Little Hell escrita por Diana
Notas iniciais do capítulo
Olá, pessoas!
Mais um capítulo! Desculpe a demora!
Espero que gostem!
Como sempre, betado pela Srta. With!
Boa leitura!
Capítulo 2
– Batalha de Alesia. – As palavras de Reyna ecoaram em sua mente. – O que foi a batalha de Alesia?
Piper realmente fez o que tinha prometido a Annabeth: Ela ligou para Reyna novamente. É claro que, só após um longo pedido de desculpas, a outra aceitou o encargo de lhe dar aula novamente. Entretanto, Piper estava começando a se arrepender disso a cada segundo que se passava.
– Piper? – Reyna a chamou, disfarçando a impaciência na voz.
– Eu não sei, tá bom? – A garota explode. Piper sabia que não estava em seu estado normal. Havia algo em Reyna que a irritava profundamente.
Soltando um suspiro pesado, Reyna fecha o livro de História. Pela primeira vez naquela hora de aula, a morena não tentou ‘persuadir’ Piper a tentar respondê-la com seu jeito autoritário. Aquilo chama a atenção da outra garota.
– Vá tomar uma água, Piper. Dê uma volta pelo colégio. – Reyna apenas diz e cruza os braços. – Depois retomamos o estudo.
– Sério? – Piper a encara, incrédula. – Você está me liberando?
– Dez minutos.
Piper não precisa ouvir duas vezes e sai com certa pressa da biblioteca.
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Reyna consulta seu relógio de pulso pela terceira vez. Os dez minutos de Piper já tinham passado. A garota estava fora por quase meia hora. Por fim, Reyna suspirou e decidiu recolher seu material. Ela tinha muito a fazer ao invés de ficar esperando por garotinhas de ensino médio mimadas e estressadinhas.
Reyna já estava saindo da biblioteca quando foi interceptada por uma garota muito bonita por sinal. A garota tinha feições delicadas, sardas por todo o rosto e cabelos ruivos, além de usar algumas jóias.
– Então... – A garota disse e Reyna apenas a encarou séria. – Por que McLean te esconde aqui na biblioteca? – A garota circundou Reyna com passos felinos, engolindo cada centímetro do corpo atlético da morena com o olhar. Depois, estendeu-lhe a mão e lhe ofereceu um sorriso sedutor. – Sou Drew.
– Reyna Arellano. – Era óbvia a atração que a garota emanava. Reyna não conseguiu resistir e se viu aceitando a mão de Drew. – Estou ajudando a senhorita McLean com os estudos.
– E qual matéria? – Drew passa um braço em torno do de Reyna e guia a mais velha para fora da biblioteca. Reyna não sabia por que, mas estava se deixando levar. Era estupidez, ela sabia, mas ela não estava se sentindo incomodada.
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Piper estava retornando à biblioteca. Ela sabia que havia extrapolado seus dez minutos. “Que se dane”, a garota pensou. Se Reyna tivesse ido, melhor ainda. Elas já tinham estudado tempo o suficiente ao ver da garota. Entretanto, a sensação de deixar Reyna com raiva e esperando por ela também agradava a Piper. Na verdade, agradava a Piper irritar a maioria das pessoas que ela não se desse bem.
Foi quando ela viu Reyna saindo da biblioteca de braço dado com aquela idiota: Drew. Piper viu vermelho. O que diabos estava acontecendo ali? Aquela garota não se enxergava?
– Ei! – Piper entrou na frente delas como um touro e encarou Reyna. – Ei! Onde você está indo?
– Embora? – Reyna sustentou o olhar irritado de Piper com um frio. – Presumi que você não retornaria para a aula e decidi ir embora.
– Presumiu errado! – Piper grunhiu e pôde ver Drew dando uma risadinha cínica. – Vamos retomar!
– Eu estou indo, senhorita McLean. – Reyna disse e pareceu tomar conta de si novamente. Sutilmente, ela retirou seu braço do de Drew e começou a se afastar das duas. Indispondo-se a ser ignorada por Reyna, Piper rapidamente segura o pulso da outra e a vira para si.
– Você me deve quarenta minutos da aula de ontem. – Reyna suspira. Aquela garota era pior do que ela imaginara. Era notório que ela estava tentando aparecer para a tal de Drew. Mas Reyna não ia ceder aos caprichos de uma adolescente.
