Entre o amor e o crime escrita por Naty Winchester


Capítulo 17
A verdade


Notas iniciais do capítulo

AH! Primeiramente, muito obrigada a Daroline Forever pela maravilhosa recomendação, serio ainda estou pulando de felicidades, então esse capitulo é especialmente para você.
Para ficar claro, a primeira parte é uma carta da Elena encontrada na casa dela, escrita pouco antes de tentarem a matar.
POV da Camille, porque eu queria alguém que visse tudo de fora.
Eu realmente pensei em mata-la, mas resolvi dar um fim um pouco mais dramático a ela. Então ai vai...



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Eu estou com medo, muito medo. As coisas mudaram desde que esse assassino chegou a cidade, e ao contrário do que todos pensam, mudaram principalmente para mim. Eu não sou mais a mesma e duvido que um dia voltarei a ser.

Sei que o dia está chegando e ela não me deixa esquecer, suas cartas, suas coroas de flores, tudo é simplesmente para me torturar e eu sei que mereço, não posso negar. Hoje pensei em falar com o Damon, falar que eu sei quem ele procura, mas desisti, quem eu amo depende do me silencio.

Posso dizer que nada foi como eu gostaria, por isso, peço que quem estiver lendo saiba que eu tentei da melhor forma, tentei manter todos seguros, nem que para isso eu tivesse que me sacrificar, foi o que eu fiz. Acho que a maior culpada sou eu, então, acredito que esse seja o único modo de me redimir com todos aqueles que pagaram pelo meu erro, apenas o meu. Se nada der certo, me sinto na obrigação de revelar toda a verdade.

Caroline e eu sempre fomos amigas, independente de tudo, sempre estávamos juntas. Bonnie chegou a cidade quando tínhamos cinco anos e conquistou nossa amizade rapidamente, minha irmã nunca entendeu como isso era possível e a raiva que ela sentia por Bonnie aumentava a cada ano que se passava, pura inveja.

Ela nunca foi uma criança normal, sempre agindo com uma violência inacreditável, o que sempre causou revolta nas pessoas que nos rodeavam. Ela gostava de ver o sofrimento e tinha um dom terrível de persuasão. Nunca foi normal, e meus pais sabiam disso. Eles queriam a mudar a força e minha irmã achava que eles desejavam a ver longe de todos, mas isso nunca foi verdade, meus pais queriam apenas o seu bem.

Meses antes do aniversário da Caroline, eles pediram que ela, com toda a sua força de vontade e espirito positivo se aproximasse da irmã “má”, seu piro erro foi atendê-los. A possessão com que minha irmã a tratava era impressionante, como se ela fosse sua dona. Caroline nunca foi de sentir medo, porém qualquer um se rendia aquela tortura. Sei que pode até parecer exagero quando falamos de crianças, no entanto, ela falava, ameaça com palavras que uma menina normal não falaria, e isso era o que mais nos assustava.

Naquele dia, tinha tudo para ser um aniversário maravilhoso, contudo, Djulen morreu afogada enquanto todos riam das suas tentativas de nadar, achávamos que era brincadeira. Ela fazia natação a dois anos e ao contar sobre suas conquistas alguém a empurrou em um simples momento de diversão, mas ela não estava brincando.

Minha irmã foi acusada e Bonnie convenceu Caroline a confirmar essa versão, não estávamos com a mesma roupa, mas sabendo o histórico dela, todos acreditavam, porém fui eu, eu que destruí uma família e fiz minhas amigas virarem cumplices do meu crime. Eu convivi com a culpa, mas nunca tive coragem de falar, chegou a hora.

Ninguém esperava aquela reação dela, e assim meus pais a afastaram de Mystic Falls, levando-a até uma tia psicóloga que tentava descobrir como a mudar, mas quem disse que isso tem solução?

O tempo que passei conversando com o Damon, descobri que alguém assim, não é uma pessoa doente e sim alguém cuja a mente está totalmente voltada a crueldade, agora eu sei, minha irmã sentia prazer em ser má. A gente nunca sabe o que esperar das pessoas e essa é a minha maior lição, sempre acreditamos no que é mais fácil.

