Dois anos depois

— Você está pronta? – ele perguntou ainda com as mãos tapando os olhos dela.

— Sim – ela respondeu com entusiasmo.

Quando Grissom lhe disse no dia anterior que tinha uma surpresa para ela a qual adoraria, ela ficou muito ansiosa para saber o que era.

— Vou tirar minhas mãos de seus olhos, mas permaneça com eles fechados – Grissom pediu.

Ela sentiu que seu marido se afastava de onde ele estava. Ela obedeceu ao seu pedido e permaneceu onde estava com os olhos fechados. Ele demorou exatos cinco minutos para aproximar-se novamente. Ele arrastava alguma coisa, algo com rodas.

— Agora você pode abrir os olhos querida – ele instruiu-a.

Sara abriu lentamente os olhos. Virou para o lado para poder ver o que Grissom havia ido buscar e para sua surpresa deparou-se com o carrinho de seus filhos gêmeos. Olhou para frente e a visão que teve a deixou sem fala. Diante de si estava uma enorme casa branca de dois andares, estilo vitoriano, com uma grande varanda na frente e uma cerca viva rodeando todo o terreno. As janelas formavam lindos vitrais. Um caminho feito de pedras levava os transeuntes para o pequeno portão de madeira que fechava a propriedade. Na frente da casa havia uma frondosa árvore com um adorável balanço.

— Ela é linda, Gil!- foi tudo que conseguiu dizer - Quem mora aqui? – ela indagou.

Ele ignorou propositalmente a pergunta.

— Você ainda não a viu por dentro – ele comentou puxando-a pelo braço, levando-a para uma excursão dentro da casa.

Se por fora a casa era bela, por dentro era ainda mais espetacular. No andar de cima havia quatro quartos. Dois deles eram suítes. O maior tinha vista para o quintal da casa. Ainda no andar superior havia uma pequena biblioteca e uma sala que serviria de escritório, além de uma ampla sala que serviria de brinquedoteca.

No térreo ficava a ampla sala de visitas, a sala de jantar, a qual era bem espaçosa, a cozinha e a dependência para empregados. No quintal da casa havia um pequeno playground com vários brinquedos.

— Você gostou da casa querida? – ele perguntou.

— Eu... Eu simplesmente adorei – ela respondeu – Mas você ainda não me respondeu quem mora aqui – ela cobrou.

Como resposta, Grissom colocou alguma coisa gelada em sua mão. Ele sorria encantadoramente. Ela olhou para o objeto. Era uma chave.

— Bem vinda à nossa nova casa, senhora Grissom – ele comunicou feliz abraçando-a.

— Nossa casa? Mas como? – ela estava confusa.

— Eu estava procurando a casa ideal para nós. Lembra que você me falou que precisávamos de uma casa maior para nossos filhos e para recebermos visitas? Pois depois de muita procura, encontrei essa. Você gostou mesmo?

— Amei, meu amor! – ela respondeu com sinceridade.

Eles foram para o quintal, andando de mãos dadas.

— Bem, eu gostei – ela começou – Agora falta saber o que nossos filhos acham.

Eles avistaram Theo e Alex no play, brincando e correndo felizes sob a supervisão da babá.

— Theo e Alex já aprovaram, agora falta saber o que Anne acha. O que você acha da nossa nova casa meu amor? – ela perguntou passando a mão pela protuberante barriga de sete meses de gestação. A menina mexeu-se em resposta – Acho que ela gostou também. Sara beijou a boca de Grissom com voracidade.

— Já que a casa é nossa, venha, estou louca para inaugurá-la – ela o convidou com voz sensual – Vamos fazer jus ao salário que pagamos à babá.

Grissom sabia muito bem do que Sara estava falando e tremeu de excitação ante a promessa sensual de sua esposa. Não pensou duas vezes para aceitar o pedido.

— Seu pedido é uma ordem, minha querida! – ele aceitou, pegando-a no colo e levando-a para dentro da casa, onde fariam amor em todos os cômodos.

FIM