Imortais escrita por kathe Daratrazanoff


Capítulo 2
Lana


Notas iniciais do capítulo

Sim, eu estou repostando a história. Deixa eu me explicar antes de me darem tijoladas huehue.

Eu fui reler a história e vi tantos erros e falhas que não conseguia continuar, não dava. Muita ponta solta, errinhos toscos. Estou revisando todos os capítulos e decidi repostar, porque nessa nova edição mudei um pouco do enredo pra corrigir as falhas.

Genteney, alguém sabe do usuário com o nick YAOI? Essa pessoa fez uma capa pra mim e me mandou pv, só que a mensagem sumiu '-'



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Lana olhava para o relógio na parede com aflição. Esperou tanto por aquele momento, toda sua vida tinha sido guiada pra chegar ali. Só não disseram o que faria a partir disso. Maternal, ensino fundamental 1 e 2, ensino médio e agora a faculdade. Mas que profissão escolher? Quando aqueles ponteiros chegassem no número certo seria o fim de uma linha, e o início de algo desconhecido. O problema é que não saberia o qur fazer depois.

O sinal tocou, fazendo com que os alunos se levantassem para ir até a saída. Lana, com a mochila já nas costa andou lentamente, observando tudo. Os alunos, os corredores, as salas de aula. Sorriu pra um ou outro conhecido. Provavelmente numa mais os veria, era ali que tudo mudava.

Chegou rapidamente na entrada do colégio e avistou Cecília, que estava do outro lado da avenida. Pensava que devia ser essa a sensação de um ex condenado, recebendo liberdade e sentindo o nervoso com o mundo lá fora. Atravessou a rua movimentada e foi recebida por um abraço apertado da amiga.

—Eu nem acredito que você finalmente se formou! - Cecília ia dizendo, toda feliz. -Parece até que foi ontem que nos conhecemos. Não faz ideia do quanto estou tão orgulhosa de você, Lana, não faz ideia do quanto...

Entraram na sorveteria Doce Céu e se dirigiram para o fundo, indo se sentar na mesma mesa que usaram nos últimos anos. Seus últimos instantes ali.

— Ah, é. Todos aqueles trabalhos, pesquisas e provas, livros pra ler, eventos pra ir. Até parece que só durou um dia - Debochou Lana, enfim recuperando a fala.

O sentimento era indescritível. Podia ter se passado dois anos, mas pra ela tinha sido... Não, o tempo definitivamente não passou rápido, foram dois longos anos.

— É só uma forma de dizer que o tempo passou, não estou desmerecendo seu esforço nem nada disso -Cecília retrucou, bem-humorada. - Você era uma garotinha e agora... é praticamente uma mulher.

Lana arqueou as sobrancelhas. Ainda era a mesma garota de sempre, a velha e sonhadora garota esperando que seu conto de fadas se realizasse. Pensou em responder, mas a aproximação de um dos garçons a fez ficar quieta.

– Boa tarde, Lana. Milady Cecília. - Andrew, o garçom, se curvou diante de Cecília, e Lana teve que segurar a risada. - O que vão pedir, senhoritas?

Cecília fuzilou Lana com um olhar, e olhou para Andrew com um grande sorriso no rosto.

— Não seja tão formal, Andrew, já conversamos sobre isso. E o mesmo de sempre, por favor. - Pediu Cecília, olhando o cardápio. - Pensando melhor, nos surpreenda. Hoje é um grande dia e queremos algo novo.

— É pra já - Andrew respondeu, se curvando antes de ir.

Lana observou o garoto se afastar, e assim que ele sumiu de suas vistas se virou para a amiga.

— Ele gosta de você - falou, fazendo cara de apaixonada.

— Ah, não, de novo não.

— Ah, qual é. Já viu a forma como ele te olha? Como ele fala? Todo carinhoso e gentil com você - insistiu Lana. – Milady, senhora. Quem fala isso? Só faltava ele te chamar de Vossa Alteza.

Cecília passou uma das mãos pelo cabelo curto, se olhando no reflexo de uma caixinha de canudos prateada em cima da mesa.

– Se isso fosse verdade, não sei o que ele veria em mim, Lana. Uma namorada em potencial que não seria.

Franzindo a sobrancelha, Lana se pôs a examinar sua melhor amiga. Cecília era alta e magra, pele clara com o cabelo curtinho repicado. Tinha toda a postura e aparência de uma modelo. Mais que isso, Cecília poderia facilmente ser confundida uma queridinha de hollywood ou coisa parecida. Tinha carisma, era inteligente, e possuía um magnetismo tão forte que te fazia querer olhá-la por mais que poucos minutos.

