Um Arqueiro em Minha Vida. escrita por Wezen


Capítulo 26
Um bom presente.


Notas iniciais do capítulo

oooi gnt, dessa vez eu não tive recaidas de anemia, então aqui está mais um capitulo, talvez meio careta, mas eu tava cansada de suspense, morte, brigas, assassinatos e tudo isso, para falar a verdade eu tava sofrendo ouvindo musica de corno kkkkkkkkkk ai fiquei sentimental, mas voltando, espero que gostem, comente se puderem, beijo :*



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Eu havia acabado de estacionar em frente o prédio dela, eu disse que se ela não voltasse eu iria a casa dela buscar-la, estava frio como qualquer outro outono de Nova York, antes de sair do carro, olho para a calçada e a vejo conversando com um homem, ela estava linda como sempre, um sobretudo cobria sua roupa, mas eu ainda podia ver as botas e a barra de um vestido azul. Os dois pareciam alterados em sua conversa, Audrey principalmente, ela gesticulava e parecia estar a ponto de bater nele, eu resolvo sair do carro e fico olhando o que acontecia, por mais que eu tivesse uma boa audição não conseguia ouvir o que estava acontecendo e não iria até lá, ao menos que isso se tornasse pior.

O homem agarra o pulso dela e a puxa para perto, a outra mão passa em sua cintura, o meu sangue ferve ao vê-la toca-la daquela maneira, aquela que só eu tocava, ela tenta se soltar mais ele parecia firme em sua decisão de prendê-la, vou até o outro lado da rua em passos ligeiros e quando me aproximo deles a única coisa que penso é que ele merecia uma surra por isso. O empurro para o chão quando chego ao lado deles, Audrey se desequilibra e segura em meu braço e ele encosta-se ao carro ao lado, o homem se ajeita procurando a pessoa que o empurrou e seu olhar chega até mim, ele começa a rir histericamente, dou alguns passos em sua direção, mas ela segura meu braço o que me faz olhar para ela.

–Toca nela novamente e eu quebro esses dedos um de cada vez. –Volto á olhar para ele.

–Clint, por favor. –Ela sabia o que ia fazer, meu corpo estava tomado pela raiva e emoções eram coisas que eu tão pouco sentia e faziam com que meus sentidos, meus punhos estão fechados e eu não me importaria de quebrar aquele braço só por ter tocado nela. –Clint. –Ela fala novamente ainda segurando meu braço.

–Então foi por ele? –Pergunta o homem se recuperando da histeria. –Você não vai por ele? Isso é ridículo, Audrey e você ainda me iludiu...

–Harry, você se iludiu por que quis, eu nunca disse que teríamos algo. –Ela o interrompe, estava escuro e eu não o reconheci no começo, mas logo depois notei que era o cara do bar que estava com ela, eles tinham virados tão amigos assim?

–Fique tranqüilo - Ele volta seu olhar para mim. –Eu não vou tocar mais nela, nem chegar mais perto. –Ele olha para ela. –E você nunca mais vai me ver.

Ele vai embora rapidamente e quando vi dobrar a rua, pude suspirar aliviado, olho para Audrey que ainda segurava em meu braço, me viro fazendo-a soltar o meu braço e começo a caminhar para o carro, eu não sabia se estava bravo com ela ou com aquele cara e muito menos sabia o que fazer, atravesso a rua e escuto o barulho de saltos se chocando ao chão como se estivesse correndo e ela novamente agarra me braço me puxando.

–Aonde você vai? –Aqueles pares de olhos castanhos escuros brilhavam e me olhava com se pedisse para eu não ir embora.

–A gente precisa conversar. –Falo friamente e ela volta seu olhar para o carro. –Entra no carro.

Ela faz o que eu digo e em seguida eu entro, Audrey estava estranha comigo desde que acordou, foi embora da minha casa tão cedo, mal bebeu o café e foi fria comigo quase o tempo todo. Aquele não era a minha Audrey.

