Me And You escrita por BecaM


Capítulo 7
Me Perdoa?


Notas iniciais do capítulo

Eu to muito feliz!! Adorei os comentários, quase chorei de felicidade!! Vou ver se consigo fazer com que esse cap. seja o maior que já postei (talvez umas 3.000 palavras kk)!!

Obrigada mesmo, de coração!!! :D



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POV Ally

Como se já não bastasse a diretora ter falado do meu acidente para a escola toda, agora perdi o meu diário! Fui até o ginásio procurar mas não estava lá! Se alguém ler o que está escrito... Eu quero morrer!! Ninguém sabe onde ele tá. Nem o Dez, nem a Trish, nem a Anna!!!! Por favor alguém me mata!!!!

POV Austin

Agora eu descobri porque a Ally se afastou de mim: ela se sentiu mal por eu não ter contado do meu lance com a Jamie. Mas ela devia ter me apoiado também. Eu me sinto péssimo. Afastei a única pessoa que eu confiava de verdade. Li e reli aquela página (não vi mais nada além disso). Ela mencionou o dia em que fomos acampar, então resolvi fazer isso para pedir perdão.

Assim que encontrei o Dez mostrei a página para ele. No começo ele disse que era errado e blábláblá, mas depois ficou interessado e resolveu me ajudar.

– Eu te empresto a barraca e os colchonetes, o resto é com você.

– Beleza. Mas como eu faço para ela ir?

– Fale a verdade. Manda uma mensagem e diz que você está com o diário dela e para te encontrar no local. Qualquer coisa, a gente se fala pelo Whats.

– Beleza.

– Mas o que você está pensando em fazer lá?

– Eu vou pedir para voltarmos a ser amigos, como antes. A culpa não é dela, mas eu só descobri isso agora. Resumindo, vou pedir perdão, mas antes vou fechar a barraca para ela não sair.

– Beleza, mas é melhor você levar alguma coisa para vocês fazerem. Ela tem que se distrair para não surtar.

– Como assim, surtar?

– Ela é claustrofóbica. Não consegue ficar em lugares pequenos, então inventa alguma coisa para vocês fazerem.

– Beleza.

– Quando vai ser?

– Hoje a noite se possível.

– Ok, eu deixo as coisas lá hoje á tarde.

– Valeu cara, to te devendo uma. Sabe onde ta aquela garota baixinha que anda com você e a Ally?

– A Trish? Não sei porque você quer falar com ela?

– Eu ia pedir para ela fazer com que a Ally vá de certeza.

– Eu ajudo você. - falou uma criatura de cabelos pretos saindo de trás dos armários no corredor vazio - Eu ajudo, mas é bom você não magoar a Ally novamente senão eu acabo com a tua raça. - emaçou fechando o punho.

– Beleza. Eu prometo. - disse me rendendo.

Dez e Trish saíram, enquanto eu sentei em um banco e comecei a pensar em todos os detalhes, eu não posso vacilar desta vez.

O sinal tocou e eu fui para a minha sala, assim como os outros.

POV Ally

Eu estava na última aula, que era de história. Aprender sobre a Revolução Francesa é fascinante. Durante a aula a srta. Benson foi até a cadeira do Austin (que estava dormindo) falou:

– Alguém poderia me explicar em qual ano começou a Revolução Francesa e quando encerrou-se a mesma? Austin Moon! - falou.

– An an... Sim, professora. - falou ele assustado.

– Poderia me responder a pergunta que acabei de fazer? Em qual ano começou a Revolução Francesa e quando encerrou-se a mesma?

Escrevi a resposta no canto do caderno e mostrei discretamente pra ele. Ele percebeu e leu (também discretamente)

– Er... 1789 á 1799?

– Correto - respondeu a professora com desprezo - Depois da aula teremos uma conversa Austin.

Austin escreveu algo em um papel e em seguida me entregou:

"Valeu por me passar a resposta Dawson. Eu sei que você percebeu que eu caí no sono durante a aula, então só para eu não me ferrar depois, me passa o conteúdo do seu caderno para eu copiar? Austin."

