Divergente's Refúgio - Interativa escrita por MaryDuda2000


Capítulo 40
Isso Eu Amo


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora! Tive algumas eventualidades, porém cá estamos. Boa leitura! ^-^



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Narrador

– Então é isso?! Você não tem mais nada a dizer quanto ao que Katherine pretende fazer? – perguntava Helena, impaciente.

Desde o falecimento do único parente vivo, a garota tentava manter-se fria como um dia fora sua mãe. Tifanny sempre viu a filha como um erro de percurso, desde o momento em que engravidou, quando nasceu e Helena decidiu permanecer na Audácia. Sendo assim, viveu sempre no esquema cada um por si. De quando em quando, helena perguntava-se se a mãe poderia estar viva, até então recobrar a consciência de que Tifanny sempre a quis morta e se isso valesse entregá-la com Divergente, mesmo não sabendo dessa curiosidade sobre a filha, isso seria fácil como um estalar de dedos.

Então, simplesmente se encontrou no ritual de iniciação de nascidos da Audácia com Josh e por ventura, descobriu que ele era filho do irmão de Tifanny, um o qual a própria nem mesmo se dignou a conhecer. Por esse pouco tempo que tivera ligação com ele, Helena sentiu que realmente teve alguém que a queria bem, a ponto de escondê-lo de Robert. Mas tudo que é bom acaba rápido, então só resta esperar para saber o que fazer e ter a oportunidade de matar o desgraçado, ou desgraçada, quem fez isso.

– Olha, eu já disse o que eu sabia, ok?! Agora se for para você ficar me tratando assim, sempre com doze pedras na mão e sete no bolso a cada vez que não sei responder uma pergunta sua, eu vou embora. – alertou Samantha.

– E ta fazendo o que ainda aqui? – dispensou Helena, sem expressão.

POV Mia

– Mia, você por acaso viu Tobias? – Violet me perguntou mais uma vez.

– Não! Nem ele, nem Tris. – repeti, notando novamente o biquinho que fazia para sensibilizar e em questão de cinco minutos, já estaria me perguntando novamente a mesma coisa – Relaxa!

– Como posso relaxar?! Ele é meu irmão e não dá sinal de vida tem um bom tempo.

– Fica calma, Vi! – pedia Sarah que parecia entender o que eu queria dizer.

– Eu estou calma! – e realmente parecia. Sua voz não se alterava, somente as perguntas ficavam cada vez mais frequentes – Só queria passar um tempo com ele...

– Entendo. – tentei consolá-la e notei que definitivamente não tenho jeito para isso, então logo mudei de assunto – Violet, podemos conversar um pouquinho mais? – olhei para Sarah – Sozinhas?!

– Tudo bem, mas se esqueça do nosso combinado mais tarde, ok?! – alertou.

Sarah simplesmente deu de ombros e saiu. Voltei a encarar Luke, que ainda estava ao meu lado, quieto como se dormisse.

– Isso vale para mim também?! – ele perguntou e assenti – Tá bem, então! Fique com os seus segredinhos. – saiu rindo, dando uma rápida piscadela, arrancando risadas minhas e de Violet.

– O que foi? – indagou Violet.

– Quando eu cheguei no acampamento. Er... Mais ou menos isso, quando nos encontramos e a Hiendi tava junto...

– Sim, eu lembro. Foi até a primeira fez que eu encostei o cano de uma pistola na cabeça de alguém. Infelizmente foi na sua. – gargalhamos.

– Pois é. Mas você lembra por acaso de um vulto naquele dia? Eu juro que vi um vulto.

– Não. Não lembro disso – mexendo a cabeça de um lado para o outro excessivamente.

– Tudo bem então.

– Talvez tenha sido só o pessoal de Bruce – deu de ombros, tentando disfarçar que estava um tanto “nervosa” com minha pergunta.

– Pode ser. – assenti – Vai lá! – apontei para Sarah e logo Violet se foi.

Não muito depois, Luke retornava. Talvez agora eu tenha que concordar com Lena em alguma coisa: Violet pode ter só treze anos, mas ainda sim guarda muito segredos.

– O que foi? – perguntou Luke.

– Nada não. – levantei.

– Então, o que vamos fazer hoje? – Luke já estava de pé novamente, defronte a mim, estendendo a mão, a qual segurei e com um puxão forte, vi-me colada em seu corpo, rosto a rosto, mesmo ele sendo um pouco mais alto que eu.

