Light of Dawn escrita por Kyo Takashi


Capítulo 24
Capítulo 23: Azazel, Senhor do ódio


Notas iniciais do capítulo

Yo! Bem... mais um capítulo da fic, e esse, leitores meus, basicamente vai fazer vocês ficarem curiosos com o futuro. Ou não, e eu to sendo dramático pra nada :v



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Finn

Já haviam se passado alguns dias desde que Phoebe havia me deixado viver. Afinal, esse tinha sido o acordo. Uma luta pela minha vida. Mas, apesar do resultado, ela continuou séria, sem parecer se importar realmente com algo

Mas o monstro que nos atacou logo em seguida. Sua aura com certeza era semelhante a de Lich.... e isso que mais me preocupava e tomava minha atenção. Ele com certeza tinha algo haver com o acontecido. Mas a pergunta que ficava no ar era: por que mandar algo, em vez de ir por si mesmo?

A última vez que o vi, foi antes de partir. E quem o derrotara, ou pelo menos espantara, fora Hunson... ele que havia soltado algum tipo de magia, que fizera o feiticeiro profano não conseguir nos aniquilar, e fugir por algum tipo de portal. Desde então, não tive notícias dele, e segundo a princesa, ele não tem sido mais um incômodo: sequer aparecera

Então por que agora?

Para conseguir a resposta, a única coisa em que pensei foi caça-la, antes que ela me encontrasse. E isso me levou a uma escura floresta, onde eu sabia, por aventuras passadas, que escondia uma runa do forasteiro

Apesar de úmida e sombria, nada tentara me impedir de pegar o que eu queria. Nenhum monstro pôs-se no caminho... era como se a runa espantasse todas as criaturas viventes daquele local e, mesmo ouvindo sobre uma bruxa viver pelas redondezas, nem ela resolveu aparecer. O item estava engalfinhado por entre galhos de arvores mortas... estas pareciam até mesmo querer segurar tal...

Mas ao perceber o quão sinistro o lugar poderia se tornar, observando o breu que ocupava a mata à frente, peguei o objeto e fui embora o mais rápido que pude

...

O Forasteiro se formava rapidamente a partir do nada, com suas vestes e máscara negras já postas à minha frente, falou

– O lugar onde pegou esta runa é cheio de armadilhas Finn. Cada sombra lá te observa e ri da dúvida que guarda dentro de seu peito, mas para o principal habitante da floresta, o que seus olhos não enxergam ele não pode se enfurecer por

O que isso significava?

– Você está sob um perigo que não imagina. Me buscou para ter a resposta para sua pergunta, mas eu não posso lhe dar tal. Só uma dica vou lhe agraciar:

‘’O mago profano que procuras, escondido jaz. Seus generais partem, buscando alimenta-lo com os certos poderes, enquanto os lordes continuam inconscientes da presença dos dois destruidores, e o mestre das linhas segue apenas como uma marionete em meio ao jogo’’

Pisquei. Mais perguntas entravam em minha cabeça, em vez de respostas. Agora sim eu estava mais confuso do que precisava

Pensei na fera verde enfrentada dias antes... o mago profano que procuro é Lich, então posso considerar aquela besta um de seus ditos ‘’generais’’...? E se eles estariam partindo para alimenta-lo, por que me atacariam? Minha fonte de poder era um desses ‘’certos poderes’’? E a mesma pergunta continuava, por que ele não fazia tal ação por si mesmo?

Repentinamente, me peguei olhando para a tatuagem em minha mão direita. A marca desenhada e as linhas negras que circulavam meus dedos e pulso... era isso que ele queria? A marca de poder do forasteiro para si?

Olhei para o ser que falava a mim, e depois voltei minha atenção as costas de minha mão. Eu era o único, pelo menos até agora, que possuía a marca dele, mas não o único que a conhecia. Mordomo Menta que havia me introduzido as runas dele, e minha primeira visita tinha sido através dele também, e aquele inimigo de gorro que atacou duas vezes parecia conhecer, dizendo que era algo bom eu saber usar uma ‘’transversal’’ e também sobre um ‘’olhar vazio’’... ele com certeza sabia, e até mais que eu... mas ele seria esse tal ‘’mestre das linhas’’? Quem o estaria controlando para ele ser apenas uma marionete? Minha caça às respostas ainda continuaria

...

