Meu Idiota escrita por marishaya


Capítulo 15
Meu violãozinho da sorte.


Notas iniciais do capítulo

nem demorei u.u
Leitores fantasmas vamos aparecer; pararem de ser um Charlie em As Vantagens de ser Invisível ou Annabeth com o seu boné do Yankees.
Espero que gostem babys



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Meu estomago revirava, meus dedos deviam estar brancos de tanto que apertava o encosto dos assentos, do meu lado um Henrique Collis me encava divertido.

–Esse encosto é meu, o seu é aquele ali - e tentou empurrar meu braço, soquei seu cotovelo o fazendo gemer.

–Não é justo, você está com os dois encostos - retrucou, revirei os olhos e tentei o ignorar, uma velhinha passou e se sentou confortavelmente na poltrona ao lado.

–Ual, fico tão feliz que meu neto comprou passagens de primeira classe, olha esses assentos que delicia!

Olhei para o lado para concordar e ainda falar sobre o amendoim que estava bom também, mas tive uma surpresa quando a encarei.

Surpreende-me pelas tantas coincidências que podem acontecer comigo.

–Que coincidência! –exclamei, a velhinha pela primeira vez me encarou confusa.

–O que menina?

–Você não se lembra de mim? A garota do shopping! Que fez o maior barraco -ficou mais confusa ainda, Henrique riu baixinho, estava quieto até então encarando meu panfleto.

–Ela provavelmente não irá se lembrar de uma doida...

Tirei o gorro do meu cabelo e ela bateu palmas o rosto ficando esclarecido.

Meu cabelo era marca registrada.

–Lembro sim! O que aconteceu depois menina? Machucaram-se?

–Ah que nada, a garota ficou bem mais machucada que eu, foi legal.

–Como se ser expulsos de um shopping fosse legal.

Será que se eu chutar as bolas do Henrique agora sou expulsa do avião também?

–Ual, até você aqui! –a velhinha bateu ainda mais palmas- Sabia que havia algo entre vocês dois, estão indo para a lua de mel?

–Er...é claro que...

–Sim! Um sonho passar lua de mel na Escócia, Verônica que escolheu.

Bati minha mão na testa, vale a pena eu chutar aquelas bolas e ser expulsa só pra essa criatura calar a boca.

–Parabéns queridos - sorriu abertamente e me abraçou, olhei para Henrique que ria baixinho, resmunguei um vai ter volta.

–E cadê aquele outro magrelinho? Tão simpático!

Magrelo Êvan é, já simpático...

–Ele está nas poltronas à frente junto com uma amiga.

–Foi amordaçado também né? Garotas tomem cuidado com esses garanhões - amordaçado, percebo que Henrique repete a palavra junto comigo rindo baixinho.

–Todos os cuidados do mundo - dei um sorriso enjoativo pro meu colega de poltrona que devolveu um de escárnio, somos tão fingidos.

–Um prazer rever vocês, agora vou dormir -aconchegou a cabeça no travesseiro pequeno.

Não sei por que essas pessoas conseguem dormir estando a metros do chão, e eu aqui pirando!

Uma aeromoça passou com mais amendoim e catei.

O avião começa a vibrar quando os motores são acionados, um dos comissários anuncia sobre proibido fumar e demonstra o uso de equipamentos de flutuação e de mascarás de oxigênio, a maioria dos passageiros ignora continuando a ler seus livros ou ver o filme que passava na televisãozinha, eu era a única que prestava atenção.

O piloto escocês pronuncia algo que provavelmente era que iríamos decolar, a paisagem mostrada pela janelinha já se mexia.

Agarrei o sinto e suspirei alto, agarrando o panfleto de Henrique e catando as instruções de segurança, os desenhos demonstravam homens e mulheres que parecem estar se divertindo por terem saído do avião numa emergência, tomara que seja assim.

Henrique estuda meus movimentos um pouco surpreso.

–Que foi?

–Nunca vi alguém ler essas instruções bestas...

–Sorte sua então por estar ao lado de alguém precavida.

–O que não é sorte já que quero ver se você iria conseguir me carregar pelo avião com esse tamanho se eu batesse minha cabeça na mesinha, além de que me deixaria mais nervoso ainda em questões de se tiver uma turbulência.

–Vai ter uma? Não brinque com isso -me desespero, revira os olhos e cata meu panfleto de volta.

–É uma viagem longa...

Arregalo os olhos e aperto mais ainda o banco, maldito Henrique.

