Entre o amor e o crime escrita por Naty Winchester


Capítulo 16
O fim


Notas iniciais do capítulo

Olá, antes de tudo peço desculpas pela imensa demora e espero que ainda não tenho desistido. Bom, eu realmente pensei em apagar a fic, depois de alguns problemas, mas isso não seria justo, então eu voltei pra ficar.



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Flashback on

– Caroline, foi o meu primeiro beijo – Elena sorriu vendo a amiga revirar os olhos e bater palmas gritando “aleluia”, a morena sempre foi assim, o lado calmo da amizade, a tranquilidade em pessoa.

– Lembra quando a gente era criança? Prometemos nos contar tudo, mas juro que não era necessário me ligar depois de beijar o Stefan – Caroline riu ao ver a morena ficar vermelha e balançar a cabeça como se soubesse o mico que acabava de passar.

– Você é minha melhor amiga, pra quem mais eu contaria? – Confessou olhando seriamente a loira.

– Eu te amo sabia Elena? Se eu fosse homem me casaria com você – Caroline subiu na cama pulando enquanto cantava uma canção qualquer.

– Eu também te amo, você é o amor da minha vida – Riram. Um abraço, era só aquilo o que cada uma precisava e nesses tempos difíceis, tudo parecia ter ficando para trás, a amizade não era mais a mesma e a situação de Bonnie era a única coisa que as ligavam, no entanto, o antigo laço da amizade continuava ali, desposto a reaparecer quando as marcas do passado tão distante voltarem a serem esquecidas.

Flashback off

POV CAROLINE

Nem tudo é como desejamos, as vezes nos encontramos em situações que nunca foram esperadas e elas nos prende de um modo inexplicável. A desgraça sempre me perseguiu, contudo, dessa vez ela está se superando, e agora? Ah, às vezes, eu realmente não queria estar na minha pele, apesar de ainda achar que tenho solução.

Minha vida é um verdadeiro imã para atrair problemas, as vezes estou bem e tudo está andando perfeitamente em ordem, porém, em pouco tempo tudo vira de ponta cabeça e eu estou em meio ao turbilhão de dificuldades que meu destino está programado a passar. Ok! Talvez eu esteja sendo um pouco dramática, mas como a minha mãe sempre me disse: os meus problemas, são os meus problemas.

Tudo aconteceu rápido demais, em minutos o meu investigador não estava mais no quarto e Camillerda corria atrás dele. Os dois tentaram, realmente tentaram, mas a única evidencia que sobrou foi o número da placa do carro que resgatou a criatura horrenda que insistia em rir da nossa cara, qual é? Não sou palhaça.

Quem é você? Ainda não entendi porque o inteligente Klaus perguntou isso, ele deveria esperar que a pessoa respondesse que era o presidente de Roma, só pode, não consigo me conformar, logicamente que isso só fez a criatura rir e fugir enquanto os idiotas saiam da casa correndo.

Voltei a dormir tranquilamente depois do ocorrido, Nick preferiu me vigiar da porta, enquanto Damon examinava toda a casa novamente. Naquela noite eu tive a certeza... nada voltaria a ser como antes, e assim se passaram dois dias.

Enquanto me arrumava, Camille me avisou que todos tinham partido para uma investigação mais apurada, me pergunto se ela acha que eu sou estupida, cansei de me esconderem tudo. As pessoas costumam me cobrar demais, querem que eu mostre o que eu estou sentindo, que eu demostre medo, que eu diga que sou fraca e não posso lidar com essa situação, simplesmente querem que eu deixe de viver, que eu continue triste e desesperada, mas eu não sou assim.

Sempre me perguntei como seria a minha morte, talvez sou até um pouco paranoica, e com o tempo, esse medo me fez aprender que não importa a forma, não importa quando e nem a medida do sofrimento que irá suceder, o que importa é viver em quanto a tempo, e eu vivo, vivo do meu jeito e não vou mudar só porque um louco está tentando me matar.

