- Recomeçando escrita por HungerGames


Capítulo 42
Capítulo 42




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Depois dos dias mais difíceis as coisas começaram a se acertar novamente, o humor de Katniss continuou oscilando mas dessa vez eles eram menos tensos, ela apenas se irritava com as roupas ou com o quanto ela estava inchando e ficando mais cansada e todas essas coisas que ocorrem durante gravidez e que a irritam tanto quanto antes, o trabalho na padaria continuou maior a cada dia mas em compensação o lucro também tem sido igualmente bom, esse mês consegui dar um aumento a todos o que gerou uma grande comemoração, na verdade todos eles mereceram, a padaria não estaria tão bem se eu não tivesse eles aqui, só de pensar quando tudo começou já me dá uma sensação de satisfação e ela só aumenta quando olho para o lado e encontro na minha frente o principal motivo do sorriso que surge no meu rosto, Katniss e Pérola, as duas ainda dormindo tranquilamente, Perola com o braco no pescoço de Katniss como se pra evitar que ela se afastasse e as duas parecem realmente relaxadas assim, normalmente Perola dorme no quarto dela mas ontem ela estava um pouco quieta demais e um pouco febril então quando ela pediu com aqueles olhinhos doces foi impossível ate mesmo para Katniss negar, entao essa noite ela dormiu entre nós dois. Eu me movo lentamente na cama e fico de lado observando elas duas, sem conseguir controlar o instinto meus dedos passam pelos cabelos da Katniss, olhar pra elas duas assim me traz uma sensacao de paz e de realização que nada no mundo pode substituir, meus olhos descem ate a barriga de Katniss e o sorriso aumenta, hoje ela completa o sexto mês e vamos tentar pela terceira vez saber o sexo do bebê.
– Bom dia - a voz dela é rouca e baixa me distraindo dos meus pensamentos.
– Bom dia - eu falo sorrido mas também baixo, ela olha pra Pérola e tenta se mexer sem que ela acorde mas basta ela tentar tirar o braço dela de seu pescoço e ela abre os olhos rapidamente.
– Fica - ela pede com a voz sonolenta e se aproxima mais dela mesmo que a barriga atrapalhe um pouco, Katniss beija sua testa e então franze a testa de modo preocupado.
– Ela ta quente - ela fala me olhando meio assustada, eu me aproximo e coloco a mao na testa dela apenas pra confirmar - Pérola, olha pra mamãe - ela pede enquanto a balança levemente e recebe um murmuro em resposta - Pérola, você ta com dor? - ela pergunta e ela confirma com a cabeça mas ainda de olhos fechados.
– Onde? - dessa vez sou eu quem pergunto também já preocupado e ela apenas leva a mão até a garganta, eu e Katniss trocamos um olhar.
– Ela ta assim desde ontem - Katniss fala me olhando e eu apenas concordo com a cabeca e acaricio o cabelo dela que se revira e abre os olhos e ao contrário daquele sorriso e animação de sempre ela parece realmente cansada.
– Ô minha princesa, o papai vai cuidar de você ta? - eu falo e ela concorda com um balançar de cabeca.
– A consulta é as nove mas nós podemos ir logo e levar ela - Katniss sugere e eu concordo.
– Eu vou preparando as coisas - eu aviso e me afasto saindo da cama e deixando Katniss tentando acordá-la, eu vou pro quarto dela e pego uma roupa, a bolsa com coisas que possamos precisar e volto para o quarto e encontro ela ainda tentando acordar Pérola que resmunga e se contorce na cama.
– Ela não quer acordar - Katniss avisa com o rosto ainda carregado de preocupação - Ela esta esquentando mais - ela completa enquanto passa a mão pela testa e pelo pescoço dela.
– Eu cuido dela! - eu aviso indo ate a cama e Katniss se levanta pra se trocar, Perola apenas resmunga enquanto eu mexo nela pra trocar sua roupa, mas consigo fazer, deixo ela ainda na cama e troco minha roupa rapidamente, em alguns minutos nós já estamos prontos, eu pego ela no colo e quando seu corpo encosta no meu eu o sinto quente e não é seu calor normal é mais forte e preocupante, eu não menciono isso para Katniss por que ela já parece preocupada demais, ela leva a bolsa e nós saímos de casa, o sol já nasceu mas ainda esta no começo de sua jornada, eu prendo Pérola a sua cadeirinha e saímos em direção ao hospital.
– O que você acha que pode ser? - Katniss pergunta enquanto acaricia a testa de Pérola, ela foi atrás ao lado dela.
– Uma gripe talvez, eu não sei ela disse que a garganta dói - eu falo sem certeza e com a aflição disso apenas aumentando, eu olho pelo retrovisor e Katniss esta tao preocupada quanto eu. Nós chegamos ao Hospital, eu pego Pérola e nós entramos indo direto a recepção.
– A Doutora Cleyse por favor - Katniss fala assim que alcançamos o balcão, eu com Perola no colo enquanto ela continua ainda mais quente e melosa, a mulher que estava remexendo alguns papeis mal se deu o trabalho de olhar para Katniss e apenas apontou o canto da sala.
– Vai ter que esperar - ela disse de cabeça baixa e com um tom de desprezo.
– É urgente - Katniss avisa depois de me lançar um olhar - Ela esta com muita febre. Ela ta doente - ela completa passando a mao pelos cabelos de Perola mas a mulher novamente a ignora.
– Isso é um hospital. Todos estão doentes aqui - ela fala e continua o que esta fazendo, então o som do tapa que Katniss da na mesa se amplia por todo o espaço.
– Olha aqui. A minha filha esta passando mal. Então ou você faz o seu trabalho e me coloca lá dentro ou você vai se arrepender disso! E isso não é uma ameaça - ela fala apontando e encarando a mulher com uma raiva e determinação de poucas vezes, Pérola ouve sua voz e então começa a chorar chamando por ela e se jogando para o seu colo e ela a pega.
– Katniss você não pode pegar ela - eu falo já que a barriga esta grande demais.
– Katniss? Katniss Everdeen? - a mulher pergunta gaguejando e nos olhando surpresa só então ela parece nos reconhecer - Oh eu sinto muito .... Eu não...
– Eu preciso ver a Doutora. Agora - Katniss a corta com o mesmo tom de voz de antes e rapidamente a mulher da a volta no balcão.
– Claro, me acompanhem - ela fala e segue até o corredor, ela vai até uma porta, bate e entra, alguns segundos e ela reaparece.
– Podem entrar - ela fala e Katniss já esta passando por ela e entrando na sala - Eu... Sinto muito - ela gagueja enquanto eu passo por ela.
– Deveria mesmo - eu falo também serio e ela abaixa a cabeça saindo e fechando a porta.
– Desde quando ela está assim? - a doutora pergunta enquanto leva a mao a testa da Perola que resmunga agarrada a Katniss.
– Ela esta enjoada desde ontem mas a febre mesmo começou agora de manha - Katniss fala e a doutora apenas confirma com a cabeça, então como ten que examinar Perola ela precisa que ela saia do colo da Katniss o que gera um momento de choro e resmungos, mas que é necessário, ela retira a roupa da Perola e a examina atentamente, ouvindo seu coração, medindo sua temperatura, olhando sua garganta, olhos, ouvidos e tudo que ela julga necessário, porem sua expressão quando termina apenas me preocupa ainda mais e o mesmo acontece com Katniss por que ela não aguenta esperar e se apressa a perguntar o que ela tem, então a medica nos dá aquele sorriso que você já sabe que sera acompanhado de algo ruim.
