Insignificantemente, você escrita por Amanda


Capítulo 5
Capítulo quatro




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E de um mês para o outro, a biblioteca se encheu, as mesas todas ocupadas por alunos concentrados na pilha de livros em sua frente. Durante manhã, tarde e noite o local se enchia. Mas para Hermione foi diferente, continuava estudando, claro que sim, mas alguns dias da semana, um pouco antes do pôr do sol, caminhava com sua bolsinha enfeitiçada para perto do campo de Quadribol, onde naquele horário ninguém aparecia. E aquele era um dos dias que tentava voar por alguns segundos, antes de desequilibrar-se e cair. Estava montada, ainda com os pés no chão, tomando fôlego.

—Precisa de ajuda! —Virou-se ajeitando a franja rebelde. Draco estava escorada em uma grande árvore com folhas verdes com tal vivacidade nunca vista. Desceu da vassoura, segurando-a firme entre os dedos nervosos. Percebeu que o rapaz usava o uniforme de Quadribol da Sonserina, estava treinando.

—Na verdade não, consigo fazer isso sozinha! —Respondeu seca e com frieza na voz, esbanjando a confiança que tinha naquela frase. Mas no fundo era mentira, precisa de ajuda e rápida. Fez um sinal para que o rapaz fosse embora, mas não seria tão fácil se livrar do loiro. —Como me achou?

Draco descruzou os braços e caminhou lentamente até Hermione, os andar do loiro era viciante, o movimento dos ombros largos e o cabelo bagunçado lhe traziam arrepios.

—Faz algum tempo que vejo você aqui, caindo da vassoura, semana passada teria quebrado o pulso, sorte sua que estava com a varinha e lembrou do “aresto momentum”. —Disse isso puxando as mãos da garota, e calçando-as com suas luvas de Quadribol, ficaram um pouco grandes, mas fechou-as bem para que não escorregassem. Hermione estava um tanto desconfortável com a aproximação, como se fosse ceder a qualquer momento, mas não daria o gostinho ao garoto.

Draco explicou-lhe tudo o que pode e durante o restante do mês, continuaram a se encontrar no mesmo lugar. Havia progresso de Hermione, que agora, já conseguia conduzir a vassoura segura de si, movimentando-a com graciosidade e desviando os obstáculos que Draco, de baixo lhe proporcionava. Hermione aterrissou majestosamente, cravou os dois pés no chão e saiu de cima da vassoura, segurando-a. Draco, de forma sarcástica, porém, orgulhosa, aplaudiu a castanha.

—Já pode jogar Quadribol! —Sorriu ligeiramente mostrando os dentes. Ato que surpreendeu Hermione, cuja durante o relacionamento, vira poucas vezes o loiro sorrir daquela maneira. Era um sorriso sincero, que pela primeira vez naquele ano, durante os meses de treino, Hermione sentiu-se balançada novamente. Mas apenas sorriu de volta.

—Não exagere, eu apenas precisava aprender a voar sem cair. —Riu-se, enquanto todas as vezes que caíra da vassoura, todas as imagens de suas quedas, passaram furtivamente pela sua cabeça. Não deixou de ruborizar, ao lembrar-se da noite, em que se encontrou com Draco no campo de Quadribol, e o mesmo a segurou quando caiu da vassoura. Sacudiu a cabeça, tirando as lembranças da mente. —Vamos?

O garoto pegou a capa, até então jogada sobre as folhas servindo de assento, enquanto observava e ajudava Hermione a voar. Não foi a tarefa mais fácil do mundo, depois de ajuda-la com a confiança, se tornou mais fácil e seu horário preferido do dia. Ao lado da castanha, seguiu pelos —vazios— jardins da escola, lado a lado, conversas bizarras e assuntos peculiares servia como entretenimento. Em um absurdo segundo, avistou Gina mais a frente, a ruiva a principio pareceu distraída, virou o rosto rapidamente para a esquerda — onde estava com Hermione— e em seguida para a direita. Simplesmente ficou tentado entre puxar Hermione para dentro do armário e vassouras ou deixa-la se explicar com Gina. Puxou Hermione pela cintura, tentando joga-la dentro do armário, grande erro, a porta estava trancada, e não daria tempo de usar “alohomora”. Jogou a capa na cabeça, encobrindo seu rosto, empurrando violentamente a garota contra a parede. Deixou seus rostos bastante próximos para que a capa cobrisse igualmente o rosto de Hermione. A garota sacudiu os ombros, tentando se afastar, mas Draco rapidamente pressionou sua barriga contra a da garota, tocando-a. Seus lábios roçavam um no outro impiedosamente, tortuosamente.

—Sua amiga ruivinha quase nos viu, fique parada e solte a vassoura. —Hermione não conseguia pensar com clareza, levantou o rosto, produzindo outro roçar entre suas bocas, soltou a vassoura escorada na parede e passou a mão pelo abdômen do loiro, parando com uma mão no peito do loiro.

Os passos se aproximavam e pareciam ter multiplicado. A voz de uma garota da Lufa-Lufa misturada com a de Gina, fez com que o coração de Hermione acelerasse, quase pulando pela a boca. Draco sentiu as garotas passarem pelas suas costas e trocou a posição da cabeça, passando para o lado esquerdo de Hermione. Tentando cessar o contato de seus lábios, passou-os para o pescoço da garota, beijando-o levemente.

—Bela vassoura. —Gina comentou rindo com a garota da Lufa-Lufa, ambas usando outros comentários impróprios para a cena do possível agarramento entre o Sonserino misterioso e uma garota. Nenhuma das duas havia reconhecido Draco, a não ser pela capa bordada com o brasão verde e prata. Tranquilizando o casal colado à parede. A ruiva seguiu caminho, virando no corredor em direção ao sétimo andar juntamente com a Lufana.

Hermione suspirou contra a pele do pescoço do garoto loiro, sua pele alva e empalidecida se arrepiou com a respiração da garota. De esguelha observou o corredor, agora vazio, e lentamente se afastou da nuca da castanha. Antes de separar por completo seus corpos, parou com o rosto próximo ao de Hermione, deixando seus lábios cruelmente próximos novamente. As respirações sincronizadas e ofegantes.

—Obrigada. —Sussurrou inesperadamente sedutora, contra os lábios rosados do Sonserino. Levando Draco à loucura momentaneamente. Com dificuldade para controlar os desejos interiores, afastou-se de Hermione, com um ímpeto movimento. Pegou a vassoura e entregou a garota, jogando as mãos no fundo dos bolsos e caminhando para longe. Atordoada, Hermione apenas seguiu para seu salão comunal, onde entrou discretamente por causa da vassoura, torcendo para não encontrar Gina, que reconheceria o objeto.

E naquela noite, Hermione assegurou-se de que fecharia as cortinas do dossel de sua cama, para que mais nenhuma garota a visse revirar-se durante incontáveis horas até que dormisse. O que não durou muito tempo, pois acordou com a movimentação das colegas de quarto. Não havia dormido absolutamente nada naquela noite e senti-a cansada o suficiente para adormecer em qualquer canto da escola. Durante o café da manhã repetiu centenas de vezes o motivo das olheiras arroxeadas e a expressão de cansaço. Também teve que contornar a constrangedora situação, que se formou quando Gina resolveu contar à Luna sobre o agarramento — de um Sonserino — que presenciara na noite anterior.


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Notas finais do capítulo

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