– Amanhã começamos mais cedo e repomos esses quarenta minutos. Tenho de ir agora. – Ela retira sua mão do aperto de Piper e a encara perigosamente.
Piper estava perdendo a batalha e ela sabia disso. Ela podia sentir o sorriso de Drew se abrir cada vez mais, mesmo não focalizando o rosto da garota. Ela não ia deixar aquilo acontecer.
– Tenho um teste surpresa amanhã! – Ela praticamente gritou para Reyna.
– Não é teste surpresa se você sabe dele, senhorita McLean. – Reyna se vira para a garota. Sua paciência praticamente esgotada. Assim que chegasse a casa, ela iria tentar repassar McLean para algum amigo ou amiga. Ela já estava cansada dessa garota.
– Eu descobri!
– Sério? – Dessa vez foi Drew quem interveio na conversa. Piper percebeu que sua mentira havia pegado alguém. Se não fizesse Reyna ficar, pelo menos colocaria Drew para estudar a noite toda à toa. E ela gostou disso.
– Sério. Leo me contou. Você sabe como ele é. – Piper disse soando extremamente convincente.
Piper viu Drew caindo em sua mentira, Piper viu Reyna caindo em sua mentira e sorriu quando a mais velha soltou um suspirou e, sem dizer uma palavra sequer, retornou calmamente até a biblioteca.
As garotas já estavam acomodadas novamente a uma mesa nos fundos do ambiente quando Drew chegou meio desesperada ao lado delas. Piper a encarou furiosamente.
– O que quer?
– Vai realmente ter um teste surpresa amanhã? – Drew a perguntou, seus olhos varrendo Reyna com luxúria.
– Sim, idiota. – Piper não gostou daquilo. Quem Drew achava que era?
– Nesse caso... – A garota disse e se senta ao lado delas. Piper a encara num misto de raiva e incredulidade. Reyna apenas dá de ombros e volta sua atenção ao livro. – Vou me juntar a vocês.
Piper tentou esconder a raiva e torceu para Reyna ‘expulsar’ Drew dali, mas não foi o que aconteceu. Reyna sequer se importou com a presença da outra garota. Pior, a morena parecia estar gostando da companhia da outra.
‘Claro’, Piper pensou, ‘Pelo menos Drew finge prestar atenção nessas velharias enquanto praticamente esfrega seus peitos na cara de Reyna’. Ela começou a imaginar se Reyna era do tipo que se aproveitava de seus estudantes.
Foram os piores quarenta minutos que Piper já tinha passado. Ela quase não conteve o suspiro de alívio quando Reyna disse que tinha que ir e Drew deixá-las. As garotas começam a juntar suas coisas silenciosamente. Era o típico silêncio pesado e incômodo e estava levando Reyna a considerar, cada vez mais, se não deveria indicar Piper para um amigo. Talvez a garota se desse melhor com outra pessoa e se dedicasse mais aos estudos.
– Er... Arellano? – Piper chamou a garota pelo sobrenome de propósito. Reyna se virou para encará-la.
– Sim? – Reyna vê a garota retirando algo do bolso.
– Ainda não tinha acertado com você hoje. – Piper a entrega o dinheiro fazendo questão de colar seus olhos aos castanhos dos de Reyna. Ela não tinha reparado o quão belos eles eram.
– Obrigado, senhorita Mclean. – Reyna aceita o dinheiro e nota que há algo de diferente no olhar de Piper. Era quase como se a garota estivesse tentando seduzi-la. - Algo errado? – Reyna a pergunta se sentindo incomodada com o olhar que a outra estava lhe oferecendo.
– Nenhum. – Piper se aproxima da outra, ainda mantendo seus olhos conectados. Calmamente ela segura o rosto de Reyna e encaixa seus lábios aos da morena, lhe dando um selinho simples.
Reyna sente seu sangue congelar. O que aquela garota estava fazendo? Fora o fato de que elas ainda estavam na biblioteca. Com certa rudeza, ela afasta Piper de si e vê um sorriso debochado correr nos lábios da garota.
– O que você pensa que está fazendo? – Ela pergunta enfurecida.
– Só te agradecendo por ter aturado Drew. Afinal, acho que meus peitos são mais bonitos que os dela.
