Regis um menino no espaço escrita por Celso Innocente


Capítulo 7
Entrevista na TV.




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Ao lado do senhor Frene, segui para a entrada da residência, onde, realmente estava um carro à nossa disposição. E que carro! Tinha aproximadamente quatro metros de comprimento, por dois de largura; feito completamente de níquel; não possuía faróis, mas sim, duas sinaleiras na frente e duas atrás, as quais ascendiam em vermelho; conduzia tranquilamente seis pessoas; suas duas únicas rodas eram bem largas, feitas de uma massa dura, parecida com a mesma borracha terráquea, porém azuis; seu controle era feito por um painel destacável contendo dez botões, sem ter câmbio nem volante e era mais parecido com um mini iate da Terra, ou aqueles carros anfíbios de alguns filmes.

O homem abriu a porta do lado direito e pediu que eu entrasse; seguiu ao outro lado, abriu a outra porta e entrou; destacou o tal controle do painel, apertou um botão, fazendo com que os demais se ascendessem; eram de cores diversas. O carro começou a se movimentar silenciosamente, como se estivesse desligado. Pelas ruas daquela linda cidade reluzente, devido reflexo de suas estrelas sobre os edifícios de metal, ficavam admirando as belezas dos prédios e praças, sem manifestar qualquer comentário. O senhor Frene dirigia com um sorriso nos lábios, mas também, sem dizer uma única palavra.

Jamais, em toda minha infância, nem mesmo pela televisão, ou no cinema, o qual, devido minhas precárias condições financeiras, teria ido muito pouco, havia apreciado tanta beleza e acredito, nem qualquer outro terráqueo, ter visto também.

Aqueles prédios eram obras de verdadeiros artistas e todos construídos em um material, desconhecido para mim. Parecia aço, metal ou níquel; mas não poderia ser, pois, onde eles conseguiriam tanto desse material?... E como eles conseguiriam construir tal obra, sem emendas? Como se fosse uma peça única! Alem de toda a beleza física, com cores diversas, vitrificadas pelo tipo de aço, também me encantara com a limpeza e não parecia existir nada de poluição. Os demais veículos pareciam saber respeitar os direitos de seus parceiros no trânsito, pois tudo fluía rápido, sem haver nenhum congestionamento e praticamente ninguém se preocupava em ultrapassar a outro, salvo quando em sinal de parada ou alteração de rota de tráfego.

Estava encantadíssimo e às vezes até me esquecia que estava a trilhões de quilômetros de casa.

Vinte minutos pelo trânsito, a uma velocidade que diria, de até cento e vinte quilômetros por hora terráquea, o carro estacionou em um grande pátio, em frente a um monstruoso prédio esverdeado.

O senhor Frene desligou o carro, descemos e nos dirigimos ao tal edifício. Entramos, andamos por um longo corredor, sempre tendo que acenar a diferentes transeuntes, os quais, não conhecia, mas assim como celebridade, era conhecido. Depois do corredor, nos deparamos com o palco, onde havia quatro poltronas de aço e almofadas pressurizadas em grande luxo, nas cores dourada e vermelha; uma mesa de aço no centro, à frente de duas das poltronas; três câmeras tipo filmadora, em tamanho miniatura, parecendo muito mais, como uma câmera fotográfica amadora, sem que ninguém as controlasse manualmente; dois grandes televisores a cores, de aproximadamente oitenta polegadas cada um, com a espessura de uma tábua de madeirite, parecendo mais um simples telão de cinema, em tamanho reduzido. Esses televisores estavam ligados, apresentando incríveis imagens de minha viagem pelo espaço sideral, na cabine do então disco voador, acompanhado pelo senhor Rud e Tony, em altíssima resolução em terceira dimensão e perfeição de som, dando a impressão de que estávamos diante de uma janela no tempo e espaço; ou seja: que tudo aquilo estava acontecendo naquele instante e que todos ali naquele auditório, faziam parte dessa extraordinária viagem interplanetária.

Terminado o palco, havia o auditório, com suas poltronas, também pressurizadas, colocadas em forma de escada, de tal forma, que ninguém atrapalhasse o colega de traz a assistir o que acontecia no palco.

Orientado por senhor Frene, sentei-me sobre uma das poltronas que estava afastada da mesa; ele sentou-se sobre uma das que estavam atrás da mesa. O auditório estava quase lotado.

Poucos minutos de espera entrou um homem moreno, aparentando uns trinta e cinco anos de idade. Assim que entrou, cumprimentou-nos, dizendo:

— É uma pena Regis, mas estamos em cima da hora! Não podemos planejar com você esta entrevista. Terá que ser mesmo na base do improviso.

Sentou-se na outra poltrona, atrás da mesa. Os televisores à nossa frente mostraram a sua imagem, tão perfeita, que se alguém entrasse naquele momento no auditório, com certeza, confundiria o real com o vídeo.