– Vemos no caminho! – dei de ombros de saímos.

POV James

Kylie tinha saído para dar umas voltas e até então não retornara. Decidi ir atrás dela, sabe lá onde estivesse. Depois dessa morte de Josh, o que eu menos quero é que ela fique andando por aí sozinha. Eu sei que ela pode sim se defender bem, mas não é tão fácil assim. Não é a primeira vez que isso acontece.

– James! – Kylie correu em minha direção, dando um pulo emendado num abraço.

– O que foi? – perguntei.

– Nada! – respondeu ainda com um sorriso enorme no rosto. Pelo menos, ela estava feliz, né?! Esquisita, mas feliz – Quero dizer, tem uma coisa sim. Eu descobri uma Fazenda da Amizade aqui por perto. Não tão perto, mas ainda sim perto.

– Kylie, você sabe que isso é perigoso.

– Eu sei, mas escuta. Pensa comigo! A Amizade tem como a ideologia o companheirismo. Sempre felizes e não fazem mal a ninguém. Porque machucariam a gente?

– Por que Jeanine quem deve estar mandando em tudo na cidade agora?!

– Não é que... – interrompi.

– Isso é perigoso demais.

– Eu sei que é perigoso, James, mas a gente já vive em perigo constante. Não tem como fazer outra coisa. Acredite em mim, se nós convencermos o pessoal na Amizade a ficar do nosso lado, podemos ter uma chance contra Jeanine e acabar de vez com essa perseguição.

– Tudo bem, tudo bem. – tentei acalmá-la. Acho que nunca tinha visto Kylie tão eufórica antes. – A ideia é válida. Mesmo que eu não concorde muito. – vi ela fazendo uma cara de um tanto desanimada – Mas podemos ver isso depois, ok?!

– Por que depois?! Temos que começar desde já! – insistiu.

– Desculpem atrapalhar a briguinha do casal, mas eu realmente gostaria de saber onde Tobias está! – uma voz masculina rouca chamou-nos a atenção.

– Marcus? – Kylie indagou – Nossa! Você ficou sumido por tanto... Tempo – completou com um sorriso meio frouxo.

– Marcus? Quem é ele? – inquiri. Eu realmente não sabia de onde ele tinha saído direito, apesar de seu rosto ser ligeiramente familiar. Sim! O líder da Abnegação. Pai de Quatro. Como não tinha me tocado nisso antes?! Mas eu nem sabia que ele estava vivo ainda ou estava aqui na floresta com a gente – Esquece! Sei quem o senhor é!

– Quatro está no acampamento. Mas onde você estava? – Kylie perguntou.

– Escutei a conversa de vocês e acho que a mocinha pode ter razão.

– Não foi isso que eu perguntei. Onde o senhor estava? – repetiu Kylie.

– Um dos garotos que fugiu de Chicago com Beatrice, Caleb, Tobias e eu, foi...

– Peter! – completei involuntariamente. De um pensamento, acabou sendo dito mais alto do que queria.

– Exatamente! – Marcus continuou – Queria dizer a Tobias que ainda está tudo bem.

– Talvez ele esteja agora com a irmã dele...

Nesse exato momento, Marcus interveio incrédulo das palavras que Kylie tinha dito. Realmente, essa busca dele por Peter, não valia sua ausência na vida do filho, principalmente depois de tudo que ele fez, mas também lhe rendeu a perda de muitas novidades.

– Como assim “irmã”?

– Pergunte a ele, ora! – segurei na mão de Kylie e tratei de sairmos dali.

POV Cassie

Estava tudo calmo... Calmo demais! Quem me dera Josh estivesse aqui. Ele era tão animado e...

– Cassie, preciso falar com você. – indagou Tyler se aproximou, e no susto, cai no riacho, numa parte um tanto mais lamacenta, mas ainda sim pude me levantar logo, apesar das juntas estarem doloridas, antes mesmo que Tyler chegasse mais perto.

Novamente tentei falar, mas parecia simplesmente ter um bloqueio. A cada palavra que eu tentava proferir, minhas cordas vocais estavam para sair, sendo rasgadas por vidro ou coisa do tipo. Eu reconhecia aquela voz, mesmo estando um pouco diferente podia jurar que conhecia a pessoa que fez tudo aquilo comigo.

