A Recém-Chegada escrita por Stormborn


Capítulo 4
O Ritual da Tortuguita e o Mc Lanche Feliz


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal. No outro dia acabei esquecendo de agradecer quem favoritou/comentou ou começou a acompanhar essa Fic. Obrigada, pessoas lindas. Ando um pouco desanimada para escrever, já que não vejo muito mais pessoas querendo ler, mas não vou deixar de me esforçar por causa de pessoinhas divas como vocês! Leiam as Notas Finais :3



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PoV. Nico di Angelo

Depois de sair da Biblioteca, voltei para o meu quartinho de hotel. Para ser sincero, um hotelzinho simples (o único que pude pagar). Pouco depois da cama de solteiro, havia um banheiro caindo aos pedaços. Mandei uma Mensagem de Íris a cobrar para Percy. A imagem surgiu e pude ver ele e Grover comendo pizza de calabresa.

– Oi para vocês – murmurei.

– Oi Nico! – falou Percy, bebendo um gole de Coca. – Está sumido! Por onde você anda?

Acho que Grover falou um “E aí?”. Ficou difícil saber, já que ele falava com a boca cheia de pizza.

– Estou em Manhattan... Planejei sumir um pouco, mudar de ares mas acho que não será possível.

– Por quê? - perguntou Percy.

– Acho... Acho que você tem uma irmã.

Ambos riram um pouco.

– Nico, isso é praticamente impossível! – enquanto comia um pedaço de pizza.

– Ah, é? – falei com desdém – Olhe bem para ela.

Tirei a fotografia do casaco e mostrei para ele e Grover.

Grover foi o primeiro a vê-la: chegou a cuspir a Coca que estava tomando na cara de Percy.

– CARA, POR QUE VOCÊ FEZ ISSO? O QUE...

– Cara... E-ela... É igual a você!

– Isso só pode ser... – Percy finalmente olhou a foto. O susto foi tão grande que ele se engasgou com uma enorme fatia de pizza. Precisou de alguns minutos e muita Coca para se recompor.

Grover cortou o comentário.

– Nico, você tem certeza disso? Se estiver errado, não podemos sair por ai fazendo a garota beber água do Rio Lete!

– Eu sei Grover. É por isso que eu vou sair com ela hoje.

Insira um dracma para mais cinco minutos!

Enquanto eu inseria mais uma moeda, vi o Leo entupir-se com nachos.

– Você acha que seria uma boa idéia eu ir até você? Como sátiro eu...

– NÃO – cortei, rápido demais. Mas que merda, não sei o motivo de estar agindo assim – É melhor eu fazer isso sozinho. Você vai continuar se assustando com a semelhança e vai acabar assustando ela.

– O que eu acho – intrometeu-se Leo – É que você quer sair com ela, Conquistador. Nenhum de nós aqui discorda que ela é muito gata.

– NÃO FALE ASSIM DA MINHA IRMÃ! – berrou Percy.

Grover não se atreveu a dizer nada, apenas observava.

– Eu falo! Você nem sabe se ela é realmente sua irmã, assim como não sabe o nome dela! – Leo disse, dando de ombros.

– O nome dela é Silena Callegari, se querem saber. Valdez... – apontei para ele – Faça um favor a todos e cale a boca. E não, eu não gosto dela. – disse, fazendo uma carranca.

– Claro que ela não é gata como a Calipso, mas é gata... – ela falou, passando a mão nos cabelos.

– Ela não é feia, seu idiota. – falei.

Viram isso? – ele dizia vitorioso – Eu falei que ele gostava dela!

– Nico você... – Percy não tinha uma cara muito boa.

– O quê? Eu só falei que ela não é feia, oras...

– É melhor eu desligar. Vou dar um jeito de trazê-la em segurança caso seja sua irmã Percy, prometo.

– Hum... Vejamos... Silenico! É de Silena e Nico. SILENICO EXISTE! – berrava Leo, enquanto batia palmas.

O rosto de Percy ficava cada vez mais vermelho.

– Valdez? – chamei.

