Minha Vida escrita por gporazza


Capítulo 8
Capítulo 8-Morte




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Passamos no hotel para ele pegar algumas roupas e fomos para meu apto,.liguei para Alice contando o que aconteceu e pedi para ela avisar na agência que eu só iria na próxima semana,ela também se disponibilizou a ajudar a qualquer hora.
Foi uma noite longa,Edward não dormia direito e eu super preocupada com ele e com Bia também pelei para pegar no sono,mas ele veio para nos dois. Acordamos com o celular dele tocando,era do hospital e pelas feições dele não era coisa boa.


_Bella,a Bia ta morrendo.-seus olhos eram de uma tristeza só,as lágrimas corriam sem parar e ele tremia muito. Pela primeira vez deparava com uma cena de uma pessoa a qual eu acabara de descobrir que amo sofrendo sem ao menos eu poder fazer alguma coisa para inverter essa situação.
Fomos para o hospital e a Bia estava num estado muito grave,o médico disse que ela não passaria daquele dia.


_Amor,eu não sei se consigo aguentar mais uma tragedia em minha vida.-disse-me ele chorando-eu perdi meus pais em um acidente de avião horrível tem apenas 4 anos e agora minha única família esta indo também,parece que vou enlouquecer.
_Calma Ed,sei que esta sendo difícil para você,mas você tem que ser forte.
_Tudo que eu queria era poder fazer algo que a deixasse viva e curada. Bella, como me dói saber que não posso fazer nada,absolutamente nada.-e eu então que não sabia nem o que falar para ele,eu ficava ali ao seu lado vendo sua tristeza,sua dor e nada podia fazer para conforta-lo,isso era péssimo.


O médico veio e disse o que ele mais temia:
_Sr. Edward lamentamos muito mas Beatriz não resistiu.
_Oh meu Deus,minha irmãzinha não,meu Deus.-ele dizia sem parar me abraçando fortemente- Porque todos que amo partem? Porque?
Aquilo ali era demais,eu queria poder gritar para ele,tentar fazer aquele sofrimento sumir. Deus como era triste vê-lo naquela situação.


Tivemos que ir buscar roupa para vestir a Bia e preparar o velório,Alice,J.B,Jass,Lé,Rose e Emm estavam dando a maior força. Edward deitou um pouco no meu apto enquanto eu avisava para as pessoas que eles conheciam,-ele me pediu para fazer isso por ele.
Depois que avisei a todos,ele pediu para eu sentar ao seu lado e então me contou sobre a doença de Bia e a vida dela.


_Bella,minha irmã descobriu que tinha câncer de útero quando estava namorando e pensou que estava grávida,ela sentia fortes cólicas e sua menstruação parou,ela enlouqueceu achando que era gravidez. Levei-a ao médico e foi a pior coisa que nós descobrimos naquele momento,para completar seu namorado a abandonou e foi morar em outro país. Bia na época ficou abalada,não queria mais sair,mal queria me ver e se afundou na dor de sua doença e com a perda de nossos pais. Isso piorou sua saúde,então ela decidiu vir para NY e viver,sempre que eu podia vinha passar uns dias com ela. Enquanto isso eu ia tentando permanecer aqui,e só consegui este ano. Ela sofreu por cinco anos dessa doença maldita que tirou sua vida. Minha irmã tão meiga e linda.-ele parou de falar e seus olhos eram de dor,eu o abracei e deseja muito naquele momento poder tirar sua dor,mas sabia que isso era possível.


Passou-se um tempo,ele acalmou-se e fomos para o velório,o corpo não iria ficar muito tempo,pois com a doença tão avançada como estava,o seu corpo estava se decompondo. Todos a quem eu avisei estavam presentes,eram pessoas queridas de Bia,e estavam triste por sua partida. Edward não me soltou em nenhum momento,ele disse que comigo ao seu lado doía menos. Foi a primeira vez que pensei em como a vida é curta e como deixamos de aproveita-la da maneira certa,pensando que somos eternos e intocáveis.


_Bella,se você precisar estarei em casa é só ligar que venho da uma força.-disse-me Alice quando chegamos em meu apto,ela foi junto para me ajudar a preparar alguma coisa para Edward se alimentar. O velório tinha sido curto e Ed fez uma homenagem linda a irmã que partira tão jovem e tão amada por ele,o único que ela tinha como pai,amigo e irmão.