–Olha, eu sei o que você está pensando... –Ela começa quando entro no carro. –Mas não é nada disso, eu e ele éramos amigos. Pelo menos eu achava...

–Audrey, você não sabe o que eu estou pensando. –Faço uma pausa e ela fica simplesmente em silencio, fico me perguntando se tudo aquilo tinha haver com o que houve no bar entre mim e outra mulher, tudo me passava pela cabeça e eu fico hesitante em perguntar, mas solto sem querer: -Isso foi vingança?

–Vingança? –Ela me olha desentendida. –Vingança do que?

–O bar, aquela noite.

–Claro que não, Clint isso não tem nada a haver, nada mesmo.

–E por que toda aquela discussão? Por que ele te agarrou?

–Por que ele é maluco. –Ela fala com o mesmo tom sarcástico de sempre. –Eu pensei que éramos amigos, mas acabei não sendo para ele, ele achou que podia rolar algo, até me fez uma proposta de ir para a Ucrânia com ele...

Agora eu podia entender o que ela quis dizer com “Você fez uma bagunça em mim”, ela pode ter resolvido ir e depois de ontem mudou de idéia, mas eu não queria que fosse assim, que ela interrompesse a vida dela por minha causa. O silencio toma conta do carro, apenas podia ouvir o barulho de nossas respirações e foi quando eu disse:

–Audrey, Ucrânia? E por que você não me disse nada?

–Por que você chegou me atropelando. –Audrey fala com o mesmo tom irônico de sempre. –Mas eu não iria de qualquer forma.

–Não quero ser um peso para você... Quer dizer que você fique aqui por causa de ontem.

–Clint, você não é um peso, olha para mim. –Ela coloca a mão em meu queixo puxando meu rosto para sua direção. –Você me disse uma vez que eu precisava de alguém como Harry, que não me colocasse em perigo e que não me machucasse, mas eu não quero alguém perfeito, a perfeição chega a ser chata e é por isso que eu amo você, os seus defeitos principalmente. –Ela vazia passava o polegar em meu queixo, acariciando-o. - Eu não preciso da perfeição, eu preciso de você.

Fico em silencio por alguns minutos, apenas pensando no que ela disse, talvez tivesse razão, eu não podia mais deixa-la e também tinha explicações para dar.

–Aquela moça no bar, também não era o que você pensou para sair daquela forma. –Quebro o silencio e ela volta a olhar para mim. –Eu estava em missão e aquilo fazia parte do disfarce.

–Então nada foi o que pensamos.

–Nada mesmo. –Pego em sua mão e lhe dou um beijo. –Eu também preciso de você.

–Obrigado. –Fala sorrindo.

–Pelo que?

–Por me proteger, por estar sempre por perto. –Ela dá outro sorriso. –E por quebrar os dedos de alguém por mim.

Começo a rir e volto a olhar para ela, como era bonita, a pele pálida em contraste com o cabelo negro, eu podia ficar olhando ela por horas e mais horas, era a melhor parte de mim e o melhor que a vida já me deu. Ouvi uma vez que eu era frio e não tinha piedade por ninguém e ai ela apareceu e mudou tudo. Como a própria Audrey disse: “Tive mais momentos em preto e branco do que coloridos.” Até ela aparecer.

–Aquilo foi ciúme? –Ela me olhava provocante.

–Depende - Respondo. –Vai fazer diferença?

Ela sorri provocante e morde os lábios, pensativa.

–Não, ciúme não faz seu estilo. –Sinto o tom de ironia em sua voz, mas nem quero levar essa discussão além.

–Quer jantar?

–Que bom que você propôs isto, por que eu to morrendo de fome.

–Aonde quer ir? –Essa foi a pior pergunta que eu pude fazer, ela não sabia o que queria e eu também não.