Ele começou a falar, mesmo sem microfone:

— Prezados amigos, de toda nossa querida Suster. Aqui em Malderran são exatamente vinte e cinco horas. Como todos já sabem, hoje às seis horas, chegou a nosso convívio, nosso esperado filho, Regis. Todos acompanhamos sua viagem pelo espaço e finalmente, sua chegada aqui em Malderran. Como todos já sabem, Regis é um menino de quatorze anos de idade, vindo da Terra. Branco, cabelos castanhos e muito bonito. — Riu. — Muito bem: Regis está conosco agora e vai falar com todos nós e principalmente com os convidados que estão presentes no auditório.

A imagem da televisão agora passou a ser do senhor Frene, que então começou a falar:

— Pra começar a entrevista, pediria pra que Regis, cumprimentasse o auditório e os amigos distantes.

A câmera passou a me focalizar e apareci nos televisores. Então, bem nervoso com essa novidade, disse:

— Olá... amigos de Suster: Pra começar quero mandar um abraço e dizer que serei sincero, mesmo sabendo que vou falar para três bilhões de pessoas. É um número muito grande e talvez fale algo que alguém possa não gostar...

— Três bilhões! — Riu o apresentador. — Você imagina o tamanho desse número?

— Não! — Neguei juntamente com os ombros.

— Na Terra, você se sentia um menino feliz?

— Às vezes sim! Às vezes não! Mas era mais feliz do que sou aqui.

— Como assim?

— Lá é meu lugar! Aqui sou estranho!

— Eu digo, como assim? Às vezes deixava de ser feliz na Terra!

— Quando brincava, estava com meus pais, passeava na casa de meus avós e muitas outras coisas, me sentia feliz.

— O que você está achando de nosso mundo?

— Bem... Aqui é um lugar muito bom! Embora eu quase não conheça!

— E de Malderran?

— O que é Malderran? — Perguntei-lhe, já imaginan-do a resposta.

— Malderran é o nome desta cidade! — Afirmou o senhor Frene.

— Desculpe-me! Ninguém havia me dito!

— O que você acha de Malderran? — Tornou a perguntar o apresentador.

— A mais bonita que já vi! Nem no cinema, jamais vi coisa mais bela!

— Então você está gostando de nosso mundo?

— Não senhor! Nem um pouco!

— Mas como não? — Se espantou o apresentador.

— Me desculpe! Eu disse que seria sincero!

— Pode ser franco, mas explique sua franqueza!

— É que já faz mais de setenta dias que não vejo meus pais e amigos! Estou com muitas sau...dades...

Quase não consegui acabar de falar. Estava chorando e o pior, era que a câmera, não deixava de me focalizar.

— Não precisa chorar, Regis! — Pediu o senhor Frene.

— Desculpe-me senhor Frene, mas não posso mais falar!

E realmente não falei. Fui tirado do palco. Os homens e o auditório ficaram falando a meu respeito por alguns minutos. Fui levado a outra sala e sentado em uma cadeira qualquer, me deram um lenço para que enxugasse o rosto, depois me deram um suco azul com sabor de amora, o qual tomei tudo em pequenos goles.

Passado pelo menos dez minutos, estando mais calmo, voltei. Alguém no auditório, que fôra focalizado pela tevê, me perguntou:

— Você sabe que todos nós o amamos muito?

— Sei e me sinto muito orgulhoso por isto!

— Falando nisso: — Interrompeu o senhor Frene, que aparecia na tela. — Regis até disse, que é o único garoto do Universo, a ter três bilhões de pais. Não é isso mesmo, Regis?

— É o que parece: — Aleguei, querendo rir. — Se todos me amam!

— Mesmo sabendo que o amamos tanto, você ainda quer voltar à seu planeta? — Perguntou-me outro homem do auditório.

— É natural que eu queira! É lá que estão meus pais, que são tudo pra mim!

— Você sabe que significa muito pra nós? — Perguntou-me outra moça.

— Se você fosse levada à Terra e obrigada a permanecer por lá. O que acharia?

— Dependeria de muitos parâmetros!

— Pois é! Não sei bem o que é parâ...metros! Mas o meu é que amo muito meus verdadeiros pais!

— Sabe que precisamos de você? Não apenas como um objeto de desejo! Mas como alguém para nos trazer carinho e felicidade!

— Sei! Até disse ao senhor Frene, que se uma criança é tão importante pra vocês: por que então, ao invés de me trazer, por que não trouxeram uma das milhões de crianças abandonadas que lá existem?

— Queríamos um menino bonito, inteligente, educado, desinibido e de seu tamanho! — Alegou outra moça.

— Mas eu não sou todas essas coisas que você disse!

— Pra nós, você é tudo isso! — Afirmou o apresenta-dor.