– Olha, eu estava falando com Clary e... – simplesmente deixei de escutar o que dizia. Era como se meu cérebro não assimilasse as palavras porque eu me permiti perder-me em devaneios.

Clarissa gostava de Josh e eu sabia disso. Ele sabia e me contou, assim como disse que gostava de mim, mas como amiga, assim como ele dela, contudo Clary sempre que aparecia tentava nos afastar sempre que estávamos juntos conversando e...

Recuperei no meio do discurso de Tyler, quando pude jurar que ele tinha dito o nome de Josh. Voltei a encará-lo.

– E? – consegui dizer ainda um tanto abafado. Pude sentir um gosto amargo na boca como sangue novamente assim como quando estava largada antes que Josh me encontrasse naquele lugar que nem me lembro onde.

– Josh que te encontrou e... Cassie, por favor, me responda, nem que seja com um sim ou não. É verdade essa história de Clarissa?

Eu não sabia o que dizer. Simplesmente tinha me perdido no meio da explicação. Não tinha como pedir para Tyler repetir tudo além de ser totalmente sem consideração por todo apoio que ele tinha me dado por todo esse tempo, desde que me salvou de morrer afogada nesse mesmo riacho.

Sendo assim, somente dei de ombros. Sua face mudou, agora parecia decepcionado. Levantou-se e saiu, sem dizer mais nada. Por que ele estava sim? Resposta errada? O que? Que idiotice a minha!

Ao mesmo instante, fiquei de pé e fui atrás dele.

Narrador

– Sarah, você por acaso viu o Scott? – perguntou Alice, aproximando-se de Sarah e Violet que estavam conversando baixinho em meio a risadas abafadas por elas mesmas como se fosse para não chamar a atenção.

– Ah, sim! Ele disse que era pra eu te entregar isso. – mostrou um pedaço de papel na palma da mão. Intrigada, Alice pegou-o, agradecendo a irmã com um aceno de cabeça e se afastou um pouco, fingindo tranquilidade enquanto por dentro remoia-se de curiosidade para saber o que estava escrito.

And now I don't know why // E agora eu não sei por quê
She wouldn't say goodbye // Ela não diria adeus
But then it seems that I // Mas então parece que eu
Had seen it in her eyes // Vi isso nos olhos dela

Ao abrir o pequeno pedaço de papel, deparou-se ainda com perfeita caligrafia, mesmo com a tinta da caneta um tanto borrada pelo suor em suas mãos conta de suas mãos e umedecia o mesmo, Alice tomou cuidado para não rasgá-lo e tratou de ler a simples frase: “Me encontre onde o campion é tocado pelo sol.”

No mesmo momento, Alice pôde jurar já ter escutado esse nome. Não se tratava do acampamento, seu centr ou qualquer lugar comum, mas sim alguma coisa especial, o suficiente para que Scott a quisesse encontrá-la lá, porém não se recordava direito do que seria. Já tinham passado por tantos lugares fora de Chicago desde que se conheceram e...

Alice simplesmente olhou para o céu e um feixe forte de luz que ultrapassava as folhas verdes escuras da copa da árvore acima de si atingiu seus olhos, percebendo então os pequenos brotos que nasciam e eram iluminados pelo sol.

Simplesmente recuperou dos devaneios já com a resposta. Campion! Esse era o nome da flor rara que Scott tinha lhe mostrado no outro dia, dentro do tronco de uma árvore, onde somente as pétalas eram tocadas por pequenos feixes de sol.

And it might not be wise // E poderia não ser sensato
I'd still have to try // Eu ainda tenho que tentar
With all the love I have inside // Com todo o amor que eu tenho aqui dentro
I can't deny // Que não posso negar

Agora Alice só precisava recordar qual era exatamente o caminho, logo que no dia em questão tinha Scott tinha a levado até a flor, ela estava tão entretida com a conversa com o rapaz que nem mesmo deu-se conta de por onde andava.

Por sorte ou destino, a própria simplesmente esbarrou da árvore. Preso a ela estava mais um pedaço de papel, o qual Alice fez questão de pegar e lê-lo. “Ok! Você lembrou o caminho. Boa memória como sempre, né?! Agora vamos lá. Lembra onde foi que nos encontramos pela primeira vez?! Você procurando Cassie e eu com Tyler?!”