Olhei para ele com uma cara do tipo "ta falando sério?" e em seguida passei meu caderno pra ele. Ele copiou e me entregou. Assim que a aula acabou guardei meu material, quando peguei meu caderno, caiu um papelzinho dele, mas o papel não era o mesmo das folhas do meu caderno.

"Encontrei o seu caderninho marrom, para tê-lo de volta encontre-me na floresta que há atrás de sua casa ás 18:32, estarei em uma barraca. Ass. D"

Isso só podia ser coisa do Dez mesmo. Fazer um suspense e assinando no bilhete apenas a sua inicial.

POV Austin

Quando Ally leu o bilhete ela revirou os olhos, aposto que ela pensa que foi Dez quem escreveu. Mas na verdade fui eu. Se eu dissesse que estou com o caderno dela ela só pediria de volta. Mas se for o Dez ela vai.

A professora disse que se eu não me tomar jeito vou ter que ir para a suspensão. Felizmente ela deixou esta passar, a srta. Benson ás vezes parece má, mas quando fala em particular, vira uma pessoa super simpática.

Assim que ela me liberou saí rápido da escola e segui direto para casa. Almocei e avisei para a minha mãe que talvez não dormiria em casa. Ela só permitiu porque era sexta-feira, mas em seguida me lembrou que eu tinha que arrumar um emprego rápido.

Minha mãe inventou que agora que já tenho 15 anos, tenho que conseguir um emprego de pelo menos meio período, porque afinal, ela não vai me sustentar pra sempre. Combinamos que eu tenho que conseguir um emprego até o meu pai voltar de viagem (que no caso é segunda que vem).

Antes de eu ir preparar as coisas para a noite, passei no shopping para ver se alguma loja estava precisando de ajudantes. Sem sucesso, dei uma passada na minha loja favorita do shopping Sonic Boom (que é do pai da Ally, por coincidência). Senhor Dawson estava carregando muitas caixas, e pelo jeito não daria conta do recado (até porque ele estava subindo as escadas que vão pro depósito.)

– Senhor Dawson? Quer ajuda?

– Austin? Ah claro por favor.

Ele entregou-me quatro das seis caixas, subi as escadas e pus as caixas no chão.

– Obrigada. O que faz aqui Austin? Não vem aqui desde que seu pai viajou.

– Er.. pois é. É que eu fiquei meio ocupado conforme o tempo passou.

– Ah claro, você tem o time de futebol.

– É isso também.

– Então, porque veio?

– Eu estava passando pelo shopping procurando emprego então achei que o senhor poderia gostar de um funcionário de meio período.

– Eu adoraria Austin mas, o aniversário da Ally está chegando e eu tenho que encontrar alguém para transformar este depósito em uma sala de música para ela.

– Eu posso fazer isso! - falei empolgado, e era verdade.

– Jura? Você consegue?

– Meu pai é arquiteto e eu tenho uma certa experiência.

– ENtão está contratado. Só não deixe a Ally saber de nada. É uma surpresa.

– Pode deixar. Eu posso vir durante as aulas extras dela.

– Então pode ser de quinta á domingo, das 14:45 ás 18:00?

– Pode sim. Obrigada senhor Dawson, vou começar a fazer uma ideia hoje mesmo. Amanhã eu começo o trabalho.

– Perfeito. Então até amanhã.

Saí da Sonic Boom e fui correndo pra casa. Assim que cheguei na frente da mesma, deparei-me com duas criaturas: uma ruiva magricela e uma baixinha gordinha.

– E aí Austin! - falou Dez.

– Como vai o lance da Ally? - perguntei.

– Bem, a Ally acha que vai me encontrar na barraca e a Trish convenceu ela a ir. Porque ela ficou meio que na defensiva, dizendo que eu só queria irritá-la.