– Bom, eu não tenho boas noticias - ela avisa como se apenas sua expressão não fosse suficiente - Pérola esta com uma infecção grave na garganta o que provavelmente originou a febre e a dor, o que agrava a situação é que a infecção esta se espalhando e o ouvido dela já esta sendo afetado - ela completa e Katniss me olha assustada.
– Isso significa? - eu pergunto também nervoso e preocupado.
– Que nós temos que agir logo! Uma infecção grave pode deixar sequelas graves! - ela fala já pegando uma especie de papel e anotando algo.
– Que tipo de seqüelas? - Katniss pergunta e ela para e a olha. - Nós vamos trabalhar pra que isso não aconteça mas.. Uma delas é a perda da audição por exemplo - ela fala e Katniss solta um som parecido com um engasgo.
– Não. Isso não pode... - ela começa a falar e então pega Perola do meu colo e a abraça.
– O que a gente faz agora? - eu pergunto já que Katniss parece nervosa demais pra isso.
– Eu vou internar ela - ela avisa já decidida.
– O quê? - Katniss pergunta alto demais e acaba assustando Pérola que começa a choramingar - Ninguém vai internar minha filha! Eu cuido dela - ela avisa e segura Pérola de forna protetora.
– Eu entendo. Mas essa realmente é a melhor opção. A infecção esta aumentando e rápido. Nós precisamos ser mais rápidos ainda! - A medica avisa tentando acalmar Katniss.
– É o melhor Katniss! É pro bem dela! E nós vamos ficar com ela, não é? Nós não vamos sair de perto dela certo? - eu pergunto olhando pra médica.
– Claro! Vocês estariam o tempo todo com ela! - ela garante e Katniss me olha confusão - Aqui nós temos tudo que precisamos pra reverter isso, mas ela precisa ficar aqui! - ela reforça e Katniss a encara - Você não vai sair de perto dela, eu garanto - ela fala e coloca a mao por cima da dela.
– Tudo bem! - Katniss fala depois de alguns segundos, então enquanto a medica chama a enfermeira Katniss me olha e seu olhar esta assustado e com medo.
– Vai dar tudo certo! Ela vai ficar bem - eu garanto olhando nos olhos dela, e com os dedos no seu rosto - Você vai ficar bem, ta princesa? - eu falo pra Perola que esta com a cabeça no ombro da Katniss me olhando meio sonolenta.
– Eu quero ir pra casa - ela resmunga, eu beijo sua testa que permanece quente.
– Nós vamos, logo logo - eu falo e ela levanta a cabeca pra me olhar melhor.
– Promete? - ela pergunta e eu sinto um nó na garganta mas limpo-a antes de responder.
– Eu prometo! - eu garanto e seguro seu rosto com as duas maos e beijo a ponta do seu nariz e o que geralmente arrancava altas gargalhadas dela agora apenas faz surgir um sorriso cansado.
– Vamos? - a medica aparece com uma enfermeira que tenta pegar Pérola.
– Eu levo ela - Katniss avisa e a mulher se afasta, nós somos encaminhados para o fim do corredor, a sala branca e com cheiro de remédios parece ainda mais fria e assustadora que qualquer outra, Pérola precisa ser trocada e colocam um pijama de bichinhos que parece ser alguma espécie de uniforme para as crianças aqui, depois somos transferidos para um quarto com paredes coloridas, uma cama ao lado de alguns aparelhos que ainda me causam uma certa angústia, uma poltrona e um sofá, Perola é colocada em sua cama e logo surgem mais duas enfermeiras com seringas e agulhas.
– Quê isso? - Katniss pergunta assim que elas se aproximam.
– São os remédios - a medica avisa - Nós vamos trabalhar com antibióticos mais fortes por isso ela deve ficar sonolenta mas esta tudo sob controle - ela explica e quando a mulher se aproxima com a agulha Perola começa a chorar e nem Katniss consegue acalmá-la, por isso eu preciso pegar ela no colo e me sento na cama.
– Ei princesa. Não chora - eu peço e ela me olha em meio as lagrimas. - Dói! - ela fala e olha para a enfermeira.
– Mas você é corajosa lembra? Muita corajosa! Vai ser rapidinho, você precisa fazer isso - eu tento convencer mas ela nega com a cabeca - Você quer ir pra casa não quer? - eu pergunto e ela confirma - Então você vai ter que ser muito forte e deixar. O papai ta aqui com você! - eu falo e ela parece pensar sobre isso, eu faço sinal para que a enfermeira se aproxime e Perola fica agarrada a mim enquanto chora, mas estica o braço, e e então em alguns minutos uma especie de cateter está em seu braço preso a uma bolsa com um liquido onde goteja seu remédio, logo outros fios também estão colados no seu corpo e ligados aquelas maquinas que ainda me causam repulsa, a medica percebe nossas caras e tenta nos acalmar.
– É apenas rotina - ela fala e nos olha tentando passar alguma confiança - Apenas monitoração. Eu sei que é um pouco assustador mas ela vai ficar bem! Vocês precisam ficar confiante - ela fala e passa a mao no ombro da Katniss de forma confiante.
– Papai - Perola chama tentando tirar os fios que estão colados em seu peito.
– Você foi muita corajosa! Muito mesmo - eu falo beijando sua testa - Não é mamãe? - eu pergunto e olho pra Katniss que se aproxima dr nós passando os dedos pelo cabelo dela.
– Muito - ela confirma e também beija a testa dela.
– Eu volto em 15 minutos mas qualquer coisa apertem esse botão - a médica avisa e nos aponta um botão preto ao lado da cama, então sai do quarto.
– Eu quero ir pra casa! - ela pede com a voz baixa e melosa, Katniss passa os dedos pelo cabelo dela, e eu paro ao lado delas.
– O papai prometeu não prometeu? - eu pergunto e ela se move pra me olhar melhor e então concorda - Então, você só precisa ser corajosa e daqui a pouco a gente ta em casa - eu falo e ela parece desapontada.
– E o vovô? - ela pergunta preocupada e só agora eu me lembro dele, olho pra Katniss e ela também só parece lembrar agora.
– Ele já vem - Katniss garante a ela que assim como a médica tinha avisado já esta sonolenta e precisa de um certo esforço pra ficar acordada.
– A gente tem que avisar ele - Katniss fala me olhando e eu sei que ela esta certa, ele nunca ia nos perdoar se não contássemos.
– Eu vou ligar pra ele - eu aviso e beijo a testa da Pérola antes de me afastar.
– Eu quero o Billy - Perola pede enquanto me olha sonolenta, Billy é o nome do coelho de pelúcia dela que ela não larga quase nunca.
– O Billy ta em casa - eu falo e ela ameaça chorar - Tudo bem. Eu trago ele - eu falo e lhe forço um sorriso que ela devolve segundos antes de fechar os olhos.
– Eu volto logo! - eu aviso a Katniss que esta me olhando ainda assustada.
– Não demora! - ela pede quase implorando.