Minha tia não conseguiu a cuidar e ela passou anos piorando cada vez mais, assim foi internada em um centro psicológico. Um ano atrás, meus pais pagaram um apartamento em Nova York, e foi aí que eu descobri que ela estava solta.

Tudo começou com cartas e logo ela apareceu na minha frente, me ameaçou e a partir daquele momento começou sua tortura. Fiquei calada na tentativa de para-la, eu cometi tantos erros que me senti na obrigação de protege-la, mas ela começou a matar. Juro que tentei, porém, ela tinha alguém ao seu lado e eu não poderia botar em risco as pessoas que eu amo. Eu disse que ela poderia se vingar de mim, se libertasse a Caroline, ela aceitou. Como eu disse, ela tem um terrível dom de persuasão, minha irmã sempre mentiu.

Acreditar foi meu pior erro, me tornei uma prisioneira quando ela tomou o meu lugar. É por isso que eu peço perdão, por ter sido fraca.

Elena Gilbert

[...]

– Caroline, Caroline – a voz distante de Elena insistia em chama-la, no entanto, a fraqueza ganhava de um modo assustador, ela não conseguia mais se mexer, não tinha coragem de falar, de olhar o corpo da amiga no chão. – Eu sempre vou estar aqui.

– Eu sei – sussurrou tentando se levantar e voltar a caminhar. Seu corpo estava sangrando exageradamente e seus cabelos caiam cada vez que ela passava as mãos sobre ele.

– Esse sempre foi seu medo, ficar sozinha – repetia aquela maldita voz. Olhou em volta procurando algo que pudesse mostrar o lugar aonde estava, contudo, o que encontrou foi uma figura ruiva a chamando para o jardim. Djulen sempre foi uma criança linda, educada e divertida, ela fazia a vida dos amigos repleta de risadas e felicidade. E aquela, com toda a certeza, não era mais a mesma Djulen, a garota tinha o rosto pálido e os olhos vagos mostrando toda a tristeza que nunca possuiu.

– Caroline, aquilo não era verdade – Ela sabia perfeitamente sobre o que a “amiga” falava, sabia seu erro, sabia o da Elena, da Bonnie, sabia o de todos – Ela confiava em você, confiava como nunca confiou em ninguém. Sua mentira doeu mais do que a da própria Elena. Você merece tudo o que vai te acontecer.

– Acorda bela adormecida.

POV Camille

Klaus quebrava tudo e gritava para quem quisesse ouvir o quanto todos são uns incompetentes, os policiais de Lizz apenas abaixaram a cabeça e, creio eu, que rezaram para não serem expulsos.

Tenho certeza que ele não esperava que a situação fosse tão séria, talvez acreditasse que a loira estivesse aprontando o que sempre aprontou, agindo como sempre agiu, contudo, imagino o susto que levou ao entrar na casa dos Gilbert pronto para prender sua principal suspeita e se deparar com ela quase morta. O desespero dos seus olhos mostrava mais do que a chance de perder sua protegida, fracassar no caso, ele se esforçava para pensar como um bom investigador e não deixar que seus sentimentos acabacem com a esperança de encontrá-la.

O caso parecia ter sido resolvido quando descobrimos quem era a dona daquele maldito carro, Djulen Castilho, a cópia perfeita de Elena Gilbert, no entanto, Klaus garantia que era um homem que estava em frente à casa, foi só aí que as coisas começaram a mudar. Nick sempre foi inteligente ao extremo, e logo pensou em Stefan, o que venho a se confirmar com os sussurros de Elena durante todo o percurso até o hospital, eu estava com ela, e o nome que seguiu fez tudo se resolver estranhamente.

Não foi a Elena, não foi o Jeremy, nem o tal Enzo, não era nenhum deles, e o Stefan? Esse nunca passou de um objeto de manobras, nada a mais. Você não consegue encontrar alguém invisível e essa pessoa convivia com cada um sem que eles realmente soubessem, esteve tantas vezes ao lado de Caroline, descobriu tantas coisas, estava na cozinha do Grill, estava no Hospital com a Bonnie, esteve até mesmo com o Damon, e ninguém nunca descobriu.

– Camille – Me viro e encontro um Damon com os olhos perdidos, nunca o vi assim, perguntei como estava Elena, e ele demonstrou grande preocupação, ela não estava bem, mas tinha grandes chances de ficar. – O que importa agora é achar a Caroline, Elena está segura. Ache no GPS esse endereço. – Terminou me entregando uma perfeita anotação dele.

