Anjo Pecador : A Volta Do Anjo escrita por Maria Fernanda Beorlegui


Capítulo 30
Anjo Pecador - Especial


Notas iniciais do capítulo

Hiatus começando desde este capitulo, pessoal. Segurem o coração. Segurem tudo...
Alguém que um chã? Maçã? Lenço? Alguma coisa?



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‘’Anjo Pecador...

Eres uma descarada, eres a mais amada entre todas.

Dói o quanto você trai a minha confiança. Mas sua beleza me faz esquecer seus defeitos.

Eres ingrata e mal-amada. Eres desconhecida no mundo dos ingênuos. Eres astuciosa.

As suas dores te fazem forte, as tuas alegrias te fazem fraca.

Seu perfume é de ódio , teu sorriso transmite alegria.

Oh, anjo pecador... Me mostre se é ela a esperança que nos falta. ‘’

POV Maria Fernanda

Só de imaginar que meu pai poderia ter morrido eu fiquei sem ação. Quando eu e Estevão chegamos no hospital ficamos nos olhando com medo do que os médicos poderiam nos falar. Mas eles falaram que por um fio meu pai não havia morrido. Porém ele não estava totalmente recuperado. Ele precisaria ficar mais alguns dias para poder voltar para casa. Eu esperava ele acordar para pode falar com ele. Teria que falar com ele com toda a dignidade que eu tinha, com certeza ele não iria falar comigo.

—Eu não sei se ele vai querer me ver. —Falo para Estevão. —Melhor eu vir depois.

—Ele vai te procurar de toda forma. —Fala. —Vá, acho que ele acordou. —Fala e eu vejo que Fernando José e Cristina estavam saindo do quarto do meu pai. Eles me chamavam e eu temia ir. Mas fui da mesma forma.

—Eu vou tentar conversar com ele. —Falo para os dois e entro com medo dentro do quarto. Logo fecho a porta e ele me olha. Eu vou andando devagar até ele.

Oi. Eu ainda tenho muito o que conversar contigo, filha. Venha. —Fala estendendo a mão eu me aproximo. Seguro sua mão e dou um sorriso forçado. Ele não estava nada bem. —Começando por te pedir desculpas. Eu não devo me meter nos seus relacionamentos.

—Tire este assunto de campo. —Falo de uma vez e ele sorri de canto. —Papai, qual o seu nome de mulher favorito? Fora os das mulheres da nossa família, claro.

—Tenho uns cinco em lista, por quê? —Ele pergunta e eu fico sem ter o que falar.

—Curiosidade...

—Os cinco são: Regina, Rita de Cássia, Helena, Madalena e Mariana. —Fala e eu fico com cara de nojo quando ele fala ‘’Helena’’. Mariana... Me lembra a Mariana que trabalha na fazenda.

—Esta procurando nomes para o filho que carrega. —Fala dando uma piscadela. —Mas se for menino?

Otávio. Falo e ele me olha por uns segundos. —Ficarei com o senhor até de noite. Mamãe chega á noite.

(...)

O ar congelante que havia dentro daquele quarto de hospital junto com o inverno que estava havendo na Alemanha me obrigava a me aquecer o máximo possível. Cristina havia me avisado que nossa mãe e Maria haviam chegado. E que estavam á caminho do hospital. Ela se ofereceu em ficar com o nosso pai, porém é proibido um menor de idade como acompanhante em um hospital. Ela ficou do lado de fora do hospital com Catharina e Fernando José. Catharina estava tendo seus desejos de gravida. Fernando José também se ofereceu para ficar mais eu insisti em ficar com meu pai.

—Talvez esse seu gênio forte venha da sua avó paterna. —Fala e eu fico sem entender. —Ela sempre foi forte como uma rocha. E um pouco orgulhosa também. —Fala e eu sorrio. —Você fez a mesma coisa que ela. Só que você se salvou.

—O que foi?