– Não vou - eu afirmo e beijo seus lábios rapidamente, eu paro nossos rostos ainda próximos demais e olho em seus olhos - Vai dar tudo certo! Eu te amo! - eu declaro e beijo sua testa de forma demorada, ela apenas me olha mas não diz nada, então eu saio do quarto rapidamente, o caminho pra casa eu faço em tempo recorde, saio da carro rapidamente e entro em casa subindo os degraus de dois em dois, entro no quarto da Pérola e pego o coelho, me encarrego de pegar também sua boneca, saio de lá e entro no nosso quarto, puxo minha mochila e coloco dentro o primeiro vestido que esta na gaveta, uma camisa e uma calça pra mim e então desco novamente, espero não ter que ficar lá o tempo necessário para trocar de roupa mas caso precise já me adiantei, passo pela cozinha e pego umas frutas, e então saio de casa, passo pelo carro e jogo a mochila e os brinquedos pela janela e então sigo pra casa do Haymitch, não o encontro na sala e ao invés de procurar como faço normalmente a pressa me faz pular essa parte.
– Haymitch - eu grito indo ate a escada - Haymitch - grito mais alto então ele sai do corredor com uma toalha nas mãos enxugando o cabelo.
– Qual seu problema garoto? - ele pergunta irritado.
– Eu tô com pressa - eu falo e volto para o meio da sala.
– Percebi. - ele fala com ironia - Então, onde é o fogo? - ele pergunta ainda irônico.
– Eu to vindo do Hospital - eu falo e ele para a toalha no cabelo mas abre um sorriso meio esperançoso.
– Então... Finalmente descobrimos? É um moleque dessa vez? - ele pergunta meio sorrindo, e eu ate tinha me esquecido da consulta.
– Não. É a Pérola - eu falo negando meio nervoso.
– O que? A Perola? É outra menina? - ele pergunta sorrindo mais ainda.
– Não. A Perola ta internada - eu falo logo e o choque da noticia esta nítido em seus olhos.
– Ela ta o quê?
– Ela ta internada! - eu repito como se ele não tivesse entendido.
– O quê que aconteceu? - Ela esta com uma infecção. A medica achou melhor tratar dela lá - eu explico e ele agora joga a toalha no chão.
– E você só me avisa isso agora - ele se revolta e vem ate a mim.
– Foi tudo rápido. Ela acordou queimando em febre e nós a levamos - eu falo e ele se desvia de mim e pega sua carteira em cima da mesa e vai na direção da porta.
– Anda - ele grita já passando pela porta e então saímos da casa, ele entra no carro batendo a porta e me apressando.
– Vocês deviam ter me avisado quando foram pra lá - ele resmunga enquanto saio com o carro.
– Me desculpa por não ter cabeca pra isso na hora - eu devolvo irritado mas ele não se abala.
– Por que ela precisa ficar lá? Ela esta tao mal assim? Não pode vir pra casa? - ele faz as perguntas nervoso e ansioso.
– A medica acha mais seguro que ela fique por lá, por que a infecção esta espalhando. Ela já foi medicada. Precisamos esperar a reação dela - eu repito as palavras da medica mas isso não me acalma e nem a ele, já estava parando o carro quando percebi um movimento estranho, mas a pressa me fez desviar a atenção deles, eu peguei a mochila e o coelho e a boneca e tranquei o carro enquanto Haymitch me apressava, ele pega o coelho da minha mao e nós entramos no Hospital.
– Ali esta ele - um homem fala assim que entramos e eu mal tenho tempo de entender o que é quando uma câmera surge na minha frente.
– É verdade que sua filha, Pérola Everdeen esta internada? - uma mulher pergunta enquanto praticamente nos encurrala em um canto, ela esta acompanhada de mais dois homens com câmeras e fios e microfones, eu tento me desviar mas é inútil, ela praticamente coloca o microfone no meu rosto - Qual é o estado dela? É grave? Como Katniss reagiu? Esse tipo de emoção não é prejudicial a gravidez? - a velocidade das perguntas me relembra de como era nossa rotina anos atrás. - Dá licença - eu falo tentando sair da roda que se formou mas não consigo, eu paro antes da entrada do corredor e então Haymitch puxa o microfone da mão dela e o joga o mais longe que pode do lado contrario ao corredor pegando todos desprevenidos. - Acho que você perdeu alguma coisa ali - ele fala e então força a passagem que dessa vez é liberada, nós passamos e seguimos pelo corredor, deixando os as perguntas gritadas e gritos pelo meu nome pra trás. - Onde ela ta? - ele pergunta parando no corredor a alguns passos a minha frente. - Segunda porta a direita - eu mal termino de falar e ele segue quase correndo, quando o alcanço ele já está entrando no quarto e vai ate a cama com cuidado, ele passa os dedos pelo cabelo dela, e pelo seu braço. - Isso é mesmo necessário? - ele pergunta passando a mão pelos fios presos a ela, ninguém responde ppr que na verdade não se precisa de uma resposta, todos ja sabemos. - Aconteceu alguma coisa? - Katniss pergunta e mesmo que eu quisesse esconder algo dela é impossível. - Tem uma equipe lá fora - eu aviso e a palavra faz ela se assustar. - Como? - ela pergunta confusa. - Não sei! Realmente não sei! Mal deu tempo pra noticia correr - eu falo também confuso, então o olhar da Katniss muda rapidamente. - Eu vou matar ela - Katniss fala com raiva e então passa indo pra porta. - Onde você vai? - eu pergunto segurando seu braco mais ela o puxa com raiva. - Foi aquela mulher Peeta. Aquela desgraçada avisou eles. Isso não vai ficar assim! Ela colocou a Pérola nisso! - ela fala com raiva e decidida e não ha nada que eu fale que a faria desistir e confesso que eu mesmo estou com raiva dela, então olho pra trás e vejo Haymitch sentado na cama atento a Perola. - Eu vou com você - eu afirmo e saímos do quarto, mesmo com uma barriga de seis meses e todo o cansaço que ela já deve está Katniss anda rapidamente e decidida na direção da recepção, mal aparecemos e a câmera é apontada para nós, a mulher se aproxima ja fazendo sua primeira pergunta mas Katniss passa por ela empurrando-a para sair do caminho e vai até a que nos atendeu. - Você não devia ter feito isso - ela avisa quando para na frente dela e a mulher a olha surpresa - Fazer esse circo todo? Expor a minha filha desse jeito? Isso é ridículo, é baixo e é nojento! Você não devia ter feito isso - ela fala alto demais e com o tom ameaçador. - Eu não sei do que a senhora está falando - ela fala mas não é possível encontrar nem um pingo de sinceridade em sua voz, pelo contrário há um certo ar de vitória em seus olhos. - Não tem nenhum idiota aqui! Só alguem que nos atendeu poderia passar essa informação - Katniss revida irritada. - Eu realmente não tenho ideia do que a senhora esta falando .... - ela recomeça a falar de forma cínica e irônica. - Agora Chega - eu falo e Bato no balcão, o barulho foi maior do que o que eu pretendia mas não me importo - É a vida da minha filha! Foi a privacidade dela que você tirou. Eu não me importo por que você fez isso, eu só te garanto uma coisa. Isso não vai ficar assim! - eu falo apontando pra ela e seu olhar vitorioso desaba e pela primeira vez ela realmente parece assustada - Você pode apostar nisso! Foi com a nossa filha que você mexeu. E eu te dou minha palavra que isso não vai passar em branco - eu garanto e então pego a mao da Katniss e saímos a passos rápidos nos afastando dela. - Será que vocês podem responder algumas perguntas? - a mulher