E Sempre escrita por Andy Denali


Capítulo 2
Jealous Guy


Notas iniciais do capítulo

(Jealous Guy - Gavin Degraw)

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Capítulo 2 – Jealous Guy (Cara Ciumento)


Marie P.O.V.

- Matthew? – não acredito. O que ele está fazendo aqui?

- Jean. Quanto tempo, não é? – ele respondeu mostrando um enorme sorriso.

- Pare de me chamar de Jean. – respondi também sorrindo para ele. – O que você está fazendo aqui? – ele agora estava parado na minha frente com os braços estendidos.

- Não ganho abraço primeiro? – ele perguntou com uma cara triste. Eu o abracei forte, fazia tempo que não o via. – Eu vim visitar vocês... Onde está meu irmão?

Matthew Walker Scott, 20 anos, irmão mais novo de Taylor, por parte de pai. Enquanto Taylor morava com os pais em San Francisco, Matthew morava com a tia materna em Phoenix. Ele ganhou uma bolsa de estudos na faculdade de Seattle. Apesar de se verem pouco, os irmãos se dão muito bem. Matthew não tem muito jeito com crianças, mas é louco pelas meninas e sempre tenta agradá-las. Ele também sempre teve uma paixão oculta por Anabelle, descobri isso uma vez que joguei um feitiço nele. Foi um acidente, mas foi hilário o ver confessando tudo para mim.

- TJ está no hospital. – eu segurei a mão dele e o conduzi até a garagem. – Tem algumas pessoas que eu queria que você conhecesse.

- Alguma boa para mim? – me perguntou com um tom safado.

Pude imaginar Rosalie dando um fora lindo nele. Isso vai ser hilário...

- Tem uma ótima para você... – parei, ainda um pouco longe da garagem, Rosalie não deve me escutar daqui. – Loira, curvas, olhar misterioso, e muito, muito linda. Um verdadeiro anjo. – anjo? Da onde eu tirei essa? Eu me contorcia de rir internamente – Ela se parece com a Ane... – ele detesta que eu o lembre de quando confessou tudo sobre Anabelle.

- Eu já disse que aquilo foi brincadeira minha... – disse ele meio sem-jeito. Vou fingir que acredito. – Nunca fui apaixonado pela Sam... – mas um para chamá-la de Sam. Ele continuou o caminho, já conhecido por ele, até a garagem.

Matthew nunca descobriu sobre nós sermos bruxas. Acho difícil que ele sequer suspeite de algo, mas ele era meu único passatempo, às vezes eu jogava alguns feitiços nele, nada sério, mas o suficiente para irritar Anabelle.

O segui até a garagem. Matthew sempre foi do tipo garanhão. Sempre teve todas que quis... Bem, como será que ele reagirá com a Rosalie?

Como era de se esperar, lá estava ele, parado à porta da garagem olhando para os dois pares de pernas femininas que estavam debaixo do carro. Seth estava de costas para a porta da garagem e olhava distraidamente para uma caixa de ferramentas. Ele não aparentou notar nossa presença. Matthew encarou Seth com um semblante pensativo.

- Quem é esse? – ele me perguntou, mas não vez som algum, só fez movimentos com os lábios.

Eu fiz um formato de coração com as mãos e depois apontei para mim mesma. Ele deve ter entendido o que eu disse, pois estendeu as mãos ao alto como se agradecesse por eu ter desencalhado. Eu só revirei os olhos e andei em direção do Seth. Eu o abracei por trás e apoiei minha cabeça em suas costas.

- Você está bravo comigo? – ele deu uma pequena olhada para mim, mas logo após voltou a olhar para a caixa.

- Por que eu estaria? – ele perguntou com uma voz triste. Ele não havia percebido a presença do Matthew. Virei-me para olhá-lo, e ele continuava ali, prestando atenção na minha conversa com Seth.

Matthew tinha um tipo de camuflagem natural estranha. Outros seres, de algum jeito, não conseguiam sentir sua presença, era como se ele não estivesse ali.

Ele me observava abraçada com Seth e lançava olhares maliciosos. Mandei um olhar para que ele saísse dali, ele fez um aceno negativo com a cabeça e indicou para as pernas que ainda estavam debaixo do carro. Pelo jeito ele queria mesmo conhecer Rosalie. Virei-me para olhar Seth de novo. Eu ainda tinha meus braços em volta de sua cintura, o abraçando, mas ele não demonstrou querer retribuir o abraço.

