Hogwarts em Novos Tempos escrita por rosalie weasley


Capítulo 18
Capítulo 18 - Para Sempre


Notas iniciais do capítulo

vamos dar uma voltinha pelos outros personagens antes de nos focarmos no meu casal favorito? see you after



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Agatha se sentia mal por Rose e agora também por Alvo. Ela queria passar mais tempo com o namorado, amava Alvo desde que se entendia por gente, mas queria também que a amiga saísse daquela depressão. Ocorreu-lhe que talvez uma festinha de garotas como nos velhos tempos fizesse isso por ela.

 

-Está decidido Thai!

 

A loirinha não estava prestando atenção, distraída com um livro de poções avançadas.

 

-O quê?

 

-Ah droga você não escutou uma palavra, estou certa?

 

Thaiana levantou os ombros com um sorriso constrangido.

 

-Foi, mas agora estou escutando, pode falar.

 

-Nós vamos fazer uma noite do pijama! Ou melhor noite da camisola, nada de garotos. Precisamos animar a Rose!

 

-É uma boa idéia – Thaiana respondeu animando-se – Eu, você, Lya, Lily e Kitty. Podemos arranjar alguma comida com os elfos domésticos... Eu não sei onde fica a cozinha direito, você sabe?

 

-Eu vou perguntar ao Hugo, eu perguntaria ao Al, mas não quero que ele saiba dessa festinha, é meio estranho ter um namorado e excluí-lo de alguma coisa. – ela fez uma careta.

 

-Eu queria ter um namorado para excluir- Thai falou meio brincando meio séria.

 

-Sabe de uma coisa amiga? Eu andei conversando com Anna Calbot da Sonserina quando ela era minha dupla em Herbologia e ela falou que um tal de Prince é super ligado em você! Você sabe quem é?

 

Thaiana corou, ela sabia exatamente quem era ele, ele tinha a pele mais perfeitamente pálida que ela já vira e os olhos mais negros do universo, para ela Josh Prince era a perfeição em pessoa.

 

-Eu sei sim, ele é... Uma graça.- disse por fim, num suspiro longo demais. 

 

Na enfermaria Richard estava dormindo. Lyana acabara de entrar, as mãos dela tremiam um pouco. Ela se sentou cuidadosamente na beirada da cama.

 

Quando lhe disseram que Richard Stuart estava na enfermaria ela achou que ia desmaiar, principalmente quando Karen Muller disse que ele tinha quebrado o pescoço e já chegara sem vida à enfermaria.

 

Agora, mesmo sabendo que o rapaz estava bem, ela não conseguia se livrar da sensação de pânico. Sempre tão forte e segura de si, e no momento, andava tendo crises de choro.

 

Lyana aproximou-se mais dele, e o alívio a inundou, ele parecia um anjo dormindo, uma lágrima rolou por seu rosto e caiu na bochecha de Richard. Ela foi enxugá-la, mas era tão bom estar ali, e ele estava dormindo, não ia escutá-la, ela podia falar qualquer coisa. Colou os lábios finos, cheios de gloss de amora no ouvido dele.

 

-Eu estou apaixonada por você. – murmurou.

 

Ajeitou a saia de pregas e saiu dali antes que ele acordasse. Mas no instante em que seus passos se afastaram um pouco, o rapaz abriu os olhos sorrindo, ela agora não podia escutá-lo é claro.

 

-Eu também. 

 

Na biblioteca Lily e Scorpius estavam tentando estudar. Mas parecia impossível para ela, as palavras flutuavam em sua mente num mar formado pelo azul acinzentado dos olhos do namorado, ela adorava os olhos dele, e os braços, e as pernas, e a boca... Bem ela adorava tudo, parecia que seu cérebro estava formigando de vontade de beijá-lo agora mesmo.

 

-Chega! – a ruivinha falou fechando o livro de transfiguração – eu desisto!

 

-Vamos lá Lil, quer que eu te ajude? Não é tão difícil, e você é esperta, não precisa ficar tão nervosa com os NOM’s.