pergunta já com o microfone a postos, eu paro rapidamente e me viro pra ela, sinto Katniss me olhando confusa, mas apenas encaro a mulher a frente. - Vocês querem que eu fale algo? Tudo bem! Eu vou falar! - eu aviso e então endireito minha postura - É a minha filha que está lá dentro, e qualquer coisa que esteja acontecendo só diz respeito a nossa família, eu não devo nenhuma explicação a vocês! - eu garanto com raiva - E se vocês continuarem insistindo nessa palhaçada toda eu chamo a guarda se preciso mas eu garanto que vocês vão sair daqui - eu afirmo e eles parecem surpresos - Chega de se meterem nas nossas vidas - eu falo firme e então volto a andar trazendo Katniss de mãos dadas a mim. - Peeta! - ela me chama mas eu continuo andando e trazendo ela junto comigo - Peeta... Espera. Para! - - ela fala com a mao no meu braco como se me segurando, então eu me viro pra olhar ela e ela esta com uma cara de dor, então sua mão vai sai do meu braço para sua barriga. - Katss. O que foi? O que você ta sentindo? - eu pergunto já virado pra ela, minha mão por cima da sua. - Não sei! Não sei... Só ta doendo - ela fala e coloca as duas mãos na barriga, respirando fundo. - Ei... Eu preciso de alguem aqui - eu chamo uma enfermeira do outro lado do corredor e ela logo vem correndo até nós dois. - O que a senhora está sentindo? - ela pergunta se aproximando da Katniss. - Uma pontada! Ai.... - ela para de falar e inspira fortemente. - Sera que você pode fazer alguma coisa alem de ficar olhando? - eu pergunto já nervoso e logo aparecem mais enfermeiros, um homem traz uma cadeira de rodas e coloca Katniss nela, a medica dela estava passando e deve ter percebido a movimentação e também se aproxima. - Katniss! O que houve? - ela pergunta já começando a examinar seus sinais vitais - Batimento muito acelerado, vou precisar de uma maca agora! - ela fala e então faz um sinal para outra enfermeira, eles se agitam e seguem pelo corredor levando a cadeira de Katniss. - O que ela tem? - eu pergunto seguindo eles. - A pressão dela esta muito alta! - a medica fala sem diminuir o passo e volta a falar quase que em códigos com as enfermeiras ao lado e então elas entram em uma sala, transferem Katniss para a cama e começam a fazer os exames, ouvindo seu coração, respiração, temperatura. - O que ta acontecendo? - Katniss pergunta meio confusa e preocupada. - Você precisa se acalmar - a medica pede enquanto verifica sua pressão. - Me acalmar? Minha filha esta internada, tem um bando de abutre querendo saber dela e você quer que eu me acalme? - ela pergunta ainda mais irritada - Eu quero sair daqui! Eu não to mais sentindo nada - ela garante e tenta sair da cama mas as enfermeiras a proíbem. - Me deixa sair - ela insiste tentando se desviar. - Katniss, você precisa se acalmar. Nao é conselho, nem um pedido! É uma ordem médica! Você esta grávida! Sua pressão esta alta demais e isso pode prejudicar o bebê! - só com a menção da palavra bebê que ela para de resistir. - Ta tudo bem? - ela pergunta com a mão na barriga. - Eu preciso fazer uma ultra e só depois eu tenho uma resposta - ela fala e depois de respirar fundo contrariada ela volta a se deitar, ela me olha e posso sentir todo nervoso e ansiedade em seus olhos que apenas devem refletir o mesmo que o meu mas eu tento ficar o mais confiante possível quando beijo sua testa e seguro sua mão. - Vai ficar tudo bem - eu falo tentando convencer a mim mesmo disso mas a verdade é que ainda estamos na parte manha e esse dia já é um dos mais longos que eu já tive. A medica prepara tudo e então a ultra é feita, ela fica alguns segundos em silêncio apenas olhando p monitor, verificando as informações e o tempo parece se estender mais que alguns segundos. - Então? - eu pergunto cansado de esperar. - Ele esta bem agitado - ela fala olhando para o monitor onde realmente pode se ver os movimentos mas eu me atento a outra coisa. - Ele? - eu pergunto esperançoso, ela se vira e me olha com um sorriso meio fraco. - Sinto muito! Apenas força de expressão. Mas infelizmente esse pequeno... Ou pequena quer fazer uma surpresa - ela fala com um sorriso parecendo se desculpar. - Mas e como ele esta? - eu pergunto e ela diminui o sorriso. - Esta bem agitado, o coração mais acelerado que o normal, e a pressão no útero esta deixando-o ainda mais inquieto - ela fala e Katniss aperta a mão na minha, seu olhar assustado e dessa vez eu também estou - Katniss, eu posso imaginar o quanto isso é difícil mas eu realmente preciso auê você tente se acalmar! Você esta de seis meses e não podemos pensar em um parto prematuro agora, então você precisa seguir o que eu vou te falar tudo bem? - ela pergunta e Katniss confirma com um balançar de cabeca e totalmente atenta a suas palavras - Eu vou te dar um remédio agora, pra abaixar sua pressão e você vai se sentir mais cansada e sonolenta, por favor, não tenta resistir! Eu não posso te dar a dose normal pela gravidez então terei que diminuir caso você resista não ira adiantar - ela explica e Katniss me olha então voltava olhar pra ela. - Então me coloca junto com a Pérola - ela exige e a medica vacila - É o único jeito que eu vou conseguir tentar relaxar - ela avisa e a medica me olha, não preciso dizer nada, depois de acompanhar Katniss durante toda a gravidez da Perola ela já sabe o quanto é impossível fazê-la mudar de ideia. - Tudo bem - ela cede - Mas você não vai levantar da cama, não vai pegá-lá no colo e continuará seguindo todas as outras recomendações - ela completa e Katniss concorda, então depois de administrar o remédio ela dá a ordem para a transferência e em alguns minutos a cama de Katniss esta sendo colocada ao lado da de Pérola. - Mas o que foi dessa vez? - Haymitch pergunta assim que a movimentação começa e ele vê Katniss deitada. - Ela passou mal! - eu resumo e ele se afasta dando espaço mas sem sair do lado da Pérola que ainda esta dormindo tranquilamente e se não fossem os fios ligados a ela me sentiria bem mais calmo, depois de instalarem Katniss e a medica reforçar a recomendação para que ela descanse eles se vão e ficamos apenas nós quatro, Haymitch sentado ao lado de Perola e eu em pé no meio da cama delas duas. - Mas sera que eu não posso deixar vocês sozinhos por cinco minutos? - ele fala com certa ironia mas dessa vez sem parecer maldoso apena para amenizar o clima horrível que sempre se instala nos hospitais, eu forço um sorriso e me sento na beirada da cama de Katniss que tenta se sentar. - Você tem que descansar lembra? - eu falo e ela ne ignora e olha para Pérola. - Ela ainda ta com febre? - ela pergunta olhando pro Haymitch que esta segurando a mao dela. - Um pouco - ele afirma também preocupado, um silencio cresce e ele mesmo quem quebra - Quando isso acabar vocês estarão me devendo uma boa garrafa - ele fala com um sorriso forçado. - Você deveria pensar em se manter mais sóbrio - Katniss resmunga e se deita na cama, eu coloco minha mao por cima da sua e a aperto levemente - Assim que ela acordar você me acorda - ela exige olhando nos meus olhos. - No mesmo segundo - eu garanto e me inclino sobre ela, beijo sua testa e depois seus lábios, ela fecha os olhos e tenta manter um ritmo