Divergente's Refúgio - Interativa escrita por MaryDuda2000


Capítulo 32
Bolinho


Notas iniciais do capítulo

Fim de provas! ^-^ Livre para postar. FÉRIAS!!!!
Espero que gostem do capítulo novo e saiu antes do esperado, né?! (que seria Dezembro) rs Fiquei de bom humor esses dias porque enfim recebi a premiação do Concurso Internacional de Cartas do Correio. Fiquei na terceira colocação da etapa estadual, porém a premiação era para ser em Maio, contudo foi atrasada pelas eleições e copa do mundo, o que me fez ganhar essa só semana. Os personagens (a maioria) estão de bom humor junto comigo. Bem, espero que gostem!



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POV Lucy

– Então, primeiro os convidados – abriu Estela a porta de tela, seguida a porta de madeira. Caleb entrou primeiro, seguido de mim e, por último, Estela – Por favor, sintam-se em casa! Sabe?! Já está na hora do café. Fiz dois bolos, espero que queiram ficar para o lanche. – ela saiu da sala sorridente caminhando até a cozinha e Caleb a seguiu, logo fui atrás sem muitas opções.

– Deve estar uma delícia, só pelo cheirinho... – ele sentou-se a mesa e Estela corou tanto que sua pele branca parecia pimentão – Qual o sabor?

– Sabores! – ela deu uma nova risadinha. Já disse o quão irritante estava sendo ela. Bem, que fique aqui, agora e para sempre bem claro que eu nunca vou entender o objetivo dessa facção ridícula de bobos da corte. Falo mesmo, ou melhor, penso – Chocolate e banana com canela. Espero realmente que gostem de algum deles.

Ela colocou então os dois bolos sobre a mesa, ambos ainda exalavam fumaça e o cheiro percorria por todo o ambiente. Em seguida, serviu-nos uma espécie de chá em xícaras de porcelana e pedindo licença, deixou-nos a sós na cozinha.

– Uma delícia! Você tem que experimentar! – recomendou Caleb enquanto já pegava o segundo pedaço de bolo de banana com canela.

Surpreendentemente, barulho de pés correndo de um lado a outros chegaram até a cozinha. Um garotinho de cabelos pretos azulados e olhos em tom mel com um curioso risco roxo no centro sorriu docemente para mim enquanto pegava uma caneca do chá e um pedaço de bolo de banana, voltando a correr para o lugar de onde veio, desaparecendo num corredor que se iniciava na pequena sala.

– Espero que Íkaro não tenha lhes assustado. É meu irmãozinho caçula. – ela pegou uma xícara de chá e sentou a mesa para nos fazer companhia – O que fazem fora da cidade?

– O que vocês fazem fora de Chicago? – interrompi Caleb antes mesmo que ele pudesse dizer alguma coisa.

– Nossa missão é viver aqui, na fazenda, onde produzimos parte dos mantimentos que vão para a cidade. Trocam de família a cada dois meses. Mas acho que estão a pouco tempo viajando para ser a primeira fazenda que encontram, não é?! – explicou calmamente, agora com o sorriso pouco mais contido ao falar.

– Mais ou menos – iniciou Caleb – Já tem um tempinho que estamos fora da cidade, mas não andamos muito por aqui.

– Ah, entendo perfeitamente! – ela voltou a ter o sorriso de orelha a orelha – Estão sozinhos?

– Não! – respondi – Há alguns outros também. Moram só vocês dois aqui?

– Na verdade, não. Bryan também. Ele é meu primo mais velho e um possível candidato a marido – seu olhar ainda sorria, ao contrário dos lábios mais fechados enquanto bebia um gole do chá – Acho que mandaram a gente aqui para isso, não é mesmo?!

POV Cassie

Meu corpo ainda doía um pouco, contudo conseguia ficar em pé. Toquei meu rosto e só senti a leve camada de sangue seco nas bochechas e na gola da camisa. Andei por mais um tempo, quando enfim senti uma mão agarrar-me pelo ombro.

Virei o mais rápido que pude colocando-me em posição de luta, entretanto ao perceber a figura conhecida se aproximando, desmoronei em seus braços.

– Cassie?! Cassie?! – dizia a voz de Josh cada vez mais longe – Cassie! – fui atingida por uma grande quantidade de água sobre meu rosto.

– O que aconteceu? – perguntei desorientada. O cenário agora era completamente diferente e nem sei se de fato eu devia agradecer por isso. Estava com a cabeça apoiada na perna de Josh, próxima ao poço, o qual eu e Alice nos conhecemos, o que me trouxe até aqui, salvando e me colocando em novos perigos.

– Você apagou. Eu te trouxe para cá, já que não estava tão longe. Por acaso sabe o que Tyler está passando. Ele está paranoico procurando por você, ta?!