—Ela se jogou da sacada da nossa casa. —Fala com lágrimas nos olhos. —Ela não tinha anjos para segura-la como você tinha e ainda tem. —Fala e eu engulo um seco. —A depressão a consumiu. Ela tinha trinta e quatro anos. Eu era filho único e só tinha quatorze.

Regina. Falo o nome dela com a voz baixa.

—Pensei que nunca mais teria esta oportunidade. —Maria Sófia fala entrando no quarto com um alvoroço e com uma arma em suas mãos. —Vossa majestade tem algo a falar antes de morrer?

—Você é uma mulher frustrada , sabia? —Pergunto sarcástica sem ter medo da arma que ela tinha em mãos. —Que mata uma vez sempre mata outra.

—Você sempre falou que a morte para mim era pouco. Sempre quis me ver sofrer. Só que eu sempre tive uma vontade enorme de te matar. —Fala e meu pai me olha assustado. —Melhor ainda, seu pai vai te ver morrer.

—Você poderia ter colocado veneno na minha comida. Seria algo mais digno! —Exclamo entre os dentes e ela aponta a arma para mim. Meu pai que estava entre nos duas, assustado. Ele não poderia fazer nada além de me ver morrer.

Mara Sófia estava prestes a apertar o gatilho mas antes eu me jogo em cima dela. Começamos a brigar até me empurrar contra a parede com força. A força foi enorme, eu cai. Eu tinha perdido para ela...

Ela iria me matar como matou Marco Túlio...

POV Maria

Eu acompanhava Victória ate o hospital. Andávamos pelos corredores do hospital preocupadas com o estado de Otávio. Fernando José , Catharina e Cristina tinham vindo conosco. Maria Fernanda tinha ficado com Otávio desde o momento em que chegou na Alemanha. Talvez Otávio tivesse feito com que Maria Fernanda desistisse desta vingança não desnecessária.

—Se ela desistir da vingança contra Maria Sófia tudo ficara perfeito. —Cristina fala de mãos dadas com Victória.

—Eu estava pensando colocar o nome de Maria Fernanda na minha filha. —Fernando José fala de repente. Catharina sorri com alegria e Victória me olha incrédula.

—Duas ‘’Maria Fernanda’’ na família? —Pergunto contente. —Se for menino qual o nome?

—Otávio. —Fernando José fala e sorrimos. —Sei muito bem que se Maria Fernanda tiver um menino ela colocará o nome do menino Otávio.

—Isso vai ser uma confusão! —Catharina exclama risonha. Ela tinha ficado mais bonita e alegre com a gravidez.

—Maria Fernanda esta indecisa qual nome colocar se for uma menina. —Victória fala.

Continuamos a andar pelos corredores ate que havíamos chegado no quarto. Eu estava preste a abrir a porta para entrarmos no quarto onde Maria Fernanda estava com Otávio. Todos nós estávamos esperançosos sobre a saúde de Otávio. Victória sorriu para mim enquanto eu estava girando a o trinco da porta. Até que escutamos um disparo.

—Maria Fernanda. Eu e Victória sussurramos juntas. —Maria Sófia. —Falamos. Só ela poderia ter feito isso. Mas como ela veio ate aqui?

—Maria Sófia matou Maria Fernanda... —Victória fala se sentindo fraca.

—Maria Fernanda! —Otávio exclama apavorado. Ela morreu. Desta vez o meu raio de esperança havia morrido...Ela se foi, mesmo meu coração falando ao contrario. A mesma cena que tive quando escutei o disparo direcionado a Patricia feito por Demetrio agora Maria Sófia havia feito o mesmo com Maria Fernanda. Desta vez tudo foi diferente...

Eu não conseguia abrir aquela porta. Ninguém conseguiria ver ela no chão, morta.

Passei muitos anos amando Maria Fernanda como filha. E agora eu sou obrigada a acreditar que ela morreu. Ela não fingiu sua morte ou algo do tipo. Meu anjo pecador se foi e voltou, agora se foi novamente...


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Notas finais do capítulo

Até agosto, gente.
A esperança é a ultima que morre, então...Façam até macumba para MF esta viva.



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