Lembranças escrita por Natalia Beckett


Capítulo 32
Family lunch


Notas iniciais do capítulo

Oi gente linda! Aproveitando o feriadão e escrevendo mais um pouquinho que o de costume. ;)
Gente, ontem eu dei a mancada de não revisar e hoje eu percebi que teve alguns errinhos. Desculpa gente.
Hoje é o encontro com o sogros. Espero que gostem do capítulo.

Para acompanhar vamos de Colbie Caillat - You got me - https://www.youtube.com/watch?v=4XuQBd4JbTM

Enjoy it. *-*



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Acordei bem mais cedo do que eu costumo acordar nesse sábado. Eu estava num misto de nervosismo e ansiedade. Queria deixar tudo impecável, acima de tudo estar impecável para o almoço com o Rick aqui em casa. Eu avisei para ele ontem nas poucas horas que passamos juntos como ele deveria agir ao cruzar minha porta e se deparar com meu pai; NATURALMENTE. Ele me garantiu que daria tudo certo. Por mais que eu tenha implorado para mamãe me salvar dessa ela disse que não achava a ideia tão ruim, que seria uma tarde legal e a noite eu poderia ir comemorar com o Rick o aniversário de namoro. Era muito poucas vezes que mamãe me fazia pensar que ela não me entendia, essa era uma dessas vezes.

Faltava pouco para meio-dia e eu, por incrível que pareça, estava pronta. Escovei o cabelo, maquiei-me levemente, abusei do hidratante de cerejas e coloquei meu vestido de tecido verde, alças fininhas, floral discreto, pegando até a metade da coxa. Rick só chegaria meia hora depois, como foi combinado. Mamãe a me ver sorriu discretamente, o olhar dela dizia “Você está linda”. Mamãe preparou uma massa incrível e o cheiro dissipava-se pelo ar. Mal cheguei à sala e campainha soou. Corri para a porta. Mamãe e papai ficaram atrás de mim ansiando a minha reação.

– Oi Rick.

– Oi. – Ele sorria de forma doce me encarando com aqueles olhos azuis. – Você está linda.

– Obrigada... – Sorri timidamente. Ele estava lindo. Calça jeans escura e uma camisa social com mangas curtas de uma cor azul quase cinza. – Entra. – Falei dando espaço.

– Obrigado.

– Olá Richard! Prazer em finalmente revê-lo querido. – Mamãe se dirigiu a ele.

– Olá senhora Beckett! Como vai a senhora? – Ele tinha um pequeno buquê de flores do campo nas mãos. – São para a senhora.

– Oh Richard, obrigada! Que gentileza. Vou pô-las em um vaso.

– Como vai Richard? – Papai o abordou estendendo a mão para um cumprimento cordial.

– Vou bem senhor Beckett. E o senhor? – Rick apertou a mão do papai. Ele me parecia tão seguro.

– Pessoal, vamos nos sentar a mesa? – Mamãe nos chamava.

Rick pediu para ir ao banheiro lavar as mãos. Levei-o até lá e num desvio de atenção do papai consegui beijá-lo. Voltamos para mesa logo em seguida e ele sentou-se ao meu lado. Papai na ponta da mesa tentava demonstrar imponência. Mamãe serviu a todos e eu a vi apertar a mão do seu marido. Um claro sinal de que ela tentava o acalmá-lo para que o exagero da abordagem fosse evitado. Já iniciando a comer papai começou sua investida.

– Então Richard, você estava no Texas não é mesmo? – Eu o encarei com dúvidas no olhar – Johanna me contou. – Eu então entendi.

– Oh, sim senhor. Morei lá por quase quatro anos.

– Porque vocês se mudaram mesmo?

– Meu pai... Na verdade meu padrasto resolveu montar um negócio por lá, mas acabou não dando certo. Minha mãe se divorciou e nós voltamos para Nova York.

– Hun. E sua mãe? Trabalha em quê?

– Minha mãe continua sendo atriz senhor. – Papai arregalou os olhos. – Mas atualmente ela está atuando na série do horário nobre. – Rick agia naturalmente.

