A Filha da Magia escrita por Felipe Stark
Notas iniciais do capítulo
Conforme o tempo passa, Carol domina cada vez mais a arte da espada. Durante a Fogueira, uma revelação é dada pela mãe de Carol.
O sol ainda não havia nascido totalmente quando Carol foi acordada por um barulho ao seu lado. A garota abriu os olhos a tempo de ver um filho de Hermes ao seu lado.
– Venha comigo. – disse o garoto.
– Quem é você?
– Meu nome é Julian. Percy me mandou. Ele quer falar com você. – disse ele. Carol o seguiu para fora do chalé em silêncio. – Ele está na quadra.
Carol andou devagar até a grande quadra do Acampamento. Percy se encontrava em pé no meio da quadra. Uma enorme criatura negra surgiu da floresta correndo na direção de Percy. Quando Carol a viu, gritou: - PERCY! Cuidado!
Percy limitou a rir e a acariciar o focinho do enorme cachorro.
– O que diabos ela é? – a cadela graniu ao ouvi-la dizer isso.
– Calma garota. Ela é nova nessa área. – a cadela aquietou-se. Percy se virou para Carol e disse: - Essa é a Sra. O’Leary. Minha Cadela Infernal.
– Você tem um Cão Infernal? Essa é novidade. – Carol sorriu.
– Essa é a única Cadela Infernal domesticada do mundo. Dédalo a deu para mim.
– Okay, agora você passou dos limites. Você conheceu Dédalo? Mas ele está morto há séculos.
– Há quatro anos pra falar a verdade. Ele criou corpos para si e se abrigou dentro deles por séculos. Mas desistiu disso e morreu junto com seu Labirinto. Bom, ele morreu, mas o Labirinto desistiu de continuar morto.
– Uau! Ele era mesmo um gênio. Queria tê-lo conhecido.
– Ele era um bom homem, mas um pouco orgulhoso. Bom, vamos ao que interessa. Chamei você cedo porque a Sra. O’Leary aqui não é muito paciente, além de que os outros têm medo dela. É o seguinte, pegue esta espada. – ele lhe estendeu uma espada de madeira longa. – Ela tem ordens de te atacar. Mas não para ferir. Por favor, tenha cuidado, não quero vê-la machucada.
– Se ela não me machucar primeiro. – Carol brincou. – Ela vai estar segura.
– Ela vai investir contra você. Quero ver como você se esquiva. Quero trabalhar isso.
– Okay. Estou pronta.
No momento em que Carol disse isso, Sra. O’Leary investiu contra ela o mais rápido que podia. Carol se esquivou algumas vezes enquanto a Cadela Infernal ia e voltava contra ela. Por fim, deu um golpe com a lateral da espada numa das pernas do monstro domesticado, que voltou saltitando para o lado de seu dono.
– Bom golpe. Vamos continuar treinando. Sra. O’Leary, avançar. – a cadela investiu outra vez ao comando de Percy.
● ● ●
– Você tem pego pesado com a garota Percy. – disse-lhe Jason. – Enviar a Sra. O’Leary contra ela? Ela poderia ter morrido.
– Jason, eu sei como dar ordens à minha cadela. Ela não iria ferir Carol. Ela só investia contra ela. – Percy estava começando a se irritar com o amigo. – A Sra. O’Leary é bem treinada, ela obedece.
Jason ficou quieto, desistindo da discussão. Ao surgir ao lado dos amigos, Nico disse:
– E então? Novidades?
– Olá Nico. Não, nada importante além de que temos uma garota nova tão forte quanto você e o Percy. – disse Hazel.
– Uau! Essa garota é ισχυρός mesmo em? – disse Nico.
– Cara, pra quê falar em grego? Por que você não fala “forte” ou “poderosa” de uma vez? – questionou Leo.
– Não sei Leo. Por que você não para de pegar no meu pé? – disse Nico.
– Não consigo. É natural cara. – Leo disse. Todos riram.
– Bom, o que vocês têm feito a respeito dessa garota? – perguntou Nico.
– Eu a tenho treinado. Todas as noites e certas manhãs. – admitiu Percy.
– Você e ela no corpo-a-corpo? – perguntou Nico.
– Às vezes. Tenho mandado a Sra. O’Leary pra cima dela ultimamente.
– Boa ideia. Aquela cadela dá um ótimo oponente. – Nico parecia entusiasmado. – Por que você não coloca essa garota em cima do Blackjack pra lutar um pouco em? Ensine-a a voar.
– Não é uma má ideia. Mas vou precisar do Blackjack para isso. Vou pegar um Pégaso nos estábulos. – Percy disse.
– Gente, vamos comer? O Pavilhão já deve estar lotado. – Piper estava faminta.
Os amigos concordaram e se dirigiram ao Refeitório.
● ● ●
Naquela noite, em volta da fogueira, os seis amigos conversavam em um canto. Carol aproximou-se deles. Percy convidou-a a sentar-se. E a garota se sentou ao lado dele. Conversaram por alguns minutos. Perto da hora de ir se deitar, Carol ouviu uma voz feminina a chamar pelo nome.
– Quem é? – Carol sussurrou.
“Sou eu filha. Sua mãe lhe fala.”
– Mãe? O que foi?
“Preciso da sua ajuda querida. Alguém nos traiu. Alguém traiu os deuses. Você não pode confiar em ninguém além dos seus amigos. O Olimpo corre perigo filha.”
– Mas... Quem fez isso mãe?
“Não sei lhe dizer filha. Minhas visões estão bagunçadas. Meu poder está fraco. Preciso de você.”
– Mãe quem é você? Não posso te ajudar sem saber quem você é.
A voz ecoou por todo o Acampamento dessa vez, seguida por um símbolo verde flamejante, um circulo com três ramos, brilhando sobre a cabeça de Carol: “Sou Hécate querida. A deusa da Magia.”.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Espero que gostem. Até o próximo capítulo. Espero comentários.