Vestindo meu capuz e com trapos cobrindo de meu nariz até abaixo de meus ombros, ninguém suspeitaria muito de mim na Noitosfera. Não que os demônios na fila tivessem algo a tratar comigo, mas desde que voltara de minha conversa com o Forasteiro, venho sentindo ser observado... Ataduras brancas cobriam ambos meus braços em totalidade e minha camisa azul estava rasgada em algumas partes, assim como minha calça nessa cor mais escura

Andava por entre os grupos de demônios os empurrando gentilmente para os lados. Olhando no horizonte, eu via a fila onde aqueles que desejavam falar com Abadeer jazia. Longuíssima, parecendo que o final dela se alcançava a dias de distância. E realmente ficava. Minhas últimas memórias esperando para conversar com o governador da Noitosfera não são das melhores... só de lembrar-me disso, a ideia de esperar corretamente vazou, e toda a motivação correta foi exaurida. Eu precisava dar um jeito de falar com ele sem ter que esperar

Vendo de longe, a largura da fila era realmente grande. Um único Blink não funcionaria para deixar-me passar, e ainda teria que subir por cima do muro. Eu tinha um plano, e parecia promissor

Em minhas costas, pendurada, a espada com sangue de demônio ansiava para ser usada. Eu percebia isso. Já me aproximando da ‘’margem’’ da fila, nenhum demônio virou-se ou questionou meu motivo ali. E para mim, era melhor que continuassem assim. Bem melhor. Olhei a volta, e ninguém parecia se importar. Comecei removendo as bandagens de minha mão direita, deixando uma longa ponta a bailar no ar. Me afastei alguns metros, tomando impulso, e corri

Saltei assim que meu pé direito sentiu a ponta. Sorri logo em seguida. Funcionaria. Já havia pulado dois terços do tamanho. Estiquei meu membro, recitando

Szoom

Estava em frente ao muro, e em um velosíssimo movimento, finquei a lâmina vermelha na parede de pedra negra, me fixando. Pendurado dali, podia ver e sorrir por mais um motivo: ninguém havia notado, ou se haviam, estavam distraídos demais para ligar. Senti um choque correr por minhas veias, e a lâmina dourada surgiu em minha outra mão. Finquei ela um pouco mais acima. Recuei a outra espada, voltando a enterrar mais alto. Fiz o mesmo com a outra. De novo, de novo, de novo e de novo, até alcançar o topo. Já ao longe, podia ver a única ‘’montanha’’ que se elevava avermelhada, onde jazia os cômodos de Abadeer

Suspirei, teria que aguentar chegar até lá e escalar

...

De pé atrás de sua poltrona, Hunson vestia-se como sempre. Seu terno negro avermelhado brilhava ligeiramente com a luz vinda de fora do cômodo. Assim que se chegava ao ‘’castelo’’ do soberano da Noitosfera, uma entrada erguia-se, arqueada com algumas pedras arroxeadas. Dentro, o breu escondia nada mais, nada menos que uma sala modelada e mobilhada para um verdadeiro rei

Assim que havia entrado, a escuridão tomara conta de meus olhos. Com a Dark Vision, isso não fora um problema... mas o que me surpreendeu lá, foi ter visto tal cômodo. Um tapete vermelho se estendia até uma mesa larga para os cantos, e um tanto fina para frente e atrás; atrás de tal, uma poltrona de couro com as costas grandes o suficiente para um homem de três metros se recostar

Além da cadeira... uma janela. Grandíssima. Olhei a volta, percebendo para minha surpresa, que um gigante cabia dentro daquele lugar, e ainda sobraria um grande espaço. Tal janela, que devia ter algo por volta de vinte metros de altura, era seguida pelas cortinas de seus ambos lados, presas perto da base

Arregalei os olhos, desligando a Dark Vision, e encarando a vista do lado de fora... era linda!

A luz de fora vazava apenas por ali, que vinha em um tom vermelho claro, iluminando nada mais que um tapete com alguns desenhos inscritos, deixando o resto no breu, e algo que se parecia com a lua jazia no céu, muito maior do que sua contraparte em Ooo, soltando um brilho prateado

Hunson Abadeer, o governador da noitosfera, senhor supremo dos demônios, virou-se para encarar-me. Batendo palmas rapidamente, uma chama se acendeu, me percebi estando no meio da ‘’sala’’, logo atrás de mim, estando a lareira que acabara de se acender, com as pedras a sua volta sendo em uma cor preta formando algo que seria a boca de um monstro. Logo a frente de tal, um trono alto se formava com espinhos em suas costas

Acima do crepitar do fogo, um quadro gigantesco estava pintado na parede, uma cena que me parecia abstrata demais para ser real: uma besta alada soprando chamas em um reino a partir de cima, e ele todo em sua totalidade, sucumbindo as chamas