Ela não entendia o porquê ele estava fazendo aquilo, porém a tanto tempo não brincava de coisas simples assim. Talvez desde quando deixou de encontrar uma amiga da Amizade na escola escondida, contudo, isso parecia muito melhor e Sarah sabia de tudo. No entanto, onde isso daria?!

I just can't let it die // Eu simplesmente não posso deixar isso morrer
Cause her heart's just like mine // Porque o coração dela é como o meu
And she holds her pain inside // E ela guarda suas mágoas por dentro

Com certeza, uma característica que Scott percebera em Alice desde sempre foi a boa memória. Ela lembrava bastante de muitas coisas, principalmente quando as considerava importante demais para perder.

Em meio ao caminho, cruzou com Lucy e Caleb que seguiam piamente para algum lugar. Alice não sabia qual era nem imaginava. Para ser mais exata e sincera consigo mesmo, nem mesmo se importava. Desde que Alek matara o pai de Lucy que Alice não via a amiga, como já considerava a moça, tão animada, assim como Caleb após a morte bastante suspeita e ao mesmo tempo heróica, ao seu ver, de Hiendi.

Isso era bom e ao ver o sorriso de ambos, Alice não se conteve em sorrir também.

So if you ask me why // Então, se você me perguntar por quê
She wouldn't say goodbye // Ela não me diria adeus
I know somewhere inside// Eu sei que em algum lugar por dentro

Após um curto e rápido cumprimento, Alice pôde sentir o vento gélido em sua nuca. Uma sensação estranha percorreu todo seu corpo até notar no chão algo familiar.

Seu brilho era fosco diante a pedra verde que estava coberta por terra, mesmo assim, ela abaixou-se para pegar o tal colar.

Sentiu por uma fração de segundos seus olhos se encherem de lágrimas, antes de tristeza. Aquilo um dia fora seu presente de aniversário para a mãe. Repentinamente, as emoções se confundiram e se aproximaram ao máximo do que podia ser considerada alegria.

Seus pais se foram, porém deram as vidas protegendo ela e Sarah, sem contar que a dera companhia para a vida toda. Alguém que só queria seu bem e sempre a fazia sorrir. Sarah podia ser só sua irmã mais nova, entretanto, desde sempre foi sua melhor amiga, e a própria a entregou o primeiro papel. Não podia se esquecer de Scott. Ele a esperava. Sendo assim, colocou o colar pendurado a um galho, enxugou as lágrimas que nem mesmo percebera ter escorrido e deu as costas, sendo recebida por uma nova brisa, que a fez sentir-se como nunca, mais leve.

There is a special light // Há uma luz especial
Still shining bright // Ainda brilhando intensamente
And even on the darkest night // E mesmo nas noites mais escuras
She can't deny // Ela não pode negar

Mais uma gota de suor escorria pelo seu rosto, agora caíra na lente, deixando-a embaçada. Onde estaria Alice?!

Scott nunca tinha sido muito bom com palavras proferidas, assim como nunca tinha se apaixonado por alguém. Agora que simplesmente tinha se desligado de todo seu passado, ou ao menos tentava, conseguiu pela primeira vez na vida, alguém que vivera tão diferente, mas ainda sim era tão parecido com ele.

O rapaz se levantou e começou a andar em círculos. Estava nervoso e o sal do suor agredia seus olhos mais que a própria luz do sol, mesmo que o rapaz estivesse a espera da amada sob a sombra de algumas árvores.

Será que ela demoraria muito a chegar?! Sarah tinha entregue mesmo a cartinha?! Será que Alice conseguiu lembrar o caminho para o Campion, ou por acaso, justo dessa vez, a memória tinha lhe traído?! Perguntas assim não saíam da mente do rapaz enquanto os minutos pareciam passar rastejando.

So if she's somewhere near me // Então, se ela está em algum lugar perto de mim
I hope to God she hears me // Eu peço a Deus que ela me ouça
There's no one else // Não há ninguém
Could ever make me feel // Que poderia me fazer
I'm so alive // Sentir-se tão vivo
I hoped she'd never leave me // Eu esperava que ela nunca me deixasse
Please, God, you must believe me // Por favor, Deus, você tem que acreditar em mim
I've searched the universe // Eu procurei em todo o universo
And found myself // E me achei
Within' her eyes // Dentro dos olhos dela

– Scott?! – chamou Alice e o rapaz virou bruscamente.