Talvez aquela loira tivesse esse dom com os homens, os enfeitiçar de maneiras diferentes, fazer com que eles se preocupem mais do que o necessário, isso tudo com dezessete anos, imagino quando for mais velha. Admito que depois de tudo, até mesmo eu estou sentindo falta das gritarias, das piadas, das risadas.

– 40 Minutos daqui. – Era lá, naquela casa que tudo aconteceu, conhecendo a cabeça de um assassino em série, Nick tem certeza que ela gostaria de terminar no lugar onde tudo começou, era perfeito para sua tão esperada vingança.

A situação era um pouco mórbida, duas viaturas nos seguiam enquanto Klaus dirigia assustadoramente rápido e com um Damon pensativo ao seu lado, era esse o efeito que o sumiço de Caroline fez a ele, pensar se tornou sua melhor fuga, ele nunca foi assim.

Me lembro o quanto tentei conquistar os dois homens a minha frente, sempre fui uma adolescente louca pelo loiro, mas uma mulher apaixonada pelo moreno, no entanto, não sei se em algum momento eles se preocupariam tanto comigo, apesar de ser amiga deles a anos. Isso eu valorizo na jovem rebelde, talvez até invejo, esse dom de atrair proteção, de fazer todos sentirem a necessidade de estar com ela.

Caroline não é o tipo de garota que qualquer mãe se orgulharia de ter como cunhada, ela é rebelde, prepotente, inusitada, impulsiva, entretanto, confesso, tem um brilho que apenas ela possui. Nunca vi uma menina rir tanto, chorar tanto, incomodar tanto. Caroline é diferente.

– Esses não são seus últimos momentos – refletiu Damon alto, contudo, não o suficiente para atrair a atenção de Klaus. Pensei em perguntar algo a ele, porém me contive e me limitei a ficar calada.

– Caroline defendeu a Elena e a Bonnie, e acabou acusando uma outra amiga, Kol – confessou Klaus depois que Damon atendeu outra ligação desesperada do Mikaelson mais novo que já seguia o mesmo caminho de moto.

– A garota já tinha um histórico violento, talvez uma personalidade psicopata, ao ser acusada de algo que não cometeu, isso se intensificou e agora ela quer vingança.

– Não entendi – resmungou ele, novidade.

– A Caroline se aproximou dela na tentativa de atender o pedido da mãe da garota, e no fim essa menina acabou ficando obcecada por ela, não a largava, segundo a Lizz, mas ao ter que escolher entre a Elena e a irmã... Bom, Caroline mentiu para defender a melhor amiga. – Expliquei ao ver que Klaus estava totalmente sem paciência para isso.

– Oh, a irmã da Elena? Então por isso que acharam que ela fosse a assassina? – Kol não conseguia parar de perguntar e a cada palavra aumentava mais o tom de voz, outro desesperado.

– Ela se passa pela Elena desde a morte da April, era ela que estava no carro com a prima.

POV CAROLINE

Acordei com a cabeça latejando, tentei abrir os olhos, mas o medo não me permitia, a voz do Stefan era como um sussurro distante, contudo eu sabia que ele estava na minha frente. Aos poucos, reuni a coragem que ainda me restava e abri os olhos me deparando com o meu antigo amigo, ou aquilo que costumava ser ele.

Percebi que estava amarrada em uma cadeira, no entanto, ao olhar o redor vi que estava na beira de uma piscina, no mesmo instante tudo fez sentindo, era essa a morte que eles reservaram para mim. O cenário era o mesmo, a casa branca no fundo, as arvores mostrando que não existia vizinhança, as rosas vermelhas jogadas pelo chão, os balões por todo o lugar, a mesa com os mais variados doce... E o bolo, estava tudo idêntico, era como se eu tivesse voltado no tempo, para aquele dia.

Stefan me encarava, e por um momento vi pena nos seus olhos, porém, esse simples gesto logo se desfez e ele se aproximou lentamente enterrando uma faca em minha perna direita. Doeu tanto, não o aço frio resgando a minha pele, mas a frieza com que meu amigo fez isso.

