HIATUS - This Love escrita por Pequena Stiff, SheWolf


Capítulo 11
Ten


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, me desculpem pela demora de verdade!

Passei por tantos problemas nesses últimos tempos, que... Nossa. Eu sinto muito, de verdade.
Tive que me mudar as pressas, e onde estou morando, não tenho nem como, e nem tenho tempo para escrever.
Tive que começar a trabalhar, e, conciliar três cursos e trabalho (jajá escola também) é muito complicado.
Tanto que, mesmo tendo o capitulo pronto a alguns dias, não tive tempo de revisar ou de postar!
Perdão pelos reviews não respondidos, não tive tempo realmente.
LEIAM AS NOTAS FINAIS OK? É IMPORTANTE!
Ok, agora mais um capitulo.

Edit da SheWolf: Capítulo betado com sucesso! Espero que curtam os acontecimentos tanto quanto eu curti :D



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"O que importa afinal, viver ou saber que se está vivendo?"

(Clarice Lispector)

Depois de um curto período de tempo, senti algo - alguém, no caso -, tentando se apoiar em mim. Mei estava segurando em minha perna, e ficava de pé. Ela me dirigia um sorriso lindo, que me fez sorrir, mesmo em meio às lágrimas. Peguei-a e aconcheguei-a em meu colo. Ela continuava sorrindo. Dei um beijinho em seu rosto, e ela tentou dar um beijo no meu de volta, mas acabou beijando meu nariz. Soltei um riso baixo. Olhei para porta e vi Ino parada ali, meio hesitante, olhando para mim. Sorri amarelo para ela, que disse:

— Bom, não tem nada para usarmos para limpar essa casa. Vou sair para comprar, tudo bem?

Assenti e, me levantando, disse:

— Sim, precisamos mesmo.

Segui até a sala, sendo seguida por ela e, com Mei no colo, peguei minha bolsa à procura de dinheiro. Meu celular tocava, mas decidi ignorar e deixa-lo ali mesmo. Mei tentou pegar o objeto que brilhava, mas não deixei. Peguei o dinheiro, e entreguei a Ino, que, não falando nada, seguiu para a porta.

Eu não me sentia bem para dizer nada a ela, então quando ela cruzou a porta, nenhuma palavra de despedida ou algo do tipo havia saído de minha boca.

Coloquei a bolsa de volta no sofá e, ainda com Mei no colo, segui até as portas de vidro que cobriam quase uma parede, abri, e fui para a varanda.

A maravilhosa vista que estava diante de mim, que ficava ainda mais bela de noite, continuava a mesma da qual eu me lembrava. Alguns prédios haviam sido construídos, mas nada que mudasse muito. Coloquei Mei no chão, mesmo lá estando sujo, e ela engatinhou rápido para a ponta da sacada. Peguei-a novamente no colo, não confiando muito na proteção que há muito tempo havia sido instalada ali, fazendo uma nota mental de mais tarde procurar alguma empresa que fazia proteções de sacadas e mandar renovar aquela. Com Mei no colo, me aproximei do vidro e fiquei ali, parada, olhando tudo e não pensando em exatamente nada.

Não sei ao certo quanto tempo fiquei ali, com Mei passando as pequenas mãos pelo meu rosto, ou então puxando meus cabelos, ou tentando tirar meus brincos.

Ino chegou depois de um tempo que aparentemente, pra mim, foi relativamente longo. Se largou no sofá com um suspiro e, formando uma expressão desgostosa pela nuvem de pó que levantou, disse:

— Sabe aquele seu amiguinho ruivo e idiota que atendia como meu namorado? Encontrei com ele agora.

Colocando Mei no chão, dei risada, dizendo:

— Ele só atendia, não atende mais assim porque você não quis se casar, e sabe disso.

Ela bufou e se levantou, não dizendo nada, mas a sua expressão indignada disse tudo pra mim.

Gaara sempre foi e sempre será o ponto fraco de Ino. Playboy idiota, patricinha nojenta, ódio mutuo. Uma festa, muita bebida, e uma linha tênue destruída.

Uma situação tão facilmente resolvível que me dava raiva.

Eles se amavam; quando juntos, estavam apenas um com o outro. Se conheciam a anos, confiavam um no outro, ponto.

Mas não. Ino não conseguia ouvir as palavras "noivar", "casar", "engravidar", "envelhecer"... Bom, pelo menos não quando se referiam a ela.

Gaara era completamente apaixonado por Ino, e ela por ele. Eles viviam uma relação de amor e ódio que tirava a paciência de qualquer um. Eles moravam juntos, mas, algum tempo atrás, Gaara pediu Ino em casamento, e ela disse não, e imediatamente saiu do apartamento que eles dividiam e voltou para o dela sem avisar nada a ele. Gaara levou isso como um término oficial, e quando ela voltou para se explicar, ele estava no apartamento em que dividiam, bebendo com uma loira qualquer, segundo Ino. Eles não estavam fazendo nada, só bebendo, mas Ino, movida pelo orgulho ferido, disse coisas que não deveria ao ruivo e, mesmo depois de ele ter explicado que ela era uma prima dele - e Temari, irmã de Gaara - ter confirmado, Ino não voltou atrás em suas palavras.

Ele continuou correndo atrás dela por um bom tempo, mas, somente quando desistiu, Ino deu valor. Ela foi atrás, e ele não quis mais. Ou disse, pelo menos, porque, bem... O amor dos dois era óbvio.

E Ino era ressentida com isso. Era só escutar o nome dele que mudava totalmente.

Suspirei, me levantei e, pegando Mei no colo, parti para a arrumação do meu apartamento.