– Como ela pensa que é o Dez, ela vai querer escrever. Já falei com o sr.Dawson sobre isso e ele está ciente que ela talvez não durma em casa.

– Beleza, valeu mesmo. Eu vou lá arrumar tudo. Qualquer coisa eu mando um whats.

– As coisas já estão no local.

– Ta bem. Valeu!

Entrei em casa, troquei de roupa. Peguei meu violão, o caderno dela, uma lanterna, um travesseiro, um caderno antigo, meu celular, as chaves de casa e pus tudo na minha mochila. Despedi-me de minha mãe e fui arrumar as coisas.

Com tudo já pronto e quase chegando a hora que marquei com a Ally, sentei me em um dos colchonetes e esperei.

POV Ally

Assim que cheguei em casa depois de sair com a Trish, ela insistiu em fazer a unhas, mais especificamente, as MINHAS unhas. Quando ela foi embora, já estava quase na hora de encontrar o Dez. Tomei um banho e me vesti. Desci na cozinha fiz panquecas e pus em um pote, para se der fome.

Saí de casa pela porta dos fundos e segui em direção a floresta. Andei uns dois minutos até encontrar uma barraca. Entrei e não encontrei ninguém, ouvi o som de um zíper se fechando, quando me virei, havia uma criatura loira sendo iluminada por uma lanterna (como quando contamos histórias de terror em acampamentos). Eu gritei de medo(como uma criança em um filme de terror), até que essa criatura tampou minha boca e tentou me acalmar.

– Calma, respira. - falou ele.

– A-Austin? - falei recuperando o ar - O que você ta fazendo aqui? Cadê o Dez?

– Ele não vem, fui eu que te mandei o bilhete.

– Mas estava "Ass.D". Ah quer saber dane-se. Me da o meu diário, agora!

– Está aqui. Mas você não vai ainda. - disse me entregando o meu diário.

– Como assim?

– A gente precisa conversar.

– EU não quero conversar com você

– Então apenas me escute. - cruzei os braços - Olha, eu li o seu diário e...

– Você leu o meu diário!!! - surtei.

– Calma, foi só uma página. A do dia de hoje. Eu vi que você falou que se afastou de mim porque não queria sofrer. Eu não sabia disso, pensava que você tinha se afastado sem motivo, me deixando para trás quando eu mais precisava. Foi por isso que eu me afastei, mas eu estava errado. Completamente errado. Li também que um dos seus momentos favoritos comigo que passamos na infância foi o nosso acampamento nesta floresta. É por isso que eu escolhi este lugar, eu queria que fosse no lugar onde passamos um dos nossos melhores momentos. E que lugar melhor que o local do seu momento favorito? - essas palavras desajeitadas me encantaram.

– Austin, fala logo onde você quer chegar. Ta começando a chover e eu tenho que ir. - falei resistente

– Ally eu quero que você me perdoe.

– Por que?

– Porque foi com você que eu passei os melhores momentos de toda a minha vida. Foi com você que comecei a cantar, foi com você que conheci tudo que eu mais amo nesse mundo. Eu canto melhor quando estou com você, eu sou mais legal quando estou com você, eu até minto melhor para os meus amigos quando estou com você Ally. Com você eu faço tudo melhor. - ele fez uma pausa - E também que... De todas as pessoas no mundo, você é a que eu mais confio. Por favor me perdoa, eu to falando sério.

– Eu... Eu não sei! Com tudo o que aconteceu, eu não parei de andar pra trás. Eu tenho medo de palco, claustrofobia, desmaio quando me vejo sangrar.

– Espera, você tem medo de palco por minha causa? Como assim?

– Quando deixamos de nos falar eu, não me senti mais segura para nada. Nada. Zero. Sentia que sem você do meu lado, tudo sairia errado. E foi o que aconteceu.

– Eu... Eu não sabia disso. Desculpa. Mas é sério, eu to pedindo de verdade: Me perdoa? Só diz sim ou não.

