Astrid e Soluço Vikings & Piratas escrita por Apenas Criativa


Capítulo 2
Memórias Perdidas


Notas iniciais do capítulo

hi ya there guys!! Como vão? Astrid aki falando e esta é minha mais nova parceria! Espero que gostem da fic e deixando bem claro: a ideia não foi minha. Toda a imaginação foi daquela louca que eu amo de paixão que se chama Apenas Criativa. Eu apenas a ajudo a desenvolver os capítulos ^-^
Agora, vamos ler!



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– Astrid? – Disseram Soluço e Stoico ao mesmo tempo.

– Eu prefiro Capitã Hofferson.

...

– Mas... Mas... Eu pensei que você tinha... – Soluço gaguejou enquanto se aproximava da garota, muito feliz por a ter reencontrado após tanto tempo.

– Sumido? – Ela prontamente respondeu, erguendo sua sobrancelha e esquivando-se do garoto que vinha em sua direção com um simples passo à sua esquerda.

Ele voltou sua atenção para ela, e sem entender o motivo de tal ato, lançou lhe seu olhar confuso, que expressava exatamente o que ele sentia naquele momento.

– Astrid, o que foi? Por que esquivou-se de mim? – O jovem prostrou-se à frente da garota, mas com ainda significante distância entre os mesmos. – Eu pensei que...

– O que aconteceu antes dos dragões permaneceu? – Ela abaixou a cabeça, mas não mudou a expressão facial. Em seguida, a levantou novamente, sem mudanças. – Ficou no passado, o que importa agora é o presente. Então, trato feito?

Ela estendeu a mão - que estava coberta com luvas de dedo pretas, que iam até o seu cotovelo - ao garoto de cabelos castanhos, que a olhou, e apertou com um pouco de receio.

Ospiratase os dois chefes que os cercavam permaneciam como estátuas olhando para a cena que presenciaram entre os dois, e não entendendo o que aconteceu no dia “antes dos dragões”.

Soluço, pronto para ir ao combate com o Morte Rubra, buscou conselhos de Astrid, que já era sua aliada, depois de um voo romântico em Banguela, e os decorrentes fatos da arena que se seguiram. Ela estava muito cansada depois de ter lutado contra o Pesadelo Monstruoso pela vida de Soluço na arena, e estava um pouco ferida, não muito, mas não teria tempo o suficiente para ela se curar e ficar pronta para a luta antes da grande batalha que aconteceria naquele dia.

– Astrid! Astrid! – Soluço alcançou a garota, que andava um pouco falha pelas ruas de Berk, procurando algum armamento que Stoico não houvesse levado (pois seu machado permanecera na clareira onde Banguela ficava).

– Soluço? – Ela virou bruscamente ao ouvir seu nome sendo chamado pelo montador de dragões, e assim acabou por machucar ainda mais seus joelhos, que fraquejaram e fizeram-na ajoelhar-se no chão com a dor momentânea.

– Ai meu Thor, você está bem?? – Ele a ajudou a levantar, e ela sorriu fraco para ele.

– Está sim, só preciso encontrar alguma arma para lutar, e vou logo montar naquele Nadder da arena, como você indicou, lembra? – Ela voltou a andar com seus olhos curiosos à procura de metais afiados de guerra.

– Não Astrid, não. Está óbvio que você não está bem. Acabou de cair no chão! – Ele a parou no meio da estrada.

– Soluço! Eu consigo! – Ela começou a se zangar, pensando que ele estava duvidando de sua coragem, o que praguejava quem o fizesse.

– Não, você não vai, Astrid. – Ele, mesmo com um enorme receio misturado com medo, se impôs à palavra da loira.

Antes que a mesma pudesse dizer algo, os seus pais surgiram do meio do deserto que a rua estava naquela hora, desesperados.

– ASTIRD! Pensamos que você tinha ido com eles! – Os mesmos pararam à sua frente, mas não barraram o menino de cabelos lisos.

– E vou! Mas não a favor deles, e sim, a favor dos dragões! – Ela franziu o cenho e pode-se ouvir um suspiro de Soluço ao fundo.

– NÃO! DE JEITO NENHUM! Já não concordamos que você vá lutar, agora muito menos sabendo que é pra defender os dragões! Esse garotinho aí é uma má influência! – Eles disseram, se virando para o pobre menino que não tinha culpa nenhuma naquela história.

– Eu concordo na parte que ela não deveria ir, mas com a parte de que eu tenho culpa de tudo e que sou uma “má influência”, já foi um exagero, não? – Soluço se defendeu dos argumentos injustos contra si.

– Vamos Astrid, sem mas nem meio mas! Vamos para a casa agora! – Os pais a pegaram pelo braço, forçando-a a segui-los.

Para Astrid, seria fácil se livrar dos braços dos pais, mas como seu respeito por eles era maior que a necessidade de defender o que acreditava, ela teve que ceder.

Soluço assistiu ela sendo levada, e acenou de longe, mas pareceu que não foi visto pela garota que o aceno era direcionado.

Ele parou de acenar e correu até a arena de dragões, para “salvar o dia”.