- Se você não está bravo... Por que está tão distante? – o perguntei em voz baixa com a esperança de que Matthew não escutasse a conversa.

- Quem disse que estou bravo, ou distante? Seu amigo Jasper? – ele disse sarcasticamente. – Diga para ele que nem sempre ele acerta sobre os sentimentos alheios! – lobo teimoso esse que eu arrumei... Rosalie e Anabelle ainda estavam debaixo do carro e estavam estranhamente quietas provavelmente escutando nossa conversa, assim como Matthew.

- Nós já não conversamos sobre isso, Seth? – o perguntei. – Já te disse que não há razão alguma para esse ciúme. – eu fiquei na ponta dos pés, mas sem soltá-lo. Alcancei sua orelha e sussurrei: - You Know I’m Yours! – finalmente consegui fazer ele parar de mexer nas ferramentas.

Anabelle me disse que todo casal tinha sua música, seu dia especial, lugar... E uma frase. Eu achava isso meio que besteira, mas eu tinha tudo isso com o Seth. Todas as vezes que ele ficava bravo comigo ou eu com ele, usávamos essa frase. Era como se estivéssemos implorando pelo perdão.

- Me desculpa. – ele disse por fim. – Eu sei que sou um lobo ciumento e teimoso... – eu ri com essa observação. – Mas eu não consigo evitar. – ele refletiu por um momento, enquanto acariciava meus braços que ainda estavam envolta de sua cintura. – Sei que Jasper é seu melhor amigo, mas mesmo assim... – ele respirou fundo. – É inevitável.

- Não o culpe Marie. Jasper é mesmo lindo, se eu fosse o Seth também sentiria ciúmes... – escutei a voz de Ane vindo de debaixo do carro.

- Hei... Ele é meu irmão... – protestou Rosalie, também debaixo do carro. – E a Sra. é casada Anabelle Samantha Winchester. – as duas se desataram em rir, assim como eu e Seth.

- Você me perdoa? – perguntei para Seth.

- Claro... – ele disse com um sorriso no rosto, que aumentou mais ainda quanto dei um beijo em seu pescoço. – Você está me mimando desse jeito...

- Eu sei... – disse em um sussurro enquanto distribuía beijos pelo seu pescoço, nuca, bochecha...

- Eca! – escutei um grito de protesto de Matthew.

Escutei Ane batendo a cabeça na lataria do carro e dando um grito de dor. Seth se virou para encarar Matthew e instintivamente me colocou atrás dele, me protegendo de um perigo que não existia.

- Quem é você? – Seth perguntou rispidamente.

Anabelle e Rosalie saíram de debaixo do carro para ver o que estava acontecendo. Ane deu um grito assim que viu Matthew.

- Eu não acredito! – ela correu e pulou nos braços do cunhado, abraçando-o. – Quanto tempo, Matthew...

- Desculpa não ter vindo antes. – ele se desculpou enquanto os dois se separavam do abraço.

Seth ainda estava com um olhar desconfiado, mas estava mais relaxado por perceber que aquele não era um estranho. Olhei na direção de Rosalie e ela encarava Ane, ela estava rígida, parecia que algo havia ocorrido. Olhei para minha irmã e percebi o que estava deixando Rosalie tão nervosa. Droga!

Peguei um pano limpo que estava perto na caixa de ferramentas e corri em direção de Ane. Pressionei o pano em sua testa que estava sangrando muito. Rosalie continuava tensa.

- Rose... Você poderia pegar a caixa de primeiro socorros no meu quarto? – inventei algo para tirá-la daqui.

Ela fez um breve aceno dizendo que sim e correu para dentro de casa. Seth já estava ao meu lado, e fez com que Ane sentasse em um banco, Matthew a encarava com um olhar preocupado.

- Eu estou bem... – Ane protestou. – Foi só um pequeno corte, eu me assustei e bati a cabeça. Só isso. – ela resumiu.

- Mas você está sangrando muito, Ane... – eu disse encarando o sangue. Ah não... – Quanto sangue. – choraminguei. Nunca fui boa com isso. Por que tudo está embaçando?