Edward conseguiu dormir,enquanto eu fiquei deitada ao seu lado pensando na vida. Percebi que nesses 22 anos eu não passei de uma inútil,só sabia badalar,nunca tinha me importado com a tristeza e muito menos sentindo ela. Agora eu pretendia dar mais valor a vida,sabe né,viver cada instante,cada momento,sempre me preocupando com o próximo. Eu era o tipo de garota que ligava uma vez por mês para meus pais para saber como estavam e só. Agora eu iria mudar,vou esperar o Ed se recuperar e vou chama-lo para ir ao Brasil comigo conhecer meus pais e para eu vê-los enquanto os tenho ou enquanto eles me tem.

Estava decidida e acabei dormindo com meus pensamentos que jorravam sem esforço.
_Bom dia meu amor,você é realmente minha única razão para estar vivo,nunca duvide disso.-Edward disse-me assim que abri os olhos- Te amo e se não existisse você eu não saberia como sobreviver ontem.-nos beijamos e fizemos amor.


                   ***********************************



A cada dia que passava tudo ficava mais intenso,meu amor pelo Edward,nossa relação,tudo estava maravilhoso,a sensação que eu tinha é que nasci de novo. Passaram-se seis meses após a morte de Bia e Edward já esta um pouco melhor. As vezes ele dormia aqui e as vezes eu ia para a casa de Bia,que Ed decidiu ficar com ela por enquanto e sair do hotel, então como tudo estava melhorando decidi convida-lo a ir ao Brasil.


_Ed,você gostaria de ir ao Brasil comigo conhecer meus pais?-falei com um pouco de vergonha,mesmo estando seis meses e duas semanas com ele,eu ainda tinha vergonha de me expor completamente.
_Amor será maravilhoso! Quando vamos?
_Que bom,ainda não sei,pensei em te convidar primeiro e depois marcar a data.
_Então vou ver como anda as vendas das boates ai a gente marca.-ele estava vendendo as boates,Ed decidiu sair desse ramo,ele queria agora deixar de trabalhar pelo menos um ano. Disse-me que queria viver mais ao meu lado e que fossemos viajar muito,eu estava pensando em sair da agência e montar um negocio próprio ele me apoiou um monte,mas eu ainda estava pensando no assunto e ele não era do tipo que ficava pentelhando. Como o próprio me disse
_Vai com calma amor,pense bem antes de tomar qualquer atitude e tenha certeza que estarei aqui para te ajudar seja qual for ela.


Duas semanas depois estávamos pousando em Curitiba,cidade a qual eu nasci e a qual meus pais continuavam morando. Durante a viagem Edward estava super nervoso pois não sabia quase nada em português e eu ria muito das caras de preocupação que ele fazia ao pensar que meus pais iriam achar aquilo um absurdo.
No aeroporto de Curitiba ( Afonso Pena ) meus pais nos aguardava,ele me segurou com força e me disse que eu não podia deixa-lo sozinho pois ele não queria passar por tonto.

Nossa era divertido vê-lo daquele jeito,aquele cara lindo com medo de meus pais isso era hilario,meus pais ficaram imensamente felizes ao me ver e de cara adoraram o Ed.-por sorte meus pais falam inglês fluentemente,assim Ed se sente melhor.
Fomos direto para a casa de meus pais. Papai, o Dr. Charlie Swan,como era chamado sempre foi amante do verde e por isso decidiu continuar em Curitiba,ele é Juiz de Direito, minha mãe Renée Swan é escritora e dona de uma rede de livrarias em Curitiba. Ambos tem uma vida alto padrão,foi nesse mundo que nasci e que vivo,mas sempre me ensinaram que na vida as coisas são difíceis e que para eu ir morar em NY teria que trabalhar e ajudar no meu sustento,eu achei justo e por isso que tudo deu certo. Desde mais nova meus pais me fizeram trabalhar,já fui atendente de uma das livrarias de mamãe e ajudei no escritório de meu pai como telefonista,isso sempre me mostrou que nada cai do céu.


A casa estava mudada,claro mamãe sempre mandava reformar,mas meu quarto estava lá intacto,Ed adorou a casa e principalmente meus pais. Fomos almoçar depois que mostrei as dependências para o ele,a tarde saímos eu e ele para dar uma volta e mostrar alguns parques dos quais ele ficou fascinado. Curitiba sempre foi bela,uma cidade cercada pelo verde e cheia de parques,teatros,cinema,Edward adorou todos os lugares em que o levei. Voltamos para casa na hora do jantar e a conversa variou em minha vida em NY,a morte de Bia e dos pais do Ed.


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