The Battlefield - O Campo de Batalha escrita por Jessyhmary


Capítulo 4
Capítulo 03 - Quando Ninguém Quer Dormir


Notas iniciais do capítulo

"... Ela não era uma fortaleza impenetrável, ou se fosse, começava a brotar pequenas fendas entre os tijolos."



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/479612/chapter/4

Skye não estava mais na câmara hiperbárica naquela noite. Simmons avaliou que não era mais preciso manter sua temperatura baixa e que ela precisava reabituar-se à temperatura ambiente. Fitz reuniu a equipe para informa-los sobre a boa notícia. Todos se retiraram da sala onde Skye estava, exceto Phill. Ele segurava a mão da sua pequena agente, envolvendo-a com as duas mãos. May e Ward assistiram à cena antes de se retirarem e Simmons parecia que não conseguia parar de rir. Fitz a acompanhou ao laboratório, mas ambos já estavam sonolentos por causa do horário. Todavia, ninguém queria dormir. A melhora de Skye era tão vívida quanto ela própria quando entra em ação. Colson conversava com ela, contando-lhe sobre as novas descobertas da S.H.I.E.L.D, a atualizava sobre o caso do “vidente” e a suplicava gentilmente que ela despertasse logo, pois eles precisavam dela. Fitz-Simmons despertaram de vez e trabalhavam para sofisticar a Pistola Boa-Noite, em meio a risadas. May e Ward subiam em silêncio até os seus quartos, quando Ward lembrou-se do conselho de Couson.

– Em breve teremos Skye de volta.

– Sim – May deu uma longa pausa, mas resolveu dar continuidade à conversa – Ela está se recuperando, daqui a pouco ela começa a te encher de novo, S.O.

– É – Suspirou – Aquele cadete leva jeito pra coisa... Só precisava de um Supervisor competente, habilidoso, bem treinado...

– Com boas habilidades em se relacionar – Confrontou May com um sorriso sarcástico

– Ah, então é isso... – Sorriu o agente – Você sabe que eu posso ser bem sociável, May – Desafiou.

– Claro. – Debochou a agente – Tão bem quanto a sua esquerda.

– Que chances eu teria contra a Cavalar... – Interrompeu bruscamente a fala, tentando desfazer o que tinha dito, mas ela ouvira.

– Já disse pra não me chamar assim.

– Me desculpe, eu não tive a intenção de...

– Ward...

Grant parou e fitou os olhos puxados e ligeiramente marejados de Melinda. Ele nunca a vira chorar, mas já esteve com ela num dia muito amargo para os dois. Havia contemplado a dor que ela engolia em seco todos os dias e estava aprendendo que ela não era um relógio. Ela não era uma fortaleza impenetrável, ou se fosse, começava a brotar pequenas fendas entre os tijolos.

– Você não faz ideia do quanto aquele dia me mudou... Eu me olho no espelho desde então e vejo o que parece ser meu corpo, mas eu mesma não estou dentro dele. Eu me perdi, Ward... Eu... Eu morri! Simplesmente morri...

Nesse momento, Grant sentia-se tão vulnerável quanto ela, mas num instinto protetor ele deu alguns passos em sua direção. Ward ouvia tudo da porta do quarto de Melinda e enquanto ela falava engolindo o desespero gota a gota, ele se aproximava na tentativa de mostrar que estava ao seu lado. E estava.

– Se Skye tivesse morrido naquela casa...

– Mas isso não aconteceu, May – Disse Ward firmemente enquanto apertava sua mão – Ei, olha pra mim... – Ward levantava cuidadosamente o queixo dela – Ela está bem. Nós estamos bem. Não foi culpa sua e nem de ninguém. Você mesma me convenceu disso.

Ward dizia isso sem soltar a mão dela, como se houvesse algum imã segurando os dois. Melinda por sua vez, permitiu-se entrelaçar os seus dedos nos dele, o que lhe rendeu um breve suspiro, um breve momento de sossego em meio às lembranças que a assombravam.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!