– Ai! – tentei me sentar, mas ele me puxou, deitando no chão.

– Eu poderia te deixar aqui e chamar ele. – sugeriu colocando a mão sobre o queixo – Perigoso demais! Vamos! – Josh me puxou, segurando-me pelo braço em volta de seu pescoço e com a outra mão pela cintura, puxando-me para si a fim de ajudar a carregar meu corpo.

Narrador

– Pode deixar que eu cuido dele, Lena! – afirmava novamente Clarissa ao conseguir finalmente pegar Lucian nos braços.

– Eu sei, mas é que... Ele está dormindo ainda. Nem parece que nasceu hoje, né?! Grandão! – falou como se as poucas horas de alegria que passara com o bebê parecessem uma eternidade calorosa a seu ver.

– Vamos logo, Lena! – puxou Miguel em direção oposta tentando afastá-la.

– Pode deixar que ajudo a tomar conta dele – riu Raven enquanto se afastavam.

– Não, não! Deixe Alyssinha comigo! –falou firmemente Reyna pegando no colo a pequenina que brincava sentada com os sapatinhos – Você e Dean precisam de um tempinho para vocês, senão essa novelinha vira um saco e depois será um horror ter que aguentar uma mãe mandona e um pai entediado. Então fica a dica, não virem isso! Vão!

– Tudo bem – Raven gargalhou enquanto prendia os cabelos em um rabo de cavalo firme – Ah, outra coisa! – aproximou-se, sussurrando no ouvido de Reyna – O rosto ainda evidenciando os seus assuntos com Dimitry ali por trás, ok?! – riu.

– Não preciso esconder nem dar satisfação da minha vida para ninguém – deu de ombros abrindo um sorriso um tanto malicioso, que aumentou ao encontrar a imagem de Dimitry do outro lado, encostado próximo a uma árvore a encará-la.

POV Helena

– Cabeças rolaram e ainda rolará mais! – anunciou pendurada como uma macaca num galho a lagartona de cabelos longos que a pouco estava lutando com Emma.

– O que você quer dizer com isso? Se estiver procurando alguém para que a sua role agora, sinto muito, mas perdeu seu tempo. Não estou a fim de quebrar minhas unhas hoje. Talvez amanhã... – fui interrompida uma navalha que fincou em meu braço. Segurei o urro de dor e retirei a lâmina, largando-a no chão, encarando piamente a menina que agora descia da árvore.

– O que eu estou fazendo é só comemorar – deu de ombros com um sorriso cínico e sincero, ao mesmo tempo, no rosto.

– O que? – cruzei os braços tentando fazer pressão discretamente para estancar o sangue. Aquela mutação científica de iguana tinha me atingido desarmada. Golpe mais que baixo. Acho que nem Eric agiria assim.

– Ai... Loiras! – revirou os olhos – Eu só estava anunciando para você que Emma foi-se. Tchau e bênção. Tomara que o capeta não tenha pena dela, porque se tiver, ela vai sofrer mais em morte que em vida.

– Aquela mochila verde era sua? Por isso a matou? – indaguei. Bem, o jeito como a iguana em formato família atingia só confirmava cada vez mais a ideia que Emma estava calma demais porque tinha roubado o estoque de drogas dessa aí. Pior de tudo é que fumei um cigarro daquele. Tomara que não fique assim.

– Também, mas pode ficar. Eu queria só uma coisinha, nada mais. – comentou pegando a navalha no chão e colocando na cintura. Um de seus braços agora estava nu já que a manga da camisa tinha sido brutalmente arrancada de lá, por pouco não deixando sua intimidade superior a mostra, diversos traços, desenhos, símbolos... Sem dúvidas, Emma e lagartona tinham alguma coisa incomum, principalmente a mania doentia de se cortar – Ah, quase ia esquecendo de uma coisa. Além do recado para quem se meter com a gente, Robert pediu para eu avisar que se por acaso ao loirinho quiser ter suas quinquilharias de volta, o que por acaso chama de “armas”, para ele ir até o acampamento. “Se for homem o suficiente, ele irá sozinho ou até mesmo acompanhado da piriguete de cabelo azul e honrado terá que me derrotar para conseguir as armas de volta” – para ser mais exata!

– Ok! – murmurei cerrando os punhos enquanto ela partia.

Fiz meu caminho de volta e não tão fiquei surpresa em me perder. Ótimo! Isso era realmente só o que faltava. Para fechar com chave de ouro, escutei barulho de corrida freneticamente na direção em que me encontrava. Tomei a faca em mãos e quando o corpo se aproximou, sai de onde estava a fim de atingi-lo.

