Lei da Paixão escrita por Bia Flor Escritora


Capítulo 20
Começando a Descobrir Como Tudo Aconteceu


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem a demora, mas estou sem tempo para escrever e digitar. Espero que não me matem! kkkkkkk Tenham a certeza de que não abandonarei a fanfic *-*
Mais um capítulo para vocês!



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Ela não conseguia acreditar em que seus ouvidos ouviam. Parecia tão irreal... Na certa devia ter escutado errado! Com certeza ele não a havia pedido em casamento. Devia ser o efeito da bebida. Claro! Só podia ser isso! Eles estavam totalmente bêbados. Já havia perdido a conta de quantas doses haviam tomado. Parara de contar quando chegaram à décima rodada. Sua cabeça girava...

— Sara, você aceita se casar comigo? – ele perguntou mais uma vez com a voz enrolada devido a embriaguez. Mesmo não estando sóbrio, ele sabia o que estava fazendo. A bebida apenas despertou a coragem a qual ele não dispunha para fazer o que tanto desejava.

— Você está louco Grissom? – Sara perguntou incrédula – Não podemos nos casar!

— E por que não? – ele quis saber – Me dê motivos pelos quais não podemos nos casar? – ele a desafiou.

— Temos vários motivos, meu caro! – ela começou a responder, puxando pela memória as razões pelas quais não poderiam se casar. Quais eram mesmo? Sua mente estava um pouco nublada, confusa – Primeiro você é meu supervisor e um relacionamento entre supervisor e subordinada é proibido pelo regimento do Laboratório de Criminalística aqui de Vegas.

— Só isso? – ele insistiu.

— E você ainda diz só? – ela perguntou indignada – Essa é uma razão mais que suficiente para que não nos casemos Grissom – ela concluiu, embora aquela proposta tivesse mexido com seus sentimentos ébrios.

Ele a observou com os profundos olhos azuis agora baços devido a bebedeira.

— Regras foram feitas para serem quebradas – ele respondeu.

Aquele que estava ali diante dela, definitivamente não era o Gilbert Grissom que ela conhecia. O Grissom que ela conhecia jamais diria uma coisa como aquela.

— Tudo bem, quem é você? E o que fez com o Grissom? – ela indagou divertida, muito mais desinibida devido a bebida.

— Sou o mesmo de sempre, entretanto cansei de ser o cara certinho – ele tomou as mãos de Sara sob as suas – Vamos cometer loucuras! Que se danem as regras! Se eu me casar com você é uma loucura, então que assim seja! Vamos realizar nossos desejos, pensamos nas consequências depois...

A morena procurou por seus amigos a fim de um deles pudesse salvar-lhe daquela doce encrenca. Ela casada com Grissom? Era impossível imaginar, no entanto era o que mais desejava. Olhou mais uma vez em volta de onde estava e não encontrou ninguém. Onde diabos eles haviam se metido? Onde estavam seus amigos quando ela mais precisava deles?

— O que você me diz Sara? – ele insistiu.

Ela o olhou atentamente. Permaneceu em silêncio por dez longos minutos, pesando todos os prós e contras. Por fim o desejo a venceu:

— Você está totalmente louco Grissom e eu devo estar também, mas aceito me casar com você. Tenho certeza de que nos arrependeremos depois...

— Eu não me arrependerei, tenho certeza minha querida. Casaremos-nos hoje mesmo! – ele anunciou.

— Hoje!? – ela quase se engasgou com a dose de bebida que sorvia – eu pensei que teria um tempo para planejar e organizar tudo...

— Hoje – ele confirmou – Não estamos em Vegas? Vamos nos casar a esse estilo. Só eu e você. Sem testemunhas. Para que esperar por algo que nossas almas tanto desejam? Se vamos cometer uma loucura, que ela seja completa – ele argumentou, surpreendendo-a com a resposta e a pressa – Procuraremos uma capela para que possamos nos casar. Não posso ficar nem mais um minuto sem ter você na minha vida querida.

Como quem estava apressado para cumprir o que acabara de afirmar, Grissom levantou-se cambaleante e retirou da carteira várias notas, dirigiu-se ao caixa da Boate e pagou a conta. Não ficou surpreso ao ver que haviam gastado uma pequena fortuna em bebidas e o quanto beberam.

Deixaram a Boate Evolution de mãos dadas. Ficaram encantados ao contemplar o alvorecer. Já passava das cinco da manhã. As ruas da Cidade do Pecado estavam desertas, diferente de horas atrás. Haviam passado mais de três horas na disputa de quem tinha mais resistência à bebida. Ainda que estivessem ébrios, seus ouvidos estavam atentos a qualquer sinal de urgência. Eram peritos antes de tudo. Parecia não haver indício de criminalidade, o que para eles era um milagre. Os céus deviam ter conspirado para que isso acontecesse. Enquanto caminhavam trôpegos pelas ruas, sem quase conseguir manterem-se em pé – sair de carro estava fora de questão devido ao alto nível de álcool em seus organismos. A morena sabia muito bem em que isso poderia resultar – Sara se perguntava intimamente se encontrariam alguma capela em funcionamento naquele horário. Ela duvidava.