na sua respiração que aos poucos parece controlada. - E ainda não é nem a hora do almoço - ele fala e solta o corpo na poltrona. - É... - eu concordo olhando elas duas ali em camas lado a lado cada uma com um perigo eminente e eu completamente de maos atadas, não ha nada que eu possa fazer a não ser esperar o efeito dos remédios, se eu ao menos pudesse diminuir ou descarregar toda essa ansiedade e nervoso, entao me lembro de outra coisa que eu posso fazer. - Eu volto logo - eu aviso sem dar chance a perguntas e saio do quarto, eu caminho diretamente para o balcão no fim do corredor. - Eu quero falar com o diretor. Agora - eu aviso e a mulher que esta atendendo me olha meio confusa mas não faz perguntas, talvez ela tenha me reconhecido, não sei, mas ela apenas pega o telefone e depois de alguns segundos me pede para acompanha-lá, seguimos um corredor ao qual eu nunca tinha passado e que diferente do outro não tem um cheiro tao forte de remédios, paramos em frente a uma porta e ela entra primeiro, logo depois autoriza minha entrada, a sala segue o mesmo padrão de branco de todo o hospital mas o sofá, as poltronas e a grande mesa mas parecem uma sala de reuniões. - Sentem-se - o homem de aproximadamente cinqüenta anos, de oculos , cabelos negros cortados perfeitamente, olhos marrons e uma postura rígida demais me oferece logo depois de um aperto de mao, eu aceito e me sento enquanto ele também se senta em sua grande cadeira de couro branca - Em que posso ajudar? Confesso que fiquei surpreso! Durante todos esses anos nunca o recebi aqui, embora seja uma honra é também intrigante - ele fala tentando parecer simpático mas honestamente não me importo. - Bom. O que me traz aqui é muito simples ... - eu falo e então de uma forma direta e contundente eu relato o que aconteceu, a maneira que fomos tratados e a noticia que "vazou", ele ouve atentamente. - Entendo! E o que você esta me pedindo? - ele pergunta me encarando talvez pensando que eu não tivesse coragem de dizer mas basta eu pensar em Perola e Katniss naquele quarto que eu me Certifico do que quero, a culpa por Perola esta daquele jeito não é dela mas a foto dela que provavelmente esta passando nas televisões e estará nos jornais sim, o nervoso de Katniss e a preocupação pela exposição da nossa filha também então sinceramente não tenho nenhuma falha na voz quando falo. - Eu quero essa mulher fora daqui - eu afirmo e ele se mantem sem reação - Não me importo que tipo de problemas pode causar a ela ou ao hospital, não me importo qual a importância dela aqui. A única coisa que me importa é que ela expôs toda a minha família e isso eu não vou esquecer - eu falo e ele se encosta ainda mais em sua cadeira, passa os dedos pela mesa e volta a me olhar. - Acho que você tem suas razões, mas... - ele fala se mantendo impassivo. - Eu acho que o senhor não entendeu! - eu o corto e ele tenta se manter firme - Eu não quero tirar sua autoridade! Você tem feito um ótimo trabalho aqui! O Hospital está incrível - eu elogio e ele esboça um sorriso - mas... Eu não coloquei minhas razoes, nem fiz um pedido! É muito simples! Eu quero essa mulher fora daqui! - eu afirmo e ele fecha o sorriso. - Essa é uma decisão que devera ser avaliada - ele contesta. - O senhor conhece Plutarch Heavenbense? Ou a presidente Paylor? - eu pergunto e ele parece engolir em seco - Pois bem, eu os conheço! Ha um certo tempo na verdade! E eu garanto a você que se eu sair dessa sala com uma resposta diferente do que eu quero logo, logo o senhor também estará conhecendo eles também, só não garanto que sera agradável - eu ameaço e ele me encara - Olha, eu não tenho nada contra o senhor, ou seu trabalho, como eu disse o Hospital esta incrível! O Senhor fez um excelente trabalho aqui e sinceramente eu gostaria de parabeniza-lo. Mas é da minha familia que nós estamos falando! Essa mulher colocou a vida da minha filha e da minha mulher como manchete em todos os jornais amanha e com certeza mas televisões. O senhor tem família? - eu pergunto e o olhar dele vai ate um porta retrato - Como o senhor ficaria sabendo que sua filha esta doente e tem uma equipe desesperada pra ter uma foto ou um video dela doente em cima de uma cama? Como o senhor ficaria se sua esposa grávida tivesse que alem de ver a filha internada lidar com esse tipo de invasão? Como o senhor ficaria se depois disso visse sua filha e sua esposa em camas no hospital? Como o senhor ficaria sabendo que tudo isso foi por causa de uma informação de uma mulher que sei lá, queria dinheiro. Ou fama...? - eu pergunto sem desviar os olhos dele e pela primeira vez reconheço um ser humano nele e sua imagem fria desaparece. - Eu sinto muito - ele fala realmente sincero - Eu vou resolver isso agora mesmo - ele garante sem parecer blefar - O Senhor me perdoe mas é que realmente temos que ter razoes forte para esse tipo de decisão e nesse caso é forte o suficiente - ele garante - Ela esta aqui a cerca de dois meses como experiência, ela veio do Distrito dois mas ainda hoje eu garanto que ela não estará mais aqui - ele fala e se levanta me oferecendo a mão - Mais uma vez, me desculpe - ele pede apertando minha mão. - Obrigado - eu aceito e ele me acompanha ate a porta. Eu saio e sigo direto para o quarto delas, Haymitch continua no mesmo lugar, seus dedos passando pelo cabelo de Pérola. - Onde você foi? - ele pergunta sem me olhar. - Resolver um problema - eu falo e me aproximo da Pérola, ele se afasta me dando espaço e eu brinco com os cachos do seu cabelo, olhando pra ela com atenção, e é assim que nós passamos as horas seguintes, trocando de lugares, atento as duas e falando o menos possível, ate que as enfermeiras entram e verificam os sinais delas duas, logo depois o almoço chega, Perola não acorda, mas a medica explica que é efeito dos remédios fortes e nos garante que através do soro e das vitaminas administradas ela estará alimentada, voltamos então para o mesmo ritmo, dessa vez um pouco mais aliviados já que a Pressão da Katniss estabilizou e a febre da Perola praticamente acabou, embora as duas ainda estejam dormindo, depois de varias horas revirando na poltrona e não achando um jeito melhor eu me levando e vou até a janela, a noite já esta caindo e parece que já se passaram dias assim. - Que dia ein? - Haymitch fala parando ao meu lado e olhando para fora. - Que dia - eu repito e me viro pra olhar elas duas – Você devia ir pra casa – eu falo e sinto o olhar dele em mim – Não há nada a ser feito agora – eu completo angustiado com isso, a espera é sempre a pior parte, e ter que ficar aqui num hospital faz memórias adormecidas quererem se despertar, o barulho das maquinas, o cheiro de remédio, o silencio nos quartos, tudo isso me lembra uma época que eu gostaria de esquecer e eu preciso de um esforço realmente grande pra manter todos os meus fantasmas presos. - E deixar você aqui sozinho? – ele pergunta e para os olhos no meu, não sei se ele leu meus pensamentos ou se apenas está supondo algo mas de alguma forma ele sabe que é difícil me manter lúcido aqui – Somos um time – ele fala mas já está olhando para a janela novamente e mesmo que eu o olhe ele não em devolve o olhar, e