A Filha da Magia escrita por Felipe Stark


Capítulo 9
Philadelphia, um lugar não tão bom assim


Notas iniciais do capítulo

Faz tempo que eu não posto e eu queria voltar logo, então não sei se o capitulo ficou tão bom. Consegui um tempo pra escrever hoje e estou postando o que eu consegui escrever. Não sei quando vou postar de novo, mas espero que em breve. Desculpa a demora!



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O tempo passava devagar demais enquanto voavam nas costas dos Pégasos. Excepcionalmente para Carol, que tinha medo de altura. Ficar poucos minutos no ar, como quando voaram de Long Island para Nova Iorque, não foi problema para ela, mas voar de Nova Iorque para a Philadelphia é um processo mais demorado, o que deixava Carol cada vez mais nervosa.

A cada tranco que o cavalo alado dava no ar, a respiração da jovem parava. Numa dessas vezes, ela olhou para o lado e viu Percy sorrindo, com os braços abertos enquanto o ar se chocava contra seu corpo. Seus cabelos, longos o suficiente para isso, voavam para trás com a força do vento. Carol não conseguia entender como Percy conseguia ficar daquele jeito em pleno ar, ainda mais considerando que o deus dos céus é seu tio, e que ele nunca tivera uma das melhoras relações com seu pai.

O Pégaso curvou-se novamente e Carol foi forçada a agarrar-se ao pescoço do animal com força, o que o fez relinchar.

– Acalme-se Carol. – Percy riu. – Ele não vai deixar você cair ele tem experiência.

– O problema não é ele Percy! – Carol rebateu. – Tenho medo de alturaaaaaaaaaa! – O Pégaso desceu alguns metros no ar, prolongando a frase de Carol, aliando-a a um grito de terror.

– BlackJack! – Percy gritou.

“Para de sacanear com ela Blouth”, relinchou BlackJack, “Isso NÃO é engraçado!”

“É sim! Mas tudo bem, eu paro.”, respondeu o Pégaso de Carol, triste por ter de parar.

– Obrigado Percy. – disse Carol assim que Blouth voltou a planar ao lado dos outros. BlackJack relinchou indignado. – A você também BlackJack, por seja lá o que você disse. – o Pégaso de Percy fez uma expressão de satisfeito.

14 minutos mais tarde, os três semideuses chegaram à Philadelphia. Desceram dos cavalos alados numa praça no centro da cidade. Percy se despediu dos animais e guiou as duas amigas pelas ruas da cidade. Ele andava como se já conhecesse a cidade há anos. E parece que ele conhece.

Ele entra em um beco lateral, pequenas casa se enfileiram uma ao lado da outra, sem espaço algum entre elas, ele caminha até o fim da rua e bate à porta de uma casa levemente mais larga que as outras, com paredes laranja. Um homem baixo a abre lentamente, olha para Percy e sorri.

– Entre Percy. Há quanto tempo não te vejo. – disse o homem, sua voz era calma, porém grave. Tinha um tom cansado, como se o homem fosse mais velho do que aparentava ser. O que, no mundo mágico, não quer dizer muita coisa, como Carol já tinha percebido. – Quem são estas?

– Estas são Piper e Carol. – respondeu ele, ainda à porta. – Viemos pedir a sua ajuda ancião. Falei com Grover mas ele disse que não poderia prometer a ajuda da natureza sozinho num caso desses. Lamento, mas receio uma nova guerra. Dentro do Olimpo há um traidor. Precisamos descobrir quem é e acabarmos com seu plano. Ele não pode sair vitorioso. Preciso de vocês, preciso de toda a espionagem que as ninfas e as dríades puderem fazer.

– Eu... é... Eu estou de acordo Percy, embora não goste disso, mas temos que reunir o Conselho de Casco Fendido e fazer uma votação. Não posso simplesmente liberar as ninfas para um trabalho desses sem o consenso geral.

– Sei que não. Mas queria poder contar plenamente com você. Já tenho dois votos, então certamente terei o que preciso. Obrigado ancião. Temos realmente de ir. Precisamos salvar Hécate. Adeus! – disse Percy.

– Adeus Percy. Espero vê-lo em breve. Até logo meu jovem. Prazer em conhece-las minhas caras. – o ancião fechou a porta atrás de si.

– Vamos. Já tenho tudo o que precisava. – Percy saiu do local rapidamente. Carol e Piper se entreolharam e seguiram Percy.

– O que foi aquilo Percy? Quem era ele? O que tanto você conseguiu tirar dele?

– Ele era um dos anciões de Casco Fendido, a ordem mágica responsável pelas decisões da natureza depois que Pã se foi. E eu tirei dele duas coisas: primeiro, o voto de que eu precisava. Segundo, ele sabia do sumiço de Hécate. Ou seja, ou as noticias do Olimpo são transmitidas realmente rápido, ou ele tem alguma coisa a ver com isso.