 

-Eu não estou nervosa com os NOM’s – ela declarou – Estou nervosa com você.

 

-Hã? O que eu fiz?

 

-Eu não consigo estudar com você, eu só fico pensando em... Quer saber eu posso estudar com a Catherine outra hora.

 

Scorpius riu, sabia do que ela estava falando, também era difícil pra ele se concentrar nos estudos invés de contar as pequenas e charmosas sardas do nariz de Lily... Ou do seu colo.

 

-Então o que você acha de nós irmos dar umas voltas- ele envolveu carinhosamente a cintura dela – Eu preciso urgentemente beijar você. 

 

Ela sorriu divertida, agarrando a mão dele e o arrastando para fora da biblioteca.

 

Catherine estava indecisa sobre o que usar, teria uma reunião do time, era uma das raras oportunidades de vestir algo que não fosse um uniforme nem da escola, nem de quadribol. E é claro, era uma oportunidade de chamar um pouco a atenção de Hugo, ela estava ficando meio cansada daquele chove não molha do ruivo.

 

Era uma pena que aquela altura do ano já estivesse frio, mas tudo bem ela usaria o moletom creme que contrastava perfeitamente com sua pele negra e ressaltava os olhos claros.

 

Vestiu-se um pouco apressada, agora era a única garota do time, se é que se podia chamar aquilo de time, Hugo furioso com Thiago, um artilheiro de meio metro no lugar de Rose, e um capitão quase chorando, ia ser difícil ganhar o inter-casas esse ano.

 

Logo quando desceu as escadas a garota se surpreendeu, Hugo estava esperando por ela, junto com Ralf Mackin um dos artilheiros e nenhum deles parecia feliz. No entanto, os dois lhe lançaram sorrisos idênticos quando a viram.

 

-Oi Catherine – Ralf disse apressadamente.

 

-Oi Kitty- Hugo deu tanta ênfase ao apelido que parecia estar tentando demonstrar o quão íntimo era da menina.

 

-Oi – ela respondeu sem se dirigir a nenhum dos dois, será que ela estava louca ou era por causa dela que os dois estavam assim chateados – e aí? Thiago já está esperando?

 

-Está sim, e todo o resto do time também. – Ralf disse puxando-a para que andasse a seu lado.

 

Thiago não era o assunto favorito de Hugo no último mês, então ele se manteve um pouco longe.

 

-Eu não entendi sobre o que ele quer falar exatamente. – Kitty disse.

 

Os outros dois deram de ombros sem saber também do que se tratava a reunião. 

 

Thiago havia pensado muito naquilo ultimamente. Era exatamente o certo a se fazer...

 

-Eu estou abandonando o time. A diretora vai escolher outro capitão, espero que vocês ganhem...

 

-Por quê? – Ralf perguntou, todos sabiam o quanto o time e a taça de quadribol eram importantes para Thiago, sabiam até que se ele ganhasse o campeonato como capitão tinha uma enorme chance de ser contratado por um bom time.

 

-Eu... Eu sinto muito... – o olhar de Thiago caiu em Hugo – por tudo.

 

Naquele mesmo dia Richard deixou a enfermaria, e mais tarde na mesma noite ele e Alvo resolveram conversar com Thiago, estavam decididos a contar a Harry toda a história sobre o ataque e tudo que haviam descoberto de uma forma ou de outra nos últimos tempos.

 

-Por mim vocês podem fazer o que quiserem – a apatia de Thiago era assustadora para os dois garotos que o conheciam tão bem.

 

-Mamãe não vai ficar nada satisfeita, provavelmente eu estarei de castigo para sempre – Alvo tentou brincar, mas não funcionou – Bem... Eu vou escrever a carta então, aposto que amanhã de manhã eles estarão aqui.

 

-Como você preferir. – Thiago disse.

 

-Acho bom falarmos com as garotas e com Hugo também, mas eu não encontrei nenhuma delas desde a hora do almoço, onde será que se meteram? – Richard indagou.