eu não posso pedir que ele vá por que a verdade é que é difícil demais ficar aqui sozinho, vendo as duas pessoas mais importantes da minha vida assim, em um Hospital, não acho que eu aguentaria me manter mentalmente estável aqui sozinho, por isso, eu me viro ao lado dele e também encaro a lua lá fora, os minutos passam e é como se nada mais existisse se não aqui, essa realidade, e eu só gostaria que isso acabasse logo. - Obrigado – eu falo depois de alguns minutos e ele apenas me dá um leve aceno de cabeça em resposta, a noite avança e mesmo sem falar muito nós nos fazemos companhia, voltamos as poltronas e tentamos apenas achar uma posição confortável, pra mim é dificl e eu penso o quanto deve ser ainda mais difícil para ele por que por mais que ele odeie admitir ele já não é mais nenhum garoto, seu corpo já não é como antes, ele está velho e por mais que sua mente tente negar seu corpo sabe a verdade, ainda assim não posso me dar ao luxo de ficar sozinho, então eu apenas me mantenho ali, desejando que ele não sinta tantas dores nas costas quanto eu já estou, mesmo sabendo que isso é impossível. As horas parecem passar cada vez mais devagar e silenciosas e eu acompanho cada uma delas olhando os ponteiros se encontrando e se separando até que em algum momento o sono me vence e eu fecho os olhos. - Papai – ela chama e ouvir sua voz faz meu coração disparar, mesmo sendo apenas poucos passos de distancia eu levanto da poltrona rápido e corro até ela. - Oi, meu amor – eu falo já inclinado sobre a cama, meus dedos no seu cabelo a outra mão segurando a sua – O papai tá aqui – eu falo como se já não fosse obvio e então ela faz uma careta. - Eu quero fazer xixi – ela pede com a mão na barriga e as pernas juntas como se estivesse segurando a muito tempo, eu sorrio. - Vamos lá – eu falo e puxo o suporte com o soro e os fios, enquanto ela se levanta da cama, eu a pego no colo e Haymitch aparece arrastando o suporte. - Vovô – ela fala como se só o estivesse vendo agora. - Oi minha princesa – ele fala e se estica para beijar seu braço, ela passa a mão no cabelo dele e libera um fraco sorriso, eu alcanço o banheiro e a ajudo, então depois lavamos as mãos e eu volto a coloca-la no colo então ela olha para a cama ao lado da dela e me olha confusa. - A mamãe também tá dodói – ela pergunta confusa. - Ela tem que descansar – eu falo e ela parece preocupada – Mas eu tenho certeza que ela vai querer te dar um beijo muito grande – eu falo e ela sorri mais animada, eu me aproximo da cama, me sento e a coloco sentada ao lado, mesmo com o fios no braço dela, ela se arrasta até deitar coma cabeça ao lado da Katniss, então para o rosto a centímetros do dela. - Mamãe, mamãe – ela chama quase como um sussurro, as mãozinhas tão pequenas passando pela bochecha da Katniss e em alguns poucos segundos ela acorda, assim que seus ollhos encontram Perola ela sorri aliviada. - Pérola – o nome parece escorregar da sua boca, ela a abraça e beija sua bochecha e posso ver a emoção e alivio em seus olhos quando ela me olha – A febre sumiu – ela fala sorrindo e eu confirmo com a cabeça. - Mas é claro que sumiu, ela é uma garota forte não é – Haymitch fala enquanto passa as mãos no cabelo dela que se vira para olha-lo. - Vovô quem tá com os Nansos – ela pergunta preocupada. - Eles estão sozinhos, por isso você tem que ficar boa logo – ele fala e ela se senta na cama. - Eu já to boa – ela afirma voltando a sua animação normal. - Mas você vai ter que esperar só mais um pouquinho – eu aviso e ela parece desapontada – A medica tem que vim aqui – eu falo e ela faz uma careta. - Faz pão de queijo – ela pede de um jeito tão súbito que todos rimos. - Quando a gente chegar em casa, eu prometo que faço – eu garanto e ela sorri. - DEZ – ela pergunta mostrando todos os dedos. - MIL – eu falo e ela arregala os olhos e tampa a boca como se estivesse segurando um grito, novamente nós rimos, por que finalmente essa é a Pérola que conhecemos, a única que consegue nos fazer sorrir, aquela que invadiu nossas vidas de alegria, sua animação é contagiante e é impossível s emanter indiferente a ela, depois do dia de ontem e dessa noite, vê-la assim consegue renovar todas as minhas energias e qualquer cansaço, ou dor nas costas ou qualquer incomodo que seja parece desaparecer quando eu a olho e vejo d enovo esse brilho em seus olhos, o sorriso nos seus lábios e essa luz que ela tem que consegue nos alcançar de uma maneira tão plena, é nítido o efeito dela em nós, basta olhar para Katniss que já libera o sorriso e não consegue desgrudar os olhos dela, ela se senta e a coloca colada nela, aquela angustia que estava ontem no seu olhar parece desaparecer por trás dessa esperança que agora mostra, Haymitch também não consegue desgrudar os olhos dela, o ar de cansado que ele tinha parece sumir quando ele sorri fazendo caretas com o coelho de pelúcia nas mãos e assim nós passamos as primeiras horas da manhã, até que a enfermeira entra trazendo o café da manhã delas. - Mas não tem pão de queijo – Pérola reclama quando a moça coloca a bandeja a sua frente e nós rimos novamente, por que desde que ela acordou assim, é o que nós fazemos, rimos, por que a alegria de ver ela assim de novo é grande demais pra ser contida. - Eu prometo que assim que a gente chegar em casa eu faço – eu falo e ela me olha meio de lado com um sorriso divertido. - E chocolate – ela pergunta me olhando. - E chocolate! – eu afirmo e ela ri e se joga em mim, passando seus braços em volta do meu pescoço. - Mas agora você tem que comer tudo – Katniss avisa e mesmo fazendo uma careta ela começa a tomar o iogurte que veio na bandeja com ajuda do Haymitch. - Eu quero ir embora Peeta, ela está ótima! Eu não quero ficar mais um minuto aqui – Katniss fala baixo mas firme e me olha como se esperando que eu discordasse dela. - Nem eu! Eu vou chamar a médica, eu não aguento mais esse lugar – eu falo e ela sorri e beija meus lábios rapidamente, eu saio da cama e deixo eles lá enquanto vou procurar a médica, acho-a no corredor mesmo e não consigo conter minha animação e ansiedade. - A Pérola acordou, ela está ótima, sem febre! Eu acho que já podemos ir – eu falo e ela sorri. - Que bom, mas eu vou examiná-la antes – ela fala com um sorriso de quem parece confiante, nós entramos no quarto e Pérola está garagalhando alto demais, e apenas esse som me faz sorrir – Ela parece ótima mesmo – a medica concorda entrando pelo quarto e então Haymitch se afasta um pouco, ela se aproxima sorrindo – E então princesa, como você está – ela pergunta e Pérola sorri como sempre. - Eu vou tomar injeção – ela pergunta meio desconfiada - Huuum, deixa eu pensar – ela fala fazendo uma cara pensativa – Voc~e tomou o café todo – ela pergunta e Pérola confirma rapidamente – Então nada de injeções hoje – ela afirma e Pérola comemora – Mas eu vou precisar da sua ajuda pode ser – ela pergunta e Pérola balança a cabeça animada – Então preciso que você respire bem fundo... assim ó... – ela fala e faz para que ela a imite e enquanto elas começam as verificações, Haymitch avisa que volta logo e sai da sala, leva-se cerca de vinte a trinta minutos até que a médica se vira para nós