– Você se arrepende? – Perguntou forçando a faca para frente, assenti rapidamente – E acha que isso basta?

– Você também a culpou – Talvez foi um erro falar isso, contudo, fez ele se afastar subitamente, deixando a maldita faca em minha perna.

– E sabe o que isso me custou? A liberdade – Não entendia o que ele queria dizer e no fundo não queria entender – Eu acreditei em vocês, achei... achei que ela estivesse louca, mas não, você me enganou Caroline, e por isso eu a perdi.

– Stefan, olha, a gente errou, mas o que você tá fazendo, o que você fez não...

– Cala a boca – resmungou apertando sua própria cabeça – A Elena foi um modo de eu ter ela por perto, mas nunca diminuiu a saudade e agora... ela está aqui e... foi tão fácil me convencer que você deveria pagar por aquilo que todos fizeram, é verdade, você merece.

– Então porque você matou a Elena? Porque tentou matar a Bonnie...

– Porque as coisas saíram do controle, no começo era só pra te afetar, te assustar, mas ela tinha uma sede por sangue, ela queria ver as pessoas morrendo, e matar se tornou algo prazeroso, não era mais uma questão de vingança, tudo girou em torno do prazer.

– Você tá louco – Ele sorriu, se aproximando novamente, fechei meu olhos segurando as lagrimas e tentando aquentar a dor quando ele tirou aquilo de mim fazendo o sangue jorrar descontroladamente, me assustei.

– Não vai fazer diferença – Stefan brincava com a faca entre seus dedos, não se importando com os arranhões que ela o causava.

O som dos passos se fizeram presente naquele lugar e evitei olhar para o lado, sabia quem estava ali. Eu realmente estava com medo, toda aquela coragem que me mantinha em pé acabava de se dissipar, dando lugar ao simples desespero.

Queria voltar para a minha vida, com a minha mãe, com os meus amigos. Busquei a mais distante lembrança de felicidade e percebi que eu sempre fui feliz, apesar de tudo. Os passos ficaram lentos como se soubessem o quanto isso me afetava, minha mente projetou o rosto do Klaus e desejei inteiramente que ele estivesse ali, mas não, ele não estava, nem minha mãe, nem meu pai. Queria levar até um sermão da Camille, ouvir uma piada do Kol, ver os olhos do Damon, o sorriso da Elena, da Bonnie, queria olhar para o meu irmão, meus pais, queria simplesmente sair dali, correr para os braços do Nick.

Kol, Damon, Camille... Klaus, me pergunto em que momento eles começaram a me fazer falta, a ser uma parte importante da minha vida, a ponto de me fazer lembrar justamente nesse momento.

– Caroline – A encarei suspirando.

– Katherine.

Flashback on

– Mas, você não pode fazer mal aos bichinhos, eles são legais – A pequena Caroline tinha esse problema, era tão sentimental quando se tratava dos seus animais. – Você enfiou um prego no olho do seu cachorrinho, duvido que você queira ficar cega.

– Eu não sou ele Caroline, e se você não quiser que aconteça o mesmo com você, fica quieta – reclamou a morena fazendo Caroline se arrepender de ter aceitado o pedido da senhora Gilbert, Katherine não era uma pessoa legal. – Você é minha amiga e tem que parar de andar com a Elena e com a Bonnie, não vê que elas quer te tomar de mim.

– Mas..., mas – A loirinha tentou formular algo, contudo nada saia da sua boca, já que sua imaginação ia longe, em um mundo onde Katherine torturava cada animal que encontrava pelo caminho, isso não era bom, a morena era a vilã que tanto a atormentava nos contos infantis.

– Elena é uma invejosa, será que não vê? – Caroline negou com a cabeça, o que fez Katherine pegar em seus ombros e a jogar na cama com violência – Você me irrita.

– Kath, ela é sua irmã, ela é boa – a morena negou incisivamente e logo a puxou pelos cabelos – Me solta sua bruxa.

– Vamos nadar – Mandou e saíram do quarto indo em direção a piscina no pátio. As crianças brincavam animadamente, no entanto, Katherine achava que a amiga não podia se juntar a elas, já que poderia chegar perto de Elena ou Bonnie e isso ela não admitiria. Katherine Gilbert sempre foi violenta ao extremo, estressada demais, má e invejosa, contudo, era uma criança bonita e inteligente.

