava a foto de dois sujeitos que me parecia conhecidos, espremo meus olhos na tentativa de tentar reconhece-los, mas foi impossível. Na legenda das fotos estava escrito em húngaro, mas o pouco que eu conseguia falar eu entendi o que estava acontecendo. Procurados pela Interpol. Olhei mais uma vez para ter certeza se era o que eu havia lido mesmo, minha visão é interrompida por alguém que para na minha frente, levo meu olhar até o rosto da figura e sou tomada por uma onda de alivio. Clint.

–Procurados pela Interpol. –Ele diz puxando a cadeira em minha frente, sua aparência estava melhor que ontem. Parecia melhor. –Eu não queria que você ficasse preocupada.

–Somos...

–Sim. –Ele me interrompe antes que eu consiga terminar a frase.

–Ah meu Deus.

–Fique tranquila.

–Tranquila?

–Audrey, você disse que confia em mim. Eu espero que você não tenha perdido essa confiança.

Eu não sabia o que dizer, estava tudo uma tremenda bagunça. Primeiro: Fomos seqüestrados. Segundo: Estamos fugindo de pessoas que nem sabemos quem. Terceiro: Somos procurados pela Interpol. Em que situação ele quer que eu fique tranquila mesmo?

–Eu confio, mas...

–Ah que bom que você já esta aqui. –Benjamim Meninger estava em nossa frente com uma bandeja de coisas, ele a coloca na mesa e em seguida olha para mim. –Eu trouxe Debreziner com Lángos. –Olhei para ele um pouco confusa. –Salsicha e Pão frito.

–Ah obrigada, mas eu não estou com fome. –Clint me olha com reprovação, o que me faz ter apetite. –OK eu estou com fome agora.

–Ótimo! –Diz Benjamim. –Vou deixá-los em paz.

– O que faremos? –Digo baixinho quando Benjamim já está longe.

–Provaremos nossa inocência, ou melhor, a sua inocência.

–Minha?

–Aparentemente você é uma cientista que colaborou com atos terroristas de um grupo anônimo.

–Descobriram o soro?

–Exatamente. Só estou nessa por que supostamente te ajudei a fugir.

–Você tem um plano?

–Recuperar o soro, voltar para NY e mostrar para todos que você não tem nada haver com isso.

–Ótimo plano esse, agora me diga: Quando vamos ligar para o Steve?

–Por que quer ligar para ele?

–Ele vai nos ajudar. Eu sei disso.

–Não vamos ligar. Steve ta com a SHIELD e eu não posso confiar neles.

Ele tinha razão, eu sempre disse que eles não eram confiáveis e agora eu mesma queria pedir ajuda a eles.

–Vai dar certo. Temos exatamente 96 horas.

–Você quer fazer isso em quatro dias?!

–Claro. Você vai se formar em quatro dias. –Ele se levanta. –Come rápido temos que sair daqui a, - Olha no relógio de pulso e depois se volta em mim. – 20 minutos.

–Aonde você vai?

–Terminar umas coisas. Come rápido.

Ele sobe as escadas e me deixando na mesa. Começo a pensar de que talvez nada disso desse certo e que seriamos presos mesmo sendo inocentes. Audrey que bobagem, ele é Clint Barton já passou por isso antes. Penso e espero que sim, ele já tenha passado por isso.

...

Quando finalmente saímos do Hotel, me despeço do Benjamim Meninger com uma vontade de levá-lo para casa junto comigo. Estamos em uma estrada vazia com arvores cobrindo os arredores, Clint dirigia um Audi preto. Eu estava esparramada no banco com os pés no painel e era incrível como ele não ligava, todos os meus namorados ligavam para isso, mas ele não.

–Como conseguiu tudo isso?

–Algumas pessoas me deviam favores. –Ele fala sem tirar os olhos da estrada.

–Pessoas?

–Você não precisa saber disso.

Fico quieta e viro meu olhar para a janela, ele e essa clara mania de esconder as coisas de mim. O que ele fez de tão ruim que até agora eu não tinha conhecimento? Ele devia saber que qualquer coisa que ele fizer, eu ainda amaria ele. O silencio toma conta do carro, só que a dor gritava comigo, tudo estava em silencio, menos o meu corpo.

Mas alguns quilômetros em silencio, chegamos à cidade vizinha de Debrecen e fomos direto para o aeroporto, eu me perguntava o que exatamente estaríamos fazendo em um aeroporto já que éramos procurados pela Interpol, não passaríamos do portão de embarque. Ele entrou no estacionamento e parou na única vaga solitária que nos sobrou, antes que ele desça do carro, olho para ele, me ajeitando no banco.

–Por que estamos aqui?

–Temos um vôo marcado. –Ele sai do carro e vai à direção ao banco de trás, abrindo a porta traseira. –Vai dizer que não quer ir?

Abro a porta do carro e saio, encarando ele.

–Se somos procurados, por que um aeroporto?

–Eu gosto de me divertir. –Passando minha mochila por cima do teto do carro, ele fecha o carro e aperta o alarme.

–E o carro?

–Alguém vem buscar.

Prefiro nem fazer perguntas, apenas começo a andar atrás dele em direção a entrada do aeroporto. Aquele era um dos muitos lugares que eu odiava. Filas de esperas, salões de embarque, aviões. Eu realmente odiava tudo aquilo.