Queria distrair a cabeça, pois pensar na relação "complicada" de Ino e Gaara fazia eu pensar na minha.

Durante um tempo, fiquei com Mei enquanto arrumava a cozinha. Ela ficava quietinha no meu pé, só me olhando com as orbes brilhantes que me faziam ter vontade de morder as bochechas gordas dela.

Depois Ino ficou com ela, e foi assim até eu escutar o interfone tocar e Naruto dizer para eu descer para podermos buscar minhas coisas. Estranhei um pouco, pois esperava ele bem tarde.

Peguei Mei, minha bolça e desci. Quando cheguei lá, vi que Hinata já estava com Naruto. Assim que saí, liberei sua entrada e, com um beijo no rosto e um abraço curto, ela subiu sem dizer nada mais do que "oi". Provavelmente estava esperando a hora certa para conversamos.

Coloquei Mei na cadeirinha de Minato, com muito custo. Ela queria porque queria meu brinco. Assim que se acalmou, segui até o banco de carona e me sentei. Naruto partiu com o carro imediatamente, e me disse quando virávamos a rua:

— Vim mais cedo porque a reunião na empresa foi cancelada.

Estranhei o acontecimento. Sasuke nunca adiava ou cancelava uma reunião. Não resisti, perguntei:

— Por quê? Naquela empresa nunca se cancela ou adia nada. O chefe gosta das coisas certas, no dia e hora exatos.

Naruto suspirou, e pelo que parecia lutava consigo mesmo, ponderando se devia falar ou não. Por fim, acabou dizendo:

— Sasuke não apareceu.

Meu semblante surpreso deve ter dito muito, pois ele, tomando uma funda respiração, continuou:

— Eu recebi uma ligação de madrugada. Mais de uma, na verdade. Sasuke me ligou e me contou o que aconteceu. Eu disse que iria até ele, mas ele negou, disse que ficaria tudo bem, e falou que estava indo dormir. Não me preocupei muito, ele é bem crescidinho e sabe o que faz. Mas hoje não apareceu lá na empresa na hora de uma reunião muito importante. Fui até ele, preocupado. Quando cheguei lá, estava de ressaca e podre com cheiro de álcool. Dormindo ainda. O Sasuke não passa das nove da manhã nem de domingo... Ele estava acabado, Saky.

Eu entrei em um estado automático e parei de prestar atenção no que Naruto falava. Sabia o que meu melhor amigo estava fazendo. Mas não iria adiantar. No momento, tudo o que me interessa é arrumar minha vida e seguir em frente, e não ficar me preocupando com os problemas que uma pessoa teve porque foi atrás deles. Dane-se que ele bebeu. Dane-se que ele estava acabado.

Quem procura, acha, e ele achou. Era hipocrisia dele fazer isso agora.

Não perguntei mais, e nem Naruto disse nada.

Percebi que meu celular vibrava na bolça. Peguei-o para desliga-lo, quando vi que era um número que eu não conhecia. Podia ser o Sasuke ligando do celular de outra pessoa, claro. Mas também podia não ser. Não é porque minha vida virou de cabeça para baixo de um dia para o outro que o mundo ia parar. As pessoas iam continuar, e eu também. Poderia ser um assunto importante. Respirei fundo, pronta para desligar imediatamente se fosse Sasuke, e atendi.

— Alô? — Eu disse, e esperei.

Uma voz feminina respondeu:

— É Sakura Haruno?

Tive o ímpeto de dizer "Sakura Uchiha", mas apenas respondi:

— Ela mesma.

A pessoa não respondeu de imediato, mas quando respondeu, eu soube imediatamente quem era:

— Então é o número certo, não é mesmo, Sakura-Uchiha-quase-Haruno-outra-vez?

Eu não sabia como e nem quando ela havia conseguido meu número. Só uma pessoa vinha na minha cabeça, e eu não achava que ele seria capaz de tamanha baixaria. Ela continuou:

— Então finalmente tomou vergonha na cara e deixou o caminho livre, não é mesmo? Fico feliz por isso. Agora, finalmente eu e o Sasuke podemos ser felizes. Ele está aqui do meu lado, sabia?

Minha mão pendeu, e não consegui segurar mais o celular na orelha.

Karin estava me ligando, para jogar na minha cara aquilo que eu já sabia. Que assim que eu o deixasse, ele correria para os braços dela.

Lágrimas involuntárias rolaram pelo meu rosto. Quando Naruto, parando em um sinal, viu meu estado, tomou o celular da minha mão. Disse ao telefone:

— Quem é?

Seu rosto empalideceu, e ele desligou de imediato.

Mas o estrago já estava feito. Não adiantaria mais ele mentir dizendo que Sasuke estava abalado ou algo do tipo... A prova estava ali. Ela estava com Sasuke, e fez questão de me ligar para comprovar isso.

Quando é que isso iria acabar? Eu não poderia ter paz?

O choro de Mei se fez presente, mas eu não estava me importando no momento.

Provavelmente, se eu me mexesse, ou sequer buscasse o ar que parecia faltar no momento, eu desabaria.

If I should die before I wake
It's 'cause you took my breath away
Losing you are like living in a world with no air

GleeNo air


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Notas finais do capítulo

Tenho uma beta agora.
Tive que ir atrás de uma, perguntei em dois grupos no facebook e a SheWolf apareceu como um anjo para mim. ( O link do perfil dela >>> http://fanfiction.com.br/u/58124/ )

Espero que entendam a demora, e deem um olá por review para ela, ok? hihi.
Espero vocês, tomara que não me abandonem!