Lucky he's my best friend! escrita por ianevskiQ


Capítulo 2
Not while I'm around -


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Muito obrigada pelos comentários e favoritos!!!
Graças a Merlin, o Nyah voltooooooooooooooou hahhahaha
Espero que gostem do capítulo!



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Not while I'm around -

No one’s gonna hurt you, no one’s gonna dare! Others can desert you, not to worry, whistle, I’ll be there! Demons'll charm you with a smile for a while, but in time... Nothing can harm you... not while I’m around!

Já tem dois meses que vi as lembranças de Harry na Penseira e sinceramente, não consigo me esquecer. Penso nisso toda noite, quando me deito no quarto ao lado do dele para dormir. Tenho ficado no Largo Grimmauld até que o ano letivo comece e eu me mude temporariamente para Hogwarts, para poder dar aula de Poções. Em geral, nossa convivência tem sido a melhor possível. Acordamos e tomamos café, quando ele esta em casa, nós vamos passear, ou ficamos na sala conversando e imaginando futuros aleatórios. Almoçamos e jantamos juntos. Quando ele tem que trabalhar, eu fico no meu quarto, preparando aulas e trabalhos que passarei para cada ano, aperfeiçoando aulas já prontas ou acrescentando detalhes em trabalhos. Nos fins de semana, geralmente, vamos para A Toca e ficamos lá os dois dias, curtindo nossos amigos e a família que nos acolheu tão bem. Gina estava enorme em seu oitavo mês e reclamava de tudo, desde dores nas costas, à cor da camisa que Dino está usando. Ainda bem que Dino tem senso de humor e não leva as reclamações da esposa tão a sério. Se levasse, duvido que ainda estariam juntos.

E aqui estávamos nós, n’A Toca, no meu último fim de semana livre antes de ir para Hogwarts. Todos me desejavam felicidades e sorte e eu apenas agradecia. Estava na varanda do quarto do Rony, com uma xícara de café nas mãos e olhando para o lindo céu estrelado que a noite de domingo me apresentava. Amanhã estaria indo embora e só veria meus amigos nas próximas férias, provavelmente. Suspirei.

– Três galões pelos seus pensamentos.

– Que susto! – me virei e vi Ron parado perto de mim, braços cruzados e sorriso nos lábios.

– Desculpe, não quis te assustar. Em que está pensando, Mi? – ele se aproximou e se apoiou na varanda, ficando ao meu lado e empurrando meu ombro com o dele.

– Geralmente é o Harry quem me faz essa pergunta, sabia? – rimos juntos e eu suspirei – Só estou pensando no ano letivo que vai começar.

– Sabe, Mione... você vai ser a melhor professora dessa geração que Hogwarts já teve! – ele sorriu e eu o olhei, retribuindo o sorriso – Assim como foi a aluna mais brilhante da nossa geração em Hogwarts. Confio em você!

– Obrigada, Ronald! Não sabe como é importante pra mim, saber que me apoiam – encostei a cabeça no ombro dele e logo senti o braço dele a minha volta. – Senti saudades.

– Eu sei – ele tocou meus cabelos com os lábios e riu. – Também senti! Sei que não sou o Harry, mas também estou aqui para quando precisar, Hermione. Também sei abraçar e ouvir.

– Oh, Rony! – eu dei risada e depois de deixar a xícara no chão, eu me joguei em seus braços e o abracei forte, ele retribuiu me tirando do chão.

Ficamos assim por um tempo e então ele me colocou no chão e beijou minha testa.

– Eu estava precisando disso – ele disse com um sorriso nos lábios e eu lhe dei um soco de leve no ombro.

– Eu também estava – mostrei língua.

Nos viramos novamente para a varanda e ficamos um tempo em silencio, observando as estrelas acima de nós. Até ouvirmos um pigarro e nos virarmos.

– Como se atrevem a vir para cá, e não me chamam? – Harry sorriu, com os braços erguidos numa tentativa de questionamento.