Um sorriso se abriu na face de cada um deles. A menina correu para um abraço apertado. Há quanto tempo não se viam? Duas ou três horas? Simplesmente parecia ainda maior quando eles se desencontraram propositalmente.

Claro que passar um tempo com sua irmã e com Alyssa e Lucian era maravilhoso, mas ela não compreendia essa vontade de tanto querer retornar a ver Scott. Seria medo de perde mais alguém que gosta muito?!

No matter how I try // Não importa a forma que eu tente
They say it's all a lie // Eles dizem que é tudo mentira
So what's the use of my // Então, qual é o papel das minhas
Confessions to a crime // Confissões de um crime
Of passions that won't die // De paixões que não morrerão
In my heart // Em meu coração

– Nossa! – o rapaz disse ao findar o abraço – Eu achava que você não vinha mais, ou que Sarah não tivesse entregue o papel.

– Ah, sim! Sarah pode ser ciumenta, mas garanto que não te sabotaria dessa maneira. – Alice riu e Scott corou imediatamente, ajeitando os óculos que descia pelo nariz para disfarçar o nervosismo.

– Fico feliz com isso.

– Então, o que fez com que você me trouxesse aqui? – perguntou Alice, encarando-o.

– Ah, sim! É que... Bem... Eu... Queria falar com você.

– Tudo bem! Pode falar!

– É que eu... – o rapaz fechou os olhos e respirou fundo – Eu falei com Sarah e Violet. Elas disseram que estavam tentando, há algum tempo já, juntas nós dois.

– É... – Alice corou.

– Cara, eu sou muito besta. – sussurrou para si mesmo a Alice não pôde conter uma risada – Desculpa! – riu envergonhado – É que eu gosto muito de você e queria que tudo isso fosse perfeito.

– E está sendo. – Alice tocou a mão do rapaz. Ela não sabia mais se era só a mão dela que estava suada, ou se era somente o nervosismo que fazia com que ela pensasse nisso.

– Eu não sou um cara tão legal, mas...

– É sim! – Alice, segurou sua outra mão. Como tinha tido tanta coragem até agora? Antigamente o mais perto que chegava de um garoto era sentar ao seu lado na escola – Um dos garotos mais legais que já conheci.

Ficaram se encarando por alguns segundos, minutos até quem sabe. Estavam tão perdidos um nos olhos do outro que nem mesmo.

– Eu... Acho que... – Scott quebrara o silêncio, no entanto ele se efetivou novamente. Entretanto, dessa vez, era diferente. Nunca estiveram tão próximos, pois nem um abraço tirou-lhes tanto a respiração, nem mesmo a água quando se nada, nem mesmo um salto de um trem em movimento. Nada tinha comparação!

A distância dos lábios de ambos de um para o outro não ultrapassava quatro centímetros. Quando se encontravam, já estavam num beijo. Delicado e simples, sendo simultaneamente especial. O primeiro de ambos, de muitos que desejaram ao mesmo instante, como se perder num sonho e nunca mais querer sair.

Alguns sonham com fantasmas. Fantasmas são reais e dão muito mais medos que lençóis flutuantes. Mas também existem coisas boas, as quais também são reais, se você lutar para que aconteçam. Sim, aquilo era um sonho-realidade!

And now I don't know why // E agora eu não sei por que
She wouldn't say goodbye // Ela não diria adeus
It just might be that I // Mas então parece que eu
Had seen it in her eyes // Vi isso nos olhos dela
And now it seems that I // E agora parece que eu
Gave up my ghost of pride // Sacrifiquei o fantasma do meu orgulho
I'll never say goodbye // Eu jamais direi adeus


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Notas finais do capítulo

Música escolhida: This I Love - Guns N'Roses -> https://www.youtube.com/watch?v=XmV1fL7yl_c [encontrei-a por acaso e achei que combinava com eles. É fofa demais!]
Acertos do casal: 2 (Raven e Lucy).
Gente, esse capítulo era para ter sido postado dia 11/01, meu aniversário, mas sem querer salvei o capítulo em outro arquivo e somente hoje achei. Bem, espero que entendam!
Até o próximo! rs