Inazuma Lion escrita por Neryk


Capítulo 32
Cap 32 – O Segredo da Benção das Águas


Notas iniciais do capítulo

Demorei, mais cheguei! *desvia de todo o caramba que é jogado no autor por ter demorado tanto* Foi maaaaaus galera! Mas essa semana foi muito corrido para mim. E como eu queria finalizar essa parte da história, eu tive que demorar para trazer esse cap. Tá tudo certo? Hehe!

Obrigado a MilaChan, Dene Fenta e Endo Yuuna por terem comentado no cap passado e por terem deixado suas opiniões sinceras sobre o beijo. Valeu mesmo meninas. Também queria agradecer e dar as boas vindas a duas leitoras novas: Soph White (que fez questão de comentar todos os outros caps! Hehe!) e a querida Sally. (Estou esperando seu mega-comentário ainda, viu parceira? Hehe)

Agora vamos dar um "empurrãozinho" nessa história.

Tenham uma Boa Leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/503370/chapter/32

No jogo...

O poderoso chute jogou Eryk para dentro do gol, ao receber a bola com seu corpo.

– GOOOOOOOOOOOOOOOOOOL!!!!!!!! E OS TRITÕES VIRAM O PLACAR!!!!!!!!!!! – Gritou o Narrador.

– Eryk?! – Endou, acompanhado de Cora e Minaho, foram até o goleiro, preocupados.

– Você está bem!? – Pergunta Cora indo ajudar a levantá-lo.

– Eu estou...! – Respondeu Eryk com uma voz roca, enquanto sorria forçado ao se levantar apoiando sua mão na bola.

– Droga! E ainda falta muito tempo de jogo! – Dizia Kusaka frustrado.

– Vamos Algos. – Marito chama seu irmão enquanto retornava para sua posição.

– Marito, espera! – Eryk o chama, fazendo Marito parar com seu andar.

– O que foi? – O Tritão pergunta após virar seu rosto.

– Me diz... O que aconteceu com os seus pais? – Pergunta Eryk sério.

– Heh, você quer mesmo saber? Pois eu te digo. – Dizia Marito ficando de frente para Eryk.

– Você vai contar para ele? – Pergunta Algos surpreendido com a atitude de seu irmão.

– Vou. Me deixem com ele. Volte para a sua posição Algos. – Pediu Marito.

– Mas... e o jogo? – Pergunta Algos confuso.

– Prossigam com o jogo. Eu vou ficar para contar tudo para ele.

– Você vai ficar aqui?! Mas... Não vai infligir às regras? – Pergunta Algos mais confuso ainda.

– Regras? – Marito solta um riso. – Cara, eles estão na nossa mão. Sem falar na refém. Nós fazemos as regras.

– Mas irmão...

– Por mim tudo bem. – Interrompe Eryk dando de ombros.

– Não discuta comigo. Vai.

Algos não entendia mesmo a atitude de seu irmão. Mas o olhar de Marito estava muito diferente. Algos nunca viu os olhos de seu irmão mais velho em um misto de duvidas e sinceridade. E mesmo sendo contra a sua vontade – como a maioria das vezes é – Algos obedece, simplesmente voltando para a sua posição no jogo.

– Eryk... – Endou chama pelo goleiro ao se aproximar.

– Por favor Endou. Deixe-me cuidar disso. Cuide apenas de guiar o time, tá? Você é o capitão agora? – Pede Eryk educadamente.

Endou encara Eryk, e depois encara Marito. E é aí que ele percebe que os dois mantêm o mesmo olhar.

Olhares determinados para proteger algo importante.

– Marito... Está certo Eryk. Vamos pessoal! Ainda podemos virá esse jogo! – Gritou Endou correndo para a sua posição após confiar nas palavras de Eryk.

E enquanto ia, Endou passa por Marito, reparando que o mesmo não desgruda sua mira em Eryk.

– Marito... Você tem que superar isso. – Pensou Endou enquanto passava por Marito. E logo se focou no jogo a chegar a sua posição na partida.

Na caverna...

– Fico feliz que tenham chegado até aqui sem problemas. – Mesmo estando tranqüila, a pessoa conhecida como Bolifar suspirou aliviada.

– “Chegamos até aqui sem problemas?!” – Nagazy repetiu incrédula. – Minha filha, sobrevivemos de um deslizamento, nos separamos dos garotos e ainda por cima caímos em um abismo que nem tinha. E você ainda diz “sem problemas”!? Sem problemas a minha cara! – Finalizou aborrecida.