“Você é a minha família” essa frase nunca saiu da minha cabeça e apesar de tudo, de não parecer, eu realmente me arrependo, contudo, o arrependimento não vai fazer as coisas mudarem, não existe um modo de se reverter essa situação, assim... se eu tiver que pagar por algo, vou pagar, mas enquanto isso não acontece...

– Oh Camille, tá afim de sair? – A loira falsa revirou os olhos e me deixou no vácuo, depois sou eu a mau educada, e todos estão de prova que eu tentei me dar bem com ela. Peguei minha bolça e sai da casa ouvindo apenas os gritos da chata, tenho certeza que o Klaus vai receber uma ligação desesperada.

Falando nele, o bom samaritano conseguiu convencer Esther e a doce Rebekah de voltarem para New Orleans por um tempo, enquanto ele resolvia a situação das duas e do seu carma, tenho a impressão de que eu sou esse carma, não entendo todo esse preconceito, sou uma pessoa tão boa. Ele também quis despachar o pobre Kol, contudo aquele ser tão inteligente o convenceu que poderia ajudar a me manter sob controle, juro que ainda me pergunto aonde o Damon estava com a cabeça quando apoiou o Mikaelson mais novo, é mais fácil ele sair do controle do que me manter nele.

– Caroline – Damon parecia se esforçar para se manter em pé, uh Elena – Camille me ligou, sua sorte é que ela fez o favor de não atrapalhar seu guardião – E falando isso ele me puxou para o Grill, espera... essa gente não é normal.

– Às vezes eu juro que não te intendo, não dá para ficar quieta em casa? Começo a pensar que vou ter que te amarrar – Damon me fez sentar em qualquer mesa, e começou a falar sem parar, ele estava estressado e minha consciência alertava “Perigo! Desilusões amorosas, não fale nada”, mas eu nunca a ouvi.

– Damon, me conte os segredos mais profundos da sua alma – A Televisa ainda vai me descobrir e eu vou ser a rainha das novelas mexicanas. Ele me olhou e franziu o cenho como se eu tivesse falado a pior besteira que ele já ouviu, entretanto, logo abriu um sorriso e balançou a cabeça. Uma ótima psicóloga, talvez.

– Como você consegue? – Começou e eu o encarei mostrando que não havia entendido a pergunta – Você está passando por tanta coisa, em momentos está mal, chorando, mas logo passa e você volta a ser essa pessoa impulsiva, que não liga para perigo algum.

– Eu sempre achei que a morte chega quando é para ela chegar. Eu posso morrer em qualquer momento, de qualquer forma e se não for para ser, nem ele vai me matar – Damon arregalou os olhos e logo ficou pensativo – Esse monstro não vai sumir se eu me trancar no quarto e ficar chorando, então se eu tiver que escolher a forma como quero viver meus últimos momentos, não vou mudar nada.

– Esses não são seus últimos momentos – refletiu me fazendo sorrir. Damon tem o dom de tranquilizar as pessoas, e não são os seus olhos, não mesmo.

– Todos são os últimos momentos, ninguém sabe quando vai bater as botas, Damon – Ele riu e riu mais, banquei a filosofa agora, fazer o que? Eu tenho uma variedade de profissões a escolher.

– Agora eu sei por que o Nick esta caidinho por você – É porque eu sou demais, me calei não iria complicar a situação do loirinho – Mas, ainda acredito que você sofre de Bipolaridade, as vezes é tão infantil e outras tão madura.

– Eu não sou infantil Damon, eu sou divertida – Até pensei em mandar um “uhu”, no entanto fiquei na minha. E pela terceira vez, Damon caiu na gargalhada, começo a pensar que realmente posso ser palhaça, que tal piadista?

– E a Elena? Ela mau fala comigo, às vezes penso que ela me culpa por tudo – Damon ficou inquieto e passou a mão pelos cabelos, logo me encarando.

