Um Arqueiro em Minha Vida. escrita por Wezen


Capítulo 22
Brisa de outono


Notas iniciais do capítulo

ooi minha gente, desculpe a minha demora com esse capitulo, eu estava enrolada aqui em casa, mas eu não abandonei vocês ainda kkkk, espero que vocês estejam gostando e tal e aqui está mais um capitulo para vocês e desculpem eu, pelos errinhos ortograficos, eu leio, leio e leio e acabo não vendo. Boa Leitura e comentem se puder



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/505499/chapter/22

O elevador das Indústrias Stark era cheio de manhã e eu detestava todas aquelas pessoas, naquele elevador apertado. Por sorte, eu carregava um cilindro de oxigênio que faziam as pessoas manter uma distancia segura de mim. Quando o elevador ia chegando ao penúltimo andar, as pessoas iam descendo e só restava eu.

Antes da porta se abrir me olho no espelho, eu estava com o rosto inchado por causa do oxigênio, mas nada que fosse muito chamativo, desço um pouco meu olhar e vejo o colar. Por algum motivo eu não havia tirado aquele colar. Escuto a campainha da porta do elevador e me viro para sair e esbarro em alguém, levanto meu olhar à procura de seu rosto, Clint estava lá me encarando, parecia não ter nada para dizer, mas estava lá e eu deixei ser dominada por ele de novo, a porta do elevador se fecha e ele volta a descer.

Desisto do botão do elevador e viro de costas a ele, sinto seu olhar em mim, mas eu apenas ignoro.

–Disse que esqueci algo com você. –Ele se aproxima de mim e eu me afasto indo encostando há parede. – Alison me disse.

Aquela pouca distancia que nos mantinha separados, estava me sufocando, eu não me controlava perto dele, precisava tocá-lo e principalmente beija-lo. Mas eu sentia raiva de mim mesma e dele principalmente.

–Ah, claro. –Coloco a mão no colar e puxo. –Você esqueceu isso aqui. –Depois jogo nele, totalmente brava. –Dê para outra idiota.

–Você não foi uma idiota para mim.

–Mas eu pareci. –O encaro com um olhar cético e tentando resistir há vontade de beijá-lo. Aos poucos minha raiva vai voltando e eu me lembro de uma das promessas que ele não cumpriu.

–Cadê os soros? –Sou direta.

Ele meche nos cabelos e me olha confuso.

–Do que está falando?

–Você sabe do que estou falando, você tirou uma coisa importante de mim. –Empurro seu peito com raiva. –Você fez bem mais que partir meu coração.

–Eu não fiz isso, Audrey. –Ele fala baixinho e me olhando nos olhos, seu olhar era pura sinceridade e eu estava me perguntando por que ainda me segurava para não beija-lo. Antes que eu fizesse isso, a porta do elevador se abre e eu saio em disparada, puxando o cilindro.

Não olho para trás em nenhum momento, claro que se eu o olhasse veria o quanto ainda sou venerável a ele. Então eu resolvo subir de escada, eram apenas dois andares, nada que eu não agüentaria. Coloco a alça da bolsa do cilindro nas costas e começo a subir, eu não conseguia deixar de pensar que eu podia ter lhe dado um beijo e lhe dizer que tudo ficaria bem, mas eu seria muito idiota se fizesse isso.

Conforme eu ia chegando ao penúltimo andar, os meus pulmões iam desistindo de respirar e foi ai que notei o que se não tivesse o oxigênio eu já teria desmaiado com falta de ar. Abro a porta e saio ofegante na sala de projetos de Tony, ele estava com Pepper em um momento, digamos: love. Eu com certeza eu havia chegado a um momento ruim, mas os dois se separam quando me nota na porta.

–Oi. –Digo acenando e colocando o cilindro no chão.

Tony vem correndo me abraçar e me tira do chão, rondando-me no ar, logicamente ele estava me apertando e isso fazia com que eu sentisse meus pulmões comprimindo dentro do meu tórax.

–Que saudade assistente. –Ele me coloca no chão sorrindo e logo Pepper vem até nós, abraço ela um abraço daqueles amigáveis e foi o melhor que recebi depois de todos aqueles dias.

–Que bom que veio, pensei que ficaria mais tempo em casa. –Comenta Pepper.

–Cansei da minha casa. –O que era realmente verdade, eu não sai mais como é ficar só, eu tinha o Brad antes e hoje nem isso tenho mais. –O que faremos hoje, Chefe?