– Pelo menos vocês não se feriram. – Retrucou Bolifar com sua mesma postura.

– Ela tem razão. – Concordou Kinako um tanto confusa com a amiga. Nagazy apenas cruza os braços, irritada.

– Foi você que ocasionou tudo isso? – Pergunta Natsumi exigindo por uma explicação.

– Não. A caverna tem vontade própria. Ela faz as coisas acontecerem sem deixar um motivo claro. – Esclareceu a antiga rainha.

– E-e os meninos? – Konoha consegue perguntar, mesmo um tanto hesitante perante a sereia.

– A caverna os levou para a saída. Mas nesse exato momento eles estão travando uma estrondosa batalha contra Marito. Vejam.

Bolifar mostra uma tela feita de água, e mostrava os acontecimentos ocorridos no jogo, refletindo o momento em que Marito usa seu Alvorecer da Piranha e conseguindo marcar o primeiro gol da partida.

– Essa não... – Fran eleva sua mão no peito e a fecha, preocupada ao assistir Eryk sofrer.

– Eryk! – Nagazy o chama preocupada. E assim como ela, as garotas também estavam no mesmo estado que a amiga.

– Infelizmente eu não posso dizer quando esse momento foi ocorrido. O tempo dentro dessa caverna é incerto, muito diferente de quando você está no lado de fora dela. O que pode ser dias aqui dentro podem ser apenas minutos lá fora. Ou o contrario. Com o tempo que vivi até aqui, eu só pude concluir que essa caverna apara somente aqueles que merecem.

– Parecia que estávamos andando por uma eternidade, mas os meninos acharam que foram segundos. E depois disso, somente nós cinco perdemos a consciência. Por quê? – Pergunta Nagazy arqueando sua sobrancelha confusa.

– A caverna deve ter escolhido vocês para virem até aqui, para me ajudar. – Finalizou Bolifar.

– Como assim “ajudar”? – Fran pergunta demonstrando interesse.

– Marito está trilhando por um caminho sombrio. E o pior de tudo, por causa do meu erro. – Respondeu a sereia ficando cabisbaixa.

– O... o que aconteceu? – Pergunta Morimura ainda hesitante.

– Aconteceu... O motivo de estarmos aqui agora.

No jogo...

Com a bola na posse da Raimon, e o soar do apito, o jogo recomeça com um toque de Tsurugi para Fey, enquanto avançavam pelo campo.

– Tudo começou quando meus pais foram chamados para acompanharem o rei e a rainha de Atlantes para uma investigação na ordem das águas... – Começou Marito.

Quando viu que quatro jogadores tritões estavam indo cercá-lo, Fey passa a bola para trás, fazendo com que Otomura a receba.

Otomura pula e, do chão, aparece um tubarão saindo da água. O jogador para em cima da criatura enquanto avançava.

– Tubarão Assassino! – Para driblar os tritões, Otomura usa sua técnica, usando o tubarão como prancha como se estivesse surfando na água.

– O falecido rei de Atlantes sentiu algo de anormal ocorrendo na água naquele dia. Aquilo na verdade era normal, mas naquele dia foi diferente... – Continuou Marito enquanto o jogo acontecia.

– É com você! – Após conseguir driblar os jogadores com sucesso, Otomura passa a bola para Tsunami. Assim que ele a recebe, não para de correr pelo campo. Mas logo teve que parar ao ver que estava sendo barrado por mais três jogadores.

– Heh! Vocês não vão conseguir. É sua! – Surpreendendo os jogadores, Tsunami passa a bola entre as pernas de um deles, indo na direção de Kanon, que a recebe sem nenhum problema.

A formação deles é muito bem organizada. Não parece que eles combinaram tudo isso. Parece até que eles estão mesmo concentrados. – Analisava Kanon em pensamento enquanto avançava com a bola em sua posse.

Os mesmo jogadores de antes conseguem alcançar Kanon e barrá-lo. Ele tenta driblá-los, mas não conseguia. A única solução mesmo era passar a bola para Shinsuke, e assim o fez.

Mas Shinsuke se atrapalha quando vê o goleiro dos tufões correr até ele e chutar a bola para outra parte do campo sem fazer a bola ir parar no lado de fora.

