POV. Steve Rogers

Eu cansei. Não vou mais me impressionar com Fury. O cara ainda tinha um dos jatinhos da S.H.I.E.L.D. sob sua posse e usou-os para nos fazer chegar mais rápido na Coreia. Inacreditável.

– Capitão Rogers? – Ouvi a voz de Maria Hill atrás de mim.

– Sim, Hill? – Perguntei educadamente.

– Poderia me acompanhar, por favor? Quero lhe mostrar uma coisa. – Antes que eu respondesse, ela se virou e foi andando até outro compartimento. Eu a segui. Quando chegamos a uma porta, ela se virou e disse:

– Bem, Capitão, Sam Wilson possui seu traje. Está na hora de conhecer o seu novo uniforme.

Quando o vi, achei incrível. Eles juntaram todos os meus uniformes até o momento e, aparentemente, o blindaram. E notei o detalhe no ombro: Não era uma estrela. Era um “A”.

– Uau. – Foi só o que consegui dizer. Maria sorriu.

– Ah! E, antes que eu me esqueça... – Ela se virou e pegou algo que estava apoiado na parede. Quando o entregou para mim, não pude acreditar.

– Meu escudo! – Eu o peguei e passei a mão por ele – Onde conseguiu?

– Um senhor o encontrou e vendeu para o Smithsonian por 300.000,00 dólares.

– Ele vale mais que isso. – Murmurei – Obrigado, Hill. Muito, muito obrigado. – Eu apertei sua mão e coloquei o escudo nas minhas costas novamente, extasiado. Adeus, Beretta!

Quando estava prestes a sair do cômodo, Sam apareceu.

– Parece que encontramos eles, Cap. – Imediatamente depois que ele disse isso, o jato deu um solavanco enorme e virou-se para a esquerda. Todos nós fomo lançados para o lado e, atordoados, não conseguíamos nos levantar, já que o jato não parava de sacudir.

– É, Sam, encontramos mesmo. – Falei, conseguindo me estabilizar e me manter de pé – Vão ver se precisam de ajuda. Vão! – Gritei. Hill e Sam correram para fora para ver o que estava nos atingindo. Eu me virei e vi o meu mais novo presente.

Hora de se vestir.

POV. Sam Wilson

Quando eu e Hill (que, vale ressaltar, é bem gatinha) chegamos à cabine em que o piloto estava, eu peguei logo minhas asas enquanto Hill perguntava:

– O que foi que nos atingiu?!

– Esse é o problema, Hill! Nós não sabemos! – Respondeu ele, aos gritos. Eu estava colocando a outra alça da mochila mecânica quando outro solavanco atingiu o jato. Cambaleei um pouco, mas consegui colocar as asas.

– Abra a porta, agora! – Gritei para o piloto, já me preparando para voar. Assim que as portas deram brecha o suficiente para me deixar sair, pulei.

No ar, ativei as asas e planei. Olhei para baixo e fiquei impressionado com o fato de realmente estarmos na Coreia. Esse jato da S.H.I.E.L.D. realmente é rápido.

Mas não se comparou com a minha surpresa ao vir o que está acontecendo com esse país. Por onde eu passava, tudo estava destroçado. Prédios, casas, estabelecimentos. Não tinha sobrado nada. Então eu ouvi um rugido estridente e logo depois uma coluna de aço enorme voou até mim.

– WOW! – Foi o que consegui dizer enquanto me esquivava. Quando foquei de onde tinha surgido a coluna, enxerguei uma coisa grande, verde e viva.

– É, Hulk. Você é maior do que falam. – Eu disse, pegando minhas Uzis e fazendo uma manobra para tentar acertá-lo. Eu acertei, mas é claro que não teve efeito nenhum. Ele só ficou mais zangado e jogou um pedaço de concreto enorme em cima de mim. Esquivei-me por pouquíssimo.

– Ok, pessoal, avistei o alvo. – Falei no ponto eletrônico – Mas vou precisar de refor... – Antes que pudesse terminar a frase, algo me atingiu; mas não fora o Hulk. Veio do lado oposto. O que me bateu era pesado, que me fez perder a consciência e altitude por uns segundos, mas me recuperei a tempo. Quando olhei para trás, na direção da coisa que me atingiu, encontrei uma mulher (http://www.cinemaemserie.com.br/wp-content/uploads/2014/03/vingadores-2-set-foto-04.jpg) parada, de braços e pernas distantes um do outro, me encarando. Fora ela. Mas como? Será que ela era a irmã Maximoff, Wanda, a de poderes? Se for, que poderes ela tem?

