Simplesmente Escolha escrita por Ju


Capítulo 44
Shalon.




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Notas iniciais não estão saindo. Aqui estão elas:

 

Nem tenho como me desculpar dessa vez, eu sei. Mas esse capítulo não saia. Eu pegava o caderno e ... Nada. Espero que esteja bom, eu fui apenas encaixando peças soltas e enfim, eu gostei.

Algumas coisas:

1) GENTE, FILME DA SELEÇÃO :O ♥ Eu sei, é velha já. Mas não podia deixar de comentar.

2) Eu li e reli todos, TODOS, os comentários. Sério, e só agradeço. Eles me ajudaram muito a tomar coragem para postar. Eu estava pensando em parar, por um tempo. Mas meu amor por vocês foi maior.

3) Mp's. Cara, OBRIGADA as leitoras mais que queridas que me mandaram algumas mensagens. Isso me ajudou muito também.

4) Por último e não menos importante: A minha segunda fic. Sei de algumas leitoras daqui, que estavam acompanhando. Irei excluí-la. Mas voltarei com ela. Reescrita e pronta. Assim que Simplesmente Escolha acabar.

Obrigada por tudo gente.

Aproveite!

 

—_________________________________________________

 

" Estou deitada em um gramado, com a cabeça no peito de Maxon. Ele me dá um beijo na testa e eu fecho os olhos. Quando abro novamente, Maxon se foi. A cena mudou e eu estou no meio de uma batalha. Há minha frente, o rei e meu pai disputam. Meu pai deixar sua espada cair, e em um movimento rápido, sua cabeça para aos pés do rei. "

Acordo com o coração acelerado; suando frio.

Acabo pensando:

Primeiro sinal de que, o plano vai dar errado.

A culpa seria minha.

Suspirando, olho para o relógio.

4:51 A.M.

Sei que não vou voltar a dormir. Tiro as cobertas de cima e me dirijo para as portas da sacada. Um vento gelado entra com tudo. Volto para dentro e pego meu roupão.

Novamente na sacada, sento no parapeito. Fecho os olhos e respiro fundo. Tenho a sensação de estar sozinha. É revigorante e ao mesmo tempo, triste - Patético, eu sei.

Porque eu?

Penso em Aspen. Em como tudo começo com nós. Deixo uma risada triste escapar. Eu achava aquilo complicado.

Penso em Maxon. Gostaria de explicar tudo. Ele daria um jeito de me entender, eu sei. Eu o amo, sei disso. Mas queria ter 100% de convicção, em relação a nós.

Penso em Giovane. Em com ele se enfiou, no meio desse furacão. Tenho sentimentos por ele. Mas nossa "amizade" - Se assim posso dizer - Se sobressalta a cima de qualquer coisa.

Uma ventania começa e eu sou obrigada a entrar. Fecho as portas e olho para meu quarto.

Sento-me na frente do piano. Passo a mão pelas teclas. A saudade de casa é tanta, que dói no peito.

Começo testando o teclado, devagar. Logo sei a música que quero tocar.

Annie Lenox - I Put A Spell On You.

Minha mãe quase sempre encerrava as apresentações com essa música. Canto algumas partes. Lembro-me de minha mãe cantarolando para meu pai.

" (...) You hear me?

I put a spell on you

Because you're me. "

Termino e me sinto bem. Por um momento, tudo está no lugar.

—America? - Me viro rapidamente, tremendo pelo susto.

—Pai? - A paz dura pouco.

—Oi gatinha. - É sua resposta.

#POV GIOVANE

Tem como ficar mais nervoso? Por Deus! Tudo depende dela. A vida de muitos depende de amanhã.

Aliás, amanhã não. Hoje a noite. Eu não consigo dormir, e fico dando voltas no meu quarto.

Já quebrei dois abajures e uns dois guardas, apareceram para ver se estava tudo bem.

Eu devo ou não ir ao quarto de America? Isso vai atrapalhar ou ajudar na decisão dela?

Me pego, já fora do quarto. Antes que eu possa descer as escadas, ouço uma contagem.

1... 2... 3...

Vem do quarto de Maxon. Por mais que seja invasão de privacidade, abro sua porta devagar e o vejo.

Mas que droga ... Ele estava mesmo fazendo flexões?

Sua cabeça de levanta e ele me vê.

—O que você está fazendo aqui? - Em um pulo Maxon fica de pé.

Dou de ombros.

—Ouvi os números, fiquei curioso.

—Agora que já matou sua curiosidade, pode se retirar? - Ele vem empurrando a porta.

—Ainda tenho mais uma. - Digo, empurrando a porta de volta.

Seus braços caiem ao lado do corpo, em sinal de derrota.

—Entra.

Dentro, olho ao redor e é algo bem diferente do que eu imaginava. As paredes eram brancas. Sua cama de casal era de um marrom clarinho. Havia uma mesa mo canto, cheia de papéis (como no gabinete). O que me chamou atenção foi um mural de fotos no chão. Várias fotos haviam sido tiradas recentemente dali.

—Já parou de bisbilhotar? - Maxon me encara. Quando percebe o que eu estava olhando, vai apressado recolher as fotos. - O que você quer? - Indaga quando termina.

Vejo que uma foto ficou no chão. Era America, no dia em que eu cheguei ao castelo.

—Faltou aquela ali. - Aponto. Maxon a pega e me encara de novo.

—Que seja, porque você estava fazendo flexões a uma hora dessas? Você é um príncipe, é só comprar um daqueles aparelhos de malhar, para ficar em forma.

—Não é da sua conta. O que eu faço é problema meu. - Responde, seco.

