O carro de Kirisaki Chitoge foi encontrado no mesmo local onde ocorreu a explosão do iate de Ichijou Raku. Mas seu corpo nunca foi encontrado.

...Alguns meses depois...

Viver separado dela foi difícil, mas viver com ela era insuportável.

Em uma pequena ilha do mediterrâneo, Raku estava há um passo da loucura. Chitoge estava grávida. Gravida de gêmeos. Poucas semanas de felicidade em sua ilha particular foi destruída pela noticia.

Gêmeos.

Chitoge estava instável... Mas no momento dormindo ao seu lado. Ele já a observava a dez minutos. Ou a uma hora. Não saberia dizer. Adorava vê-la dormir.

Já estava acostumado com suas mudanças de humor, e o sexo parecia melhor a cada vez. Sim, vezes. Por que ela o atacava varias vezes no dia. Sorriu. Amava ouvi-la dizer “Eu te amo” ... Diabos, era a melhor parte do seu dia.

Mas não suportava vê-la preocupada, triste, vomitando, chorando... Sentia-se impotente, o pior dos homens. Com vontade de atravessar uma parede com a cabeça. Quando a sessão de vomito começava, tinha até tremedeira. Se sentia um maldito afeminado...

Tentava não demonstrar. Tinha que ser forte por ela. Por isso estava há um passo da loucura.

Queria fechar os olhos e voltar o dormir. Mas se forçou levantar. Tinha virado rotina preparar seu café da manhã.

...

O cheiro de café a despertou.

Raku estava iria deixá-la louca. Tratava-a como um objeto, o mais frágil do mundo, como se uma simples brisa pudesse quebra-la. Ou talvez fossem seus hormônios deixando-a louca. Afinal ele sempre havia sido super protetor.

Mas adorava como Raku a mimava. Sorriu. Pela primeira vez em semanas não acordava enjoada.

— Bom dia Darling – disse sonolenta.

— Algum desejo em especial? – perguntou com um sorriso torto.

— Eu te amo – disse distraída e começou a atacar seu café da manhã na cama.

Seria sempre assim? Perguntava-se. Seu coração estava acelerado, se não estivesse com tanta fome, não resistiria à vontade de agarrá-lo e beijar cada pedacinho daquele abdome divinamente definido.

Ele estava apenas com a calça de seu pijama, com o cabelo charmosamente bagunçado, mas era a forma como a olhava, que a fazia deseja-lo ainda mais. Eu simplesmente amo meu marido. Corpo, alma e coração. Nesse momento principalmente o corpo. Mas estava faminta. Sempre estou. Em minha defesa estou comendo por três.

...

Para desespero e alivio de Raku, no oitavo mês de gestação, 35 semanas depois, Chitoge entrou em trabalho de parto. Horas depois, que mais pareceram dias ou anos. Kyoushiro e Misaki nasceram 13 de novembro, no ano do dragão.Ao reconhecer seus traços naqueles seres em miniaturas em seus braços, Raku foi preenchido por uma ferocidade de sentimentos. Uma mistura de amor, orgulho, proteção. Queria bater no peito e soltar um rugido que nem Tarzan naquela maternidade, agora silenciosa.

Até aquele momento, nunca imaginou que pudesse amar Chitoge mais do que já amava. Não se lembrava de quando começou a ama-la. Mas nunca se esqueceu de sua promessa. Mesmo que tenha sido muito lento para perceber no inicio. Sempre soube que a amaria para sempre.

— Gorila – sussurrou. Chitoge dormia, ao mesmo era o que ele pensava, quando ela sorriu ainda de olhos fechados e disse sonolenta:

— Stupid Bean

... FIM? ...

“Todas as historia tem finais felizes se soubermos quando parar de conta-las. Pois se você as deixa durar muito, terminam sempre em morte.”

         Neil Gaiman