Unbreakable Bonds escrita por Miss_Miyako


Capítulo 3
Não consigo te odiar de jeito nenhum!


Notas iniciais do capítulo

É isso, pessoas! Último cap da fic e lotado de sequelshipping!
Nom tenho muito o que falar orz

Enfim, espero que gostem!
E nop, o OMAKE! ainda nom tem data ;w; Escreverei assim que tiver tempo, juro!!

Boa leitura!!



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Capítulo 3

Não consigo te odiar de jeito nenhum!

Mentiras são horríveis e isso é um fato.

Mesmo que sejam aquelas pequenininhas que não contêm um único pingo de maldade, ainda sim, são erradas.

E o pior dos mentirosos é aquele que tem a audácia de continuar investindo na sua mentira, de dizer que é inocente e aqueles que o acusam é que estão errados. É aquele que se prende tanto a sua mentira que ela acaba se tornando a sua verdade e ele a recebe de braços abertos, independente de como afetará aqueles ao seu redor.

Esse mentiroso não é digno de confiança ou perdão. Nunca.

Mas... E o mentiroso que está verdadeiramente arrependido, que faria de tudo e arrumaria coragem do fundo de seu ser para arcar com as consequências ao pedir por perdão?

O que se deve fazer com um desses?

–-x--

Mei ajeitou a viseira pela décima quinta vez.

E sentiu suas mãos suarem pela vigésima.

–Urrgh...

“O Hyuu não disse que te odeia.”

Bem, de fato ele não tinha dito, mas...

“Fica longe de mim.”

Ela parou de se mexer ao se lembrar daquelas palavras ácidas de novo e respirou fundo.

–Você sabe o que tem que fazer agora, né? – Kyouhei perguntou para ela, depois que a jovem se acalmara.

Ela fungou e assentiu.

–... Eu tenho que... Pedir desculpas para ele...

–Não só isso. Vocês precisam conversar direito e resolver tudo.

Mei o olhou com uma expressão assustada.

–Mas como eu vou falar com ele? Ele nem vai querer me ouvir! Ele me o...

–O Hyuu não te odeia, Mei.

Ela comprimiu os lábios.

–Como você sabe?

–Instinto.

–Não me convenceu.

Ele suspirou e chegou mais perto dela.

–Só o encontre e resolva essa situação de uma vez. – E abaixou a viseira dela, cobrindo seus olhos propositalmente.

–M- Mas como eu vou encontrá-lo? – Ela falou tentando ajeitar a viseira que seu amigo ainda segurava.

–Ah, você vai conseguir. E eu tenho a sensação...

Ela olhou para o céu.

“... Que ele pode estar te procurando também.”

Ela bufou.

–Estar me procurando também? Duvido. – E seguiu andando.

Se bem que uma parte dela queria muito que fosse verdade. Bem, talvez não só uma parte.

Mei secou as mãos suadas e encarou seu Xtranceiver. Ela queria ligar, mas sabia que ele não atenderia.

Não, ela não tentou nenhuma vez. Só ficou encarando o aparelho.

–Talvez seja melhor eu tentar outro dia...

Só o encontre e resolva essa situação de uma vez.”

Ela parou e cerrou os punhos.

–Não! Eu tenho que encontrar o Hyuu! Chega de fugir! – Ela exclamou, assustando alguns treinadores que passavam. Ela os ignorou e continuou andando, mesmo que ainda estivesse um pouco receosa.

E isso só aumentou quando se passaram 10 minutos e ela não encontrou o treinador.

Aumentou ainda mais depois de 20 minutos.

E chegou ao seu máximo aos 40 minutos, tanto que as mãos dela começaram a tremer.

–N-Não adianta... Eu não vou mesmo encontrá-lo... - Ela murmurou, tentando controlar as mãos. – Hyuu, cadê vo...

Ela congelou ao ouvir um barulho repentino vindo de trás de si, um ruído...

Conhecido?

Mei se virou a tempo de ver um Trapinch saltar do arbusto mais próximo e correr até ela, quando chegou perto o suficiente começou a esfregar sua cabeça levemente na perna jovem, como se fizesse carinho e soltou um som alegre.

–Trapinch? Mas você...

–TRAPINCH, CADÊ VOCÊ?!

A jovem congelou quando ouviu aquela voz. A voz dele.

Um jovem com cabelos escuros e espetados apareceu do arbusto e olhou para os lados até fixar seus olhos na jovem a sua frente. Ele arregalou os mesmos e ela viu a mãos deles temerem. Ele estava bravo, ela sabia.

–VOCÊ TÁ AÍ! – Mei ficou parada, ela não sabia se ele estava gritando com ela ou com o pequeno pokémon. – QUE COISA, GAROTA! VOCÊ NÃO PARA QUIETA!

Ah, era com ela.

Espera, ela?

Hyuu saiu desajeitado do arbusto e quase tropeçou, mas conseguiu se manter de pé e fixou os olhos vermelhos nos azuis dela. Mei sentiu um arrepio na espinha.