- Marie... – escutei a voz de Seth e Anabelle me chamando.

 

Aí que dor!

Minha cabeça parece que vai cair.

Abri os olhos e logo reconheci o lugar. Estava deitada, no meu quarto, e uma mão quente segurava a minha.

- Como você está se sentindo? – Seth perguntou enquanto acariciava meus cabelos.

- Sinceramente? Parece que uma alcatéia passou por cima de mim. – o escutei rindo e tentei me levantar, com sucesso, felizmente. – O que aconteceu?

- Você estava ajudando a Sam, mas acho que você não se lembrou que é fraca com sangue. – ele deu uma leve risada. – Você desmaiou, por sorte não bateu a cabeça.

- Que droga... – refleti. – Cadê a Ane?

- Aquele moleque a levou para o hospital... – Seth começou a rir.

- O que foi?

- Bem... – ele parou por um momento tentando controlar as risadas. – Ele também estava precisando de um médico... – como que é? – Ele deu uma cantada na Rosalie... E ela não gostou nada. Foi trágico.

- Oh não. – parei por um momento, tentando imaginar a cena. – Eu não acredito que perdi. – lamentei. – Como foi? – Seth ficou surpreso com minha reação.

- Você já sabia que isso ia acontecer? – me perguntou incrédulo.

- Matthew é do tipo garanhão. Nunca perde a oportunidade. – disse resumidamente.

- Por falar nele. – ele parou e respirou fundo. – Quem é ele? – ciúme detectado.

- Irmão do TJ. – ele fez uma cara de que não estava gostando nada de história.

- Promete não ficar brava se eu te perguntar uma coisa? – fiz um aceno positivo com a cabeça, para que ele continuasse. – Você e aquele moleque já tiveram alguma coisa? – ele perguntou um pouco inseguro.

Tudo bem... Não esperava essa pergunta. Como posso explicar que namorei Matthew por seis meses? Não faço idéia. Mas o que eu sei é que não posso mentir para o Seth. É melhor eu não enrolar.

- Sim... – disse baixando a cabeça. – Eu o namorei por seis meses. – E agora?

- Você ainda sente algo por ele? – Seth perguntou ainda mais inseguro. Levantei minha cabeça para poder encará-lo.

- Por que você está me perguntando isso?

- Ele parecia se importar muito quando você desmaiou. – Seth disse rapidamente se levantando da cama, ficou de pé, mas ainda me encarava.

- E? – perguntei me ajoelhando na cama ficando de frente para ele. – Nós éramos jovens, eu estava passando um tempo com a minha irmã em San Francisco, logo quando as meninas nasceram, ele veio para tentar ajudar e... – não consegui terminar de falar.

- Está bem... – Seth disse fechando os olhos. – Não preciso saber de mais nada.

Eu ainda estava ajoelhada na cama, de frente para ele que estava de pé, estávamos quase da mesma altura, coisa rara para mim que sou um nada ao lado dele. Passei meus braços em volta de seu pescoço e esperei até ele abrir os olhos, o que não demorou muito.

- Até quando você vai ficar com essa insegurança desnecessária Sr. Seth Clearwater? – o perguntei com um tom sério. Ele me encarou com olhos tristes. – Seth...

- Você não sabe o medo que eu tenho de te perder. – ele me disse com sinceridade. Naquele momento tive mais do que certeza de tudo aquilo que eu sentia por ele. Eu o abracei com força e dei um rápido selinho.

- Você não vai se livrar de mim com facilidade. – falei rapidamente. Ele abriu um sorriso enorme e me beijou novamente.

O beijo começou calmo, mas foi ficando cada vez mais quente. Eu puxava sem nenhuma delicadeza os cabelos dele, enquanto ele apertava minha cintura. Com um movimento rápido ele já havia me deitado na cama, sem quebrar o contato.

Passei minhas pernas pela cintura dele e pude senti-lo apertar uma delas com voracidade. Suspirei pesadamente enquanto ele descia com beijos pelo meu maxilar e pescoço. Segurei seu rosto e o levantei para selarmos nossos lábios novamente.

