Astrid e Soluço Vikings & Piratas escrita por Apenas Criativa


Capítulo 26
O grito dos mortos


Notas iniciais do capítulo

Eu sei, eu sei o que vocês vão dizer quando acabarem de ler, mas eu tenho culpa se ela se encacharia perfeitamente se fosse minha?
Mas e aí? Como estão vocês? Férias? Eu sim finalmente.
Obrigada Me e Larissa15 pelas recomendações!!!
Amo vcs
Bjus, EU



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– Eu não sei o quanto você sabe, mas, se eu ao menos pressentir que você contou algo, eu acabo com você – Gritou Astrid.

Sua adaga estava bem pressionada contra a garganta de Perna de Peixe, este, pensava apenas em não fazer qualquer movimento brusco com total medo.

– Mas o veneno de um Caleidoscópio Mortal mata até à própria espécie, você está morrendo...

– Não interessa! É a minha vida e não a sua. Pensa que eu sou desenformada? Eu sei tudo sobre esse veneno e o que ele está fazendo comigo.

Era noite e não havia mais ninguém pelo navio, o cansaço da viagem os deixara em um sono pesado e profundo, as tropas vikings estavam longe demais para poder perceber qualquer ameaça.

– Eu já li sobre ele várias vezes... Primeiro vem os descontroles emocionais o que explica sua personalidade e constate de amigável, amorosa, durona, brava competitiva e outros; Depois você desenvolve habilidades sobrenaturais; Em seguida você começa a perder os sentidos desde a audição, paladar, visão; Ficará fraca e, por fim, a morte.

– Eu sei disso, o veneno corre pelas minhas veias e tenho de extraí-lo quase todos os dias, eu sei que vou morrer, mas não se atreva a contar isto a mais ninguém entendeu? – Ela pressionou outra adaga ao pescoço do pobre viking que estava em prantos, totalmente desesperado, porém parte dele, em nome dos velhos tempos, também queria ajudá-la.

– Olha – Astrid suspirou, parecia totalmente cansada e deprimida – Eu já tenho de aturar muito entende? Não existe cura para esse veneno e eu não posso ejetá-lo por completo. Cavery o quer e quando conseguir vai usá-lo para dominar o mundo, este é o seu foco, eu saio por aí dizendo que ele só quer uma guerra e brigar pelo titulo da mãe, porém vai muito além do que pensa eu sou um obstáculo para ele desde o inicio.

Astrid guardou as adagas ao cinto, sentando-se no chão frio do convés, o mar estava calmo e a brisa fria como de costume. Perna de Peixe senta ao seu lado tentando parecer amigável e ouvinte.

– E como exatamente ele usaria seu veneno para algo grande?

– Esse é o problema, o veneno tem um tipo de solução hipnótica que venho estudando faz um tempo, não consigo descobrir a formula, mas pode ser colocado em algo.

Perna de Peixe se pôs a pensar, lembrando-se de todos os livros antigos que havia em sua casa, dos velhos de Bocão e de outros que sempre arrumava para ler. Tinha algo mais naquele veneno que era bem mais perigoso.

– Havia algo a respeito em um antigo livro de lendas vikings, mas não lembro por completo agora, embora exista uma grande chance de estarmos mortos se for verdade, mas é preciso de magia para transformar esse veneno em uma arma mortal.

Astrid o fitou calmamente, pela escuridão seus olhos começaram a brilhar fosforescentemente, Perna de Peixe não deixou seu rosto esconder o quanto achou aquilo fascinante.

– Ele ejetou nos meus olhos, por isso posso enxergar debaixo na água, no escuro e fazer coisas incríveis, mas quase todo dia tenho de chorar para extrair o veneno, ele se reproduz na mesma velocidade que o sangue e os guardo da melhor maneira possível.

– Prometo não contar nada para eles, Astrid.

Ela se levantou.

– Obrigada Perna de Peixe, isso é importante para mim, alguns acham que eu estou amaldiçoada até, está sendo difícil manter este segredo, mas fico feliz em dividi-lo com você.

Flashback off.

– Ora, ora, ora Astrid. É minha querida, parece que eu peguei você direitinho dessa vez e teremos um belo show agora porque eu vou fazê-los sentir nojo de você, por terem confiado em você. Afinal, você os abandonou e não o contrário, não é?

O sorriso no rosto de Cavery sempre me preocupava. O sorriso do seu inimigo sempre será a melhor arma dele dizia Angélica já quando viva, tudo o que pude fazer é avisar Berk:

– Stoico – Gritei chamando a atenção – Ele vai por em prova nossa lealdade, seja lá o que ele disser, mantenha-se fiel a nós se não sofreremos as consequências, falo com todos vocês!