Logo, várias tochas se acenderam em volta do quarto, deixando-o mais iluminado além da luz do ambiente a fora

– Finn – Disse ele

Levei minha mão ao cabo da espada rubra. Eu tinha feito merda em vir nesse cômodo de Hunson? Havia invadido demais sua privacidade. Logo em seguida, a resposta

– Pode baixar sua mão, não farei nada com você

Sorri por baixo dos trapos, e os puxei até abaixo do pescoço. Ele sabia quem eu era, não se tinha a necessidade de esconder minha identidade

– Ah... eae Hunson? – Hesitei

– Olá Finn. Venha, sente-se – Disse ele, e assim que estendeu a mão, percebi que uma cadeira jazia em frente à mesa, de frente para sua poltrona, onde ele se sentou

– Tá bom – Respondi

Porém, assim que me aproximei, senti uma estranha sensação. Meus olhos subitamente se ativaram sozinhos, e me vi usando a Dark Vision sem querer. Pousei a mão no topo do assento, e encarei a mesa. Lá, um nome brilhava em uma cor azul claríssima, como se não pudesse ver tal a olho nu

Azazel

Me virei para ele e perguntei

– Ah... sr. Abadeer? Posso fazer uma pergunta?

– Ora, está aqui para isso

Encarei de novo o nome. A Dark Vision acabara de sair, porém as letras continuavam ali. E não eram letras... eram algo diferente. Não estava escrito isso... era outra coisa, mas o significado vinha diretamente em minha cabeça

– Por que tá escrito Azazel na sua mesa? – Soltei

Hunson me encarou por um momento. Depois olhou para a mesa, e voltou a mim. Me senti maluco no momento. Só eu podia enxergar aquilo?

– Porque esse sou eu – Falou – O lorde do ódio, Azazel

Lorde do ódio? Mas ele não...

– Como assim?

– Ora, não há o que dizer. Este sou eu. Azazel, lorde do ódio, Hunson Abadeer é meu nome, mas este também

Repentinamente, a memória dos dizeres do Forasteiro me vieram a cabeça

‘’...enquanto os lordes continuam inconscientes da presença dos dois destruidores...’’

Ele era um desses ‘’lordes’’

– Hunson, você tem percebido a presença de algum... algum tipo de... destruidor?

Ele fechou a cara

– Não... destruidor? A que se refere?

– Nada... em vez disso, me responda outra coisa. A um tempo atrás. Acho que irá completar três anos isso. Você tinha nos ajudado. Feito algo com Lich, e ele de alguma maneira parou de nos atacar. O que você fez?

Ele girou a poltrona no próprio eixo, encarando a lua

– Ele estava vulnerável em um corpo de carne tão viva, confiou demais nos poderes dele. Isso foi a ruína. Pude usar um poder profano contra ele, que fez seu próprio poder consumi-lo. Ele viu que ficaria fraco e fugiu

– Tem certeza que fora só isso? Para ele não aparecer por tanto tempo...

– Provavelmente ele deve ter exagerado e criado um colapso. A única coisa que penso que pode o ter feito recuar, e não usar seus poderes, seria porque ele não pode usa-los

Arregalei os olhos. Por isso ele estava mandando seus generais para pegar poder para ele. Ele não podia atacar, então mandava eles. Então eles teriam que voltar para ele. Era só segui-los até o covil

Um som se fez ouvir. Passadas vinham. Uma mulher esbelta vinha em direção a ambos nós. Abadeer apertou os olhos

– Lilith? – Perguntou

– Hunson – Retrucou

Ela possuía cabelos prateados, longos e lisos, soltos as suas costas. Uma gola passava por seu pescoço, cobrindo até abaixo de seus ombros de cor cinza, onde uma saia branca seguia até seus joelhos, braços desnudos, e vestia sandálias negras. Suas íris eram puramente vermelhas, e seu olhar altivo me encarou por poucos segundos

– Aqui está. Um convite do lorde das trevas para você – Ela estendeu uma carta de cor bege para o governador da Noitosfera, que tinha como selo, quatro... cinco... seis pares de asas

Mas... lorde das trevas não era o próprio Hunson Abadeer? Este, que olhou desconfiado para a entrega, e logo em seguida, falou

– Finn, acho que já respondi as perguntas que queria...


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Notas finais do capítulo

Yo! O que acharam? Muito desse tipo de coisa ainda virá. Esperem, e no tempo certo, chegará.... tão fazendo o que aqui ainda? Já acabou o capítulo.... vocês leem notas finais?

Agora falando sério. Diversas vezes, eu mesmo acabo pulando as notas finais acidentalmente. Isso ocorre com vocês?



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