– Que foi?

– Vai tomar no cú.

Dissipei a Mensagem de Íris, antes que usasse as sombras para ir até lá socar o Leo pessoalmente.

Por que eu me importo tanto? Aliás, talvez Percy já desse um jeito ali mesmo.

Eu pensava tudo isso enquanto a via surgir pela porta. Usava um casaco preto e comprido, calça jeans e uma espécie de boina com estampa de onça. Os cabelos caiam sobre os ombros de forma graciosa. Silena sorriu: aquele mesmo sorriso que me deixava meio bobo. Era um sorriso sincero... Sabe quando uma pessoa sorri porque realmente gosta de estar com você? O sorriso dela é exatamente esse.

– Ei, di Angelo? Você ainda está aqui? – ela disse, rindo.

– Hã... Sim, estou. Onde nós vamos? – perguntei.

– Que tal Mc Donalds? Eu amo Mc Lanche Feliz!

Mc Lanche Feliz. Isso me lembra a Bianca... Que saudade. Pare Nico. Isso vai fazer você chorar. Consequentemente, ela vai querer saber o por quê.

– É claro, vai ser ótimo! – abri um pequeno sorriso.

Silena tinha coisas interessantes perto de seu apartamento além de uma filial do Mc Donalds: um Fliperama e um Centro de Artes.

Tentando puxar assunto, perguntei:

– Silena, qual é a do Centro de Artes?

– Hã... Artes. Isso e um tanto óbvio, não? – ela pigarreou – Eu sempre vou ali. Foi onde aprendi desenho realista e música. É incrível, considero uma segunda casa. – ela disse vitoriosa.

– Quais instrumentos você toca, Lena?

– Lena? – ela ergueu a sobrancelha.

– É, Lena... Eu não deveria... – balbuciei

– Não tem problema... Só que ninguém nunca me chamou assim antes, mas eu gostei! – ela garantiu.

Enquanto isso chegamos ao Mc Donalds. Pedimos dois milk-shakes de chocolate e dois Mc Lanches Felizes.

– Bem, respondendo sua pergunta – ela fez uma pausa – Eu toco guitarra, violão e piano. A música e o desenho foram as formas que eu achei para esquecer aquilo... Bem, vamos falar de coisas mais felizes, não é? – ela deu uma piscadinha. – Me conte sobre você, Nico!

Caralho, o que eu digo?

– Bom – suspirei – Eu nunca fiz nada de muito interessante, mas gosto muito de música. Green Day é incrível!

Ela abriu o casaco e exibiu uma blusa ombro caído do Green Day, a alça do sutiã a mostra. Ela mordeu o lábio.

Não pense merda, Nico ou o Percy acaba com você! Mas por um lado foda-se... Têm coisas que ele não precisa saber!

– Uau! você tem bom gosto! – sorri. “Uau”. Fazia tempo que não usava essa palavra. Silena não é esquisita como eu achava, só para constar. O esquisito aqui sou eu, por esconder o que eu sinto.Talvez eu deva parar com isso... Só por hoje.

Os lanches chegaram. Enquanto me preparava para abocanhar o sanduíche, vi uma coisa inusitada: Silena fez uma carinha sorridente no hambúrguer. Depois disso, pegou uma Tortuquita e começou a comê-la de forma estranha.

O que você está fazendo? – perguntei.

– Comendo a sobremesa antes da comida e fazendo o Ritual, é claro. Nunca confie em alguém que não faz o Ritual da Tortuquita. – ela deu de ombros.

Era um teste. Expliquei que não conhecia o tal Ritual e ela me ensinou. Foi divertido.

– Ei, você não liga para o que os outros pensam disso? – perguntei.

– Não. – ela dizia confiante – Eu não preciso deles para ser feliz. E a felicidade é o que importa! – ela fez um sinal positivo.


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Notas finais do capítulo

O próximo capítulo será da Silena. Me contem: vocês shippam Silenico assim como o Leo? Haha. Não deixem de comentar, favoritar e/ou acompanhar! Beijos, beijos :*