Obtive minha resposta quando ela fez um movimento com as mãos e um bloco de concreto maior que o que o Hulk tinha lançado em mim começa a flutuar; então, numa velocidade impressionante, ele é lançado contra mim. Esquivo-me novamente, mas foi por tão pouco que o bloco passou raspando pela minha perna, cortando-a e fazendo-a sangrar. Mordo a língua para não gritar e começo a atirar contra a mulher, mas ela ergue uma parede inteira que bloqueia meus disparos. Solto um muxoxo e voo por cima do muro recém-erguido, voltando a atirar. Mas ela fecha os olhos com força e as minhas balas ricocheteiam, como que batendo num escudo invisível. Diminuo a altitude, para tentar luta corpo-a-corpo, mas sem sair do ar.

Não foi uma boa ideia.

Assim que diminuí a altitude, senti um vento atrás de mim e um puxão na minha asa direita; depois mais uma brisa e mais um puxão, na asa esquerda.

– Mas o que diabos... – Então vejo uma silhueta se mover muito, mas muito rapidamente em minha direção. Levanto voo, mas seguram meu pé e puxam. Quando olho para baixo, é um homem (http://stroiza.com.br/wp-content/uploads/2014/03/vingadores2_19.jpg) que me segura. Então, ele me dá um soco na barriga e some; eu noto a silhueta se movendo na mesma velocidade se afastando de onde o homem estava. Quando me dou conta, a mulher com a qual estava lutando antes me atinge com algo de metal; vou parar longe, mas consigo me estabilizar com as asas e volto para o alto.

– Rápido, gente! Preciso de ajuda! Eles são muitos e são fortes! – Falei novamente no ponto eletrônico.

– Estamos indo, Sam. – Ouvi Hill falando – Algum sinal do Agente Barton?

– Ele é capaz de correr mais rápido que o som ou é grande, verde e furioso?

– Não.

– Então não, nada dele ainda. Preciso de reforços e rápido! – Minha voz se esganiçou mais do que o normal quando vi o Hulk correndo em minha direção. Voei para mais alto, mas o Verdão pulou e me pegou no pé; Livrei-me dele voando mais alto e atirando na sua cara, mas ele não se feriu. Mas então algo voa e bate bem na sua barriga, ricocheteando de volta.

– Desculpe o atraso, Sam! – Escuto a voz de Steve embaixo de mim, pegando o escudo do ar – Hill está vindo! Eu cuido do Hulk! Pegue o rápido, já que consegue voar!

– Sim, Capitão! – Eu boto mais poder nas turbinas e procuro algo que se move muito rápido.

Encontro quando ele está indo na direção do Capitão.

– Cap, atrás de você! – Gritei, atirando no ponto que se movia velozmente. Steve se virou no mesmo instante, com o escudo em punho, bem na hora em que o homem dá um murro; seu punho se choca contra o vibranium e adamantium, e percebo que ele sente dor e desorientação. Aproveito a deixa e começo a atirar no homem de azul. Pelo pulo que ele dá e o líquido vermelho saindo, percebo que atingi seu braço; mas antes que pudesse acertar outro tiro, ele volta a correr.

“Já vi que vai ser um jogo de gato e rato”, pensei, voando atrás do corredor.

POV. Steve Rogers

Graças ao Sam, me livrei do soco mais rápido que poderia receber em toda a minha vida; mas não me livrei do mais forte.

O Hulk me atingiu com toda a força, o que me fez voar para o outro lado. Consegui amenizar o impacto da queda com o escudo, mas ainda senti a dor. O Hulk agora estava corendo atrás de mim, e eu joguei meu escudo contra ele; consegui bater justamente em seu rosto, mas só consegui aturdi-lo e fazê-lo cambalear para trás. O escudo voltou para minha mão e, na fração de segundo em que o Hulk se orientava, pulei e acertei um murro nele por detrás do escudo. A força e som foram muito grandes, então ele voou uns 3 metros e caiu no chão. Nesse meio tempo, pulei em cima dele e tentei fazer do modo mais fácil:

– Banner! Lembra-se de mim? Sou eu, Capitão Rogers! Por favor, lembre-se!

O Hulk me fitou e por alguns segundos eu achei que estivesse voltando. Mas ele contorceu o rosto em fúria, me segurou com uma das mãos e me jogou para o alto.