Tudo aconteceu inesperadamente, ao ouvirem os risos descontrolados, as duas meninas se aproximaram da borda da piscina vendo a ruiva se debater sob a água, Katherine logo começou a rir, diferente de Caroline, a morena a perturbava e isso tirava qualquer vontade de rir da menina. Djulen em segundos parou de se mexer, porém, porque? Ela era a nadadora da turma, não era?

Djulen escorregou e não conseguiu voltar durante a brincadeira e quando os pais da garota foram chamados já era tarde demais, no corpo pequeno da menina já não existia mais vida.

– A Elena empurrou ela – acusou Enzo chorando.

– Não mãe – Elena foi tão pressionada que acabou vendo como última alternativa mentir, não queria passar o resto dos seus dias na cadeia – Foi a Katherine.

Todos sabiam como era a personalidade da garota que logo se defendeu tentando bater na irmã que chorava descontroladamente. As crianças concordaram sem pensar, nenhuma gostava da irmã má.

– Caroline? – Perguntou Lizz, fazendo as gêmeas a olhar no mesmo instante. Katherine estava ao seu lado e Elena sabia que ela nunca a deduraria, afinal, era sua melhor amiga. A morena ouviu quando a pequena Bonnie sussurrou para que apenas a loirinha ouvisse, elas precisavam defender a irmã boa.

– Eu vi, foi ela.

Katherine se descontrolou e pegou a amiga pelos cabelos tentando a jogar na fogueira improvisada por Bill, era para ser a principal brincadeira da noite, cantar envolta da fogueira, porém, depois de tudo, Katherine queria usa-la para machucar aqueles que estavam a machucando.

Talvez aquilo poderia ter sido uma brincadeira de criança, porém, se tratava de Katherine, a menina agressiva que nunca foi uma criança normal, talvez ela sempre esteve certa, seus pais só esperavam a oportunidade perfeita para se livrarem dela, ou não, apenas queriam o seu bem.

Flashback off

– Eu esperava isso dá Elena, mas Caroline... que vergonha – zombou Katherine – Você, uma menina tão boa, não poderia fazer isso para sua melhor amiga.

Katherine... por tanto tempo tive medo da menina que me ameaçava e fingia de um jeito torturante, porém ela era uma criança, não sabia o que fazia, tão diferente de agora. Hoje ela é cruel, porque quer, simplesmente por se divertir em ver as minhas lagrimas, minha dor.

– Como você acha que eu me senti? Meus pais me mandaram para uma merda de clínica. Eu não enxergava o mundo, via apenas aquele pátio, aquela prisão, por sua culpa. No fim, você escolheu a Bonnie, você acha que eu não sei, Caroline? Foi ela que disse pra você defender a Elena, eram as suas “irmãzinhas”, não eram?

Tentei me defender, porém Katherine apertou com força meus ombros, enquanto Stefan se aproximou com uma seringa injetando algo em meu corpo. Ela sorria, as vezes cantava uma música irritante, estranha.

– Matt disse que estão vindo atrás de você – Matt? Balancei a cabeça percebendo que nunca conheci meus amigos de verdade – Ele me ama Caroline, não o culpe, nem o Stefan. E olha, você está morrendo para salvar todos, viu, eu sou uma pessoa caridosa.

– Katherine para – Tentei argumentar, no entanto o som do tiro e a bala entrando em meu peito me fez apenas gritar, chorar e faze-la rir. A falta de ar começou lentamente e em segundos senti o sangue escorrer pelo meu nariz.

– Queria prolongar isso mais alguns minutos, mas não posso deixar que te salvem – Tentei abrir minha boca para falar algo, no entanto senti a cadeira ser empurrada e rapidamente meu corpo se afundar na piscina, ao contrário de Djulen, eu não tive chance de lutar, apenas fechei meus olhos e esperei que tudo se apagasse, que tudo acabasse rapidamente e toda a dor sumisse.


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Notas finais do capítulo

Talvez possa ter ficado um pouco confuso sobre o motivo, mas nos próximos capítulos com os interrogatórios as coisas vão ficar mais claras.
Eu volto em breve com algumas perdas - Alguém tem que morrer-. Beijos.



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