Levanto as mãos, em sinal de rendição. Era algum tipo de segredo, eu iria descobrir.

—Tudo bem. Agora, em relação a America? - Seu rosto se contorceu por um minuto, mas logo a calma veio; a fachada de sempre.

—Ela é toda sua. - Mas Maxon já não me olhava nos olhos.

Mentiroso.

—Sério? - Cruzo meus braços, chamando sua atenção. - Então por mim, A Seleção acaba hoje a noite.

—Não! - Ele ainda a queria. - Quer dizer, precisamos eliminar uma delas, e depois escolheremos. Temos um tempo. Digamos, uns seis meses.

—Tudo bem. Mas eu já tenho minha escolhida. - Ele me encara, arqueando uma das sobrancelhas.

—Você está apaixonado por ela? - Indaga, quase que em um sussurro.

#POV MAXON

É estranho perguntar isso. Mas ele está entre os planos dela, disso eu sei.

Giovane demora um pouco para responder. Acho que está tirando uma comigo.

—Não faço ideia. - Responde e dá de ombros. - É complicado.

—Não vejo porque. Sim ou não? - Insisto. Preciso saber.

—Isso, é só porque você precisa saber, não é? - Debocha.

Dou de ombros.

—Maninho, as coisas não são tão simples. Tem muitas coisas envolvidas.

—Que tipo de coisas? - Giovane estava me enrolando.

—Muito, muito complicadas para um príncipe. Para alguém que já teve tudo, desde quando nasceu. - Cuspiu.

Ele estava apaixonado, ou sentia uma coisa muito forte por ela. Cerro meus punhos. Mas antes que eu faça qualquer coisa, ele me interrompe.

—Certo, sinto sua tensão daqui. Para de fingir que você não está nem ai para ela; não está funcionando.

—Eu só... - Começo, mas não tenho uma desculpa.

—Está magoado, acontece. - Seu tom chega ser amigável. - Sinto muito por você. Mas é só decidir o que quer de verdade.

Então Giovane saí do meu quarto e eu fico tão perdido quanto já estava.

#POV AMERICA

Nem dos dois se meche. Apenas ficamos nos encarando. Ninguém sabe o que fazer.

—E então - Ele começa - Seu velho pai não merece um abraço?

Atravesso o quarto, confusa. Ele quer um abraço? Jogo meus braços em sua volta e ele me abraça de volta. Mas o gesto de carinho, parece falso; superficial.

—Já estava com saudade. - Diz meu pai.

Não consigo formar uma única frase. De modo, que, sacudo a cabeça concordando.

Quero fazer mil e uma coisas diferentes. Mas, não vou deixar os sentimentos ganharem. Vou ser indiferente.

Nos separamos, mas permanecemos perto.

—Então … - Começo. - A que devo a honra? - Meu tom saí sarcástico. Droga.

—É preciso mais que saudades, para um pai vir ver como está sua filha? - Ele sorri.

—Bom, se o pai for um líder de um acampamento que quer uma revolução, sim. - Sinto o nojo em minhas palavras.

—Você sabe porque estou aqui. - Ele reaplica.

Ter em minha mente, que meu pai não estava apenas com saudade, era uma coisa. Agora vê-lo admitindo, era outra.

Suspiro.

—Qual sua proposta? - Pergunto e me afasto.

—Proposta?

—Bem, os nortistas já me fizeram a deles. Esperam que eu os ajude. Agora, é a sua vez, papai! - Bato palmas, fingindo falso entusiasmo. - Me impressione. Faça bonito!

Shalon me olha por um instante e abre um grande sorriso.

—Sabe, dês do dia que você nasceu, eu soube.

Ergo uma sobrancelha e ele completa:

—Você será uma excelente rainha.

Perco as estribeiras por um instante e é o suficiente.

—VOCÊ É LOUCO? - Grito.

Surpreso, ele dá um passo para trás.

—Eu nunca quis nada disso. E quando descobri, eu já tinha que decidir. - Falo, com a voz entre cortada. Não quero chorar.

—Eu sei querida, mas... - Shalon segurou de leve meus dois braços.

—Não. Encoste. Em. Mim.

Ele novamente, se afasta.

—Você imagina quanto sangue tenho nas mãos? - Pergunto.

—E eu não America? - Devolve, seco. - Não há mudanças sem sacrifício.

—Vale? Vai valer?

O silencio pesa; muito mais que qualquer coisa.

—Veremos. Eu vim aqui a negócios. - Ele da de ombros.

—Quem é você? - O olho incrédula.

—Caramba! Temos pouco tempo. Ainda preciso coordenar o ataque.

—Ótimo, mais sangue. - Sorrio ironicamente.

—Você vai querer conversar ou não? - Pergunta, exasperado.

Abro um sorriso e uma lágrima caí.

—O sangue de Samanta valeu? O sangue de SUA FILHA, valeu? - Cuspo.

—Não tenho mais nada o que fazer aqui não é? - Mas sua voz não soa arrogante. Ele está abalado. - Você é impossível quando quer, sempre se deixa levar pelas emoções. Ela é minha filha e sempre vai ser. Tenho um coração também. - Meu pai limpa uma lágrima que deixou cair pela bochecha. - Só sei esconder, muito bem.

Abro a boca para responder, mas nada saí.

Meu pai vira-se para a porta e antes de girar a maçaneta, diz:

—Simplesmente escolha.


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Notas finais do capítulo

Isso é tudo.

Não esqueçam de comentar! Juro, que vou responder todo mundo. Amanhã.

Beijos de luz! :* :)

Isso é tudo pessoal.