A equipe dirigiu-se mais ao sul da cidade. Como de costume nos Estados Unidos da América, ninguém dirigia um único olhar aos jovens e, aquele que o fizesse, poderia ser considerado um inimigo em potencial. Caminharam durante um longo tempo. As pernas de Carol doíam depois de algum tempo, mas mesmo assim ela estava grata por não ter de subir no dorso do Pégaso Blouth outra vez.

– Para onde vamos Percy? – perguntou ela impacientemente. Suas pernas realmente doíam a essa altura. – Não aguento mais andar, minhas pernas estão latejando.

– Estamos quase lá Carol. Só mais um pouquinho. – Percy tentou ser gentil. – Preciso resolver uma coisa antes de irmos até Baltimore.

– Baltimore? Por que Baltimore? – perguntou Piper.

– Tive um sonho ontem. Há alguém lá que pode nos ajudar. Não me alegro em voltar àquela cidade. Tive más experiências lá. Mas é preciso. Nosso sucesso depende disso. – ele parecia nervoso.

“Seja lá o que aconteceu em Baltimore, não foi coisa boa.”, pensou Carol.

– Se você diz eu acredito Percy. – Piper exclamou. – Aprendi a nunca duvidar de você. – Percy sorriu. “Esses dois são mais próximos do que parece”, Carol teve esse pensamento subitamente.

Eles continuaram andando calmamente, sem se preocupar com nada, e esse foi o erro deles.

Ao virarem numa esquina, uma mulher os encarou durante longos minutos, e outras duas se juntaram a ela. Foi nessa hora que Carol as percebeu, mas foi tarde.

– PERCY! – ela gritou.

– AH NÃO! VOCÊS DE NOVO NÃO! – ele exclamou, sacando a espada, em uma suplica, mais para ele mesmo do que para aquelas coisas.

Piper puxou a adaga da cintura e Carol sacou a espada. Os monstros atacaram furiosamente, sobrevoando os jovens e atacando em vários momentos. Uma delas agarrou Percy pelo ombro e o levantou. Mas as duas garotas estavam ocupadas demais para conseguir ajuda-lo.

– NICO! AGORA SERIA UMA BOA HORA. - uma sombra tremeluziu a alguns metros assim que Percy gritou e um garoto alto com um casaco de aviador surgiu de lá.

– ALECTÓ! SOLTE-O AGORA! E VOCÊS DUAS, PAREM IMEDIATAMENTE. – gritou ele.

– Quem você pensa que é para nos dar ordens? – gritou Alectó. – Você não é NADA garoto!

– SOU O FILHO DE HADES! VOCÊS SERVEM AO MEU PAI. – ele gritava. – E À MIM! – se era possível, o garoto conseguiu entoar ainda mais essa última frase. – Então o solte. AGORA!

O monstro o soltou na mesma hora, olhando para Nico com olhos furiosos e com muito ódio. Então desapareceu.

– Obrigado Nico. – Percy agradeceu, esfregando os ombros onde as garras do monstro estiveram há pouco. – Odeio Fúrias.

– Não diga o nome delas Percy, elas podem voltar. – advertiu Nico.

– Não me importo com isso. “Nomes são poderosos”. Cronos vivia me perseguindo mesmo quando eu não dizia seu nome. E essas desgraçadas também.

– Cronos? – cinco segundos antes, a pergunta seria “Fúrias?”, mas o nome Cronos substituiu-a.

– Quem você acha que destruiu Cronos minha jovem? – perguntou Nico. – Com certeza foi Percy Jackson! Ele é o cara!

– Não exagera Nico. Tive ajuda.

– Quase nenhuma. Você fez aquilo praticamente sozinho. E não diga que estou exagerando. Você é o melhor que conheço. Jason? Não chega aos seus pés cara! Sem ofensas Piper.

– Sem problemas Nico! – ela exclamou. – Sei que você pensa isso. Não me importo mais.

– Percy? Você derrotou Cronos? Como assim? E não me contou? – perguntou Carol.

– É uma historia longa demais Carol. Não havia tempo para conta-la. Mas sim, eu derrotei Cronos. Eu, Grover, Annabeth e Luke Castellan, que morreu naquele dia.

– Ah! Entendo. Que demais Percy. Depois quero detalhes ouviu? Quero saber tudo! – disse ela.

– Pode deixar! – disse ele.

– Nem EU sei de tudo o que aconteceu! E ela vai saber antes de nós? De mim, de Hazel, de Léo e de Jason? Tudo bem então! Mas não fale mais com a gente! Hum!

– Vou contar quando voltarmos. Em volta da fogueira. Todos nós, reunidos.

– Ahñ... Percy. – disse Nico. – Acho melhor irmos. Antes que elas voltem.

– Claro, claro. Vamos logo. Vamos encontrar Nêmesis.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Deixem seus comentarios.



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