–Somos um casal de férias para a Espanha, Okay? –Assenti. Ele agarra em minha mão e acelera o passo. –Você é Grace Rivers e eu Jason Hunter. Consegue lembrar?

–Consigo.

–Ótimo. –Paramos em frente a um café. –Fique aqui e eu vou comprar as passagens. Por favor, não sai-a daqui.

–Okay.

Sentei-me no banco e fiquei observando o lugar, acabei me lembrando do outro motivo que me fazia odiar aeroportos: Pessoas. Em todos os lugares havia gente estressada e casada e poderiam falar o que quisessem, mas só de se entrar em um aeroporto, todos ficavam estressados.

...

Depois de um bom tempo, Clint aparece no meio da multidão no corredor do aeroporto e se senta em minha frente, ele não parecia mais tão serio quanto estava antes, parecia mais aliviado ou coisa do tipo. Clint debruça dos braços na mesa e começa a me olhar.

–Eu odeio aeroportos.

–Imaginei.

–Deu certo?

–Sim. Esta com fome?

–Um pouco. –Respondo. –Eles não desconfiaram do nome?

–Não. –Ele diz. – O que você quer?

–Café.

–Café. –Ele repete balançando a cabeça. –Já volto.

Ele vai até um café que estava em nossa frente e o vejo sumir naquela multidão de pessoas, debruço meus braços na mesa e afogo meu rosto nela, como no dia em que conheci Clint. Jamais pensei que me envolveria em tanta confusão e tanta diversão ao mesmo tempo. Mas eu ainda sentia uma angustia tamanha por tudo o que houve, por mais que tenha passado tanto tempo e todas as minhas duvidas estivessem esquecidas eu ainda tentava lembrar do meu passado.

Sinto alguém tocar minha nuca, fico assustada e ligeiramente levanto para ver o que era, mas meu esforço foi em vão, ao ouvir a voz suave de Clint.

–Cansada? –Pergunta se sentando novamente em minha frente e passando o café para mim.

–Não. Só...

–Preocupada? –Ele me interrompe e lança um olhar totalmente cansado. –Audrey, pare de se preocupar demais.

–Não é isso... É que não tem como me preocupar.

–Vai dar tudo certo. –Ele coloca sua mão na minha e depois volta seu olhar para mim. –Não vou deixar que nada de ruim aconteça com você.

–Eu sei. –Minha voz sai tão baixa que mais parece um sussurro.

Ficamos em silencio e logo depois ele solta minha mão para tomar o café e só então eu faço o mesmo, mesmo não ter bebido nada eu sentia como se estivesse de ressaca, uma incrível dor de cabeça me tomou, o que me fazia confundir aonde eu mais sentia dor. Fecho os olhos por um momento e levo minhas mãos até minhas temporas aonde faço movimentos circulares, mas nada resolveu. Quando abro os olhos, vejo Clint em minha frente mexendo no celular, olho para o lado e vejo um homem tomando café, ele me parecia familiar, mas eu não consigo me lembrar por que.

–Amor? –Escuto novamente aquela voz suave, tirando-me do transe. –Está tudo bem?

–Hã?... Eu estou be-bem

Ele olha no relógio e depois me olha.

–Precisamos ir.

Caminhamos até a sala de embarque, quando passamos pela Policia, foi tudo natural, apesar de eu achar que isso não daria certo e finalmente entramos no avião, o lugar que eu mais detestava na minha vida.

O grande problema de aviões é a briga incessante por lugares, claro, que na sua passagem vem o lugar que se deve sentar, mas tem sempre uns que fazem confusões por que: Queriam sentar na janela, os números da passagem estão erradas ou por que não querem sentar naquele lugar.

Eu não passaria por esse problema, desta vez. Quando chegamos nos nossos lugares, ele olhou para a janela e depois para mim, e então eu sentei na janela, em seguida ele se senta ao meu lado.

–Ainda odeia vôos comerciais?

–Não tanto quanto odeio vôos internacionais. –Falo.

Olho para o corredor, passando meus olhos por cada acento, até que encontro o homem que estava tomando café, um corpo esguio, pele branca e uma cabeleira negra bagunçada. A dor só aumenta conforme me lembro de onde conheço o homem.

Mergulho meu rosto em minhas mãos, minha cabeça estava uma bagunça, minha memória voltava em milhares de flashs e então eu voltei para o dia em que meus pais morreram. Pude sentir o frio que a neve provocava em minha pele, pude ouvir os tiros e os gritos da minha mãe e principalmente, a risada aguda daquele homem dominava todo o silencio.

–Audrey?

Levanto meu rosto rapidamente e olho para Clint, sinto a minha respiração ofegante e as minhas mãos suadas.

–Clint - Sussurro. –O homem que está a sua esquerda, duas poltronas à frente.

–O que tem ele?

–Ele matou meus pais.

Ele foi tomado pelo instinto e olhou diretamente para o homem, peguei em sua mão e a apertei, fazendo-o olhar para mim.

–Não olha. –sussurro. –Não agora.

–Como você sabe?

–Eu me lembrei.

O homem carregava uma bolsa no colo, parecia naturalmente calmo, enquanto flertava com uma aeromoça. Clint não olha diretamente para ele, assim como eu.

–Eu sei quem é ele.

–Sabe? –Pergunto confusa.

–Sim, é o cara que estamos procurando.

Olho para ele, sentindo toda a confusão e raiva se misturar e então aos poucos fui perdendo a respiração e a calma, me entregando a mais uma crise pulmonar.


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