Andaram cerca de trezentos metros e deram de frente a uma construção antiga, de tamanho mediano. Era uma capela feita de tijolinhos brancos, com uma torre apenas na qual ficava um relógio dourado Possuía quatro vitrais com desenhos religiosos. Na frente havia um gramado bem aparado com um caminho feito com blocos. Na fachada lia-se Happiness Chapel.

A grande porta de madeira se encontrava aberta por isso eles entraram sem dificuldades. O interior era simples e aconchegante. O corredor era composto por duas fileiras de bancos de madeira o qual levava a um altar. No altar havia uma mesa quadrada pequena com uma toalha branca, em que havia um vaso de flores. Por detrás da mesa havia uma cruz vazia. Tudo ali transmitia paz.

O padre que ali se encontrava, parecia não passar dos sessenta anos. Era alto, magro e cabelos totalmente brancos. Usava uma bata preta com o colarinho branco que lhe chegava aos pés. Ele se encontrava perto do altar, organizando o local.

— Bom dia! – o dia já amanhecera há algum tempo – Gostaríamos de nos casar.

— Sinto muito, estamos quase fechando – objetou o padre – Voltem outro dia.

— Mas reverendo, precisamos nos casar hoje – insistiu Grissom sorrindo de uma orelha a outra como se alguém tivesse contado uma piada muito engraçada.

O sacerdote observou o casal que se encontrava a sua frente. Os dois pareciam que não se encontravam em sã consciência. Pareciam ébrios.

— Eu não posso casá-los assim – objetou o padre indignado. — O casamento é algo sagrado e deve ser feito sob a mais absoluta certeza de que é isso que querem. Além disso, vocês estão totalmente bêbados!

— Talvez um pouco - Grissom concordou.

— Um pouco!? – o padre revirou os olhos – Vejam como vocês estão... Não posso realizar esta celebração – o sacerdote se opôs.

— O senhor tem que nos casar senhor padre – rogou Grissom – Nós nos amamos – Grissom respondeu com voz grogue. Ele puxou Sara para si e beijou-a na boca diante do padre o qual ficou escandalizado e sensibilizado ao mesmo tempo.

— Vocês têm certeza disso, meus filhos?

— Sim! – eles responderam juntos.

O padre então celebrou a cerimônia de matrimônio. Como Grissom não havia providenciado com antecedência as alianças, ele as comprou ali mesmo. Ele pôs no dedo anelar da mão esquerda de Sara, prometendo ser fiel, fazê-la feliz, respeitá-la e honrá-la, até que a morte os separasse. Ao final do voto, ele depositou um beijo terno na mão dela. Sara fez o mesmo. Quando o casamento foi concluído, o padre lhes entregou a certidão de casamento, documento o qual a noiva guardou na bolsa.

— Agora vocês são marido e mulher – ele os declarou casados – Pode beijar a noiva!

Sem precisar pedir novamente, Grissom obedeceu-o e beijou Sara com avidez.

–o-

Ela acordou com o coração batendo acelerado. Levou a mão a boca como se dessa maneira pudesse acalmar-se. Tinha certeza de que aquilo fora mais que um sonho. Sabia perfeitamente que fora seu subconsciente lhe mostrando como tudo acontecera, ou melhor, quase tudo. Ainda não sabia se havia ou não feito amor com Grissom naquele dia. Isso somente o tempo diria.

Virou para o lado a fim de chamar Grissom e contar tudo o que havia sonhado. Correção. Lembrado. Porém ela estava sozinha no quarto. Gil não estava ali.

Poderia ter-se enganado. Talvez tivesse sido apenas um sonho, uma forma que sua mente encontrou para preencher a lacuna que tanto lhe afligia. E para provar que estava enganada, que aquelas cenas não passavam de um mero sonho, levantou-se da cama e foi direto para onde estava a bolsa que usara para ir à boate. Por mais que torcesse para não encontrar a certidão que vira no sonho, não estranhou ao perceber que ela realmente estava ali ao abrir a bolsa.

Ela sentou-se na cama observando o pedaço de papel que comprovava que ela e Grissom haviam se casado e de pleno acordo. Ela precisava conversar com seu marido.


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Notas finais do capítulo

Eu sei, sou malvada mesmo! Adoro isso! kkkkkkk
O que vocês acharam? Sugestões e críticas no privado.
Aguardando os reviews lindos de vocês!
Bjinhos da Bia Sidle Evil Grissom