Pensei muito para dar a essa resposta:

– Eu... Te perdoo. - falei com um leve sorriso.

– Jura? Então... Amigos?

– Amigos. Mas vai demorar para eu conseguir confiar em você novamente.

– Você não vai se arrepender eu juro. Ah, eu tenho um presente pra você.

Ele abriu sua mochila e tirou de lá, um caderno vermelho desbotado. Foleou as páginas e tirou uma fotografia antiga de um passeio que fizemos em Los Angeles.

– Não acredito que você ainda tem essa foto. - falei.

– É sua.

– Obrigada Austin. - agradeci dando um abraço nele

– Que cheiro é esse? - falou arregalando os olhos.

– Ah, eu fiz panquecas. Você quer?

– Siiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiim!

Peguei as panquecas e lhe entreguei o pote. Ele comeu em segundos, pareceu ter adorado.

– Gostou?

– Essas são as melhores panquecas que eu já comi na minha vida! - falou ele de boca cheia.

– Não fale de boca cheia.

– Desculpa. - disse engolindo as panquecas - Você tem mesmo que ir pra casa?

– Sim, meu pai vai ficar preocupado e...

– Fica. Vamos relembrar os velhos tempos.

– *suspiro* Ta bem.

– Me ajuda em um projeto que eu estou fazendo?

– Que tipo de projeto?

– Eu estou pensando em fazer uma sala de música só pra mim, mas não sei o que colocar, me ajuda?

– Claro.

Comecei a rebiscar alguns projetos de salas de música, um deles eu me apaixonei, quem dera ter uma sala igual a esta: uma letra "A" gigante de neon na parede, poltronas, um piano, equipamentos profissionais. Que sonho.

– Sabe Moon, quando você me pediu perdão eu achei que era só por interesse profissional.

– Como assim?

– Ué. Você ficou famoso por causa da minha música.

– O vídeo do Dez? Você viu?

– Vi, ficou incrível, você não viu?

– Não.

– Me da o seu celular.

Peguei o celular dele e pesquise "Austin Moon - Double Take" encontrei com 946.675.000 acessos. Ele assistiu e ao ver o número de acessos seus olhos brilharam.

– Que demais!! - vibrou - Posso fazer uma pergunta meio retardada?

– Pode.

– Quer ser minha parceira? Você compõe e eu canto. O que acha?

– Contanto que eu não apareça nos vídeos, tudo bem.

– Valeu mesmo Ally!! - falou me abraçando.

Quando nos afastamos estávamos muito próximos, cada vez mais próximos a distância entre nós era quase zero. Ouvi um barulho esquisito e do nada a barraca sacudiu.

– O que foi isso? - perguntei apavorada.

– Não sei vou ver.

Ele pegou a lanterna e saiu da barraca, eu fui logo atrás dele. Quando vimos que era um guaxinim, achamos fofinho, mas depois ele pareceu estar com raiva e quase pulou em nós. Corremos para a barraca novamente e fechamos o zíper.

– Acho melhor a gente dormir. - falou ele aterrorizado com o guaxinim.

– Também acho.

Pegamos nossos colchonetes e fomos dormir.

*30 minutos depois (23h45min)*

Eu não consegui dormir nada, fiquei com medo daquele animal possuído e dos outros que poderiam haver aqui. Virei-me para o Austin e vi que ele estava acordado. Cutuquei as costas dele que se virou em seguida.

– Ainda acordada?

– Não consigo dormir.

– Espera um pouco.

Ele se levantou e pegou nossos colchonetes, formando um único. Pediu para que eu me deitasse e depois pôs um cobertor grosso em cima de nós. Dividimos o travesseiro e conversamos por um tempo.

– Agora bateu o sono. - falei bocejando.

– Boa noite pequena.

– Boa noite Austin. - disse abraçando ele.

Dormimos daquele jeito: abraçados e morrendo de medo de um animal que deveria ser inocente, mas que pelo jeito estava possuído pelo demônio.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!!



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