Por qual motivo eu não me sentei com Êvan? Neste momento estaríamos comentando sobre o decote da aeromoça e sua vontade de ter algum caso com qualquer passageiro já que seus peitos diziam isso muito bem... E com Henrique eu me sentia tão desconfortável, acho que pelo fato de sempre estarmos brigando e nunca ter realmente parado para conversar –isso na verdade nem é conversa, apenas estamos tentando ser casuais- como estamos fazendo agora.

–Hey, –me chama e continuo a encarar o vazio- vai ficar tudo bem, estava brincando.

Continuo calada, o vazio tava sendo bem interessante neste momento.

Frio na barriga, mãos trêmulas e coração acelerado. Essas e outras sensações são bem conhecidas por pessoas que têm medo de avião– Henrique começa a citar o panfleto Por que (quase) não faz sentido ter medo de avião que eu catei - Apesar de ser comum a insegurança não tem muito fundamento. Um professor de física de uma das faculdades prestigiada do país afirmou que o risco de um passageiro morrer em acidente de avião era de um em 45 milhões de vôos.

Eu poderia ser um desses passageiros, minha sorte do jeito que é...

E mesmo que esta e outras pesquisas mostrem que o avião é um meio de transporte mais seguro de todos (ainda que não seja imune a acidentes fatais), o medo de muita gente beira a loucura, Verônica cof cof...

Idiota, eu nem estava tão paranoica assim!

Turbulência é motivo para desespero? Temidas turbulências, apesar de o nome não trazer bons pressentimentos, em geral essas situações não passam de um mero incômodo, que em nada afetam a segurança do vôo,– Henrique abaixou o tom e me encarou com um sorriso animado -quando um vôo muda de altitude em busca de condições mais suaves, isso é principalmente em nome do conforto.

Sinceramente, minha mente tirou todos os medos idiotas que surgiram sobre avião para se focar na voz calma que Henrique fazia, tão contida... e bem, não dormi muito bem ontem a noite então acho que é um motivo bem plausível por ter descansado minha cabeça no ombro largo do meu colega de poltrona e dar um ótimo cochilo.

***

–Ei –ouvi um resmungo ao fundo, abri meus olhos e tampei com a mão logo em seguida pela claridade, a minha frente estava um Êvan animado balançando as mãos na minha cara.

–Já pousamos dorminhoca, e eu pensando que você iria pirar com o vôo com um terço na mão!

Arregalei os olhos dando-se conta dos fatos; dormi no ombro de Henrique em um vôo, metros do chão.

E eu dormi bem à beça.

Isso era tão surreal.

–Cadê o resto...

–Vector foi ao banheiro, parece que ia vomitar ou algo do tipo, Henrique e Kya estão na fila do desembarque e caramba, a velhinha do shopping foi super simpática comigo, comentou algo sobre você e Henrique que vou ignorar pra não rir.

–Bom mesmo - levantei me espreguiçando, entregou minha mochila, ela estava pendurada junto com o violãozinho, -melhor nem saber a história.

–Irei zoar e tal, você irá me bater então ficamos fulos da vida um com o outro e dá barraco, melhor esquecer este casinho.

Saímos do avião, a aeromoça com decote sorriu animada me dando um tchauzinho, saudei também.

Ao longo do grande aeroporto percebi a quantidade de turistas que estavam ali, camisetas do Arizona, alemães, mexicanos etc era uma variedade de gente.

Ouvia ao fundo a mulher da recepção falando um monte, era bem entediante por que seu sotaque muito carregado era desgastante, daqueles bem forçados.

Êvan se pôs do meu lado com um carrinho, me entregou um papel amassado que logo abri, um endereço.

–A tiazinha falou pra você visitá-la, está na casa do neto.

Revirei os olhos, a tiazinha me adorou.

Ela é uma das poucas que gostam.

–Okay né –eu estava meio atordoada no meio de tanta gente, não sabia onde era o que, onde era a saída, não sabia nem onde Êvan me levava.

Só fui esclarecida quando encontrei Henrique, Kya e Vector.

Os três seguravam suas bolças, com seus casacos quentinhos e vi olheiras de Kya, meio esgotada.

Henrique segurava um casaco feminino, quase zombei perguntando se era dele mas mordi minha língua quando ele colocou nos meus ombros, até poderia dizer que foi gentil da parte dele, mas ele só estava sendo gentil por que eu estava fazendo um baita favor para ele.

Troca de favores.

Quando me aproximei de Kylliana vi seu sorriso malicioso, tentei ignorar mas foi impossível com seu comentário seguinte.

–Os ombros de Henrique são um conforto - fiz uma careta quase fazendo um gesto obsceno para aquela garotinha atrevida, falei como minha mãe agora.

