Uma Razão Para Viver escrita por Veritacerum


Capítulo 2
Capítulo 2- A Descoberta de Severo


Notas iniciais do capítulo

Olá a todos!!! Agradeço muito pelos comentários! Obrigada, Matheus Snape, Mayala Blak (descupe se escrevi errado) e a todos os outros que gostaram (ou não) kkkk. Mas vamos lá para mais um cap, espero que gostem!!! Depois digam o que acharam, certo??



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Capítulo 2- A Descoberta de Severo

Assim que chegou em seus aposentos e bateu a porta atrás de si, Severo se dirigiu a passos largos até o bar e encheu um copo de uma bebida forte para se acalmar. De fato ele não fazia a mínima ideia do porque estaria se preocupando com o idiota do Potter.

Se jogando em uma poltrona, o professor bebeu um grande gole da bebida que desceu queimando por sua garganta, até chegar ao estômago.

Depois de quase três copos seguidos, o professor finalmente largou o copo em cima de uma mesinha e foi dormir, já que amanhã sedo teria de suportar seus alunos cabeça-ocas explodindo caldeirões em sua frente; além do mais, a bebida lhe subira de uma tal forma que Severo achou que se dormisse um pouco, iria acabar se esquecendo do garoto impertinente.

Mal ele sabia que seria impossível. A primeira coisa que pensou em se levantar foi nesta estranha coincidência da doença de Potter. Com raiva de si mesmo, o professor se vestiu e foi dar suas rotineiras aulas. Ele estava tão nervoso e tenso que o que só lhe acalmava era descontar pontos e mais pontos das casas sem necessidades, provocando indignação nos alunos, o que ele tirava mais cinco.

No fim do dia, quando ele não aguentava mais sua própria consciência, o professor se dirigiu a passos largos em direção a enfermaria com a desculpa de levar um estoque de poções para Madame Ponfrey.

_ Ah, muito obrigada, Severo – disse ela indo guardar nas respectivas prateleiras. _ Será que você poderia dar a de Potter, por favor?

Severo levantou uma sobrancelha para ela, mas a enfermeira estava de costas que não percebeu. Sem outra escolha, o professor se aproximou do garoto que estava com os olhos semiabertos e destampou o frasco que levava em sua mão.

_ Agora beba tudo, Potter – disse ele em tom gélido, despejando a poção garganta a baixo.

Enquanto o garoto se esforçava para engolir, o professor teve uma ideia repentina. Olhando para os lados, viu a enfermeira muito concentrada com suas novas poções, que ele decidiu antes que se convencesse do contrário.

_ Me dê a mão, Potter.

O garoto deu um olhar desconfiado para o professor, mas quando este fechou a cara, estendeu a mão em sua direção.

Severo conjurou uma pequena agulha e depois de massagear o dedo do garoto, a espetou delicadamente, o que fez Harry se surpreender.

Depois de encher um pequeno frasquinho com o sangue do garoto, o professor lhe deu uma poção para fechar o furinho em seu dedo e se retirou da enfermaria, deixando um Harry surpreso e sem entender absolutamente nada.

Indo a toda velocidade para seu escritório, o professor mal reparara nos alunos que estavam a sua frente, mesmo porque eles se certificavam em dar um bom espaço para ele, e entrou onde queria. Deixando o frasquinho em cima de uma bancada, ele acendeu um caldeirão e foi jogando alguns ingredientes em seu interior, soltando uma fumaça colorida no ar gelado da masmorra.

_ O que estou fazendo? – perguntou ele baixinho. _ É claro que o garoto era filho do Potter... É claro que era...

Mas mesmo com suas dúvidas o mestre em poção continuou a preparar a poção com agilidade e concentração durante as três horas seguintes.

Quando o relógio ia apontar meia-noite, o caldeirão soltou um chiado avisando que a poção estava no ponto certo para ser usada.

_ Só posso ser um idiota – disse ele enquanto enxia dois copinhos com a poção transparente.

Pegando o frasquinho com o sangue do garoto, Severo despejou três grossas gotas em cada copinho e fez o frasco desaparecer.

O esperado aconteceu: enquanto o professor observava, a poção começou a rodar e fez o sangue se misturou no líquido, fazendo a poção se tornar vermelha.

Agora vinha a parte mais difícil: seria a sua vez de retirar seu sangue para o teste. Pensando no que iria fazer, Severo deu uma gargalhada. Não podia, simplesmente não podia.

Deixando as gotas de seu sangue cair nos copinhos, ele voltou a mexer e a esperar, o que lhe pareceu um século.