–Eu sabia que se eu soltasse o Trapinch, ele ia acabar te encontrando. – Ele apontou para o Pokémon que ainda fazia carinho na perna de Mei.

Silêncio se seguiu. Mei o encarava, incrédula. Hyuu estava apenas parado na sua frente.

Ele não estava gritando com ela e nem a evitando. O coração da jovem ribombou tão forte que ela colocou a mão no peito por impulso.

Ele levantou uma sobrancelha e desviou o olhar.

–Você tá... Bem? – Ele perguntou.

As palavras demoraram a sair da boca dela.

–Você... Não tá bravo?

Ele piscou e com uma careta passou a mão pelos cabelos espetados, depois bufou.

–Eu não tô bravo. – Ele disse por fim e ela piscou. – Mas eu devia estar!

Ela se encolheu quando sentiu os olhos dele encarando-a firmemente de novo.

–E- Eu...

–Então... POR QUE EU NÃO CONSIGO?!?

Mas hein?

O jovem sentou com tudo no chão, cruzando as pernas e continuou encarando a jovem.

–... Eh?

–É! Você ouviu bem! Eu não consigo ficar bravo! Depois daquela... Daquela... Daquela coisa que aconteceu! Por mais que eu tentasse, eu não consegui me zangar com você. Você mentiu para mim, escondeu quem realmente era e tudo isso aí! – Ele bufou.

Ela realmente não conseguia se mexer e ele ainda não tinha acabado de falar.

–O normal seria que eu te odiasse pro resto da vida, não é? Bom, eu não consigo! Não consigo te odiar de jeito nenhum! E eu acho que é porque eu gosto demais de você para conseguir fazer isso! – Ele levantou as mãos para o alto, em sinal de que não sabia o que fazer.

Mei deu um passo para frente.

–E também... – Ele começou olhando para o chão, com um tom mais baixo. – Eu fiquei bravo comigo mesmo por... Ter dito aquilo para você. Eu não deixei você se explicar e... Enfim! Eu vim aqui te procurar para pedir desculpas, é is...

Ele foi interrompido quando sentiu a jovem abraçá-lo do nada.

–M-MEI!? – Ele sentiu as bochechas esquentarem com uma rapidez surpreendente e quase não conseguiu evitar de cair. – E-Ei, Mei?!

Então ele sentiu algo quente e molhado cair no seu pescoço.

–Desculpa... Desculpa... – Ela murmurou entre o choro. – Desculpa por mentir para você. Desculpa por esconder quem eu realmente era. Desculpa. Desculpa.

–A-Ah... – Ele sentiu a jovem apertar o abraço, tê-la tão perto ao ponto de sentir o calor aconchegante que ela emanava e o perfume que vinha dos seus cabelos estava ajudando a não deixá-lo se concentrar.

–Eu queria contar! M-Mas você sempre ficava tão bravo quando falava deles e eu nunca achava o jeito certo, ou o momento certo para dizer e.., E...

–Mei. Mei, tá bom, calma. – Ele afastou a jovem de si – um pouco contra sua vontade – para poder olhá-la nos olhos. Finas linhas de lágrimas saiam de ambas as orbes claras dela, ele ajeitou a manga da blusa para poder secá-las. – Assim olha, eu te desculpo e você me desculpa, fechado? E depois a gente esquece o que aconteceu, tá bom? Até porque, eu nem quero lembrar também.

A jovem piscou e segurou a mão dele, fazendo as bochechas de Hyuu voltarem a ficar vermelhas, como as dela. Ela respirou fundo e abriu um sorriso, deixando que as ultimas lágrimas escapassem.

–Tá bom. ...Não tá bravo mesmo?

–Não estou. Mas... – Ele segurou a aba da viseira dela e a trouxe mais para perto. – Prometa que você não vai mais fazer essa estupidez de mentir para mim de novo!

A jovem abriu ainda mais o sorriso. Ele estava ali, ao seu lado outra vez.

–Prometo!

E ela não ia soltá-lo nunca mais.

–-x--

–Ah...

Kyouhei observava a cena de longe, estava encostado no tronco de uma árvore próxima e tomava cuidado para que nenhum dos dois o viesse.

–Como são teimosos. – Ele suspirou, ainda sorrindo. – Fala sério.

Ele teria de inventar uma bela desculpa para seu superior sobre não ter achado nada na casa de Mei e acobertar uma suspeita era contra seus princípios.

Mas se era isso que o moreno tinha de fazer para ter em troca aqueles dois em bons termos de novo e para deixar aquele sentimento aconchegante espalhado em seu peito, então valia a pena.

É, ele iria cuidar disso mais tarde.

Por ora, nada mais importava além do laço que se mantia intacto em volta deles.

Brilhante, forte e inquebrável.


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Notas finais do capítulo

Omg, o "Fala sério." virou o bordão do Kyohei nessa fic meu deus kljsdjflçskdj
Oh bem, obrigada por ter lido até aqui ;w; Eu gosto muito do trio de bw2, então eu gostei muitíssimo de escrevê-la!

Bem, é isso. Obrigada de novo e Inté a próxima~ ;D



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