–Concluiremos nosso projeto. Leve as coisas para o porão. Espero-te lá.

–O. K. - Digo.

Tony sai com Pepper para o elevador e eu vou até a mesa pegar as ferramentas e o protótipo do reator, primeiro coloco o oxigênio nas costas novamente e ai, pego as duas caixas. Dessa vez vou de elevador, na quero forçar mais meus pulmões do que eles já foram forçados.

Quando a porta do elevador se abre, dou de cara com Steve que sorri a me ver, ele parecia normal, como sempre com as roupas nada tradicionais, mas dessa vez menos formal que todas as outras vezes que eu me deparava com ele.

–Vai descer? –Ele pergunta enquanto entro no elevador.

–Vou sim, você vai subir?

–Agora descer. –Olho para ele confusa e em seguida, deixo as caixas no chão, o bom da historia era que Steve parecia ainda ser meu amigo.

–Eu falei com ele. –Digo quando chegamos ao antepenúltimo andar. –E não foi muito amigável.

–Colar juízo naquela cabeça é difícil. –Ele diz. –Eu tentei, mas não consegui.

–Eu sei. –Olho para ele e ele para mim. –Mas tudo vai voltar ao normal.

Ficamos em silencio e nesse período ninguém entrou no elevador, eu sentia uma enorme vontade de chorar, por algum motivo, mas eu segurei.

–Quer ajuda com as caixas?

–Por favor.

Ele pega as caixas quando quase estamos chegando ao porão, a porta se abre e saímos, o porão era bem mais para uma sala do que um porão era o melhor lugar da Torre Stark, por que era bonito, com vidros por todos os lados a única luz que iluminava era a do dia.

–Pode por no chão, eu vou ter que terminar o reator.

Ele faz o que eu peço e para trás de mim.

–Desculpe por ter sumido, tive que resolver umas coisas.

–A Ali está bem?

–Está e está com saudade.

–Diz a ela que eu também estou.

–Eu vou... Subir.

Quando ele entra no elevador, eu inicio o termino do meu trabalho duro com Tony, se o reator desse certo elevaria um novo nível de energia e isso me faria de uma cientista reconhecida. Abro a caixa com paladium e com uma pinça coloco no reator preenchendo todo o circulo.

Tony chega depois de um tempo, eu havia acabado de terminar o reator e ele chega com outra caixa de ferramentas e em uma das mãos o antebraço da armadura.

–Terminou? –Ele coloca a caixa ao meu lado e se volta para o centro, onde ficava o protótipo do primeiro reator. –Jake precisava de ajuda com o dever de casa.

–Além de super-herói é um excelente pai.

–Talvez, não um ótimo pai, - Ele pula no buraco do reator que não era muito fundo, talvez uns dois metros e eu só escuto um barulho. –E nem um super-herói.

–Você que pensa. –Pego o reator e levo até ele, Tony termina de tirar o velho e limpa o lugar para por o novo, eu apenas observo. – Me ajuda a descer?

–Não, você vai ficar ai em cima, monitora o funcionamento do reator e eu termino aqui. –Eu poderia fazer o que ele disse, mas eu era teimosa e queria descer, então pulei lá, com um pouco de dificuldade, mas pulei.

–Desculpe sou teimosa. –Sorrio.

Começamos a trabalhar em silencio, as coisas estavam vagas ultimamente e o silencio aparecia tão normalmente que virou rotina.

–Sabe Audrey, eu admiro você.

–Mas você não quer deixar um legado?

–Tony, não há um legado para mim. Não há passado e também não há futuro e também não há o que mudar na minha vida

Ele baixa a cabeça e continua a encaixar os fios, eu faço o mesmo. O meu passado para mim, não fazia diferença mais, eu já estava tão acostumada com as duvidas, que eu não queria saber mais nada.

Continuamos o trabalho, a partir daí o papo só foi sobre a instabilidade do reator, que por algum motivo não foi concluído, Tony parecia decepcionado com todo nosso trabalho e ai ele desiste e me libera, dizendo que precisamos descansar para amanhã ter um dia de trabalho duro. Claro, que ele queria pegar leve comigo por causa dos pulmões.

...