Henrique que provavelmente não ouviu o comentário ou ignorou se pôs ao nosso lado.

–Mandei uns primos meus mandarem um chofer aqui pro aeroporto para nós pegar, vai demorar um pouquinho...

–Tudo bem, to com vontade mesmo de comer crepe - Vector deu os ombros e indiciou uma creperia, lembrei-me dos crepes maravilhosos de vovó Feline, Vector me encarou como se estivesse lendo meus pensamentos e balançou a cabeça; amamos crepes, viva ao crepe da vovó Feline.

–Crepe é tão gorduroso - resmungou Êvan se sentando nas mesinhas junto com a gente, Vector chamou a atendente.

–Falando assim até parece Morgan...

–Pois ela tem razão –Êvan começou a me encarar, estava de frente pra mim. -Verônica você deveria se sentir ofendida pelo jeito que chamam sua prima, é família.

Não me sentia ofendida, na verdade até eu a chamava de vadia pra baixo, pois é assim que Morgan é, desde seus 12 anos quando descobriu as revistas da playboy no quarto do Diogo, nosso primo, por ser a mais velha das primas, todas a seguiam então quando olhavam aquela revista, Morgan disse “quando crescer vou ser desejada como elas” e o verídico se cumpriu. Só minha família que nunca percebeu isso, sua fama de puta era coberta pelo seu sorriso e cabelos de anjos, filha do pastor da cidade vizinha; Morgan era considerada a santa, e eu o demoninho.

–Você é muito família né, Êvan? –ouvi ao fundo Henrique provocar- Usa aquelas camisetas de famílias como “tudo junto e misturado” fazendo rodinhas e todo os domingos na missa juntos.

Tento imaginar Êvan de terno encarando um padre falar a palavra de Deus e gritar:

Glória, Glória, Glória!

Isso definitivamente não se encaixa em Êvan Dolse.

–Eu, por outro lado que você, adoro rezar e ouvir os ensinamentos de Deus.

Jesus daí-me seios fartos para poder chupá-los numa bela noite de amantes, amém– fez uma prece imitando Êvan, Vector engasgou com o crepe, Kya balançou a cabeça tacando batata frita em Henrique.

–Boa oração, vou usá-la padre Henrique - resmungou revirando os olhos.

Imagino Henrique em vários quesitos, e padre está fora com certeza.

–Que Deus te eliminem - exclamei rindo.

Terminamos de comer, Henrique e Êvan continuavam a se alfinetar, Vector os xingava e comia seu crepe, Kya e eu conversamos sobre o filme que eu perdi no vôo pois dormi, seu analise do filme era: Caras gostosos. Brigas. Beijos. Final feliz.

A saída do aeroporto estava um pouco vazia, havia um grupo de estrangeiros, uma senhora numa barraquinha, o cartaz pendurado dizia Aqui se encontra o seu futuro.

–Até parece que vou gastar minhas moedas com videntes, meu futuro será perfeito.

–Sendo cafetão ou traficante - Kya respondeu, Êvan a encarou bufando, Kylliana já sabia que Êvan era um perdido e tal.

Fiquei um tempo encarando a placa, nunca parei pra pensar no futuro.

Bem depois das férias eu iria começar meu primeiro semestre no terceiro ano do ensino médio, não sabia o que vinha pela frente depois, quero ser pediatra mas sempre tem um porém.

Quero viajar.

Se virasse pediatra teria que me prender apenas naquilo, como papai que mora naquela cidade há tantos anos; eu por outro lado quero explorar o mundo, não viver a vida inteira tendo sempre a mesma rotina.

Odeio rotinas por mais de ser tão fácil você entrar em uma.

E minha rotina era ter ódio de Henrique, que ridículo.

Fico imaginando com quem irei socar, xingar e revirar os olhos por idiotices além dele, Henrique vai se formar quando sairmos de férias, pretende ir a diante em sua carreira de nadador? Ou irá para uma prestigiada faculdade? Imagino-o nas fraternidades, sendo como sempre o preferido, fazendo flertes e é inevitável alguma coisa no meu estomago se remexer a pensar que o garotinho virou um homerão e que logo estará longe.

Vendo que meu amigo também irá pra longe, meu irmão embora logo mais e até Morgan tivesse seus planos; se casar com um velho babão rico e eu ali parada sem saber meus próximos passos, então definitivamente não sabia dos meus planos futuros.

Meus pés criaram vida e comecei a andar em direção a cigana, pelo menos vou ter um auxilio.

O pessoal sem saber o que fazer me seguiu, me pus a frente dela, era morena com cabelos presos por uma bandana colorida, uma saia vermelha quase caindo dos quadris.

