Kill or be Killed escrita por Many Things at Once


Capítulo 5
Its Probably Fear


Notas iniciais do capítulo

Oioi...
Eu já tinha terminado esse capítulo a algum tempo mas o wi-fi daqui de casa n funciona 90% do dia então só uma da manhã msm para postar... Kskskskkskskskskskskksks
Enfim... Arrisquei muito nesse capítulo e acho que as fãs de Brax vão ficar muito felizes Hahahahahahahaha apesar de eu não ser muito boa em romance...ksksksksksksksksk
Enfim vou deixá-los ler
Enjoy...



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Give Me Novacaine (Green Day)
Drain the pressure from the swelling
The sensation is overwhelming
Give me a long kiss good night
And everything will be alright
Tell me that I won't feel a thing
So give me novacaine
Me dê anestesia (Green Day)
Drene a pressão do inchaço
A sensação é enlouquecedora
Me lê um longo beijo de boa noite
E tudo ficará bem
Me diga que eu não vou sentir nada
Então me de anestesia

–Você me perdoaria se nós saíssemos dessa casa? - perguntei a Jacen que dormia tranquilamente em seu berço - me perdoaria se corrêssemos o risco de jamais vermos a mamãe e o papai novamente? Me perdoaria se eu te levasse para o caos que é lá fora? Me perdoaria se depois de te fazer passar por tudo isso eu te confessasse que foi apenas para te salvar? Se eu fizesse de um inferno a sua vida só para te fazer sobreviver, seria feliz?

Eu sabia que Jacen não ia responder, mas ainda assim eu fiquei olhando para o berço me perguntando o que ele responderia...

–Ele iria te perdoar - disse Kyla deitada na cama ao meu lado - os bebês não falam, mas eles entendem o que dizemos e o que fazemos. Ele saberia que fez tudo por ele, todos nós perdoaríamos, eu, Jacen, Amy...

–Mas ele seria feliz naquele inferno? Você seria? - perguntei olhando de modo carinhoso para ela

–As pessoas fazem o lugar - ela falou demonstrando maturidade em excesso para sua idade - contanto que estivermos juntos, eu vou estar feliz, além disso, nós sabemos que a mamãe e o papai não vão voltar.

Eu sorri com lágrimas nos olhos. Ela se levantou e me deu um abraço apertado que eu contribuí com mais força ainda, tomando cuidado para não soluçar alto demais e acabar acordando Amy e Jacen.

–Eu sei que eu e Amy não demonstramos muito que gostamos de você, mas nós te amamos, Faith. É a melhor irmã mais velha do mundo... - Se levantando e me abraçando

Eu ri baixo

–Mais velha, hein... - eu falei sorrindo e olhando para cima para tentar conter as lágrimas

–A Amy é a melhor - ela falou sussurrando - somos gêmeas, Bff's se esqueceu?

Eu ri novamente. Kyla nunca havia gostado muito de abraços, então logo nos separou e voltou para a cama que dividia com Amy. Eu dormia na poltrona que um dia fôra parte do escritório do meu pai, mas ele nunca usava aquela poltrona para nada que não fosse ler jornal. Eu odiava dormir ali, mas não queria atrapalhar o sono de Amy e Kyla. E agora não havia mais nenhum quarto ou cama livre, já que os Thompson haviam pego as camas "emprestado" por que até o seu advogado estava hospedado em sua casa.

Decidi tomar um copo de leite para pegar no sono, mesmo sabendo que aquilo não iria me fazer dormir. Mas não custava nada tentar, certo? Fui até a porta e a abri com o maior cuidado para não fazer ruído algum e para não acordar ninguém. O leite era distribuído pelos McGuillar que tinham um estoque de leite em casa. Tinhamos dado toda a comida que tínhamos para o bem da sociedade, em compensação eles redistribuíam tudo de acordo com o número de pessoas em cada casa. Tinhamos muito leite graças a Anthony que era vegano, e estávamos acumulando sua parte a meses.

Enchi um copo daquele líquido branco que eu odiava, apesar de achar a aparência um tanto apetitosa, eu achava o sabor esquisito. Tomei gole a gole percebendo que não era tão ruim assim. Parecia um sorvete aguado, estranho...

–Achei que não gostasse de leite - falou uma voz às minhas costas
Me virei rapidamente em um susto e vi Max sentado no sofá com uma caneca quente na mão. Como eu não o tinha visto ali?

–Eu odeio - falei respirando pesadamente

–Então por que está tomando? - ele perguntou

–Por que é bom - sorri e me escorei na bancada

Ele me olhou com um olhar esquisito. Apesar de estar escuro eu via suas feições com facilidade. Aquele era o mesmo Max de sempre. Olhos claros, cabelos escuros e sorriso irônico. Era incrível como seu olhar mantinha aquele brilho intenso mesmo depois de tudo.

–Vou fingir que isso faz sentido - ele falou rindo e levando a caneca à boca.

–O que está tomando? - perguntei

–Vodca pura! - ele falou com um sotaque russo.

Ele riu

–Agua quente com limão - Max admitiu voltando seu olhar para a caneca - minha avó me ensinou a gostar...

Claire era uma velhinha muito simpática. Os pais de Max morreram quando ele era criança. Até hoje me lembro do olhar vazio em sua face no dia do enterro. Foi a primeira vez em que vi Max sério. Não havia sorriso em seus lábios, nem brilho em seu olhar. Depois disso ele foi morar com a avó. Ele a amava muito e ela também o amava. Claire morreu no aniversário de quatorze anos de Max. Nós fomos para a casa dele fazer a lição de casa e a encontramos morta no sofá. Desde então ele morava com o irmão mais novo de seu pai.