Notei somente duas coisas acontecerem. Primeiro, acertei o tórax do infeliz perseguidor. Segundo, o mesmo me lançou para cima tão rápido que só senti minha cabeça batendo a pedra e o sangue escorrer pelo nariz.

– Qual é o seu problema? – ele lançou a faca ao meu lado que quase atingiu minha mão. Estava ereto e apesar da camisa branca manchando-se cada vez mais de sangue, não parecia apresentar nenhum dor.

– Tipo assim, Ty. Só estamos uma floresta cheia de gente com sede de sangue onde não podemos confiar em ninguém. Aí vem um indivíduo correndo que nem retardado logo depois que eu esbarro com uma iguana gigante ou uma anomalia de lagarto que atirou no meu braço. Sério mesmo que você queria que eu parasse para perguntar seu nome, tipo sanguíneo, facção, família e história?

Ele não disse mais nada. Só se virou e saiu emitindo enfim uma tosse misturada com urro, de dor, supus.

Narrador

– Violet? – perguntou Lucy ao se aproximar.

– Oi! – responderam Sarah e Violet simultaneamente. Ambas andavam recentemente tão unidas que atenderem ao nome uma da outra não seria problema.

– Hoje é seu aniversário, não é pequena?! – Lucy sorriu e imediatamente obteve retorno das duas – Sei que não é muito, mas... – ela tirou do bolso um bolinho com pedacinhos de chocolate sobre ele – Só não tenho vela.

– Como conseguiu? – perguntou Sarah.

– Prefiro não falar agora, porém talvez vocês conheçam mais para frente. – Lucy olhou quando Caleb passou e lhe destinou um sorriso com o rosto um tanto corado e Lucy assentiu com a cabeça – Consegui um para você também, só não espalhe, porque não foi fácil.

– Obrigada! – as duas pularam sobre ela dando um abraço.

– Tudo bem! Só não pego mais se me enforcarem agora. – as garotas soltaram – Vocês são bem fortes para doze anos, hein?! – olhou para Violet – Treze, perdão. E doze.

– Sem problemas! – elas sentaram-se e retornaram a conversar, quanto Lucy se aproximou de Alice e Scott, o qual estava piamente concentrado na tela do notebook.

– Oi, Lucy! – cumprimentou Scott sem nem mesmo olhar para ela, fazendo com que Alice notasse sua presença.

– Oi! – retrucaram Lucy e Alice juntas.

– Algum sinal de Alek? – inquiriu Alice solidária e preocupada.

– Não. – deu de ombros Lucy – Ela pode fugir, porém ainda sim vou acabar com ela.

– Parece até a Rose falando que vai matar Robert.

– A diferença é que Rose não faz mal a uma mosca e está como sempre junto de Tanner que a coloca no lugar. Eu não e sou muito mais perigosa do que imagina – piscou.

– Droga! – Scott bateu com as mãos na tela do notebook.

– O que aconteceu, Einstein?! – ironizou Lucy rindo e Alice não conteve o sorriso.

– A bateria acabou. – expôs indignado.

– Mas é claro! Já tem umas quatro horas que você está ai. Já são dezessete horas. Você começou a fazer isso de manhã. Uma hora ou outra, ia acabar a movimentação de elétrons no sistema de comando... Ah, esquece! Nunca fui muito boa em química, mas você entendeu.

– Certo. Quero dizer, você está certa. É mais ou menos isso ai. – Scott endireitou os óculos e arrumou os cabelos – Acho que tenho que descansar um pouco.

– Isso! – Lucy se levantou estendendo a mão a Alice e puxando-a, oferecendo em seguida a mão a Scott – Vão passear, porque os dois ai sentados sem fazer nada já está sendo estressante, ok?! Andem logo e eu vejo se consigo dar um jeito no notebook. – expulsou ambos quase a pontapés, caso Alice não puxasse Scott rapidamente.


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Notas finais do capítulo

Espero que não tenha ficado um capítulo chato... Ficou?! Não sei bem porque, mas é que a luta que alguns esperam ainda vai demorar um pouquinho só, sabe?! Porém fiquem tranquilos, que vou caprichar.
Gostaria de fazer uma brincadeira: mandem para mim por MP alguma informação extra sobre os seus personagens, algo que tenha a ver com a sua personalidade. Achei bem interessante revelar. Pode ser manias ou algum acontecimento, medo, sei lá. Alguma coisa que gostem e achem engraçada.
Luke X Robert! Haha Acho que dará o que falar.
Gente, gostaria também de avisar que tem uma fic nova, é só um capítulo, mas bem elaborado e simples, uma songfic com "One for the Road" dos Arctic Monkey. Interessados: http://fanfiction.com.br/historia/564097/One_for_the_Road/
Fantasminhas?! Podem aparecer, ok?! Prometo que não machuco ninguém.
Até! :)