–O que desejam?

–Na verdade eu não desejo nada, é essa louca da frente que quer algo - resmungou Henrique, o cotovelei.

–Quero saber meu futuro - dei um sorriso, a cigana me encarou e depois a placa, catou minha mão.

–Mocinha eu não direi o que vai fazer; qual faculdade, seu relacionamento com algum mocinho ou qual será seu carro do futuro, eu apenas irei te auxiliar através de um objeto ou lembrança - levantei as sobrancelhas, o povo de trás nos encarava quietos, até Êvan parou. –Eu não falo nitidamente o futuro de alguém, bastam vocês criarem seus caminhos e escolhas.

Engoli o seco, ela tocou a meio da minha mão e girou, fazia cosquinhas e segurei a vontade de rir.

–Você é uma jovem de gênio forte, Verônica.

–Er... obrigada –respondi olhando pra Êvan, que parecia maravilhado.

–Quando eu era uma mocinha tinha o mesmo gênio livre que você, alias prazer Carmen.

Depois de um tempo segurando minha mão e fazendo linhas entre elas, encarou o vazio.

–Guarde muito bem o seu violãozinho.

–Por quê? É um brinquedo de criança comprado por 20 dólares em uma barraquinha de aeroporto - resmunguei, Carmen riu balançando a cabeça.

–Não retruque sobre o seu destino, as vezes as pequenas coisas sejam a resposta para grandes acontecimentos.

–Então, quer dizer, que se ela não guardar bem o violãozinho ou acontecer alguma coisa com ele, o destino de Verônica muda? –retrucou também Henrique, se pondo a minha frente, Carmen pareceu enfeitiçada por ele pois o encarava com a cabeça inclinada olhos brilhando e as mãos balançando.

–Só se você deixar mudar mocinho Henrique, segure este sentimento aí que se passa em seu coração que num futuro não muito longe você poderá usar ele finalmente - o Collis pareceu chocado que até deu um passo pra trás, parecia mais perturbado que todos.

Eu iria jogar moedas pra ela e sair correndo dali quando um conversível preto passou do nosso lado.

–Sr. Collis? –Henrique se virou para encarar o chofer engolindo o seco - Vim-lhes buscar.

E enquanto nos amontoávamos nossas malas encarei ao fundo, onde estava à cigana Carmen, que já havia se levantado do banquinho e observava irmos embora, com um sorriso grande piscou pra mim e sussurrou algo que tentei ignorar.

Guarde isso dentro de você.

***

Enquanto o carro passava pelas grandes ruas estreitas da Escócia pude ver a paisagens; cheio de mato, cheiro de flor e casinhas amontoadas como um vilarejo, todas eram assim, tinha muitas cabeças ruivas, crianças corriam pela rua, havia construções medievais que eram incríveis; turistas que andavam que parecia como eu e Êvan estávamos, maravilhados.

Kya falava o caminho inteiro, com Vector perguntando, parecia que estávamos numa época boa para viajar pra cá, já que na maioria das vezes era frio, naquele verão teria Festival de Edimburgo, comentou a de uma das línguas mais faladas ali; o Scots, Henrique fez uma demonstração da fala, era bem engraçada e enrolada. Marcamos de primeiro ir ao Lago Ness em Highland, com isso um Êvan resmungou “Pra que ver o mostro monstro de Loch Ness se temos uma Verônica ao lado”, soquei seu braço claro.

Kylliana comentava tanto da cidade que era impossível não querer conhecer cada pedacinho.

–Só uma perguntinha, eu vou ter que usar Kilt? –perguntou de repente Vector, todos nos calamos.

–Não, eu sou escocês e nem por isso já usei isso - Henrique riu revirando os olhos.

–Chegamos á Edimburgo - comentou o chofer, todos nós ficamos colados nos vidros para ver o Castelo, que seria onde ficaria o resto do mês.

Eu vou dormir, comer, viver e ver os preparativos para o casamento da irmã de Henrique por um mês em um dos mais importantes castelos do país e o segundo ponto turístico mais visitado da Escócia -também considerado um lugar assustador, mas vou tentar ignorar este fato-.

Estou pirando.

O castelo era enorme, simplesmente perfeito.

Sua estrutura deixou todos de boca aberta - menos Kya e Henrique que riam de nós-, logo a frente um mar se estendia, a paisagem era impressionante.

O carro parou no portão preto, que se abriu calmamente apresentando uma senhora com um chalé, o carro parou em frente a ela que sorriu nos saudando com seu carregado sotaque.

–Bem-vindos á Edimburgo.