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O dia de Annabeth não poderia estar sendo pior. Já não bastasse Piper tê-la abandonado ontem e ela ser obrigada a voltar no mesmo ônibus que Clarisse, hoje ela teve que aguentar praticamente uma dose dupla da outra garota.
Primeiro na aula de química quando a professora obrigou as duas a trabalharem juntas. Clarisse era um desastre total. Não conseguiu medir a quantidade correta da substância e estragou a solução, fora o fato que quase botou fogo ao reagir duas misturas que não deveria.
No final da aula, a morena pediu desculpas a Annabeth e saiu meio cabisbaixa. A loira sentiu uma pontada de pena e sabia que estava sendo dura até demais. E que, apesar de tudo, Clarisse tinha se esforçado para ser uma boa dupla de laboratório.
Entretanto, quando ela pensou que estava livre de La Rue, veio a aula de educação física. Não que Annabeth não gostasse da aula, é só que ela estava irritada demais para competições esportivas. Mesmo assim, a professora a obrigou a se trocar e ir para a quadra. O esporte da vez a ser disputado era o vôlei. Annabeth apenas gemeu e se dirigiu à quadra.
E qual não foi a surpresa maior quando Clarisse a chamou para seu time? O dia de Annabeth já estava péssimo sem Clarisse precisar tentar ‘consertar’ o desastre da aula de química. Entretanto, negar só pioraria as coisas.
Mas se Clarisse meio que desapontou Annabeth no laboratório de química, foi a vez de, sem querer, Annabeth desapontar Clarisse na aula de educação física. A loira simplesmente não estava a fim de jogar aquele dia.
Ela deixou várias bolas passarem por ela, fez alguns saques errados e, por fim, desistiu e foi se sentar na arquibancada junto com outros alunos. Uma garota do time de Clarisse foi até ela, com fúria no olhar.
– Ei, sua espertinha! – A garota gritou, obviamente procurando confusão. – Além de não fazer nada, vai abandonar o jogo?
– Ei! – Clarisse foi correndo até elas. – Lil, pare com isso. – Ela disse, segurando a outra garota.
– Clarisse, o que deu em você para escolher essa garota? – Realmente a tal de Lil estava procurando confusão. Annabeth viu o olhar de Clarisse passar do habitual irritado para furioso.
– Já chega! Se Chase não quer jogar, deixe-a em paz!
– Você a defende agora? – O tom de voz de Lil era bastante irônico. – Clarisse, não é porque você quer levá-la para cama que...
Antes de terminar de falar, Clarisse já havia pego a garota pelo colarinho e a levantado. Era incrível perceber o quanto a morena era forte. Felizmente, antes que a situação ficasse pior, a professora apareceu e dispensou os alunos.
Foi quando Annabeth achou que ia ficar livre de Clarisse, mas, novamente, a morena veio atrás dela.
– Ei, Chase! – Clarisse a chamou, mas Annabeth apenas apressou o passo. – Annabeth, por favor!
Clarisse consegue alcançar Annabeth e pousa a mão no ombro da garota, conseguindo fazê-la parar.
– O que quer, La Rue? – Annabeth se vira para ela. Clarisse nunca pensou que veria tanta raiva estampada no rosto da garota, mas havia algo mais. Algo que machucou Clarisse. A loira tinha os olhos um pouco vermelhos.
– Você está... – Instintivamente, a morena passa o polegar no rosto de Annabeth, como se tentando limpar o vestígio quase invisível de lágrimas. – Chorando?
– Não, sua idiota! – Impaciente Annabeth retira a mão de Clarisse de seu rosto e começa a refazer seu caminho. Felizmente era a última aula do dia. Ela iria encontrar Piper na biblioteca e ir embora.
– Olha, me desculpe. Lil não sabe o que diz. – Clarisse recomeça, meio sem jeito. Ela não sabe pedir desculpas, porque é algo que ela não costuma fazer frequentemente.
– Clarisse, me deixe, sim? – Annabeth se vira para a garota e olha séria. – Eu não sou um território para você conquistar, ou uma luta para você vencer.
Dito isso a loira sai, deixando uma Clarisse perplexa para trás. E, dessa vez, a morena parece desistir de ir atrás de Annabeth.
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