– Não vai adiantar Astrid, por mais que tentem vikings e piratas nunca se unirão para o próprio bem, mas não se preocupe, serei o mais breve possível, certo caro amigo?

O Irmão das Trevas apareceu com seu sorriso diabólico esperando pelo o resto de seu pagamento, aquilo não seria fácil para mim, eu já me sentia muito faca sem metade da minha alma, as dores eram terríveis e insuportáveis. Sentia calafrios, tinha pesadelos todas o que me causou insônia em quase todas as noites, tudo o que eu tinha para viver era um pouco de esperança dentro de mim.

– Bem Astrid, logo você estará ao meu comando e, juntos, eu e Cavery governaremos todo o mundo.

Soltei uma risadinha irônica enquanto observava Soluço aterrissar de canto de olho.

– Cavery não dividiria nem uma maçã com a própria mãe, quanto mais o mundo inteiro com você. Acho que não é a primeira vez que te enganam não é mesmo?

O Irmão das Trevas não ficou contente por minha atitude sagaz, senti a mesma dor da magia negra voltando novamente e ele sorriu ao perceber isso.

Cavery estava sem a tropa inglesa, eles deveriam star com os dragões, animais e vikings que restaram em Berk próximos dali, em algum lugar...

– Povo de Berk – Anunciou Cavery – Eu venho aqui, não como um inimigo, mas sim como um revelador dos atos desta que se diz Astrid Hofferson. Por acaso vocês já a viram alguma vê sem as luvas? Já se perguntaram o porquê de estarmos neste desagradável conflito? Ou mesmo o porquê de ela ter comportamentos estranhos aos atuais?

Para minha sorte, ninguém mudou de expressão, porém eu estava arrependida de estar tão perto de Cavery naquela hora. Soluço estava junto dos pais logo atrás de mim Ice e Ignis juntos de mãos dadas. Estranho.

O Aaron não pareceu nada contente em ver nossa lealdade firme eu apenas sorria jogando o provérbio de Angélica em sua cara.

– Eu cuido disso – Disse o Irmão das Trevas – Não posso perder esta oportunidade – Ele brandiu seu cajado e eu senti corrente me prenderem e apertarem de formas violentas e cruéis.

– Ai!

Tudo o que vi foi Soluço se pondo entre mim e os inimigos.

– Solte-a.

As correntes deslizaram pelo meu corpo arrancando minhas luvas e mostrando Brasa e Nevasca que abriram os olhos com extrema dificuldade por conta da luz do sol.

Era tarde demais, não tinha jeito de escondê-los, mas as coisas só pioraram a partir daí.

Obviamente eu posso dizer que senti medo e o chão ao meu redor começou a congelar, Soluço olhou pasmo para mim e estacas de gelo brotaram do chão. Respirei fundo.

– Não é o que você está pensando!

– Como não? – Interrompeu-me Cavery – É mais do que obvio que você esta escravizando essas belas criaturas, fazendo-as trabalhar dia e noite obedecendo a seus caprichos.

Isso não é verdade, Cabelos de Sol me alimenta oito vezes por dia, ouviu?

– Brasa, quietinho! – Disse sem pensar – Estamos encrencados agora.

Eu estou amando esse toque gelado que você deu ao chão, ficou tão fofinho Olhos do Céu.

– Nevasca isso inclui você também!

– Eles falam? – Valka pareceu totalmente animada com a ideia – Fascinante!

– E eles não só falam – Apontei Nevasca para Cavery – Eles também podem expulsar inimigos que tomam lares.

Cavery pareceu ter achado sua brecha.

– Vê só? Ela se acha tão poderosa, se fossem mesmo tão inofensivos quanto ela demonstra, por que os esconderia de vocês? Eles não ajudariam contra mim?

Eu precisava manter a calma, coisas horríveis aconteciam quando eu me zangava, falo de coisas mortais.

– Esse não foi o seu melhor discurso – Comentei.

A expressão dele sugeria “mas será”.

– Acham mesmo que precisam dela? – Interrompeu o Irmão das Trevas – Ela meteu vocês em uma guerra maior do que poderiam aguentar sem ao menos dizer as raízes disso tudo e como acabou? Com lágrimas derramadas.

O Irmão das Trevas balançou o seu cajado e um nevoa negra deixou o corpo do Estrangulador foi deixado aos meus pés, eles tinha marcas de sangue, possuía apenas um dos olhos, lâminas lhe rasgavam o peito e uma poça de sangue foi se formando a medida do tempo que ele passava ali.