A boca dela era de causar inveja a qualquer um, com uma cor bonita e tão natural que mal parecia ser batom. Mas não tinha como uma boca ter essa tonalidade de cor, tinha? E os seus olhos eram outro mistério. Mudavam de cor vez ou outra e quando Lana perguntava, Cecília dizia ser o efeito de lentes de contato. Nunca tinha visto a cor original dos olhos dela e se viu, não se lembrava. Hoje, Cecília estava num azul cintilante.

Como se Cecília não fosse absurdamente linda, pra completar ela se vestia de modo impecável. Era normal ver a amiga com a mão repleta de sacolas de compras, seus verdadeiros amores : roupas e sapatos.

— Só to dizendo que você deveria sair mais - Lana concluiu- Nunca te vi com um namorado nem nada. Devia abrir esse seu coração de pedra.

Cecília olhou pra ela, divertida

—Olha só quem fala, qual foi a última vez que você ficou com alguém mesmo? E não é você que deixa um certo alguém na friendzone? - vendo o olhar de indignação de Lana, Cecília ergueu as mãos em sinal de rendição . - Ok, não vamos falar do Theo hoje, me desculpe. Na verdade, mudando de assunto, vim aqui hoje porque tenho uma surpresa pra você.

Cecília começou a procurar algo por debaixo da mesa, e Lana avistou um monte de sacolas ali.

– Há quanto tempo você chegou? - Lana perguntou, curiosa. - E quando teve tempo pra fazer compras?

– De manhã, querida. E cheguei a pouco tempo, alguns minutos antes de o sinar do colégii bater. Só não surte, okay? É um vestido e se você não gostar, pode devolver -Disse Cecília, pegado uma caixa branca de uma das sacolas e entregando a Lana.

Cecília tinha uma tendência desastrosa de gastar muito. Sempre que tinha oportunidade dava presentes pra Lana, e uma desculpa era mais esfarradapa que a outra. E Lana nunca podia devolver, porque sua amiga dava um jeito de a convencer a ficar com o presente. Cecília não podia devolver porque "a loja não aceitava devoluções", "sobrou um dinheiro extra" ou até mesmo "é adiantado para o seu aniversário de 50 anos."

Lana achava que a amiga estava tentando influenciá-la a se vestir melhor. Podia não se vestir tão bem como uma socialite ou uma atriz, mas também não se vestia mal. A verdade era que não se importava com isso, foi criada praticamente dentro de uma igreja e a única aparência que tinha que manter era a espiritual. Achava a vontade de Cecília de tentar mudar seu guarda-roupa quase que uma ofensa.

— Ei, não faça essa cara. Você concluiu o ensino médio, abra uma excessão -Cecília pediu, com aquela cara que fazia com que ninguém conseguisse negar um pedido seu.

Lana pegou a caixa e a abriu. Dentro delq havia um vestido vermelho curto, e uma parte de si o achou lindo. Porém, ao ver a etiqueta, sentiu até certo desgosto. Se fosse daquela marca mesmo, um legítimo, aquele vestido era mais caro que todo o dinheiro que gastou em xerox nos últimos anos.

— Uau - Lana exclamou, boquiaberta. - Eu teria que ter dois empregos pra comprar algo dessa loja, e provavelmente teria que resumir minha alimentação em macarrão instantâneo.

— Isso não é nada - Cecília disse, retocando a maquiagem. -Só quero agradecer pela sua amizade.

Lana colocou o vestido de volta na caixa e Andrew apareceu com sorvetes de baunilha com coco e algumas tijelas de cauda.

— Aqui está seu pedido, senhoritas - disse, depositando tudo sobre a mesa.

– Eu pedi algo especial, Andrew - o garoto corou, e Cecília mais uma vez sorriu pra ele. - Mas pode ir, querido. A gente se fala depois.

Comeram em silêncio por um tempo, até Lana resolver falar.

— Obrigada pelo vestido, Cisi, é lindo. E eu que agradeço por ter uma amiga como você.

Cecília se levantou, deixando sua porção pela metade.

— Espero que se lembre disso até o fim do dia, baby. Agora vamos, temos muito o que fazer.

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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo sai quarta que vem. NÃO TENHAM MEDO DE ME APONTAR FALHAS PLEASE. Preciso delas pra melhorar.