 

-Provavelmente estão tentando algo com Ro... – Alvo começou, mas parou no meio da frase.

 

-Está tudo bem eu sei o quanto ela está triste, eu mesmo estou, eu só gostaria que ela pudesse acreditar em mim... mas eu mesmo não acreditaria em mim tendo visto o que ela viu. 

 

-É você sabe, mas Bryan Adams está a cercando como uma presa. - Richard revelou.

 

Thiago saiu batendo a porta, triste, irritado e agora com ciúmes e preocupado.

 

-Você precisava mesmo falar? -Alvo brigou.

 

-Ele precisa reagir! -Richard argumentou.

 

-É, mas ela ainda não está pronta, ela é uma sombra agora, deixe que se ilumine um pouco antes!

 

-Você sabe tão bem quanto eu que há muito em jogo, e que esses dois podem representar todo o futuro... Além do mais isso não faz o menor sentido, eles se amam mais do que é possível amar. O certo é ficarem juntos.

 

-É exatamente esse amor imenso que torna as coisas tão dificeis Richard, o amor deles é... Descomunal! Não é comum... Veja eu amo a Age, mesmo, mas não sei, Thiago e Rose... É quase sobrenatural, você não vê?

 

-Eu entendo do que você está falando, o amor é quase palpável entre os dois...

 

-É, é isso mesmo.

 

Rose estava sozinha no corujal, finalmente sozinha depois de semanas. Havia fugido de Lya e de Agatha, as duas não paravam de inventar coisas para animá-la, ela tinha sido comunicada, ou melhor intimada, a pouco mais de meia hora de uma festa do pijama.

 

-Nossa que animador... – resmungou para si mesma.

 

Agora era hora do jantar e ela aproveitara para se isolar naquele lugar, estava frio, um frio cortante que parecia vir mais de dentro dela do que do clima em si, o que ela andava sentindo era tão ruim quanto quando se encontrara com os dementadores.

 

Mas a noite parecia querer contrariá-la, o céu estava límpido e estrelado e a lua cheia parecia sorrir-lhe enquanto o vento fazia seus cabelos longos ondularem no ar. A lágrima solitária e inevitável que caiu dos seus olhos foi a do pior tipo, silenciosa e cheia de dor.

 

Precisava voltar logo para as amigas, então chamou Lewis sua coruja de plumagem dourada e prendeu sua carta cheia de mentiras inofensivas para a mãe, contando “como estava sendo divertido o sexto ano da escola”. Deixou que Lewis voasse e fechou os olhos, recostada no peitoril, o vento forte contra si, desejando poder voar também. Talvez no dia seguinte ela sobrevoasse o terreno da escola na sua dragonbolt, fazia tanto tempo desde a última vez.

 

Thiago entrou meio correndo no corujal, a carta para o pai escrita por Alvo nas mãos, a carta que contava todo o verdadeiro ano escolar dele e dos amigos. Ele estancou quando a viu, mesmo relativamente longe sabia que era ela, as vestes da grifinória não caiam tão bem em nenhuma outra garota.

 

E mesmo de costas ela era a visão perfeita, as mãos delicadas e alvas pousadas no peitoril da pequena varanda, os cabelos cor de mel ondulando ao vento e à luz da lua. Ele entendia porque Bryan era incapaz de parar de galanteá-la, e talvez um dia, mais tarde, ela escutaria as palavras dele ou de outro que a merecesse mais e...

 

Mas havia alguma esperança, não havia? Mal podia acreditar que ela estava bem ali ao seu alcance, ao alcance de suas palavras, talvez ao alcance da verdade.