– Eu estava aqui primeiro – ergui o braço e demos risada. Harry se aproximou e ficou do meu outro lado.

O silencio que se estabeleceu entre nós três foi reconfortante. Éramos o Trio de Ouro e sempre seriamos. Nada poderia nos separar.

–-----

Argh! Como sinto falta d’A Toca e dos meus amigos. Esses alunos pretendem me enlouquecer! Já estamos no segundo mês de aula e eles ainda ficam me perguntando coisas sobre a Guerra, ou sobre Harry Potter. Não conseguia passar uma aula sem uma pergunta sobre esse assunto. Professora, é verdade que o Professor Neville foi quem destruiu a cobra de Você-Sabe-Quem? ou Professora, é verdade que a Diretora McGonagall fez as estatuas dos Guardiões de Hogwarts lutarem? entre muitas outras perguntas. Não que eu me incomodasse de falar nesse assunto, não é isso! É só que me incomoda quando me interrompem no meio da explicação para perguntar isso.

Estava sem sono naquela sexta-feira e já passavam das duas da manhã, então decidi ir até o jardim dar uma volta e espairecer. No caminho, encontrei uma porta que eu jurava não estar ali antes. Um lado da minha mente me disse para não entrar, que eu não devia... porém, a parte que me disse para entrar e ver foi mais forte e antes que eu notasse, já tinha aberto a porta com o Alohomora e entrado na sala. Tudo o que tinha ali dentro era um espelho gigantesco e muito, muito bonito, mas também muito velho. Andei até ele com o coração a mil. E se me pegassem? Quando parei na frente no grande espelho, sua superfície levemente empoeirada me refletiu. Ótimo! Um espelho que reflete nossa imagem! Incrível! Estou impressionada! Ri de mim e já ia sair, quando algo me chamou a atenção. Lentamente foram surgindo em volta de mim três pessoas. Meus olhos se arregalaram quando notei quem eram... ou pelo menos, quem era!

Harry apareceu ao meu lado e apoiou uma mão em meu ombro, com um lindo sorriso nos lábios. Olhei para trás e não tinha ninguém ali então, voltei a olhar para o espelho e novamente ele estava ali, segurando meu ombro com um sorriso. Em sua frente estava uma garota com cabelos castanhos e levemente cacheados, olhos verdes e pequenina, devia ter uns seis anos. E na minha frente surgiu um garoto com cabelos pretos e rebeldes, os olhos cor de mel e um sorriso maroto nos lábios. Ele devia ter dez anos! O que exatamente eu estava vendo aqui? Quem eram aqueles garotos e porque Harry estava no espelho? Vi o reflexo de Harry mover a boca e ergui uma sobrancelha. Só falta o Harry realmente estar preso dentro do espelho! Mas não... ele não pedia socorro e nem nada. Ainda sem deixar de sorrir, Harry movia a boca e depois de umas três tentativas, consegui ler seus lábios e entender o que ele estava tentando me dizer: Rose e James. Provavelmente, o nome das crianças. A garota tinha o meu cabelo mas tinha os... os olhos de Harry? E o garoto tinha os cabelos de Harry e os meus olhos? Que brincadeira era aquela? O que estava acontecendo? Dei um passo para trás e olhei para a moldura do espelho. Estava escrito:Oãça rocu esme ojesed osamo tso rueso ortso moãn. O que isso significava? Será que tinha algum significado?

– Vejo que encontrou o espelho de Ojesed! – dei um pulo e me virei para a porta, encontrando McGonagall com um robe roxo e os cabelos presos em uma trança lateral, um sorriso delicado nos lábios.

– Professora... Diretora, eu... eu...

– Não se preocupe, querida! Não vou tirar pontos da Grifinória por estar fora da cama depois do horário de recolher – ela piscou e eu sorri. – O que você vê?