Soluço olhoupara as luvas de dedo negrasnas mãos de Astrid novamente com olhos duvidosos, mas não por não confiar nela, mas por motivos pessoais, e viu que o olhar dela era frio, direto, objetivo, focado. Nada escapava de sua vista, aparentemente.

Após um longo suspiro, ele finalmente apertou sua mão, que a fezmostrar um pequeno sorriso fechadode vitória com uma mistura de desafio. O garoto nem sabia o porquê.

Após um banquete enorme, os guerreiros de Berk – ainda com um pouco de apreensão – mandaram os moradores saírem de suas casas, e cumprimentarem os piratas. Todos hesitantes, receberam-nos com um pouco de temor, mas que foi apagado ao perceber que o exército mais temido dos Sete Mares eramrealmente inofensivos depois de um acordo de paz bem trabalhado. Eles foram educados e gentis, um pouco fechados entre si, eles falavam somente entre a tripulação, mas dirigiam palavra com quem os perguntasse qualquer coisa. Soluço pensou que seria apenas por não estarem em seu ambiente e notou também que todos falavam com Astrid, mas não só por ela ser capitã, ela respondia com um pequeno sorriso aberto e gesticulava com as mãos enquanto respondia. Ela havia se tornado ainda mais bela do que já era seus cabelos enormes da cor do sol e seu rosto meio desafiador meio educado fez Soluço se pegar a encarando algumas vezes.

Sim, eram fortes. Poderosos. Astutos. Guerreiros. Destemidos. Mas maus?Nem tanto.Pelo o que contaram, Astrid havia salvado a vida de todos, até mesmo eles jáhaviam salvado vidas no alto mar, etodas as pessoas salvas foram entregues para casa ou se tornaram parte da tripulação. Eles não falaram muito sobre o assunto, mas Stoico comentou com o filho que seria por eles serem famosos e temidos, eles não podiam deixar muitas informações escaparem.

Os Vikings e piratas jáestavam em uma fase de adaptação, e Astrid não tinhamuitocom o que se preocupar.

Contudo, mesmo estando em sua terra natal, Astrid não sentia saudades de ser uma viking, sabia quem ela era e qual era o seu lugar no mundo. Durante o banquete não trocou muitas palavras com ninguém, mas sentiu vários olhares a encarando, ouviu sussurros e apenas confirmou o que já sabia, vikings realmente não mudavam quanto as novidades, sempre que vem algo novo dura semanas na boca de cada um. Ela tentou evitar Soluço e seus pais ao máximo, eles a encaravam com um ar de surpresa, como se pensassem “ela é realmente a capitã dos piratas mais sanguinários e temidos de todos os tempos?”. Astrid não resistia em pensar em tudo o que havia acontecido desde que foi embora, não parar de pensar em como estava mais forte e mais inteligente, modéstia parte dela é claro.

No meio do banquete pediu licença para caminhar um pouco, que foi concedida humildemente por Valka que a via como uma história se tornando realidade. Astrid andava sem pressa pela aldeia,parou de se importar com a opinião dos outros desde que era uma viking. Se lembrava das memórias que tinha feito aqui. Não tantas como gostaria, mas inesquecíveis.

E durante esse pequeno “tour”, ela parou em frente à uma casa peculiar: meio velha, não aparentava ter sido nem ao menos tocada à anos. Era isso que ela e todos os moradores da vila pensavam.

Ela cautelosamente entrou na casa, que estava muito empoeirada e com teias de aranha por todos os lugares, mas nenhuma aranha, pois acabaram morrendo e aparentavam estar petrificadas ao mirá-las no chão, o que era nojento, na opinião de qualquer um.

Ela andava lentamente, passando a mão em alguns retratos na sala, de seus pais, e dela mais jovem. Ela resistiu em deixar rolar uma lágrima, mas levou a fotografia clássica familiar: os pais ao fundo e a criança ao meio, sorrindo.

Ela sorriu, respirou e continuou a andar.

Ao percorrer o primeiro andar inteiro, ela subiu as escadas e se deparou com seu antigo quarto. Era grande, com uma cama, um pequeno criado-mudo com duas gavetas, que continham alguns papéis, livros e coisas afins, um armário, um canto onde haviam algumas armas empoeiradas, e um grande espaço vazio – que ela recordou que treinava às vezes ali, antes de dormir.

Ela observou que tinha uma moldura em cima do criado-mudo, tão empoeirada que não dava para ver qual foto era a privilegiada de ser vista toda a manhã pela garota quando acordava.

Ela a pegou delicadamente, e assoprou. Ela esperava que fossem os pais dela, mas quem estava lá, era Soluço, ainda menino, ainda seu. Não era nem do tempo que eles eram já namorados, mas bem antes.

Ela o admirava, mas nunca o confessou por conta de sentir um pouco de medo da reação dos outros. Apagou o pensamento de medo da cabeça, envergonhada de si mesma por o sentir.

Ela sorriu ao ver a sua figura, em um sorriso torto que ela adorava, e nem conseguia resistir.

Com tudo isso, estava com a guarda baixa, e foi pega de surpresa com uma visita inesperada.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram seus lindos? Espero que sim e vejo vcs no próximo capítulo! ;)