– A Elena, bem... Agente não daria certo e eu resolvi me afastar, não vim aqui para isso, entende? – Assenti, e aos poucos fui percebendo que era exatamente assim que o Klaus se sentia, é o trabalho dele, sei também que ele adora frisar a nossa idade, o que não pareceu ser um problema para tantas pessoas, contudo ele não é qualquer pessoa, enfim, resolvi não atrapalhar mais, ficar no meu canto e deixar que a vida me leve.

– Vamos para casa Damon? – Ele assentiu terminando de tomar o suco de maracujá que já estava quente, o que faz ele fazer uma careta levemente engraçada e cuspir em cima da mesa, atraindo os mais variados olhares. Eu não vi isso, não vi isso.

– Não vai parar de rir não? – Perguntou ele, enquanto dirigia. Odeio decepcionar as pessoas, mas não, eu não iria parar de rir.

– Você cuspiu o suco, nem eu faria isso – Damon sussurrou um “foi sem querer” e me acompanhou, rindo das próprias lembranças. Atendendo o seu pedido, peguei seu celular no bolço dele o fazendo balançar a cabeça negativamente ao ver quem estava ligando.

– Não acredito! – Resmungou, Camille é o tipo de mulher que ninguém merece aguentar. Damon era o engraçado do trio poderoso, Klaus o líder gostosão e Camille a chata, porém, eu realmente não esperava que um diria iria conhecer esse lado tão informal do Salvatore que de vez enquanto soltava um palavrão.

Antes que eu pensasse em fazer qualquer coisa, Damon estacionou em frente à casa, e lá estava ela. Camille com os braços cruzados e um Kol debochando da cara dela. O Mikaelson é tão parecido comigo, me faz sorrir e ao mesmo tempo me sentir protegida, não sei como, mas ele me traz uma tranquilidade, uma paz. Ao me ver, ele abriu o sorriso mais encantador que poderia dar, e eu realmente pensei que lá vinha uma piadinha, contudo não foi exatamente isso que aconteceu, Kol simplesmente pegou minha mão e a beijou, oi?

– Viu Camille, eu posso ser um perfeito cavaleiro – A loira revirou os olhos sob a afronta dele – Claro, com quem merece – Uh, toma Camillerda, pensei em falar, contudo prometi para mim mesma não arrumar mais problemas, então apenas sorri.

O dia passou tranquilamente, a noite que foi realmente o problema. Klaus não tinha voltado, Camille levou Kol para busca-lo e, mais uma vez, eu não sabia o que estava acontecendo, Damon era outro que andava pela casa com o celular na mão, até simplesmente receber uma ligação do Nick dizendo que estava bem, e descobriu de quem era o carro. Ele não quis me dizer, mas naquele momento eu soube que algo a mais o perturbava.

NOVA YORK – meses antes

– Depois de anos, você está livre – Livre... o ódio é um sentimento que nunca te deixa livre, nunca te liberta e era exatamente isso que eu sentia, um desejo incontrolável pela vingança.

– Passar anos em uma clínica psiquiátrica não é fácil, e você conseguiu, deve se sentiu orgulhosa de estar totalmente curada.

– Eu nunca estive doente, já disse que não matei ela – Revirei os olhos sob mais uma acusação disfarçada de preocupação, não aguentava mais isso. – Meus pais virão me buscar?

Não queria voltar para Mystic Falls e eles me respeitaram, afinal, porque levar uma filha que sofre com problemas mentais sérios? Seria mais um escândalo na pequena cidade. Um dia eu voltaria, voltaria para me vingar de quem me acusou, de quem mentiu.

– Eu confesso que tentei botar fogo nela, mas todos estavam me acusando de algo que eu não fiz, eu não empurrei aquela ruiva idiota.

As pessoas costumam dizer que eu sempre tive sede por sangue, sempre gostei de ver o sofrimento alheio, talvez um pouco, porém matar uma amiga seria demais, quando mentiram, foi fácil para meus pais se livrarem finalmente de mim, era exatamente isso que eles queriam.