Dois jogadores de ambos os times correm até ela. E o primeiro que a alcança é Algos que, assim que consegue recuperar a bola antes dela cruzar a linha para fora do campo, ele chuta para o meio-campista dos tritões e todos mudam de rota em direção da bola.

– A partir daí o que vou contar foi o que Algos me falou.Ele me disse que, assim que ele chegou nos arredores da fronteira fora de Atlantes, se deparou um um cenário escuro e assustador. – Prosseguiu Marito, e Eryk escutava atentamente.

– Que cenário foi esse? – Pergunta Eryk engolindo em seco, imaginando o que seria.

– REDEMOINHO SUGADOR! - Seis jogadores dos Tufões de Água entram na área da Raimon, formando um redemoinho aquático poderoso. E esse mesmo redemoinho leva todos os jogadores da Raimon que se encontravam no caminho, para o interior do mesmo, formando uma pilha de jogadores um em cima do outro, nocauteados. E após o redemoinho sumir, enquanto todos os jogadores tritões avançavam pelo campo com a bola agora em sua posse.

– Não! Pessoal! – Eryk grita preocupado, ao contrario de Marito, que prossegue com sua explicação sem dar importância ao seu redor.

– Peixes mortos. Algas sujas. Lixo espalhados por todo canto. Mas o pior de tudo... Era a imensa toxina, que só de encostar-se a ela, qualquer ser vivo pararia de respirar na hora. – Finalizou Marito.

– Tudo isso...? – Dizia Eryk voltando seu olhar a Marito, espantado.

– Sim... E para que essa ameaça não chegasse perto de Atlantes, meus pais se sacrificaram para salvar a todos. Meus pais morreram intoxicados... E tudo por causa dos humanos... Que insistem em sujar nossas belas águas abençoadas por Deus... Vários inocentes tiveram que pagar por um alto preço... “Sua vida”.

– Não... – Eryk respira pesado. Como se o ar lhe tivesse faltado na mesma hora. Saber disso era como um pesadelo. Mesmo Eryk tomando todo o cuidado, jogando lixo no lixo como sempre fazia, aviam pessoas que não seguiam com a mesma conduta. E para sua infelicidade... Eram “várias”.

O que Eryk temia estava acontecendo. Ele sempre achou que, se as pessoas não preservassem o meio-ambiente, algo como a ameaça que Marito trazia, poderia acontecer. E esse... Era o caso agora.

– Como se sente? Hein? Como se sente ao saber que sua espécie, que diz ser desenvolvida, não passa de porcos de duas patas e com celebro, que não ajuda em nada na preservação marinha. Vocês só se importam com o que lhe convém. Mas nós não...! Nós estamos fazendo isso, não só para salvar de vez todos os seres vivos do planeta, estamos fazendo isso para que todos os porcos que vocês chamam de humanos parem de uma vez por todas. – Completou Marito desafiador.

– ALVORECER DO TUBARÃO!!! – Assim que Algos recebe a bola, logo usa sua técnica. Fazendo um tubarão surgir atrás da bola, dando mais poder a ela, enquanto se aproximava no gol, porém, na direção de Marito, que estava de costas.

– MARITO, CUIDADO! – Quando Eryk vê que a bola estava prestes a acerta Marito em cheio, ele tenta avisá-lo.

– Vocês ocasionaram isso tudo...

Dizia Marito, inclinando sua cabeça para a direita, desviando da bola...

– Agora vocês iram encarar as conseqüências.

–DROGA! PATA DO...

A bola passou de raspão em Marito. O mesmo nem se deu ao trabalho de se mover, mesmo sabendo da aproximação dela. E quando Eryk percebe isso, desesperado, logo tentou usar sua técnica, porém, a bola chegou antes, acertando Eryk em cheio e o levando para dentro do gol, dando mais um ponto de vantagem para os Tufões de Água.

4 X 2

Na caverna...

Bolifar

Meu marido passava mal toda vez que ia sentir a ressonância das águas, já que ele era o encarregado de possuir o poder de controlar as águas, para o bem do seu povo e do nosso, seu espírito se tornava um com o mar. Mas a medida que as pessoas sujam os mares com seu lixo, eles não sabiam que também estavam envenenando meu marido aos poucos.

– Acalme-se querido. Você vai melhorar. – Tentei incentivá-lo enquanto entregava um copo de água pura.

– Estou... Morrendo de desgosto. – Ele falou antes de voltar a tossir.