Nos beijávamos com mais desejo. Eu podia sentir toda a urgência que ele tinha para comigo, eu sentia a mesma por ele. Seus lábios eram quentes e rápidos contra os meus, e a cada toque dele eu ficava mais inebriada.

Ele subiu a mão que estava na minha coxa até minha barriga, e a acariciou por debaixo da blusa, soltei um gemido involuntário, ato que fez com que ele desse uma leve mordida no meu lábio inferior. Ele voltou com mais beijos pelo meu pescoço até alcançar meu colo.

Eu queria senti-lo mais. Comecei a passar minhas mãos pelas suas costas. O arranhei levemente por debaixo da blusa e permaneci com minha mão ali. Ele voltou a devorar meus lábios, com ainda mais urgência.

Ele ainda acariciava minha barriga, a pele dele era extremamente quente contra a minha. Ele começou a subir a mão, e eu estava cada vez mais ansiosa...

“Suddenly I see... This is what I want to be...”

Não acredito que a Ane tinha que me ligar logo agora!

Seth saiu de cima de mim, mas ficou deitado ao meu lado, ele estava ofegante, assim como eu... Na verdade a única diferença entre nós dois é que eu estava completamente corada. Peguei rapidamente meu celular que estava em cima do criado-mudo.

- Oi! – respondi meio irritada, e ainda ofegante.

- Eu to bem, só para você saber. – Ane disse como se eu tivesse a ofendido. – Só liguei para te perguntar se Jasper já levou as meninas... – eu esqueci de avisá-la sobre o jantar.

- Na verdade não... – respondi, com minha voz já mais controlada. – Na verdade Esme nos chamou para um jantar e as meninas já ficaram por lá.

- Ah... Tudo bem... – ela parou por um tempo. – Será que eu posso ir?

- Ela convidou a família toda, Ane. – por que ela não poderia ir?

- Não é isso. – ela falou rapidamente. – Se você não se lembra, eu quase abri minha cabeça... E sangrou muito. – ah... Era por isso então.

- O Grande C está por ai? Pergunte para ele.

- Para falar a verdade ele está aqui sim. Eu irei falar com ele. – ela parou por um momento, como se tentasse lembrar de algo. – Ah, sim... Seth ainda está ai?

- Sim... – eu continuava deitada e ele havia passado o braço pela minha cintura. Virei-me para olhá-lo e percebi que ele havia adormecido.

- Então era por isso que você estava ofegante. – concluiu ela. – Eu atrapalhei, não é? – ela perguntou meio encabulada.

- Sim. – respondi friamente, mas dei uma leve risada. – Não tem problema... Já te atrapalhei várias vezes também... – nos duas rimos pelos vários acontecimentos.

- Tudo bem... Daqui à uma hora eu volto para casa... Vou esperar o TJ. – pude escutar ela chamando alguém, talvez Matthew. – Juízo. Beijo.

- Você também... – então desliguei e coloquei meu celular em cima do criado-mudo novamente.

Virei-me para olhar Seth. Ele estava adormecido e tinha um pequeno sorriso nos lábios. Deitei na mesma posição que ele estava, mas ficando de frente para olhá-lo. Acaricie seus cabelos por um bom tempo.

Não resistindo me inclinei um pouco para depositar um rápido beijo em seus lábios. Assim que eu os toquei, o senti pressionando um pouco sua mão que ainda estava em minha cintura. Era como se ele estivesse retribuindo aquele beijo, mesmo estando adormecido.

Separei-me de seus lábios, mas permaneci deitada, observando-o. Não tive coragem de acordá-lo, ele havia feito uma patrulha na noite anterior e não tinha dormido nada. Ele estava tão sereno e lindo.

A cada dia que se passava, eu percebia o quanto era louca por ele, e percebia que esse sentimento era recíproco, o que me deixava ainda mais louca.

Continuava perdida em pensamentos enquanto o olhava dormir. Lembrei-me do dia em que ele me levou para La Push, para escutar as histórias dos Quileutes. Todas aquelas lendas me fascinaram, principalmente a da impressão. Nunca imaginei que esse tipo de amor pudesse existir.


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Notas finais do capítulo

-
No próximo capítulo começaremos com um flashback *adoro essa palavra* [quem perguntou, neh??]

Então... O que estão achando meus amores??