— Estão me pintando de anjo! — Brinquei. — Posso me tornar anjinho da cara suja!

— Onde aprendeu isso? — Perguntou-me o apre-sentador, senhor Gley, rindo.

— Li em um livro infantil!

— Pra nós você é bom e educado! — Confirmou a mesma moça anterior. — Nunca será um “anjinho da cara suja”!

— Mesmo que não me torne! — Aleguei. — Na Terra, existem milhares de outras crianças pobres, que preenchem suas exigências, muito mais do que eu!

— Você sabia que foi acompanhado rigorosamente por nós, desde em que nasceste? — Perguntou-me outro homem do auditório.

— O senhor Frene, já me contou isso!

— Então deve ter contado também, que ele te preparou durante esses quatorze anos, para só agora trazermos até nós! — Alegou o mesmo homem.

— Não! — Neguei. — Isto ele não contou!

— Pois é, Regis! — Afirmou o senhor Gley. — Por isso que na escola, você sempre foi o melhor aluno da classe; com os amigos, mesmo os mais velhos, você sempre entendia do que se tratava; no lar, sempre era obediente e educado...

— E como que mesmo assim, às vezes eu apanhava de meus pais?

— Nem sempre, quando uma criança é punida pelos pais; o que geralmente acontece com espancamentos; nem sempre os pais têm razão em fazer! — Comentou o senhor Frene.

— E os amigos? Por que muitas vezes, ainda zombavam de mim?

— Inveja talvez! — Afirmou o apresentador.

— Na escola, quando estava na primeira série e a professora me chamou pra explicar questões da segunda série. Quer dizer que foi graças a vocês que consegui?

— Na verdade, nós o ajudamos! — Afirmou o senhor Gley. — Mas foi graças a seu talento, que você conseguiu... Mas... Voltando ao assunto: Quer dizer que você não está feliz em viver conosco?

— Sinto muito: mas nem um pouco! — Neguei triste.

— Por que não, Regis? — Perguntou-me, com jeito triste, uma moça do auditório.

— O mesmo que já falei há pouco! Faça de conta que você tem a minha idade; ou mesmo à sua; tem pai, mãe, amigos, escola e tudo o mais aqui em seu mundo; um dia, é rap... roubada e levada a outro mundo estranho, onde não conhece ninguém! Como você se sentiria?

— Sei lá! Emocionada talvez!

— Não acredito! — Neguei.

— Regis! — Chamou o apresentador. — Para encerrarmos esta visita, diga agora pra nosso povo, aquilo que você quiser.

— Por favor, se é verdade que todos me amam, prove agora este amor, me devolvendo a meus pais.

— Que tal darmos um tempo ao tempo? — Insinuou ainda Gley.

— Todos me têm como um pai, ou serei apenas um ídolo?

— O que você quer dizer com isto? — Alegou Gley.

— A grande maioria das pessoas de seu planeta, jamais me verão ou quando ver, será apenas pela televisão. Assim como os grandes artistas de minha Terra! A diferença é que eu não sei fazer nada!

— Por que você acha que as pessoas jamais te verão pessoalmente? — Insistiu o apresentador.

— Tenho só nove anos, senhor Gley! Mas sei que muito pouco dos seus mais de três bilhões de moradores, conseguirão se aproximar de mim! Como podem ser considerados meus pais?

— Temos planos para que você visite cada uma de nossas mais de nove mil grandes cidades! E antes que duvide, também temos planos para que fique o tempo que for necessário e abrace a cada um de seus três bilhões de pais! — Emendou o senhor Frene.

— Haja tempo! — Sorri irônico.

— É o que mais temos!

— Como eu poderei corresponder o amor a cada um de meus três bilhões de pais, se estarei com cada um por apenas alguns minutos?

O Senhor Gley ficou sem palavras e sinal para cortar a entrevista. Levantamos-nos e ele veio falar comigo:

— Gostei muito em conhecê-lo!

— Engraçado, até parece que vocês nunca foram crianças! — Insinuei.

— Claro que já! — Exclamou o senhor Frene. — Mas foi a milhares de anos!

— O senhor gostaria de ser criança até hoje? — Perguntei-lhe.

— E como gostaria! —Disse o senhor Gley.

— Engraçado, eu queria ser adulto!

— Por quê?— Perguntou-me ele.

— Adulto dirige, passeia sozinho, vai ao cinema proibido, nunca apanha dos pais, viaja sozinho, namora sem ninguém cen... reclamar...

— Agora pense: — Pediu Gley. — Um terráqueo adulto, precisa trabalhar, às vezes arranja encrenca e acaba preso, enche a cara e fica bêbado, se casa e arca com as responsabilidades de uma família e uma série de outras coisas. A criança brinca, passeia, tem um monte de amiguinhos, paquera uma Beth na escola...