– Atriz? – Papai indagou assustado.

– Está gostando da massa Richard? – Mamãe interrompeu na tentativa de evitar atritos.

– Oh sim senhora Beckett! Perdoe-me por não ter informado antes, mas o almoço está divino!

– Oh que bom querido.

– Quem me dera que minha mãe tivesse tamanha habilidade. Kate é uma garota de sorte. – Ele sorriu. Sorriso que logo se desfez com a pequena cotovelada que dei nele. Papai apoiou a cabeça no braço direito. Com as mãos massageava um ponto fixo na cabeça. Ele estava estressado.

– Quem sabe um dia eu possa finalmente conhecer sua mãe. Seria uma honra. – Mamãe sugeriu.

– Claro que sim senhora Beckett, podemos marcar. – Ele sorriu.

– Mas indo para outro foco. – Papai limpou a garganta pigarreando. – Como estão seus planos para a Universidade no fim do ano? – Agora era a vez de o Rick limpar a garganta.

– Bom... Na verdade senhor, eu sou muito habilidoso na área de literatura. Pretendo ser escritor. Quero entrar para Columbia, especialização em literatura.

– Escritor? Literatura? Você sabe que se a carreira em busca de best-sellers não der certo será fadado a dar aulas para crianças no junior school não é? – Eu me senti tão constrangida nesse minuto.

– Jim! Não é assim. Ele me parece ser um rapaz inteligente. Tenho certeza que vai conseguir realizar o que planeja. – Mamãe tentou aliviar.

– Inteligente não é o suficiente. É preciso ser esforçado! – Papai argumentou.

– Por certo possuo essa habilidade senhor. – Rick respondeu seguro. Isso me orgulhou. – Sua filha me inspirou e seria uma surpresa que contaria para ela mais tarde... Mas acho que esse momento é mais apropriado. – Ele me encarou no fundo dos olhos.

– Uma novidade? – Eu perguntei.

– Mesmo sendo nosso último ano eu estou no clube da revista literária da escola.

– Você vai escrever semanalmente? Para todos verem? – Indaguei animada.

– Sim! Toda semana! E isso vai somar pontos para Columbia. – Ele sorria satisfeito.

– Parabéns Rick! – Eu o abracei calorosamente. Mamãe bateu palmas.

– Oh! Isso não é maravilhoso Jim? – Pude ver ela o fuzilar com o olhar. Logo em seguida papai revirou os olhos, suspirou fundo e disse:

– Por suposto é algo bom para alguém com seus planos Richard. Parabéns.

– Obrigado senhor.

O final do almoço correu tudo bem. Perguntei pra mamãe se havia problema se eu levasse o Rick até o meu quarto para “conhecer”. Ela disse que não, mas mandou ter juízo. Ri revirando os olhos. Rick se sentou na minha escrivaninha e analisava agora com mais atenção os detalhes do meu quarto.

– Naquele dia não pude observar muita coisa e nem dizer que aqui mudou muito desde tempo da gente criança.

– Eu sei. – Sorri mordendo os lábios inferiores.

– Kate! Não faz isso... – Ele implorou.

– O quê? – Provoquei.

– Você sabe! Guarde um pouco disso pra daqui a pouco onde eu posso te responder a altura. – Gargalhei.

– Para onde nós vamos?

– Surpresa.

– Rick, eu não gosto de surpresas.

– Mas essa você vai gostar. – Ele se inclinou suavemente em minha direção roubando-me um beijo doce e singelo. Não podíamos arriscar.

– O que está achando dos meus pais?

– Sua mãe continua a mesma. Ela trás o significado para o seu lado doce.

– Meu lado doce?

– Sim. Seu pai agora me trás o significado para quando eu te vejo estressada.

– Rick! – Bati no braço dele.

– Ai! – Ele passou a mão sobre o braço. – Brincadeira, brincadeira!

– Vamos logo pra sala antes que papai venha até aqui.

