Anjo Pecador : A Volta Do Anjo escrita por Maria Fernanda Beorlegui


Capítulo 42
Melhor Que O Amor, Só A Esperança.


Notas iniciais do capítulo

Quero agradecer á Jairane Rodrigues e a Lúúh Tekileira, pelas recomendações das duas. Isso me deixou BASTANTE, MUITO, feliz...Vocês não sabem como eu fiquei feliz! Agradecer aos comentários(Que é o resultado do meu trabalho). Amos vocês, meus anjos!!



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‘’ A Esperança

A Esperança não murcha, ela não cansa,
Também como ela não sucumbe a Crença,
Vão-se sonhos nas asas da Descrença,
Voltam sonhos nas asas da Esperança.

Muita gente infeliz assim não pensa;
No entanto o mundo é uma ilusão completa,
E não é a Esperança por sentença
Este laço que ao mundo nos manieta?

Mocidade, portanto, ergue o teu grito,
Sirva-te a Crença do fanal bendito,
Salve-te a glória no futuro -- avança!

E eu, que vivo atrelado ao desalento,
Também espero o fim do meu tormento,
Na voz da Morte a me bradar; descanso.’’

—Augusto dos Anjos

POV Cristina

A minha duvida sobre estar grávida aumentava cada dia mais. Por isso, revolvi fazer um exame para saber se eu realmente estava grávida ou não. Se eu estivesse, esta criança daria sérios problemas e eu não sei o que aconteceria na minha vida. Minha vida não é perfeita, e agora com toda a justiça em meio a minha vida graças a Maria Fernanda, estou sendo vigiada 24 horas por defensores públicos e temendo a chegada de um pedido para me levarem ao conselho tutelar novamente. Mas, eu fazia de conta que nada disto estava acontecendo, nada...

—O resultado, senhorita.—A enfermeira em entrega e eu abro tremula o envelope branco. Na primeira página, nada. Na segunda,terceira...—Calma.—Ela pede segurando as minhas mãos.1Você não esta grávida.—Fala me deixando tranquila.—Mas deve tomar cuidado.—Fala e me deixa sozinha.

Saber que eu não estava grávida era um alivio enorme nas minhas costas. Bom, pelo menos agora eu não quero ser mãe. Seria muito difícil para toda a minha família ter uma adolescente de 16 anos grávida com todos os problemas que estamos enfrentando.

—Pelo menos não será mais um problema.—Falo aliviada.

POV Maria Fernanda

Assim que amanheceu o dia eu sai com meus três filhos pela cidade. Melissa era uma menina muito esperta e desenrolada demais para a sua idade. Sempre dava atenção para Maria Victória e João Paulo quando eles começavam a chorar por alguma coisa. Eu havia aproveitado também para ir olhar o imóvel que eu havia comprado para abrir em consultório. Eu estava muito ansiosa e não via a hora de começar a trabalhar, ter minha vida...

Eu já havia entregado ao meu pai os papéis legais o fazendo ser dono das empresas Mendonza, como deveria ser. E eu estava resolvendo os papéis em que eu devolvia a grande parcela de ações das empresas San Román para Maria, nada mais justo e elegante que isto.

—Mamãe.—Melissa me chama e eu saio dos meus pensamentos.—A vovó Victória não gosta da senhora do mesmo jeito que a vovó Maria gosta.

—Que bela observação, minha filha.—Falo sorrindo ironicamente.—Você ainda é muito pequena para entender esse tipo de coisa.

—Mamãe...

—Sim?

—Porquê todos tem um papai e eu não?—Ela pergunta e eu fico pálida com a sua pergunta.—A senhora tem dois até...

—Você não tem nenhum porquê o seu viajou para longe, Mel.—Falo.—Um dia, ele irá vir nos seus sonhos e vai te amar, mas do que já ama.—Falo acariciando seu rosto.

Maria Sófia havia matado Marco Túlio por minha causa, e minha filha agora estava sem um pai. Mais um motivo para eu odiar tanto aquela mulher!

—Passeando?—Fernando Luiz pergunta me assustando.—Como você está, Melissa?

—Bem, tio Fernando.—Melissa responde comendo seu sorvete.

—Vamos passar um tempo na casa dos nossos pais até termos a nossa casa...—Ele me fala sem graça.—O que faz por aqui além de passear?

—Resolvendo uns assuntos e...fui dar uma olhada no imóvel que eu comprei para abrir meu consultório. Deveria fazer o mesmo.—Falo e começamos a andar pela rua. Eu com Maria Victória nos braços e segurando a mão de Melissa. Fernando Luiz carregava João Paulo , agora.

—Prefiro a loucura do hospital.—Fala sorridente.—Vai para casa agora?

—Sim. Já andamos muito por hoje e não quero cansar mais as crianças.—Falo e sinto uma leve dor de cabeça.—E estou começando a ter dor de cabeça.

—Muito forte?—Pergunta parecendo ficar preocupado.

—Não tão forte assim...—Falo.—Será que Estevão ainda esta bravo?

—Conhecendo o rei da selva que ele é... Com certeza esta.—Fala e sorrimos.—Entrou na sua cabeça que Sófia e nossa prima.

—A dividimos.—Falo e sorrimos novamente.—Não, nunca.—Falo ficando séria.—Ela matou, fez coisas horríveis.

—Ela te inveja porquê você não é igual á ela nesse aspecto.—Fernando Luiz fala segurando na mão de Melissa.—Você tem filhos, se salvou daquilo.—Fala com censura por causa de Melissa.—Tem uma família.

—Um pouco torta, mas tenho.—Falo um pouco triste.—Sabe que nunca irei me dar bem com Victória, com Cristina, principalmente com ela! E Mariana...