_ Pare de ser idiota, Severo Snape! – disse ele com raiva de si mesmo por estar se prestando a essa situação.

Finalmente os copinhos pegaram fogo, um fogo tão vermelho como o professor jamais vira em sua frente, liberando um pedaço de pergaminho no ar, que foi logo apanhado por Severo.

As chamas se apagaram e o conteúdo dos copinhos sumiram, o que queria dizer que o teste estava terminado e o resultado preso nas mãos do professor que se sentou em um pequeno banquinho.

Com a mão suada e trêmula, Severo desdobrou o pergaminho e linhas vermelhas, escrita com os dois sangues, começaram a se formar, juntando palavras em sua frente. Tomando coragem para ler, Severo respirou fundo e fixou seus olhos negros no pergaminho.

Resultado sanguíneo

Paciente: Harry Tiago Potter.

Mãe: Lílian Potter.

Pai: Severo Snape

Família: Potter e Snape

O professor lia e relia o pergaminho, mais precisamente no lugar onde se lia: “Pai: Severo Snape”.

Não, não poderia ser... O garoto era seu filho? Ele não podia acreditar... Isso não era possível... Ele e Lílian tiveram uma única noite juntos e depois não se falaram mais. Será que os dois fizeram Potter... Harry, preciso ver o garoto como Harry, naquela única noite? Não, só podia estar imaginando.

Se esquecendo de tudo, o professor caiu de joelhos, sua mente transtornada de mais para pensar em alguma coisa, e ali adormeceu, sua mão ainda prendendo o pergaminho entre os dedos longos.

Demorou para compreender o que ele, Severo Snape, estava fazendo deitado no chão de seu laboratório, e ainda mais com um pergaminho nas mãos. Foi aí que tudo voltou a sua memória: a desconfiança, o sangue que ele colhera do garoto, a poção em pleno preparo e o pergaminho saindo das chamas da poção e... O resultado que dizia que ele, era o verdadeiro pai do garoto que ele sempre odiara na vida.

Mais confuso do que jamais se sentira, Severo se levantou e saiu do laboratório, subindo para o saguão principal e seguindo para o escritório do diretor. Somente ele iria lhe compreender, somente ele iria lhe ajudar.

_ Entre.

A voz do diretor veio lá de dentro, dando a permissão para o professor entrar.

_ Severo, o que faz aqui tão sedo? – perguntou gentilmente enquanto se acomodava na cadeira atrás da escrivaninha e fazendo um gesto para que Severo fizesse o mesmo. _ O que aconteceu?

O professor respirou fundo e retirou o pergaminho do bolso e o entregando a Dumbledore, que o pegou intrigado.

Severo bem sabia que aquela expressão intrigada do diretor logo se transformaria em susto nos próximos minutos, assim como acontecera com ele próprio. E foi justamente isso que aconteceu.

_ Mas o que é isso? – perguntou ele gravemente.

_ O que o senhor está vendo, diretor. Um teste de paternidade – respondeu Severo grosseiro.

Dumbledore ergueu as grossas sobrancelhas prateadas para o rosto tenso de Snape, tentando enxergar dentro de seus olhos.

_ Mas como isso? – perguntou o diretor. _ Como? Como você descobriu?

Severo então lhe contou sobre a doença de Harry, sobre a poção difícil que preparara e depois da grave alergia que o garoto tinha do Pó de Borboleta.

_ Foi aí que eu fiquei intrigado, pois os Potter não tinha essa doença na alergia e Lílian vem de uma família trouxa, e os trouxas não tem essa doença. Depois eu não sei por que me preocupava com isso, foi aí que tirei a amostra de Potter e fiz a poção do teste e o resultado é este que está em suas mãos.

Severo terminou de falar e o silêncio se afundou entre os dois. Dumbledore o olhava como se não pudesse acreditar no que estava acontecendo a sua frente. Harry, o seu Harry? Filho de seu espião?

_ Pela primeira vez em toda a minha vida não sei o que dizer, Severo – disse o diretor baixinho. _ O que pensa em fazer?

Severo ergueu os olhos para ele.

_ É justamente isso que eu vim descobrir, diretor. O que devo fazer?

Dumbledore cruzou os longos dedos e apoiou seu queixo em suas pontas, olhando para Severo com aflição.

_ Sabe, em todos esses anos eu me perguntei o que iria dizer a você quando descobrisse a verdade – disse ele calmamente.


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Notas finais do capítulo

Então?? O que acham de Severo e de Dumbledore?? Esperando comentários!!! Beijinhos