Estava começando a cair, mas Sam passou por mim e estabilizou minha queda, dizendo:

– Cuidado Cap! Ei, achei o corredor! – E voou atrás dele, me deixando no chão.

– Obrigado, Sam! – Gritei. Depois me virei e joguei o escudo novamente contra o Hulk, mas dessa vez, quando ele cambaleou, peguei uma barra de ferro enorme e meti na cabeça dele. A vibração o fez voar mais alguns metros, bater em uma parede e cair de novo.

– Bruce, Bruce! – Me abaixei ao seu lado – Você está bem? Sou eu, Steve! – Tirei o capacete para que ele me olhasse bem – Lembra?

Ele me fitou, aturdido; acho que a pancada forte e o fato de eu estar sem capacete começou a funcionar.

– “Esmague”. Lembra-se disso? Eu o mandei fazer isso quando lutamos contra os Chitauri. Bruce, nós somos um time. Não vamos ser como uma bomba relógio. Você é uma agora, Bruce. Deixe de ser uma bomba relógio.

Ele me encarou e suas sobrancelhas arquearam para cima; tive certeza de que ele estava voltando. Mas antes que pudesse dizer ou fazer qualquer coisa, algo me atingiu com força. Quando voei alguns metros, olhei para o lado e vi uma mulher, com tijolos e mais tijolos flutuando ao seu redor. Aparentemente um deles havia me atingido.

– Hill! Hill? Tem mais uma aqui! – Falei no ponto eletrônico – Precisamos de ajuda! Ela parece perigosa.

– Estou indo, Capitão! Estamos enfrentando problemas técnicos aqui!

Desliguei o ponto eletrônico e joguei meu escudo contra ela. Ela pressionou com força os olhos e meu escudo ricocheteou, sem nem encostar na garota.

– Mas o que...? – Ela jogou outro tijolo em minha direção e eu me protegi com meu escudo. Quando olhei por cima dele, vi que agora ela estava preparando algo muito maior. Não sei se meu escudo consegue segurar uma parede inteira.

Quando ela lança a mesma para mim, algo verde se aproxima e fica entre mim e o enorme muro que iria me esmagar. Quando olho pra cima, vejo o Hulk – Não, não o Hulk; Eu vi Banner.

– Que bom que voltou, amigo. – Eu disse, e Hulk sorriu. Ele vai atingir a mulher, mas ela joga uma coluna de aço contra ele, perfurando o ombro do Hulk. Ele grasna, mas leva seu punho contra ela; ela fecha os olhos com força novamente e a mão de Hulk pressiona o ar; mas ele não para. Ele coloca mais e mais força, e pela expressão da mulher ela foi fazendo mais e mais esforço. Mas enfim o punho do Hulk a atinge, e ela voa para trás; mas antes de bater na parede, ela lança um bloco de concreto na barra de aço que está cravada em Banner, perfurando-o mais. Ele rosna.

– Bruce, não precisa mais fazer isso; você está ferido. Tenha cuidado. – Ele olha pra mim e bufa, e quase pude o ouvir dizendo “Ah, cala a boca” e eu escuto os tiros de Sam ao longe. Então a mulher com poderes sai da parede, com o lábio e a cabeça sangrando, com puro ódio nos olhos. Ela ergue todos os blocos, tijolos e barras de ferro ao seu redor, pronta para jogar contra nós. Quando ela está prestes a lançar tudo isso, algo perfura sua barriga. Ela pestaneja, cospe sangue e tudo que ela havia erguido cai no chão. Quando olhei para sua barriga, vi o que a tinha atingido.

Uma flecha.

– Olá, Capitão. Bom vê-lo novamente. – Barton sai de trás de uma montanha de blocos de concreto, bastante ferido; ele sangrava, tinha um olho inchado e hematomas por todo o corpo. Sua roupa estava rasgada – Veio com alguém?

– Na verdade sim.

– Então vamos dar o fora daqui. – Gavião olhou para a mulher sobrenatural ao dizer isso. Então eu vejo que ela meche os lábios e murmura alguma coisa.

– Pietro... Vamos... Sair daqui... Rápido. Estou ferida... E você também. Vamos embora. – Então eu sinto uma brisa ao meu lado e, do nada, um homem aparece ao seu lado. Ele estava com sangue escorrendo pelo seu braço. Ele a pega no braço e desaparece, deixando apenas um rastro de poeira para trás.