This Romeo is bleeding
But you can't see his blood
It's nothing but some feelings
That this old dog kicked up

It's been raining since you left me
Now I'm drowning in the flood
You see I've always been a fighter
But without you I give up

Now I can't sing a love song
Like the way it's meant to be
Well I guess I'm not that good anymore
But baby that's just me

And I will love you baby always
And I'll be there forever and a day always
I'll be there till the stars don't shine
Till the heavens burst and the words don't rhyme
And I know when I die you'll be on my mind
And I'll love you always

Now your pictures that you left behind
Are just memories of a different life
Some that made us laugh
Some that made us cry
One that made you have to say good bye

What I'd give to run my fingers through your hair
To touch your lips to hold you near
When you say your prayers try to understand
I've made mistakes I'm just a man

When he holds you close
When he pulls you near
When he says the words
You've been needing to hear
I'll wish I was him cause these words are mine
To say to you till the end of time

And I will love you baby always
And I'll be there forever and a day always
If you told me to cry for you I could
If you told me to die for you I would
Take a look at my face
There's no price I won't pay
To say these words to you

Well there ain't no luck in this loaded dice
But baby if you give me just one more try
We can pack up our old dreams and our old lives
We'll find a place where the sun still shines

And I will love you baby always
And I'll be there forever and a day always
I'll be there till the stars don't shine
Till the heavens burst and the words don't rhyme
And I know when I die you'll be on my mind
And I'll love you always
(link para a tradução:http://vagalume.uol.com.br/bon-jovi/always-(traducao).html)


-Rose?  

 

Como ele se atrevia a falar o que quer que fosse com ela?

 

-Rose, por favor, me esc...

 

-Me deixe em paz! – o grito dela e a fúria nos seus olhos devastadores deixaram Thiago atônito por um segundo.

 

-Não Rosalie, eu não vou até que você ao menos me escute. Será possível que você me amasse tão pouco que não possa me dar a chance de explicar, será possível que você sendo a bruxa mais inteligente que eu conheço acredite em tudo que vê?

 

A cabeça de Rose tombou e os cabelos castanhos cobriram seu rosto de porcelana. Thiago assustou-se, gritar e defender-se era o que Rose fazia, ela era grifinória, ela era forte, decidida, corajosa... Mas a fragilidade daquele gesto foi cortante, ela abraçava a própria cintura e lágrimas grossas caiam ao chão.

 

-Por favor, você está me matando, por favor – a voz não era mais que um murmúrio – vá embora.

 

Thiago titubeou, não era capaz de lhe negar nada, não tinha forças para isso, estava tão triste e destruído quanto ela. Mas precisava falar, e precisava tentar consolá-la de algum modo, alguns passos e ele chegou a ela, os olhos esmeralda encararam-na até que ela levantou a cabeça.

 

-Eu... – ela desviou os olhos dos dele, aquilo era mais do que podia suportar– estou implorando, vá.

 

Ele a abraçou com força e Rose rompeu em lágrimas tentando afastar-se. Era inútil aplicar força contra Thiago, ela era delicada demais, uma bruxa esperta e poderosa, mas uma garota esguia de curvas precisas e ao mesmo tempo delicadas, que jamais seria o suficientemente fisicamente forte para afastá-lo com as mãos.

 

Ela não o deixaria explicar estava bem óbvio, então ele teria que provar de algum jeito, só que agora ele precisava dizer o que estava entalado na sua garganta e estampado em cada parte da sua alma antes de poder deixá-la sair de seus braços.

 

-Eu amo você para sempre – a garota estava gelada a ponto dos lábios arroxearem, Thiago a abraçou mais junto de si, ela pode sentir seus lábios no cabelo dela, então ele afroxou os braços libertando-a, tirou o moletom que usava e pôs sobre os ombros dela, os olhos verdes prendendo os castanhos – Sempre.

 

Ele saiu, o coração ainda dilacerado, mas voltando a bater com toda força, e só em tê-la tão perto algum tempo ele tinha algo a que se segurar algo que o manteria vivo... Ele tinha a certeza de que Rosalie Weasley ainda o amava.

 

Sabia exatamente o que pretendia fazer, só não sabia bem como, mas no mundo da Magia as coincidências não existem, o universo conspira...

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

e aí corações? não vão me deixar sofrendo sem comentários vão? a música é mais do que perfeita, traduz tudo!!!