– Não diga isso meu amor. Eu não consigo pensar em nós dois separados... – Desabafei colocando minha mão no coração. Só de imaginar eu já não agüentava tanta dor.

– Mas... Eu fico triste. Eu fico tão triste com os humanos que insistem em poluir nossas águas. – Ele falou após finalmente conseguir beber a água que eu tinha oferecido.

– Mas querido... Ainda existem pessoas que tentam combater isso. – Falei tentando tranqüilizá-lo novamente.

– Eu sei, mas... – Ele se levanta da cama e prossegue. – Infelizmente é apenas uma minoria. Nem todos os humanos pensam no bem estar nos seres vivos que moram em suas águas. Eu... Fico revoltado.

Sinceramente eu o entendia, mas conforme os dias foram passando, a dor constante que meu marido sentia foi trocada por ódio. Ódio puro. O coração de meu marido foi poluído pelas trevas assim como as águas são poluídas pelo lixo.

Foi quando um dia... Tudo escureceu de vez.

– Meu senhor, temos um problema. – Trãober, pai de Marito e Algos, entrou no local acompanhado de sua esposa, Liria, também mãe de Marito e Algos. Ambos eram os guardiões que protegem o poder que foi concedido pela benção das águas ao rei. Mas fora isso, eles eram nossos melhores amigos de longa data. Confiávamos neles mais do que tudo. Tanto que nós mesmos os escolhemos para serem os guardiões do usuário da Benção das Águas. Mas naquele momento o casal estava apreensivo, e eles só se dirigiam ao rei o chamando de senhor se fosse algo bastante grave.

– Meu Deus, o que aconteceu? – Claros, meu marido, perguntou se levantando de seu trono e erguendo seu tridente real.

– Uma onda tóxica está a caminho do nosso reino senhor. – Agora foi Liria que falou.

– Nunca tínhamos visto algo parecido. E só tende a aumentar cada vez mais! – Trãober prosseguiu.

– Os humanos não param de trazer tragédia para nossas belas águas... Pois bem! Eu me carregarei disso pessoalmente.

Claros se decidiu, se encaminhando para seu destino, mas eu o impeço segurando em seu braço.

– Meu amor, o que foi? – Ele pergunta espantado a ver meu rosto ameaçando em cair lagrimas.

– Você está conectado com as águas. Essa imensa toxina se iguala as trevas em seu coração. Se vocês se chocarem... – Eu tentei segurar minhas lagrimas, mas eu não pude. Elas conseguiram escorrer pelo meu rosto enquanto eu baixava a cabeça tentando não imaginar o pior.

– Bolifar, minha linda... Eu preciso. Justamente por eu ser conectado as águas que eu tenho que sofrer no lugar delas.

– Não diga isso... Eu não suportaria...

– Não se preocupe majestade. Nós vamos com ele. – Trãober decidiu.

– Por favor... Me deixem ir também. – Implorei.

– Mas alteza... Precisamos de alguém que cuide do palácio. – Liria interveio.

– Não importa! Eu o amo mas do que tudo! Eu quero estar ao seu lado para o que vier acontecer.

Eu implorei em lágrimas. Não estava mentindo quando eu disse aquilo. Eu quis estar ao lado dele para ajudar se ocorresse algum problema.

Aos deuses eu fui aceita a ir. Nós quatro nos dirigirmos ao local onde a imensa bolha tóxica se aproximava.

Mas quando chegamos lá... Era pior do que imaginamos... O tamanho daquilo era absurdo... Tão absurdo que chegava a ser assustador.

– Eu vou precisar da ajuda de vocês dois. Vamos.

Claros chamou pelos seus guardiões para ajudá-lo a concentrar magia naquela coisa, para fazer com que desapareça de uma vez.

E enquanto faziam isso, eu rezava por eles. Eu segurava minhas mãos próximas em meu peito e suplicava para que tudo acabasse bem.

Mas o que deveria se minutos acabou sendo horas. Nem a magia daqueles escolhidos pelas águas pôde impedir a escuridão daquela coisa. Eu estava tentando manter a esperança em pé, mas ao contrario de mim, Claros estava se entregando... a aquela escuridão.

– Esse humanos... Não... Esses porcos conseguiram criar algo tão ameaçador? Mas isso... Não vai ficar assim.

As palavras de Claros eram transmitidas para as trevas em seu coração. O poder maligno se formando fora tão imenso que estava transbordando para fora de seu corpo, como uma aura sinistra.

