Lovesick escrita por Mary Anne Snow


Capítulo 2
Let's Be Neighbors


Notas iniciais do capítulo

Olá Olá! Mais um capítulo :)
Espero que gostem!



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Após uma manhã intensa no hospital finalmente chegara a minha hora de almoço, o que na linguagem de médicos significa os dez minutos de descanso. Caminhei até à cantina colocando o estetoscópio dentro do bolso da bata que trazia vestida.

– Dra. Hayes. – ouvi Donna chamar-me, era uma das poucas pessoas com quem eu falava no hospital, digamos que ainda não encontrei muitos amigos no hospital o que é normal visto ainda estar no meu terceiro dia de trabalho.

– Hello Donna. – sorri indo ao seu encontro.

– Vejo que está sozinha. Sente-se comigo. – afirmou.

– Obrigada. – disse-lhe pousando o tabuleiro no lugar vago.

– Está a gostar de Londres? – perguntou começando assim uma pequena conversa de ocasião.

– O tempo podia ter um pouquinho mais de sol e adorava ter tempo para visitar Londres, mas quando se é médico nada disso é possível. – sorri.

– Quando tiver a sua folga aproveite e passeie.

– Bem na minha folga vou estar à procura de casa não sei se vou ter muito tempo para apreciar os lugares por onde vou passar.

– A doutora está no hotel ? – questionou surpresa. – Isso sai caro.

– Eu sei, mas ainda não encontrei nada e esqueci-me desse promenor antes de vir para cá. – sorri timidamente.

– Eu vou ver se a ajudo, muitos dos seus colegas estão à procura de companheiros de quarto. As casas aqui ficam caras. Se quiser eu vejo se alguém precisa neste momento.

– Agradecia-lhe imenso Donna. – sorri abraçando-a fazendo-a rir-se.

E continuei a comer a minha sande de atum enquanto conversava com a enfermeira chefe do hospital, que se revelava cada vez mais um anjo para mim. Até sermos ambas interrompidas pelo beep que trazia pendurado no bolso da bata.

– Parece que já tenho de ir. Até já Donna. – sorri pegando no tabuleiro e colocando-o no carrinho dos usados, correndo pelo corredor até à sala de emergências para onde tinha sido chamada.

Assim que cheguei, uma enfermeira acompanhou-me até um quarto onde se encontrava um rapaz com uma ferida de disparo no peito, cobrindo a sua camisa com sangue. Coloquei as luvas e cortei a camisa com uma tesoura que a enfermeira me chegara.

– Troy consegues ouvir-me? – perguntei depois de ser informada acerca do estado e do nome dele. – Eu sou a Dra. Hayes vou precisar anestesiar o local da ferida, ok?

– Okay. – disse baixo.

– Fica comigo Troy.

Minutos depois consegui extrair a bala que por centímetros não tinha apanhado uma veia fulcral, consegui estancar a hemorragia e finalmente cosi a ferida colcando uma gaze no seu peito.

– Enfermeira Jenny pode chamar os familiares. Troy, a polícia vai querer fazer-te algumas perguntas, ok? – ele acenou com um sorriso fraco na cara. – Vou-te receitar um medicamento para as possíveis dores que possas ter. Daqui a uns minutos volto para ver como estás.

– Obrigada Doutora. –disse com a voz um pouco rouca.

– É o meu trabalho. – sorri saindo do quarto.

*

O relógio do meu gabinete marcava as dez horas da noite já me encontrava à meio-dia a trabalhar sem parar, as urgências eram algo que era impossível de conseguir sair nem por cinco minutos e quando o fazia tenha que revesar com alguém.

– Noc noc. – ouvi após alguém abrir a porta.

– Dr. Damon, precisa de ajuda? – perguntei.

– Na realidade, apenas vinha obrigar-te as ires para casa. – sorriu. – O Edwards pediu-me para vir aqui assim que soube que ainda cá estavas.

– Eu estou óptima, além disso já dormi uma hora. Estou perfeitamente apta para trabalhar. – menti.

– Nhaa, isso comigo não pega. Vá levanta-te dessa cadeira. Eu levo-te a casa.

– Oh não precisas, eu juro que vou embora. – disse retirando a bata para vestir a gabardine.

– Eu vou embora também, por isso não tem problema nenhum. – afirmou desviando-se da porta para me deixar sair.

– Ok, então. – sorri derrotada.

Caminhamos lado a lado até à saída principal trocando apenas despedidas com alguns dos colegas que passavam por nós. Como sempre Damon abriu a porta para que eu passasse tal e qual um gentleman britânico.

– Obrigada. – agradeci com um pequeno sorriso.

– Espero que não te importes de andar de mota. – sorriu retirando um capacete da pequena mala que a sua mota tinha.

– Ahmm, sinceramente é algo que realmente não gostaria nada de ter que fazer. – admiti olhando com algum pavor ilustrado nos olhos.

– Oh vá lá, não é assim tão mau. – disse piscando o olho. – Além do mais sou eu que conduzo e quem me conhece sabe que sou um óptimo condutor. – sorriu.

– Porque é que isso não me dá nenhuma confiança? – sorri nervosamente. – Acho que prefiro ir a pé, aliás nem cinco minutos demoro até ao hotel se for a pé. – disse entregando-lhe de volta o capacete.

– Hum e quem disse que ias para o hotel? – sorriu.

– Não ia?

– Não, a Donna falou-me que estás à procura de casa por isso resolvi ir mostrar-te um possível lugar para ti. Convenhamos estar no hotel fica caro. – afirmou. – Então parece-me que sempre vais andar nesta beleza. – sorriu batendo levemente no assento da mota.

– Se tem de ser... – murmurei colocando o capacete.

A viagem não foi muito longa, graças a deus! Durante grande parte do caminho Damon perguntava-me se estava bem e tal como dissera conduzia bem, apesar de ver o grande esforço que ele estava a fazer para não acelerar pelas ruas londrinas fora.

– Chegamos. – disse sorrindo após retirar o capacete de um forma um quanto sexy, se é que posso dizer isso.

– Ahm, parece ser um bairro calmo. – sorri enquanto olhava em volta.

– Sim, vá anda comigo. – disse enquanto pegava na sua mochila e pegava num molho de chaves.

– Onde arranjaste as chaves? – perguntei quando reparei que ele se encontrava a abrir a porta do prédio.

– São minhas ora. – riu. – Eu moro aqui e o apartamento ao lado está de vago, como a renda é baixa para a localização achei que fosse uma boa oportunidade para ti. – ia dizendo à medida que subiamos as escadas até ao segundo andar. – Apenas não há elevador, longa história sobre isso... Chegamos, o senhorio disse que a chave estaria atrás do extintor. – disse procurando. – Ah aqui está. – disse abrindo a porta em seguida.

– Só pela vista já gosto. – disse assim que vi que tinha uma visão priveligiada sobre o rio onde o Big Ben se encontrava.

– Não é muito grande, mas tem espaço suficiente para ti. Além disso tens a vantagem de me ter como vizinho, o que facilita se precisares de ajuda em alguma coisa.

– Sim é verdade. Acho que vou aceitar a oferta. – sorri voltando o olhar para Damon.

– Óptimo, aqui está a chave do seu novo lar. – sorriu entregando-me a pequena chave cor de prata.

– Será que seria pedir muito se me ajudasses a trazer as minhas coisas do hotel? – pedi.

– Hum, é mas se me pagares o jantar posso reconsiderar. – disse fazendo-me rir.

– Combinado.


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