– Eu vejo... eu... hm... – mordi meu lábio inferior diversas vezes, num claro sinal de nervosismo – eu...

– Você não precisa me contar, se não quiser – ela sorriu novamente e andou até ficar em frente ao espelho. – Eu vejo a mim, ao meu lado, o homem que amei um dia e uma linda garotinha – arregalei os olhos ao ouvir aquilo.

– Diretora, você...

– Sim Hermione, eu já amei alguém – sua voz parecia divertida, porém ela não me olhava. – O nome dele era Dougal McGregor e ele era trouxa. Íamos nos casar, sabia? Seriamos felizes, eu sei disso agora. Ele realmente me amava, porém, eu estraguei tudo. Fiquei com medo de como seria a reação dele quando soubesse que eu era uma bruxa, fiquei com medo de que ele me rejeitasse então, o rejeitei primeiro. Eu tinha apenas dezoito anos e não entendia a vida. Hoje vejo que deveria ter me arriscado – ela suspirou e eu permaneci em silencio. – O amor é uma coisa tão complicada, não acha? Nos torna imortais e ao mesmo tempo, quase nos mata!

– Eu sinto muito, Diretora.

– Oh, por favor Hermione – ela riu e finalmente me olhou. – Sem formalidades entre nós. Sou Minerva, lembra-se?

– Claro! – sorri – Minerva. Hm, pode me explicar o que esse espelho faz? Porque vi o que vi?

– O espelho de Ojesed lhe mostra o seu desejo mais profundo. Dumbledore me contou um dia que Harry encontrou o espelho no primeiro ano. O pobrezinho via os pais no espelho. E também foi graças a esse espelho que Harry conseguiu a Pedra Filosofal e então, salvou-se de ... Voldemort.

O desejo mais profundo? Quer dizer que o meu desejo mais profundo é... Ter filhos com Harry Potter? Meus olhos se arregalaram e rapidamente fui para frente do espelho. Novamente, Harry e as duas crianças apareceram no espelho, mas desta vez eu consegui ver a mão esquerda de Harry. Uma aliança grossa e dourada estava brilhando em seu dedo anelar e quando olhei para a minha mão, vi a mesma coisa.

– Caramba!

– Não gostou do que viu, querida?

– Não é isso, é só que... – me virei para Minerva com certa relutância – Jamais imaginei que esse era o meu desejo mais profundo.

– Tem certeza que jamais imaginou? – Minerva ergueu uma sobrancelha para mim, porém seus lábios ainda continham aquele sorriso bondoso. Ela olhou para a moldura e falou, mais consigo mesmo do que comigo, eu acho. - Não mostro o seu rosto mas o desejo em seu coração. - Acho que é isso que está escrito em volta da moldura. Interessante.

E então eu me lembrei do dia em que mergulhei na Penseira de Harry. Lembrei de todas as vezes em que nos abraçamos ou que ele simplesmente segurou minha mão. E então fui atingida como nunca acontecera antes e eu soube: Eu estava apaixonada pelo meu melhor amigo! Por isso não conseguia parar de pensar no que vi na Penseira. Por isso não conseguia controlar meu coração sempre que via Harry ou sempre que ele me abraçava. Eu o amava. Não só como melhor amigo. O amava de verdade! O choque foi tanto que fiquei paralisada, de costas para o espelho e olhando para além de McGonagall... O que fazer agora?

– Hermione?

– Sim? – finalmente consegui olhar para Minerva, ainda chocada.

– Você já imaginou, certo? – assenti – E eu conheço o homem de sorte? – assenti novamente.

– Harry Potter – eu me obriguei a dizer o nome e então, sentindo minhas bochechas esquentarem, virei-me novamente para o espelho. – Eu estou apaixonada por Harry Potter! – e o reflexo de Harry no espelho sorriu e piscou para mim.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? A fic é curta, então as coisas acabam acontecendo rapido! Espero que gostem!
Não deixem de comentar e até o próximo capítulo!