Matar a Caroline? Eu estava com raiva e acabei tentando atirar ela na fogueira, mas eu não queria a matar, eu apenas queria machuca-la como ela me machucou quando ficou quieta, concordando com tudo, eu confiava nela. Contudo, agora as coisas mudaram, agora eu queria a ver sofrer, vê-la chorar e implorar por perdão, aí sim eu vou a matar. Tudo pela Bonnie, e claro, como se esquecer da doce Elena.

– Quem é você? – Depois de três garotas estupidas, essa frase se tornou algo normal de se responder. Tirei a máscara, deixando os meus cabelos realçarem meu perfeito rosto.

– Mas... você? Eu não te fiz nada, não faz isso...

– Me chame de Djulen, querida, agora eu sou ela.

Atualmente

POV Caroline

– Caroline, eu vou te levar até a sua casa – Damon nem me deixou responder e foi logo me puxando, pela segunda vez, eu vi nos olhos do moreno a preocupação estampada para quem quisesse ver. Queria pergunta, mostrar que ele poderia falar comigo, porém me mantive calada, sei bem respeitar os momentos de tensão.

Não demorou para me largar em frente à minha casa com dois policiais, um deles era o Matt, minha mãe não estava ali, o que comprovou que as coisas estavam mais sérias do que eu pensei.

– Matt, o que está acontecendo?

– Eu não poderia te contar, mas parece que a Elena é a principal suspeita e... Eles acharam algo muito estranho na placa do carro, por isso te trouxeram para cá, a gente vai para a casa de campo da sua mãe.

A Elena? Duvidei no mesmo instante, no entanto não tive tempo de defende-la quando meu celular tocou revelando a foto de Stefan na tela. A voz do loiro saiu desesperada e só alguém o deixava assim.

– Eu sei quem é Caroline, vem para cá, a gente precisa de você, a Elena, ela... ela – Eu poderia ter negado e ficado no meu canto esperando alguém, contudo, a voz do Stefan me fez acreditar que eles precisavam de mim, precisavam que eu acreditasse neles, então fiz o que qualquer adolescente burra faria, menti que iria pegar algumas coisas e pulei a janela do quarto, afinal, eles são meus amigos, Elena é... Sempre foi mais que uma amiga, e mesmo depois de tudo, eu me importo ainda mais e me lembro das nossas promessas, sempre juntas.

Cheguei na casa dos Gilbert, esperando encontrar um dos dois, entretanto tudo estava escuro e ninguém parecia realmente estar ali, entrei lentamente me deparando com um Stefan escorado na parede e segurando fortemente a minha amiga, ela olhava fixamente a porta atrás de mim, me fazendo tremer a cada som de passos que insistiam em se aproximar.

– O que aconteceu? – Não era ele, parecia, mas não era o mesmo Stefan. O medo começou a aparecer quando ele me olhou e balançou a cabeça rindo... Aquela risada.

– Lembra de mim amiga? – Ao ouvir aquela voz, tentei enxugar uma lagrima que insistia em cair, eles sabiam que eu não teria deixado de vir, mas... naquele momento eu me arrependi de ter seguido meus sentimentos, não eram mais eles, acho que nunca foram.

– Corre – o sussurro de Elena me fez tentar correr e libertar ela dos braços de Stefan, tarde demais. Aquele tiro fez qualquer vestígio de esperança desaparecer, o corpo dela caiu aos pés dele que apenas sorriu, um sorriso estranho, doentio, horrível.

– Elena, aquenta – tentei segurar as lagrimas, porém, ao ver ela negar senti um pedaço de mim ir embora naquele instante, cada momento passou pela minha cabeça como uma lembrança distante, era o fim.

– Eu te amo...


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Notas finais do capítulo

Bom... Nada de Klaus nesse capitulo, isso porque esses momentos são bem importante para os acontecimentos futuros. A fic vai continuar seguindo do mesmo jeito que pensei a um ano atrás, então, a partir de agora, o Damon vai ser bem mais importante. Então mais uma vez, me perdoem pela demora e beijos



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