Dei partida no carro e saio de frente de seu prédio, entramos em uma discussão eterna de que restaurante iríamos, todos os nomes que eu lhe sugeria, ela não queria ir por ser restaurantes finos e ela era orgulhosa para isso, todos os que ela falavam eram péssimos ou estavam fechados, ela até disse que queria ir no Mc Donald’s que nós dois pararíamos de brigar. Passei em frente o Central Park e pensei no melhor cachorro quente que já comi ficara naquele parque, parei o carro no estacionamento do Parque enquanto ela reclamava, mas eu nem me importava com isso, era o melhor lado dela, ela reclamava por que tinha uma opinião bem diferente da minha.

–Vamos? –Pergunto.

–Para onde nós vamos?

–Você vai ver. –Desço do carro esperando ela sair e fecho a porta, em seguida ela sai. –Se você não estivesse reclamando saberia para onde iríamos.

–Eu não estava reclamando! –Ela exclama. –Estava manifestando meu descontentamento.

Começo a rir e dou o braço para e ela entrelaça seu braço, entramos no parque estava escuro mais ainda tinha pessoas por todos os lados, casais sentados nos bancos, amigos em rodinhas conversando, Audrey começa a cantarolar e eu fico observando as caretas que ela fazia.

–Que foi? –Ela pergunta. –Eu gosto de cantarolar.

–Notei. –Falo. –Ta cantarolando o que?

–Meu Deus! –Exclama ela. –Eu não sou tão ruim assim, ta bom?

–Sim você é. Você canta tudo enrolado. Meu Deus você é horrível,

–Idiota. –Ela ri. –Eu tava cantando Happy.

–Because I'm happy?

–Sabe que musica é essa? –Ela pergunta espantada, como se isso fosse o fim do mundo.

–Alison, me fez assistir “Meu Malvado Favorito 2” umas mil vezes, impossível eu não saber.

–Eu vejo nossa vida quase assim.

–Assim? –Pergunto sem entender.

–Meu Malvado Favorito, só que você não tentou roubar a lua, nesse caso foi eu.

–Bem a sua cara isso. –Ela dá um tapa no meu ombro, sorrindo.

–Agora é serio, eu consigo imaginar uns pimpolhos correndo pela casa, um com a minha cara e o outro com a sua e você chegando de mais uma missão super secreta e eles correndo para te abraçar com o Brad. –Ela encosta a cabeça no meu ombro enquanto ainda caminhamos.

–Esqueceu uma parte, a que o herói chega da missão super secreta e beija a moça.

Chegamos em frente ao “melhor cachorro quente do mundo” e ela olha para a barraca e depois para mim.

–Eu amo cachorro quente.

–Pelo menos eu acertei.

Fomos à barraca e pedimos os cachorros quentes, eu olhava para Audrey e adorava vê-la sorrir, comecei a ver as coisas do mesmo jeito que ela viu, por isso acho que o nosso futuro era mesmo esse que ela vê. Depois de pegar o cachorro quente, nos sentamos em um banco do parque, Audrey mal começou a comer e já se lambuzou e eu dei uma risada e então ela sujou meu nariz com mostarda.

–Você é um amor, sabia?

–Eu sei. –Ela responde. –O da sua vida principalmente.

Ela começa a olhar para o céu, parecia encantada com as estrelas, raramente o céu ficava dessas maneiras no outono, mas essa noite ele estava bonito.

–Eu não consigo comer como gente normal. –Exclama com a boca lambuzada de molho. -Olha você, parece rico comendo nem se suja e eu sou uma criança.

–Nem a Alison se suja assim. –Começo a rir. –Uma criança come melhor que você.

–Está pegando meu senso de humor, Clint Barton?

–Com certeza.

Ficamos no parque por mais uma hora e depois fomos para minha casa, fazia algum tempo que ela havia aparecido em minha vida e eu não havia me acostumado com ela, com o senso de humor irônico e com as manias, eu mal acreditava que finalmente algo estava dando certo e com certeza esse algo foi ela. Devo ter feito algo bom nessa vida para ganha-la.


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