– Claros? – Eu o chamo, estranhando aquela escuridão em volta dele.

– Eu vou... Destruir... Todos os... Humanos. – Ele falou com uma voz cheia de ódio. E enquanto ele se virava para nos encarar, Liria, Trãober e eu, pudemos ver seus olhos brancos por um brilho intenso, cegos pela escuridão que aquela toxina o trazia.

– Essa não... – Falou Trãober espantado.

– Claros é como as águas. E a toxina é como a escuridão em seu coração. Eu não acredito que ambos entraram em ressonância... – Dizia Liria igualmente espantada.

De repente, Claros começa a sofrer de dor. Ele urra enquanto agarrava a si próprio como se algo tivesse querendo sair de dentro dele.

– Vamos Liria!

– Vamos!

Trãober e Liria já sabiam o que fazer. Um dos motivos de ser necessário o portador do controle das águas possuir guardiões era também para uma ocasião como essa.

O casal nadam em volta de Claros. Para garantir que nada dê errado, ambos concentram sua magia concedida pelas águas.

– Mas... O que?!

– O que está acontecendo!?

Trãober e Liria, porém, não conseguiram impedir daquilo sair do controle. O poder concedido a Claros pelas águas foi rejeitado. Fluindo para fora dele, agora ele estava inconsciente.

– Não! Claros! – Eu nadei até me aproximar mais ainda dele.

– Minha... Pérola... – Ele sussurrar, enquanto seu corpo começa a brilhar enquanto ainda boiava na água.

– O que está acontecendo?

– Ainda resta um pouco de seu poder dentro dele. – Trãober me respondeu, também começando a brilhar igual a Claros.

– Precisamos fazer isso para o bem de todos. – Liria prosseguiu também com seu corpo brilhando fortemente.

– O que querem dizer com isso?

– Mãe! Pai! – Algos aparece, nadando para ir de encontro a seus pais.

– Algos? O que faz aqui? – Pergunta seu pai autoritário.

– Eu disse que você deveria ter ficado, e não vindo conosco! – Brigou sua mãe no mesmo tom que o pai.

– O que está acontecendo com vocês?

Algos perguntava preocupado. Seus pais se entreolham, temendo a angustia que seu filho estaria prestes a sentir.

– Algos, meu filho... Saiba que você e Marito são os herdeiros dos guardiões das águas. – Começou Liria pousando sua mão no rosto de seu filho.

– A partir de agora vocês serão encarregados de elegerem a herdeira do usuário da Bênção das Águas. – Continuou Trãober.

– Porque vocês estão dizendo isso como se fosse um adeus? – Algos perguntava com seu rosto em lagrimas. Não conseguia suportar a idéia de perder seus entes mais queridos.

– Algos... Quero que saiba que... Você, Cora e Marito, são o futuro da humanidade também. – Dizia Liria tentando não chorar, mas em vão.

– Os humanos não tem total culpa das calamidades que trazem as águas. Alguns deles lutam contra essa maioria que tenta destruir a pureza delas. – Continuou Trãober nos mesmo estado que sua esposa.

– Não... O que vocês vão fazer?

– Liria!? Trãober?!

Tanto Algos quanto eu ficamos espantados quando percebemos que estávamos dentro de uma bolha mágica, sendo trazidos para longe deles. Eu carregava meu marido em meu colo, antes que ele suma de vez.

– Vocês foram as melhores coisas que já aconteceram conosco.

– E é por isso que não nos arrependemos do que estamos prestes a fazer.

Liria e Trãober concentram o pouco de sua magia guardiã em si. E para que ela possa ficar mais forte ainda, eles se beijam. Com isso, a força de seu amor fez a magia em volta do casal fortalecer ainda mais o brilho mágico em sua volta. E quando eles se separam por falta de ar, sem largarem suas mãos entrelaçadas, eles encaram a enorme ameaça tóxica, determinados.

– Pronta Liria?

– Pronta Trãober. Meu amor.

O brilho ficou mais forte ainda. Tão forte que não deu para saber o que aconteceu depois. E tudo que eu podia fazer naquele momento era gritar por eles.

– LIRIAAA!!! TRÃOBEEEEEEERRR!!!!