—Você não foi feita para agrada-las. Ninguém é feito para agradar ninguém.—Fala e eu o olho carinhosamente.—O que foi?

—Talvez, só talvez, eu ainda sinto algo por ti.—Falo.

—Vitor Hugo falou de verdadeiro amor. Será que é isso que você quer falar?—Fernando Luiz pergunta.—Será que você deixou mesmo de me amar?—Pergunta e eu abaixo a cabeça.

—Vamos para casa, por favor.—Falo e voltamos andar.—Temos que voltar antes do jantar. Já é um pouco tarde.

POV Cecília

Christiano e eu estávamos nos dando bem. Ele tentava não ir atrás de Maria Fernanda para não causar mais problemas entre as nossas famílias em si. Isso era difícil para ele...Ele havia se aproximado de Maria Fernanda a mando de Maria Sófia, foi obrigado a fazer tal coisa. E no final se viu loucamente apaixonado por Maria Fernanda, quase...Quase sem sentido , apenas conseguia vê-la na sua frente. Se ele pelo menos soubesse o que eu sinto por ele, mesmo sendo tão confuso e tão impossível de acontecer.

—O que seria das pessoas sem o amor...—Falo e ele me olha sério.

—Acho que o amor é uma...cura, talvez doença para algumas pessoas.—Fala extremamente sério.—O amor cega as pessoas.

—Não o amor verdadeiro.—Falo e ele sorri de canto.—Maria e Estevão, Catharina e Fernando José, Heitor e Vivian, Cristina e Arthur...

—Victória e Otávio.—Fala olhando para o nada.—Será que o que Fernanda sentiu por mim foi apenas uma paixão? Será que o verdadeiro amor dela é o Fernando Luiz?—Me pergunta temendo a respostas.

—Eu não sei. Mas, se ele for o verdadeiro amor dela, Christiano, você tem que deixa-la ser feliz. Ela quer encontrar o lugar dela, a família dela.—Falo do fundo do coração e ele entende.

—Esta na hora dela ser feliz, entendo. Mas , e eu?—Pergunta.

—Encontre r outra forma de amar.—Sugiro e ele sorri para mim um pouco convencido.—De outras formas...

—Com outras pessoas.

POV Maria

Estava anoitecendo, eu estava me preparando para voltar para casa. Estevão não iria comigo, me disse que tinha que resolver algumas coisas aqui na empresa.—Logo sinto sua mão no meu braço e me viro.—Ele estava com um semblante um pouco confuso.

—Venha aqui.—Ele fala e vamos a sala dele.—Eu estava olhando as ações da empresa como tem que se fazer de tempo em tempo...E descobri que Maria Fernanda não é mais dona daquela parcela de ações.

—Ela me disse que devolveria para mim.—Falo e ele me olha surpresa.—E que iria devolver as empresas Mendonza ao pai dela.—Falo.

—E certamente te falou que ela desfez o negócio entre a nossa empresa e a empresa de Otávio?—Estevão pergunta e eu fico sem entender.—Ela deixou as empresas melhores do que já estavam, Maria.

—Isso é bom!

—De certa parte, é sim...—Fala guardando uns papéis.—Ela quitou dividas...

—Melhor ainda.—Falo e ele se vira para mim.

—E não levou nada para si mesma. Ela não pegou o que deveria ser dela, Maria. O que realmente ela quer?—Estevão pergunta.

—Ela disse que iria abrir um consultório para exercer a função dela como cardiologista, Estevão. Apenas isso. E com tudo que era dela ela ficou somente com a fazenda para ela.—Falo e ele parece ficar aliviado.

—Pelo menos ela ficou com a fazenda. Tive medo dela não poder ter sua prórpia base.—Fala sorrindo.—Ela sabe ser esperta usando a humildade.

—Foi o que você sempre pediu á ela.—Falo e ele me olha com os olhos brilhando.— ‘’ Faça as melhores escolhas com a sua razão, mas não se esqueça da humildade que tem em você, Maria Fernanda’’.—Repito a frase que ele sempre dizia ao colocar Maria Fernanda para dormir.

—Demorou, mas ela começou a praticar o meu conselho.—Estevão fala passando seu braço na minha cintura.—Agora, vamos logo para casa.

POV Fernando Luiz

Maria Fernanda estava indecisa, eu percebi isso através dos seus olhos. Na verdade, ela sempre foi indecisa, mas agora, naquele momento que tivemos em família ela ficou ansiosa demais, fora do normal.—Falo ajudando Melissa a ‘’cozinhar’’.—Será que ela ainda sente algo por mim?

—O que vocês estão fazendo?—Maria Fernanda fala entrando na cozinha.

—Tio Fernando está me ensinando a fazer brigadeiro.—Melissa responde e Maria Fernanda fica surpresa.

—A essa hora? Amanhã você tem que ir para a escola.—Maria Fernanda fala preocupada.

—Ela vai levar para a escola, não irá comer hoje.—Falo guardando o brigadeiro na geladeira.—Agora, vá dormir.—Falo para Melissa que me dá um abraço e depois abraça Maria Fernanda e sai correndo para o seu quarto.

—Você esta fazendo bem á ela.—Maria Fernanda fala e se aproxima de mim, com medo.

—Acho que sim.—Falo sorrindo e a deixo sozinha na cozinha.

Eu não queria que ela me amasse porque eu faço bem somente a filha dela, mesmo considerando Melissa minha filha(Isso foi automático). Eu quero que ela me ame como antes, e com mais confiança e sem medo de se arrepender.


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Notas finais do capítulo

Gente, a felicidade agora deixou de vir de tartaruga, ela preferiu vir em um guepardo!
Felicidade para todo mundo!! u.u
Não esqueça de comentar, suas lindas.



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