com um sorriso no rosto – Bom, a recuperação dela foi incrível – ela fala e posso ouvir o som de alivio que eu e Katniss deixamos escapar – Claro que estavamos confiantes mas realmente ela respondeu muito bem ao tratamento! A infeccção praticamente desapareceu – ela fala animada. - Então nós podemos ir – Katniss pergunta ansiosa. - Ela ainda precisara de alguns cuidados e eu vou receitar um remédio, mas não vejo por que ela continuar aqui – ela fala e Katniss me olha sorrindo – Mas, antes eu preciso examinar você também – ela fala e Katniss não parece preocupada. - Eu estou bem! Só quero ir pra casa – ela fala e a médica se aproxima dela. - Então, vamos – ela fala e então é a vez da Katniss ser examinada, enquanto eu fico com Pérola, e então cerca de vinte minutos depois, ela nos olha novamente sorrindo. - Bom, está tudo bem com a mamãe , só preciso fazer uma ultra pra confirmar e então logo vocês estarão em casa – ela avisa e Katniss respira aliviada, para isso ela precisa ser levada a outra sala e então Pérola já está liberada, a medica permite tirar ela dos fios e do soro e acompanhar a ultra, o que faz Pérola bater palmas animada. Entramos na sala de exame e Pérola quase não se aguenta de ansiedade de poder ver seu irmãozinho, mesmo que eu explique que a imagem é na televisão e que é escuro ainda assim ela se mantem animada, e quando a medica aponta no monitor o bebê ela solta uma risada alta. - É o meu irmãozinho – ela fala rindo e ansiosa. - Dá pra ver se é menino ou menina ? – Katniss pergunta ansiosa e então a medica espalha mais gel em sua barriga e move o aparelho, depois de alguns segundos ela sorri meio desapontada. - Ele está de pernas cruzadas – ela fala e Katniss parece decepcionada. - Mas já é a quarta vez – ela fala e a medica ri. - Acho que será uma surpresa – ela fala e Katniss não parece tão entusiasmada mas concorda, e por mais que eu quisesse saber logo, essa incerteza também é boa, e eu me permito apreciar essa sensação de não saber, o que importa é que nasça com saúde, por que independente do sexo eu vou amar da mesma forma. Quando o exame termina a confirmação que está tudo bem faz nós respirarmos aliviados como se estivéssemos chegado ao final de uma longa corrida, a médica libera elas duas e então voltamos ao quarto apenas para nos prepararmos para a volta pra casa. - Cadê o Haymitch? Eu quero ir logo – Katniss fala quando voltamos ao quarto e não encontramos. - Ele deve está vindo – eu falo esperando que seja verdade, então começo a trocar a roupa da Pérola e já estava fechando a sandália dela quando ele entra no quarto com a mão carregando vários balões coloridos, o efeito em Pérola é imediato, ela levanta os braços e arregala os olhos impressionada, o grito surpreso parece suspenso enquanto ele se aproxima. - Quem é a menina mais linda do Hospital? – ele pergunta e ela fica em pé na cama. - Eu, eu – ela fala pulando sem desviar os olhos dos balões, então ele entrega nas mãos dela que mal consegue segurar todos os barbantes. - Eu não acredito que você comprou todos os balões da loja – Katniss fala quando sai do banheiro e da de cara com a cena, ele da de ombros sem olhar pra ela. - Não foi pra você mesmo – ele fala e ela para ao meu lado olhando eles dois e mesmo que ela tenha implicado, está sorrindo enquanto ele e Pérola dividem os balões em cada mão dela. - Eu só quero saber como você vai levar tudo isso no carro – ela fala e dessa vez eu tenho que concordar, são dez balões e é difícil levar no carro sem que estoure. - Nós podemos deixar você ir andando e no seu lugar colocamos os balões – ele fala com ironia e Katniss finge lhe dar um tapa no ombro, eles se olham e mesmo que se estranhem eles sorriem de forma sincera. - Vamos, eu não aguento mais ficar aqui – ela fala quebrando qualquer tipo de emoção, então saímos, Perola faz questão de ir andando correndo a maioria de seus balões enquanto nós carregamos cada um, um, todos que passam por nós no corredor nos olham sorrindo, e então saímos do Hospital, já tinha avistado o carro quando a mesma equipe de filmagem surge na nossa frente, Katniss para assustada e se coloca na frente da Pérola, eu a pego no colo e tento desviar mas a câmera já nos alcançou. - Apenas uma foto – a mulher pede mas é ignorada, eu saio com Pérola agarrada a mim, e em passos rápidos alcançamos o carro, eu abro e a coloco dentro, enquanto eles tentam uma foto, Katniss vai atrás com ela e eu e Haymitch entramos rapidamente e logo saio com o carro. - Isso é ridículo – Katniss murmura e Perola parece confusa. - Que foi? – ela pergunta olhando pra Katniss. - Nada – ela fala força um sorriso – Você esta me esmagando com esses balões sabia? – ela fala rindo e fazendo uma careta o que faz Pérola ri, os balões quase se espremem mas chegam inteiros em casa, nós descemos do carro com apenas um balão estourado e mesmo assim Perola não se importou, quando entramos em casa parece que passamos muito mais tempo longe e Perola logo corre pela casa com os balões, eu subo as escadas rápido e entro no quarto, vou direto pro banheiro e abro a torneira para a banheira, já deixo tudo preparado e quando desço Haymitch e Katniss estão se estranhando. - Minhas costas estão me matando queridinha – ele fala com os pés, não em cima da mesinha, mas em cima do sofá – Você tem noção de como aquela poltrona é uma merda – ele fala fazendo uma cara de dor. - Ei, olha a boca – eu falo e aponto Pérola, mas não posso negar que ele está certo e mesmo que a poltrona fosse boa, o que importa é o que ele fez por nós, ele ficou quando podia ter vindo e mesmo que ele tenha ainda muitos defeitos esse é o tipo de coisa que eu não vou esquecer – Ele tá certo, a poltrona era horrível – eu falo e lhe dou uma piscada, Katniss me olha e eu sei que ela sente a mesma coisa que eu, ela sabe que ele não nos abandonou dessa vez e eu sei que ela também não vai esquecer mas isso não quer dizer que ela irá pegar leve com ele. - Pelo menos tira o sapato – ela fala encarando ele - Pérola, banho – Katniss fala e ela para no caminho enquanto corria com os balões e faz uma careta. - Na banheira – eu completo e ela sorri e vem até nós animada, eu levo ela no colo enquanto Katniss pendura os balões em algum lugar em segurança, eu entro no banehiro com ela e tiro sua roupa, a banheira está com espuma do jeito que ela gosta e ela logo se diverte enchendo as mãos e assoprando. - Será que eu posso entrar também? – Katniss pergunta e Pérola concorda animada, então eu deixo as duas lá e desço em direção a cozinha, ao passsar pela sala ouço o ronco do Haymitch mas o deixo lá, enquanto volto e cumpro minha promessa, preparo o pão e o coloco para assar, então quando já está quase pronto, faço os chocolates quentes e quando elas aparecem na cozinha, só falta arrumar a mesa. - Cadê o vovo? – Pérola pergunta olhando em volta. - Dormindo no sofá – eu falo e ela corre até lá, Katniss começa a arrumar a mesa enquanto eu tiro os pães do forno, nós preparamos a mesa e então eu me aproximo mais dela, minha mão passando na sua barriga e eu sinto uma confusão de alivio com angustia que eu jamais pensei ser possível. - Eu amo vocês! – eu falo e então a olho nos