Narração Normal

– Com seu sacrifício, a toxina sumiu sem deixar um rastro de poluição se quer. Eles foram heróis. Liria e Trãober foram heróis! Eles salvaram nosso povo e a todos os seres vivos que viviam no mar. E enquanto a mim? Quando me dei por si, estava nessa caverna. Eu e meu marido, de certa forma, fomos salvos pelo encanto dessa poderosa caverna mágica. Mas em troca, nossos corpos físicos se fundiram a ela, enquanto nossos espíritos vagaram sem que possamos sair dela de novo. – Finalizou Bolifar, deixando o rosto de todas as garotas presentes inchados de lagrimas.

– Coitados... – Falou Natsumi limpando seu rosto, entristecida.

– Puxa... Que triste... – Falou Nagazy pegando a roupa de Natsumi para assoar seu nariz e limpar um pouco da meleca que ficou em sua mão na roupa da mesma novamente sem dar a menor bola. Natsumi virou uma estátua com isso. E fez uma bela careta de nojo quando esperou ela acabar para pegar a parte suja com a ponta dos dedos e largar em algum canto da caverna.

– Quando Cora estava na caverna eu pude ver tudo o que aconteceu com ela. Quando Marito soube do ocorrido, ele culpou os humanos por não preservarem o meio-ambiente como deveriam. Ele planejou tudo isso sem que Cora fizesse idéia. Coitada... Marito fingia ser legal para ela, mas era tudo uma farsa. E agora, ele pretende usar a Bênção das Águas em Cora para poder ter total controle sobre os mares de todo o mundo e arrasar com qualquer ser vivo. E foi por esse motivo que ela fugiu dele. Ai minha filha... – Prosseguiu Bolifar finalizando com um semblante triste, preocupada com sua filha Cora.

– Infelizmente nem todos os humanos cuidam do seu ambiente. – Começou Fran. – Grande parte deles jogam lixo em qualquer lugar sem se importarem com as conseqüências. De certo modo, eu meio que entendo Marito. Uma vez eu também compartilhava do mesmo pensamento. Mas agora eu vejo que não é bem assim. Ainda existem humanos que lutam contra isso. E se eles não conseguiram vencer até agora, então mais e mais pessoas deveriam se juntar a eles para que possamos ter uma chance!

– Fran... – Kinako se aproxima da amiga, colocando sua mão em seu ombro.

– Toda vez que eu tenho que jogar lixo, eu sempre fico com ele na mão até encontrar uma lata adequada. – Começou Konoha se aproximando de Bolifar com um rosto sereno.

– Konoha? – Natsumi diz surpresa pela atitude da pequena.

– Sempre preservo o meio-ambiente, não só por causa da acumulação de lixo, com também para não trazer nenhum mal a algum bichinho por perto. Eu fico triste quando vejo alguém jogando na rua sem se importar. – Dizia Konoha segurando suas próprias mãos uma na outra e com seus olhos fechados perante a Bolifar. A sereia não pode deixar de mostrar um sorriso sincero a ver a angustia que a de cabelos verdes sentia.

– Mesmo tão pequenina, seu coração é tão grandioso quanto a sua serenidade. – Dizia Bolifar admirada.

– Konoha tem razão! – Concordou Kinako serrando os punhos próximos ao rosto. – Vamos cuidar mais ainda do meio-ambiente. E se não for o bastante, nós vamos cuidar mais, mais e mais atéééé tudo estar tão lindo de novo, não é? – Dizia Kinako colocando firmeza em suas palavras, decidida.

– Mas é claro! – Apoiou Natsumi.

– É isso aí! Vamos preservar o meio-ambiente!!! – Gritou Nagazy em um grito de guerra, levantando seu punho para o mais alto possível.

– SIIIIM!!! – Todas responderam com a mesma empolgação.

– Vocês... São demais. – Bolifar falou derramando suas lagrimas, comovida.

– Por favor, não chore. – Pediu Konoha sincera.

– Pois é! Não precisa ficar triste não, tá? –Falou Nagazy gentilmente.

– Não estou triste... Estou comovida. É que... Vocês não sabem o quando isso significa para os seres que moram na água. É... Milagroso saber disso.

– Vamos fazer de tudo, está bem? – Garantiu Fran.

– Mas... Eu só não entendi uma coisa. – Falou Natsumi.

– O que foi Natsumi? – Pergunta Fran desviando seu olhar para ela.