— Eu não paquero a Beth! — Neguei sério. — Ela é minha amiga de escola!

— No mais: — Continuou o senhor Frene. — Aqui você poderá dirigir, passear bastante, viajar muito e não vai apanhar de ninguém! Quanto a namorar, não posso lhe prometer nada, pois aqui não existem garotas de sua idade!

—Mas vai dizer que na Terra, você realmente não namorava! Nem paquerava? — Ironizou o senhor Gley. — Apesar de ser criança!

— É claro que não! — Neguei convicto.

— Pra cima de mim, Regis?! — Insinuou o senhor Frene.

— Claro que eu não namorava! Mamãe disse que se eu falasse em namoricos com a Beth, ela me bateria!

— Taí! — Exclamou o senhor Frene. — Você não falava, mas só a Beth, pra saber a verdade!

— Quer dizer que seu namoro com ela era segredo pros demais? — Perguntou o senhor Gley.

— Não há segredo de nada! — Neguei bravo. — Ela é apenas uma coleguinha de classe! Já disse!

— Só de classe? — Perguntou o senhor Frene.

— Não senhor! De ir junto à escola, também!

— Muito bem! — Insinuou o senhor Frene. — Vamos embora?

Despedimos do senhor Gley, que ainda insinuou:

— Você é muito esperto, menino! Não será fácil tapeá-lo!

— Como assim? — Estranhei sério.

— De onde tirou a história de ídolo?

— Já comentei isso com o senhor Frene! Aprendi no catecismo! Não me faça de ídolo, por favor! Deus não tolera ídolos!

— Não te faremos de ídolo, Regis! — Negou o senhor Frene. — Você é nosso filho! E é assim que o amamos!

— Não sou bom de contas, senhor Frene, mas se visitar cada uma de suas nove mil cidades, uma por dia, isso nos tomará um montão de anos.

— Em torno de cem anos susterianos... Mais ou menos! — Emendou o senhor Gley. — Mas isso não será problema! Nós temos milhares de anos!

— Ou seja: Cada pessoa poderá ter a pequena chance de me encontrar uma vez a cada cem anos. Acho mesmo que serei uma cele...br... um artista, sem saber fazer nada.

Abraçado por senhor Frene, seguimos até o carro e então, de volta à residência onde estava morando. No caminho de retorno, o senhor Frene me explicava, como fazer para o carro andar. Eu porem não estava muito interessado. Na verdade, estava muito preocupado e chateado.

Após uns dez minutos de estrada em silêncio, resolvi perguntar:

— O senhor está chateado comigo?

— Por que haveria de estar?

— Por causa de eu ter falado tudo ao contrário do que o senhor queria lá na televisão!

— Eu já esperava que você fosse falar daquele jeito! Mas não se preocupe; o importante era as pessoas te ver e saber que você está bem!

— Estar bem? Mas eu só demonstrei estar mal!

— Todos compreendem sua posição e não estranham. Pelo contrário: estranhariam se você dissesse que estava tudo bem. Eles sabem que não poderia estar! Não pra quem foi tirado dos pais!

Ao ouvir falar em meus pais, comecei a chorar. Ele, percebendo aquilo, insinuou:

— Já vai abrir as torneirinhas novamente? Nem parece que você é homem!

— E não sou mesmo! — Neguei chorando. — O senhor sabe que sou criança! Criança prisioneira!

— Criança é verdade! Prisioneira, não!

— O senhor concorda que eu não esteja bem?

— Claro que concordo!

— Então sabe que estou sofrendo? — Continuava chorando.

— Por enquanto sim! Mas vai ficar tudo bem, depois!

— Acho que vocês só vêem seu lado pessoal! Pouco se importam se eu também tenho sentimentos! Se eu tenho coração!

— Lhe garanto que você será um menino muito feliz!

— Como disse aquela moça do auditório, me tratam como se eu fosse um boneco!

— Sei que você não é um boneco, Regis! Sei que você tem alma... Coração... Sentimentos... Amor próprio...

Calei-me e continuei chorando até chegar à grande residência.

Ao chegar, as lágrimas já teriam cessado. Fomos direto a um banheiro, onde, o senhor Frene, apertou um botão azul e começou a jorrar água de um chuveirinho, em uma pia. Então ele me ordenou:

— Lave as mãos e essa cara de choro! Depois iremos ao refeitório.

Ainda calado, lavei as mãos e o rosto, apertei um botão cor-de-rosa, desligando o chuveirinho; apanhei uma toalha, que ele já pegara no armário e me enxuguei.

— Agora sim! — Afirmou ele, me abraçando. — Voltou a ser bonito outra vez!

— O senhor não tem vergonha de achar homem bonito?

— Nem um pouco! Não o homem você!


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Notas finais do capítulo

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