Mamãe estava preparando algumas porções de sobremesa para servir. Papai empolgado assistindo o habitual jogo de baseball dos sábados à tarde.

– Precisa de ajuda senhora Beckett? – Rick perguntou.

– Oh querido, você é muito gentil, mas não precisa. Vá até a sala, o Jim está assistindo a final de baseball.

– Ok. – Ele assentiu, sorriu e se dirigiu até a sala. Sorri para a mamãe e o segui.

Mal identifiquei a partida e fui despertada pela voz alterada do Rick.

– SÃO OS YANKEES! – Papai ao contrário do que imaginei não se assustou. Assentiu com outro grito.

– ISSO GAROTO! HOJE É NOSSA CHANCE PRA WORLD SERIES! – Eu não conseguia acreditar na cena que se formava na minha frente. – Senta aqui anda! Anda!

– Em quantos pontos estamos?

– 8! Estamos quase lá! – Papai então percebeu minha presença em pé ao lado do sofá com os braços cruzados. – Você não vai ver querida? – Sorri sem graça.

– Sim. – Me joguei no sofá ao lado do Rick. É sério que o fim de tarde ficaria ali no sofá vendo Baseball? Não que eu não gostasse. Eu adorava baseball, mas hoje era nosso primeiro mês de namoro. Poxa vida!

–VAI! VAI! REBATE ESSA! – Papai gritou pondo o braço para cima.

– Já é nosso senhor Beckett! – Rick participou. Meus olhos estavam cerrados assim como meus braços que se cruzavam sobre meu abdômen.

– Pode me chamar de Jim rapaz. – Choquei na mesma hora. E meus olhos antes cerrados agora se abriam em espanto.

– Ok!... – Eles gritaram comemorando. – SABIA JIM! ERA NOSSA!

– ESTAMOS NA FINAL GAROTO! NA FINAL! – Eu só podia estar sonhando. Não pode ser real.

– Jim, eu posso conseguir ingressos pra final. Tenho um velho amigo que me deve uma. Se o senhor quiser posso arrumar para o melhor lugar da arquibancada do Estádio Yankee. – Papai era viciado em baseball. Impossível ele dizer não para uma oferta dessas.

– Você garante isso?

– Claro que sim Jim. Não falaria se não tivesse a certeza. – Bati o cotovelo nas costas do Rick. Ele realmente tinha que ter total certeza disso. Mas ele fez um ok com as mãos, disfarçadamente, me garantindo a confiança.

– Faça isso garoto! E pode deixar que a carona e os snacks serão por minha conta.

– Pode deixar.

– Rick, podemos ir agora? – Falei pegando em sua mão.

– Claro! Desculpa senhor Beckett... – Papai o encarou. – Oh! Desculpa JIM... – Rick sorriu e papai sorriu de volta. – Preciso levar sua filha para um sorvete que eu a prometi.

– Tudo bem rapaz. Espero que seja realmente um sorvete. – Ele falou sério, mas logo depois aliviou as expressões da face. – Tome conta da minha garotinha. Respeito e juízo certo?!

– Sim senhor. Pode confiar em mim. – Rick foi tão fofo ao dizer isso. Ele apertou a minha mão que estava atada a dele e fez-me suspirar.

– Já vão crianças? – Mamãe chegou até nós.

– Já mãe.

– Obrigada por tudo senhora Beckett. A senhora cozinha muito bem. Foi um prazer conhece-los.

– Podemos dizer o mesmo... – Mamãe se inclinou no sofá passando a mão sobre o ombro do papai. –... Não é mesmo Jim?

– Sim. – Já na porta chamei o Rick.

– Vamos! – Ele passou por mim me esperando no corredor. – Até mais tarde mãe! Beijos pai!

Continua...


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Notas finais do capítulo

Lindinhas e lindinhos... O que acharam? Para onde será que Rick vai levar Kate para comemorem o aniversário de namoro? Palpites?

Gente, eu não sei se postarei amanhã, portanto FELIZ PÁSCOA PESSOAL!
Beijinhos e ovinhos de chocolates pra vocês. *-*



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