– Mas cedo você disse que tudo isso aconteceu por culpa sua. Mas depois de ouvir sua história, não mostrou isso. Por que você diz que a culpa foi sua se você não fez nada de mal? – Falou.

– Eu me culpo por não ter feito alguma coisa para impedir isso. Eu deveria ter impedido a tempo de Trãober e Liria terem se sacrificado. Eles não mereciam isso. Eles eram meus melhores amigos, e eu não fiz nada para salva-los para o Marito. Se eu tivesse feito alguma coisa... Marito não estaria prejudicando vocês, que são pessoas tão boas e puras. – Bolifar respondeu entristecida.

– Ah é, você nus pouparia um trabalha-AAAI! – Nagazy é interrompida por um chute no pé feito por Natsumi brava.

– Não se culpe por isso. – Falou Konoha gentilmente.

– É. Você não poderia imaginar o que aconteceria depois disso. – Fran prosseguiu.

– É mesmo. Então não fique se culpando por isso, tá bem? – Pede Nagazy com seu jeitinho de ser.

– Muito obrigada meninas. Eu fico grata por se importarem por um ser como eu. – Agradeceu Bolifar comovida. Mas seu rosto muda para um sério a dizer as seguintes palavras. – Agora vocês não podem perder mais tempo. Vão! A caverna deve levar vocês até a saída agora. Vão minhas amigas. Ajudem seus amigos e salvem o seu planeta cheio de pessoas maravilhosas.

– Pode deixar! – Todas responderam em uníssono já correndo para a saída.

– Por favor, espere! – Bolifar chama por Fran, a fazendo parar de correr. – Até agora eu não pude deixar de sentir a sua aura.

– O que quer dizer com isso? – Pergunta Fran arqueando sua sobrancelha.

– Pude ver que você possui um propósito maior aqui. Não nesse lugar, e sim nessa era.

– Ah, é? – Fran agora fica de frente da sereia.

– Seu motivo é nobre, mas suas atitudes-

– Eu estou lutando também. Entendeu? – Fran falou séria, mas não sendo rude. Bolifar apenas suspira cansada antes de prosseguir.

– Permita-me dizer pelo menos isso. – Pede Bolifar calma. – Não deixe que a escuridão te cegue, está bem? – Pediu a Sereia preocupada.

– Não enquanto “ele” estiver ao meu lado. – Finalizou a de cabelos azuis se retirando do local enquanto se referia ao recente goleiro da Raimon atual.

Assim que não avia mais nenhum rastro de Fran ou das garotas na caverna, Bolifar olha para trás, encontrando a silueta de seu marido e antigo Rei de Atlantes boiando no ar, como um corpo inconsciente.

– Meu querido... Você viu como ainda existem humanos que pensam no bem estar do mundo? Agora você estará mais tranqüilo quando a nossa amada filha.

Bolifar olha para o interior da caverna, onde as garotas aviam tomado o rumo para fora da mesma.

– A caverna deve ter trazido elas para harmonizarem nosso espírito. Essa caverna é realmente encantada. – Comentou para ela mesma olhando agora para encima da caverna.

Enquanto isso...

As garotas corriam com toda a sua força procurando por uma saída. E graças aos cristais da caverna, elas são guiadas para fora dela.

– Conseguimos! – Comemorou Nagazy.

– Nós temos que ir, e depressa! – Alertou Natsumi.

– Esperem! Cadê a Fran? – Kinako as faz lembra. Logo todas viram que Fran era a única que anda não tinha saído da caverna.

Quando todas já pensavam em entrar de novo, logo Fran aparece saindo correndo de lá, apreensiva.

– Vamos meninas! Precisamos chegar até eles! – Dizia Fran dando uma leve rodopiada de lado sem perder o ritmo da correria, fazendo com que todas as meninas a seguissem de vez, rumo ao jogo.

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Agora vc já sabem o que aconteceu para o Marito dá essa louca(Q?).

Não esqueçam de deixar sua opinião sobre o cap, está certo? Eu também queria perguntar: Qual é o seu casal favorito dessa fanfic? E também qual casal vcs mais gostam no universo de inazuma? (Além do Tenma e da Aoi?) Deixem nos coments, falou?

Muito obrigado por terem lido até aqui.

Como eu disse, qualquer coisa, é só comentar.

E é isso. Já vou avisando que eu não sei quando vou postar o próximo cap, mas se depender de mim, será o quanto antes! Falou?

Beleza então! Fiquem com Deus e até a próxima!