olhos – Eu amo muito – eu garanto dessa vez com os olhos fixos ao dela e ela me força um sorriso, sua mão na minha nuca, ela encosta testa na minha e não desvia o olhar do meu, então sem precisar dizer nada ela apenas me beija, seus lábios lentamente cobrindo os meus, sua respiração quente se misturando a minha e então minha língua invade a sua boca e ela não a rejeita, apenas corresponde, nossas línguas se misturam e o beijo se encaixa como sempre acontece, o beijo avança revelando toda a falta que sentimos um do outro e mesmo com a barriga dela eu seguro sua cintura e a trago mais pra mim, eu a encosto na mesa e junto nossos corpos em um beijo cada vez mais profundo. - Criança no ambiente – Haymitch fala rindo e nós paramos o beijo, então Pérola vem até a mesa. - Pão de queijo – ela fala sorrindo. - Eu prometi não foi? – eu falo e ela ri. - Tem mil? – ela pergunta e Katniss e Haymitch riem. - Dez ta bom? – eu pergunto fazendo uma careta, ela olha para mesa e depois para mim. - Ta bom – ela fala rindo e então nós nos sentamos pra tomar café, ela e Katniss avançam sobre os pães de queijo e parecem que nunca haviam comido antes, eu sorrio vendo elas assim, Pérola toma duas xícaras de chocolate e só não vai para a terceira por que Katniss nega, mas isso custa mais um pão de queijo, quando terminamos, nada sobra e todos estão satisfeitos. - Eu quero ver os Nansos – ela fala animada como se nunca tivéssemos passado uma noite no Hospital. - Então vamos – Haymitch fala sorrindo e pega ela no colo. - Ela ainda precisa de cuidados Haymitch – Katniss avisa e eles saem animados. Katniss começa a arrumar a mesa, retirando as xícaras e pratos. - Deixa que eu faço – eu falo e ela insiste – Você também precisa de cuidados – eu falo e ela faz uma careta mas solta as xícaras me deixando levar até a pia – Por que você não sobe um pouco? – eu sugiro e mesmo contrariada ela vai, eu continuo limpando a mesa e a pia e quando termino já estava saindo da cozinha quando o telefone toca, eu corro até o escritório e Delly está com uma voz aflita, dizendo que viu pelos jornais que Pérola estaria internada e que podia ser algo grave, eu xingo mentalmente o responsável por isso e lhe explico o que aconteceu, ela diz que nós deveríamos ter ligado, para ter os amigos por perto, mas a verdade é que não queríamos ninguém por perto, sempre tivemos apenas a nós mesmos e é assim nas horas difíceis, mas não digo isso, apenas me desculpo, agradeço e peço que ela avise aos outros que está tudo bem, ela nos deseja melhoras e eu desligo já estava saindo do escritório e o telefone toca novamente, penso ser ela mas a voz da Sra. Everdeen parece ainda mais nervosa que a anterior, eu tenho então que repetir tudo que já disse antes e ela aind afaz mais perguntas medicas já que está mais acostumada com isso, eu respondo a todas, garanto que elas estão bem e mesmo ainda parecendo preocupada ela diz estar mais aliviada e desliga com a promessa de uma visita, não sei se isso é bom, afinal mesmo com todos esses anos a relação dela e da Katniss não é tão intima e sempre que ela nos visita parece mais uma estranha e nos deixa aquela sensação de sermos visitas em nossa própria casa, mas de todo modo não posso impedir que ela venha, ela é mãe de Katniss e avó da minha filha, mesmo com todas nossas dferenças ela sempre será bem vinda aqui. Dessa vez eu consigo sair do escritório, e subo as escadas quando entro no quarto Katniss está saindo do banheiro. - Quem era? – ela pergunta parando na minha frente. - Delly e depois.... sua mãe – eu falo e ela apenas ergue a sobrancelha surpresa – Todos já sabem – eu falo e não precisa de mais explicações. - Eu desconfiei que sim – ela fala parecendo irritada. - Ei, já passou! Não adianta ficar assim – eu falo segurando o rosto dela próximo ao meu, nossas respirações já estão próximas demais e o beijo é inevitável, minha mão escorrega do seu rosto para sua nuca e eu seguro seu cabelo enquanto aumento o beijo e ela se apoia segurando meus braços, nossos corpos se juntam e meu corpo se desperta ao dela mas eu paro o beijo, ela me olha confusa e ainda próxima demais de mim – Você tem que descansar – eu falo e beijo seus lábios rapidamente então me afasto mas ela segura minha mão me fazendo parar, então dá um passo a frente sem falar nada ela apenas volta me beijar, dessa vez o beijo é ainda mais urgente e sua língua invade minha boca com uma necessidade tão grande quanto a minha, meus braços envolvem a sua cintura e em passos lentos eu alcanço a cama, eu a deito e me inclino sobre ela apoaido nos joelhos, o beijo não para e então ela tira minha camisa, deixando a cair ao nosso lado, mas antes de voltar ao beijo eu a olho mais uma vez e por mais que eu a queira o pensamento de fazer algum mal a ela me faz vacilar - Eu não quero te machucar! Você deveria estar em... - ela me interrompe e me beija novamente, seus dedos se entrelaçam no meu cabelo me puxando mais pra ela, e então nada mais faz sentido a não ser nós dois ali, meus lábios escorregam pelo seu pescoço enquanto minha mão sobe por debaixo do seu vestido, a cada toque meu em seu corpo um som abafado sai de sua garganta, suas mãos percorrem meu corpo com a mesma urgência que eu tenho dela, nossos corpos já se conhecem bem demais e cada movimento parece sincronizado e quando nos tornamos um só sentimos o quanto somos completos juntos, por que nada no mundo consegue se igualar a essa sensação, de tê-la como minha mulher, nossos corpos se juntam e se completam, não apenas na cama mas na vida, por que eu sei que jamais aguentaria tudo isso se não a tivesse comigo, meu corpo precisa dela tanto quanto eu preciso respirar, não me importa como serão as coisas desde que eu a tenho ao meu lado, por isso a menor hipótese de perde-la me desnorteia, ela é tudo que eu preciso. Eu me deito virado pra ela, sua barriga pra cima, mostrando o quanto já cresceu nesses meses, me faz sorrir, minha mão passa por ela e ela insiste em puxar o lençol para se cobrir mas eu a impeço e mesmo recebendo um olhar de reprovação eu beijo sua barriga. - O papai te ama – eu falo e beijo novamente. - Ta bom, chega – ela fala e puxa o lençol se cobrindo. - Tudo bem – eu falo e me arrasto ate parar o rosto de frente pro dela, eu a beijo e ela sorri – Eu te amo! E ontem foi o pior dia da minha vida – eu falo e ela me olha angustiada com a lembrança. - Também não foi meu dia preferido – ela fala forçando um sorriso. - Vocês são as coisas mais importantes da minha vida! Eu não saberia viver sem vocês – eu confesso e ela fecha o sorriso e me encara alguns segundos. - Eu te amo – ela fala me olhando nos olhos, e como sempre acontece ouvir ela dizer isso faz meu coração parar e bater rapidamente, como se ainda fosse a primeira vez . - Eu também te amo – eu falo e então beijo-a lentamente, e quando o beijo para e nossos olhares se encontram eu me sinto completo, por que eu a tenho ali comigo, eu tenho nossa vida, nossa família e mais uma historia que está vindo, mais um que irá nos completar então mesmo com medo, assustados e as vezes querendo correr de tudo, ainda assim vale a pena.


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