Eu me sento no ultimo degrau do topo da escada estava extremante cansada, porque o oxigênio no cilindro estava acabado e eu estava tentando fazer com que os meus pulmões tenham vida própria. “Maldito, sindico que não conserta o elevador”, eu penso me encostando-se ao corrimão da escada, começo a tossir sem para e aos poucos sentia meus pulmões se arranhando, em uma luta incessante com o ar. Meu celular vibra no bolso e eu pego, uma mensagem acabara de chegar, abro sem ao mesmo ver quem mandou.

“Que tal comemorar os seus pulmões mecânicos e a volta da Kriss? - Lacey”.

Eu tento uma respiração de cachorrinho para conseguir levantar, não queria sair por que eu estava mal ainda com tudo o que aconteceu, mas decido ir, já que eu não tinha que ficar de luto para sempre.

“O.k. Aonde?”

Alguns minutos depois chega outra mensagem.

“No mesmo de sempre, as 7h00”.

Entro no apartamento e vou em busca de outro oxigênio, que estava no quarto, dessa vez eu ia sem o oxigênio, agora era uma batalha minha contra meus próprios pulmões. Depois de recuperar o fôlego, com o oxigênio, tiro a cânula e tento respirar devagar, estava dando certo, por alguns instantes eu me sentia uma adolescente com pulmões jovens e saudáveis, mas depois de alguns minutos eles voltam a ser o que eram problemáticos, eu os sentia indo cada vez mais devagar, mas eu não desisti. Tentei faze-los funcionar e parecia dar certo.

Levanto-me e respiro fundo, fico zonza e me encosto-se à parede, e logo após a tontura some. Eu precisava lutar, não queria ter pulmões mecânicos para sempre, eles tinham que voltar a ser o que eram.

...

Olho-me no espelho uma ultima vez, eu não queria demonstrar a elas que estava mal, o vestido azul marinho era ousado demais para a ocasião, esse era um vestido que eu tinha por algum motivo e não usava por causa de ser ousado demais. Ele era colado ao meu corpo e marcava todas as linhas dele, tinha manga longa e parecia ser reservado, só na frente, por que atrás era aberto até o inicio da curvatura das minhas costas. Vou até o closet de novo na esperança de encontrar outra roupa, mas logo mudo de idéia. Por que Audrey Grace Rivers não pode ser que uma vez, ser ousada?

Pego o casaco no armário, um sobretudo vermelho sangue e visto, Nova York estava em um outono nada generoso. Antes de sair do quarto, olho novamente para o cilindro e fico na duvida de levá-lo ou não, os médicos falaram para eu tentar respirar sozinha e essa era a oportunidade perfeita, então esqueço minhas duvidas e saio do apartamento.

...

O bar não estava muito cheio, era um lugar até que agradável e gostávamos daqui por isso. Kriss e Lacey estavam em uma mesa no canto esquerdo próximo as janelas, com dois rapazes e foi ai que notei a cilada que me colocaram. Lógico, elas sabiam de pouca coisa sobre Clint e nem mesmo sabiam quem era ele e achava que não havia nada demais como um namoro, cai nesse certinho e não notei.

Elas estavam bonitas como sempre, Lacey de vestido amarelo com algumas flores brancas e de saia rodada, Kriss em sua mania de ser aquelas loiras sensuais, estava com um vestido vermelho da cor do meu casaco e de salto alto. Os dois rapazes que estavam com ela, eram até que bonitos, um era loiro de olhos verdes, chamava atenção mais do que o moreno ao lado dele.

–Pensei que não veria mais. –Diz Lacey me puxando para sentar ao seu lado quando chego mais perto da mesa. –Quero apresentar: Harry e Nathan.

–Oi. –Digo balançando a mão. –Pensei que seríamos só nós três. –Viro meu olhar para elas que pareciam incomodadas com a minha reação.

–Não seja desagradável, Audrey, eles são cara legais.

Harry o cara moreno que era um pouco ofuscado pelo loiro bonito, estava me fitando enquanto Kriss descrevia o clima perfeito na Itália, os três conversavam exultantes como se eles competissem para ver que falava mais, só que eu e Harry estávamos em silencio ele me olhando e eu tentando disfarça minha cara de surpresa por isso. Kriss vê um cara jogando dardos no fundo do bar e para a conversa.

–GEEEEEEEEEENTE! EU PRECISO JOGAR AQUILO! –Ela exclama fazendo escândalo.

Harry olha para trás, quando ela grita e começa a rir.

–Vamos? –Ele fala animado. –Uma aposta: Quem perder paga a conta.