A Perina, uma das mais velhas empregas do castelo, parecia muito familiarizada com Henrique e Kya, tanto que o abraçou tão forte quando o viu que o Collis quase ficou sufocado e bagunçou os cabelos loiros de Kylliana falando o quanto tinha crescido e blablabla, aquele momento que tu reencontra sua tia.

Quando entramos no castelo havia vários empregados passando de um lado para o outro.

–Estão todos agitados por causa do jantar de boas-vindas -comentou e se virou para pegar um pouco do mousse que uma empregada estava trazendo, -Sua irmã está nos deixando loucos Henrique, todos esses preparativos...Cruzes!

Iria ter um jantar de boas-vindas? Caramba, minha aparição ali deveria ser importante e tal.

–Uma pena não poder mostrar o castelo inteiro para vocês, infelizmente estou ocupada, vou pedir para um dos serviçais levar os visitantes para seus quartos, Jofrey vai pegar suas malas, fiquem tranquilos -chamou um homem de meia idade, que se apressou a subir uma escada enorme no meio da sala, que fez um track track track quando andávamos por causa do chão bem polido e de mármore claro.

O homem andava na frente pelo os grandes corredores nos estruindo onde era cada lugar, havia vários quadros entre os quartos, vasos e obras que provavelmente teria o preço da minha vida; espero mesmo nem esbarrar naquilo, seria um desastre.

Quando chegamos a ala dos quartos de hospedes cada porta escura tinha um nome, sendo usado ou aguardando o hospedeiro, acabamos tendo que ficar no último corredor de frente para uma janela de que ficava em amostra toda do mar, engoli o seco imaginando eu quebrando aquela janela e caindo mar a baixo.

–O quarto deste mocinho é aquele ali perto do quadro da madame Louise -apontou pra Vector este quadro que deve ser o preço do meu pulmão- do outro mocinho a esquerda do vaso de safiras -e este vaso deve ser do meu outro pulmão juntamente com meus dois braços,- e o da mocinha -apontou pra mim, comecei a rezar pra quem quer que seja que não me coloque perto de nada quebrável - quarto de frente para a estrutura de Quentin Gruguer.

Jesus amado.

Henrique e Kya se despediram da gente quando íamos entrar no nossos quartos, os dois já tinham quartos especialmente para eles e que não era neste corredor, fiquei bem mais calma já que seria altamente muito vergonhoso quando eu fosse no banheiro a noite com meu pijama de vacas no pasto e tivesse um Henrique no mesmo corredor para ver esta cena e me zoar sempre.

Abri a porta do meu quarto e fiquei de queixo caído -o que eu só fiz até agora desde que cheguei aqui- o quarto poderia ser do tamanho da minha sala e cozinha juntos!

Era cheio de pompons, muito princesa mas era muito bonito e delicado, me joguei na cama dossel e pulei com o corpo algumas vezes.

Fechei os olhos aspirando o cheiro de mar com mato e sorri.

Eu realmente iria me divertir a beça sendo uma namorada de mentira, se eu não fazer alguma besteira claro.

Então tomara que este violãozinho me dê sorte por que é disso que eu to precisando.


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Notas finais do capítulo

✖ Inspirei Carmen em um conto de Prosper Merimée; narra a história de uma cigana infiel que é morta pelo amante, um oficial espanhol. Em 1875, foi transformada em ópera, por Georges Bizet, além de vários filmes.
✖ Festival de Edimburgo é uma série de festivais de arte e cultura, considerado o maior festival do mundo. Com apresentações de opera, teatro, música (especialmente clássica) e dança.
✖ O scots é uma língua germânica falada principalmente em partes da Escócia e em partes da Irlanda do Norte.
✖ O castelo de Edimburgo é retratado as vezes como sendo mal assombrado por ter sido construído como uma fortaleza militar no século 12 onde houve ataques de surpresa e execuções ali, então ainda não me decidi se vou usar o lado assombroso do castelo como parte da fc; por exemplo as masmorras, as histórias dos fugitivos ou causas de bruxaria, e fantasmas.
Se colocar na fc não será usado o gênero Horror, pessoinhas que não gostam de gêneros assim se acalmem u.u
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O próximo capítulo ainda não está previsto, como meu niver vai ser está semana vou estar cheia demais para postar.
Estou tão animada sobre as aventuras de Verônica na Escócia que meus deuses, i need postar o próximo capítulo logo.
Leitores fantasmas vamos aparecer; pararem de ser um Charlie em As Vantagens de ser Invisível ou Annabeth com o seu boné do Yankees.²
Até o próximo babys, adios.



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