–Ela era um amor de pessoa - concordei mordendo o lábio inferior com o olhar voltado para o copo de leite.

Ele balançou a cabeça em sinal afirmativo olhando para a caneca.

Ficamos em silêncio por um tempo por que eu não queria lembrar daquela época. Nenhum de nós queria.

–Você não ligou para o seu tio - eu falei comprimindo um lábio contra o outro

–Ele não se importa se eu estou vivo ou morto - ele falou rindo - ele acha que depois de mim ele é o herdeiro da herança dos meus pais, então se eu morrer ele vai ficar rico.

–E vai? - perguntei

–Não - ele disse rindo - o advogado da minha avó fez umas alterações nas clausulas. Se eu morrer o dinheiro vai todo para a caridade. Mas ele não sabe disso, se soubesse eu já estaria morando na rua.

Eu ri junto com ele.

–Posso te fazer uma pergunta? - ele perguntou

–Além dessa? Pode - falei ainda rindo

Ele ficou quieto por um momento. Eu sabia o que ele ia perguntar

–Por que não quiz almoçar comigo naquele dia? - Max falou calmo desviando o olhar da caneca para mim.

Eu me fazia a mesma pergunta todo dia. Foi aquilo que marcou o fim da nossa amizade. Um dia quando voltávamos de férias eu cheguei atrasada na aula e não falei com Max fui direto para a sala e descobri que Mace era minha colega de laboratório. Nós conversamos e eu fui almoçar com ela. Eu ainda me lembro quando ele acenou para mim me chamando para sentar com ele mas eu ignorei tudo para ficar com os populares. Naquele momento eu me tornei uma boa parte daquilo que eu sempre desprezei.

–Eu não sei - admiti olhando para o leite frio em minhas mãos - acho que era demais para mim, sabe. O que nós tínhamos era muito forte, e depois de eu ver a morte de perto eu tive medo de me aproximar das pessoas e elas morrerem.

Nós dois ficamos em silêncio, mas eu não podia deixar as coisas daquele jeito. Se eu deixasse, talvez nada jamais fosse reparado ou descartado. Ficaríamos quebrados para sempre. Coloquei o copo de leite no balcão e caminhei para o sofá onde Max estava sentado, ficando ao seu lado.

–Parece que ensaiou isso - ele falou virando o rosto para mim.

–Eu ensaiei - admiti rindo - eu sabia que um dia chegaríamos a esse assunto.

Eu tinha pavor de um dia ele decidir me confrontar sobre o motivo de não nos falarmos mais e isso me fez passar horas e horas pensando no por que de eu ter feito aquilo. No final cheguei a essa conclusão. Bem a essa e a outra, mas eu não estava apaixonada por ele, por isso o "medo da morte" me pareceu mais plausível.

–E você nunca se arrependeu? - ele perguntou - por que eu me arrependo todos os dias de não ter insistido no dia seguinte e no seguinte...

–Eu passei semanas com o dedo quase encostando na tecla de 'chamar' depois de ter digitado o seu número, mas a vontade de ouvir a sua voz passou depois de uns meses. Foi assim que eu percebi que nós éramos melhores estranhos do que qualquer coisa que já tínhamos sido ou poderíamos ser...

–"Poderíamos ser"? - ele perguntou desconfiado - você realmente acredita nisso? Esses meses depois dos zumbis nós não fomos estranhos e eu com certeza prefiro isso.

Um arrepio percorreu a minha pele. Eu poderia ter passado a vida sem falar sobre isso, continuaríamos sendo bons amigos no apocalipse se ele jamais tivesse tocado no assunto.

–Eu tenho que ir - falei me levantando cautelosa com as mãos tremendo levemente

Droga. Eu não devia estar tremendo. Me virei de costas pronta para subir a escada de voltar para o quarto mas ele foi mais rápido e segurou meu pulso me puxando diretamente para seu corpo. Ele realmente estava mais forte do que quando tínhamos quatorze anos. Max manteve uma mão ali e com a outra ele envolvia a minha cintura. Ele não parecia ter planejado o que faria depois que me puxasse. Seu olhar passou de confuso para algo mais.

Àquele ponto eu estava assustada. Ele me olhava nos olhos com um sentimento indiscritível. Talvez fosse medo. Ele me olhava como se eu pertencesse a ele, e eu gostava disso. Max me beijou como se meus lábios fossem açúcar e ele estivesse vivendo de sal a vida inteira. Eu retribuí com receio e desejo. "Meu deus!" Pensei "O que está acontecendo comigo?". Seus lábios tinham um leve gosto de limão que me fazia querer mais. Soltei meu pulso de sua mão e levei minhas mãos para sua nuca puxando-o para mim conforme o beijo se intensificava.

Quando o ar se fez necessário nós nos separamos ofegantes e mantivemos as testas encostadas. Naquele momento eu não consegui me lembrar de como era estar separada dele. Havia um frase eufórica ecoando na minha cabeça

Max me beijou! Max me beijou!

E eu retribuí...

Meu cérebro parecia derreter. Tudo parecia girar em torno daquele momento em particular. Mas ele era meu amigo. Na verdade nem isso ele era. Talvez ele fosse mais. Naquele momento eu estava muito confusa. A euforia tinha sido substituída por medo e confusão... O que aconteceria depois disso? E se ele não gostasse de mim? Eu gostava dele?

–Tem certeza que prefere ser uma estranha? - ele perguntou com os olhos fechados ofegando

–Eu não sei - sussurrei antes de ir na direção da escada deixando-o sozinho lá.


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Notas finais do capítulo

Reviews?
Realmente espero que tenham gostado... Hehehehehe
Bjkas Marcela



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