Aquilo me assustou de tal forma, que Brasa fez com que eu queimasse um pouco da grama ali presente.

O olhar de Ignis congelou ao ver seu irmão morto sangrando ali, ele queria ter o prazer de castigá-lo, porem algo o deixou abatido no momento, eu pude perceber pelo jeito que Ice o abraçou em seguida o tamanho de seu choque.

– Você começou com isso e eu pretendo acabar.

Eu estava sentindo algo tão forte e escuro dentro de mim em relação a eles que não percebi que estava saindo de mim, as estacas de gelo explodiram com a minha raiva, a grama queimou ao meu redor e eu só conseguia vê-los, eles estavam acabando com tudo.

– Você irá destruí-los, é isso que vêm fazendo desde que chegou aqui, você os destrói com seu orgulho! Você não é uma pirata e perdeu seu titulo de viking há muitos anos e não tem coragem de dizer o por quê.

– Astrid, não os ouça- Disse Valka – Estão te colocando sob pressão.

– Você destrói – Gritou o Irmão das Trevas – Está os machucando colocando essa guerra, você começou isso...

– Eu os abandonei para que ficassem em paz! – Admiti.

– E quando pretendia contar que você é a arma desta guerra?

Ouvi murmúrios atrás de mim, as vozes tanto dos vikings como as de minha tripulação.

– Caolho tinha razão, ela está amaldiçoada – Sussurrou um de meus piratas.

– O que será que há com ela?

– Estão nos escondendo alguma coisa!

– Eu sabia que não podia confiar em piratas!

– Eu sabia que não deveríamos confiar em vikings!

– Já chega – Avisei – Eles estão nos trocando de lado.

– Do que eles estão falando Astrid? Não inventariam uma coisa dessas - Questionou Stoico.

– Meu caro Chefe – Começou Cavery – Você já olhou de perto para Astrid? Especialmente os olhos? Já chegou a notar que em pouca luz eles estão mais escuros em muita ficam fosforescente? Mudanças de humor e personalidade frequentes talvez? Já a viu pálida e sentindo-se fraca?

Stoico criou uma expressão confusa e familiar. Eu não pude acreditar no que eles estavam fazendo e em como estávamos caindo direitinho.

– É verdade – Gritou Perna de Peixe saindo da multidão.

Eu fiquei completamente indignada, como ele pode me trair assim? Eu confiei nele e, em troca disso, eu sou apunhalada pelas costas.

– Perna de Peixe?

– Desculpe Astrid, mas é o certo a fazer – Ele começou – Soluço, Astrid foi envenenada por um Caleidoscópio Mortal e, agora, está morrendo e desse veneno Cavery e o Irmão das Trevas criarão algo mortal!

Deuses, ela não poderia estar fazendo isso comigo. O que eu fiz?

– Espere um minuto, Perna de peixe não mente, Astrid você... – Soluço fez uma expressão decepcionada para mim.

Comecei a me afastar.

– Vocês estão completamente enganados, utilizaríamos para bens comerciais, queremos eliminar esse veneno do mundo, afinal, os Caleidoscópios Mortais estão entrando em extinção - Retrucou Cavery – Nunca queremos nenhuma guerra.

– Já chega – Gritei – Isso é mentira. Esse veneno tem uma propriedade hipnótica.

A essa altura todo o chão deveria estar em chamas ou pegando fogo, não importava, eu só queria afastá-los de lá.

– Que você está usando para fazer com que Berk confie em você – Interrompeu o Irmão das Trevas.

– Espera um minuto, isso é verdade Astrid? – Gritou Soluço – Você não pode estar fazendo isso comigo.

– Eu disse JÁ CHEGA! – Repeti enfurecida me virando, porém criando estacas mortais de gelo na direção de todos os vikings e piratas.

O olhar de Ice foi o pior de todos, ela demonstrava, pela primeira vez na vida, pavor e eu tinha causado aquilo. Eu estava realmente machucando todos ao meu redor, eu não poderia mais ficar ao lado deles, sou perigosa demais. Eu sou um monstro.

– Astrid...

– Monstro! – Gritou Cavery.

Não poderia mais viver com aquilo. Comecei a correr em direção a floresta, meus passos queimavam a grama.Pelo menos estávamos bem perto da mesma e ninguém pode me alcançar, nem se realmente tivessem tentado.

– EU NÃO ACREDITO QUE CONFIAMOS NELA OU EM VOCÊS – Gritou Stoico.


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Notas finais do capítulo

Não, ela não vai cantar Let it go



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