–Ótimo! –As duas falam e coro e se levantam para jogar.

–Você não vem? –Pergunta Lacey quando nota que nós dois não levantamos.

–Eu estou bem aqui. –Falo.

–Eu vou fazer companhia a ela, não sou bom de mira. –Fala Harry, logo depois que Lacey sai, ele volta seu olhar para mim. –Me falaram que você faz Física Nuclear. –Ele comenta levando a garrafa de cerveja na boca.

–Sim eu faço, é legal. –Assenti.

–Eu faço astrofísica. –Ele diz com um tom de voz animado.

Era até legal o interesse dele em mim, poderia dizer isso pelo jeito que ele estava me tratando, mas ele não era obrigado a gostar de mim por causa das garotas.

–Não precisa fingir que esta gostando de estar aqui, Ok?

–Eu não estou fingindo... Quando elas me falaram de você eu fiquei interessado, mas não sabia que era tão bonita. –Ele me deixa sem jeito e sinto meu rosto corar. –Desculpe, eu não te deixar com vergonha.

–Não tudo bem. –Um garçom em até a mesa e pergunta se queremos alguma coisa e então eu fico pensando que ninguém vem ao um bar e não bebe. –O mesmo do dele, por favor.

–Eu soube da sua lesão, tem certeza que pode beber?

–Tenho. –Menti. Eu não podia, mas é como eu disse: Ninguém vem ao um bar e não bebe.

Começo a puxa assunto com ele, Harry também não era de Nova York e nem dos Estados Unidos, ele nasceu na Alemanha e veio para cá com oito anos, começou a faculdade depois de ser expulso de três outras faculdades aqui e gosta de cachorros, quer dizer ele era o cara perfeito. O príncipe que todas esperam, mas eu não esperava. Quando começamos há falar de Geopolítica Mundial uma coisa da qual eu entendia muito, por que eu tinha que saber, olho para porta e infelizmente vejo uma pessoa que não esperava ver. Clint adentrava com uma moça morena e com o Agente Michaud, sinto meu coração acelerar e não era de amor. Eu mal presto atenção no que Harry falava, apenas fico observando os três, ele para antes de se sentar em uma das mesas que ficam no centro e olha diretamente para mim, da o meio sorriso e logo se senta de frente para mim.

Acordo da minha hipnose repentina quando Harry cutuca minha mão, ele notou que eu não havia prestado atenção em nada.

–Está tudo bem?

–Claro. –Ele estava olhando fixamente para mim. –Eu estou ótima.

–Então... Hitler só foi mal interpretado, claro que ele era um louco fanático por matar judeus, mas ele era um gênio.

–Eu concordo. –Olho para ele incomodada com a situação e logo ele volta ao assunto novamente eu apenas balançava a cabeça.

Clint se levanta quando a moça o puxa, os dois vão onde Lacey, Kriss e Nathan estão jogando, ela parecia puxa-lo e ele não estava gostando muito, olha para mim e eu mal consigo disfarçar a minha reação de frustração por causa dele e ele pareceu gostar disso. Ele fez com ela, como fez comigo, quando eu queria aprender arco e flecha, ele se aproxima bem dela e coloca a mão em sua cintura, foi nesse momento que senti vontade de matar os dois. Levanto-me pegando meu casaco, Harry fica me olhando sem entender.

–Audrey, aonde vai?

–Desculpa Harry. –Dou um meio sorriso. –Mas não posso ficar aqui.

Dou de costas e saio em disparada para a porta, não olho para lá dentro de novo. Sinto o ar fresco da brisa de outono invadindo meu peito, foi a melhor coisa do meu dia, senti que podia respirar todo aquele ar novamente.

Eu precisava de um consolo que não fosse bebida e no caminho de volta para casa vejo uma confeitaria, entro sem pensar duas vezes e avisto um bolo de chocolate apetitoso, fico fitando-o.

–Quer algo, moça?

–Sim. –Digo apontando para o bolo. –Quero esse.

Pego o bolo e me sento em uma das mesas que estavam do lado de fora. Ele parecia gostar disso, de me ver sofrer ou de ter qualquer reação por ele. Duas vezes no mesmo dia, isso era azar demais para mim.

Fecho os olhos quando sinto a brisa batendo em minha pele, era maravilhoso, sentir aquela brisa gelada vindo em meu rosto, uma das melhores sensações que já senti.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!