The Battlefield - O Campo de Batalha escrita por Jessyhmary


Capítulo 21
O Que Realmente Aconteceu em Bahrein - Parte II


Notas iniciais do capítulo

The Last One! :(
Amores, quero super agradecer a TODOS que leram, comentaram, que ficaram de fantasminhas... (Rsrs) Enfim, que deram crédito à isso, amei poder compartilhar isso com vocês, e confesso que estou com o coração apertado por finalizar esse fic hoje.

— Falta apenas 3 dias para a Season Finale e com ela, surgirão mais uma série de fics, (assim eu espero) para nós, então... :)

— Ah! Tbm quero recomendar uma Fic One-Shot que eu AMEEII!!! #Philinda O nome da fic é "You Mean a Lot to Me" autoria de Charizard. Eu simplesmente li e reli... Boa d+!!

Abraço, amores... Até as próximas fics... xx



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*Bahrein, 7 de Março de 2004 *


Eu e os garotos estávamos vivendo num sobrado abandonado em Manama, depois de pegarmos carona com um Hippie meio sem-noção que queria fazer uma viagem ao redor do mundo. Okay, eu sei que não devíamos ter confiado nossas vidas àquele lunático esquisito, mas nosso antigo lar em Chicago (leia: Um cômodo de um condomínio totalmente desenganado) havia desabado numa tarde quando nós estávamos comprando comida com um dinheiro que Miles conseguira ao consertar o vídeo-game de um garoto da nossa antiga escola. Quando voltamos felizes e com sacolas cheias de comida, estava tudo em ruínas. (Só fazia alguns meses que eu havia fugido de St. Agnes). Daí esse Hippie apareceu numa lancha dias depois quando estávamos abrigados perto ao porto de Chicago, perguntando se nós queríamos pegar uma onda com ele, que a vibe era boa e que seria maneiro. Maneiro ou não, nós não tínhamos mesmo onde ficar e fomos com ele. O problema foi quando enfrentamos uma tempestade, já perto da Ásia e a lancha virou próximo a Bahrein. Conseguimos sobreviver flutuando nos pedaços de madeira que desprenderam da lancha quando ela se partiu ao meio. Demorou apenas um dia para que chegássemos em terra firme, no que seria Bahrein. A cidade era linda, nós estávamos sem rumo, então qualquer lugar servia. A partir daquele dia, o Hippie passou a viver conosco. Era Josh, nosso amigo mais velho.

Miles e eu ficamos até mais tarde na rua naquele dia. Lembro-me de estarmos sem comida e eu não queria voltar para os pequenos com as mãos vazias. Nós sempre cuidávamos uns dos outros. No caminho para a volta eu vi aquele enorme prédio de uma indústria alimentícia. Já estava de madrugada, com certeza não tinha mais ninguém por lá. Miles não concordou com a ideia e me arrastou para casa praticamente à força, mas como naquela época eu já não aceitava “não” como resposta, eu esperei ele dormir, peguei algumas sacolas vazias e deslanchei pela rua vazia, determinada a saquear aquele estabelecimento (Criança é uma coisa muito ingênua mesmo). Em alguns minutos eu consegui subir no prédio pelos tubos que ficavam na parte traseira, com um esforço sobre-humano, tentando me apoiar nas paredes quase escorregando. Usei uma chave inglesa (sim, os meninos me ensinavam a fazer essas coisas) para desparafusar a trava da janela, por onde eu passei facilmente com meu corpinho franzino e saí percorrendo os corredores daquele lugar gigantesco, procurando o lugar onde eles guardavam as comidas. Eu ainda não tinha percebido que era um prédio de negócios e não uma feira livre então eu corri por vários andares até cair exausta perto de uma das colunas do 10º andar.

Meus olhos iam se abrindo novamente e só então eu me dei conta que tinha dormido ali mesmo. “Miles vai me matar!” Foi o meu primeiro pensamento. Me apressei em sair de lá, mas antes que eu tivesse alguma chance, fui pega por dois caras assustadores que falavam coisas sem sentido, sobre uma tal de “Melinda” e algo como “eu seria a isca”. Fiquei apavorada quando eles me amarraram naquela cadeira, mas eles disseram que uma mulher estava indo me resgatar. Eu podia ouvir gritos que vinham dos andares superiores, o que me deixava com mais medo ainda e naquele momento eu me arrependi de não ter ouvido o Miles. “Como eu fui estúpida!” Do lado de fora do prédio existia uma multidão, sirenes, pessoas falando em megafones e ficava mais barulhento a cada minuto. Eu estava engolindo o choro, esperando pela mulher que os monstros disseram que me tiraria daquele lugar horrível.

– Querida, está tudo bem! – Uma voz feminina enfim adentrou aquele salão horrendo e a moça começou a me desamarrar da cadeira – Você está machucada?

Ela estava com os olhos lacrimejando e eu me perguntava quem eu era para que ela estivesse tão desesperada quando me viu naquela cadeira. Eu estava com muito medo e mal olhei para ela, mas vi que era asiática. O choro que estava todo engasgado na garganta veio abaixo antes que eu me desse conta, mal permitindo que eu respondesse à pergunta dela. As palavras saíram quase sussurradas.

– Não. – Num impulso eu simplesmente me lancei à cintura dela e a abracei chorando.

– Está tudo bem agora. Eu vim te tirar daqui. Okay? Só precisa ficar por perto.

Nessa hora surgiram os caras de novo. Os mesmos que haviam dito que ela me salvaria. Ela ainda tentou me proteger como pôde, arriscando sua vida para que eu não me ferisse, mas quando ela conseguiu derrubar os dois caras maus, o terceiro, o pior deles, me arrastou de trás da coluna. Eu podia ver o desespero dela junto com o meu. Ele disse algo sobre “olhar para o rosto da mulher que causaria a minha morte” e me arrastou até uma cabine, colocando Melinda na outra, apenas para que ela me visse sofrer.

Eu sentia meu coração bater como se ele estivesse a ponto de ser vomitado, nunca tinha sentido tanto medo na vida. Ele segurou o meu cabelo com violência e perguntou como eu me chamava. Eu apenas respondi meu nome, trêmula – e pálida provavelmente – e ouvi o grito de May, seguido de um tiro e o corpo do meu suposto assassino no chão. Eu caí por cima da porta com o impacto do corpo dele sobre o meu e devia ter batido a cabeça muito forte, pois eu poderia jurar que tinha uma fecha enfiada no peito dele. O tiro foi dado pelo cara que ia me matar, mas com a flechada ele perdeu a mira e atirou em uma das paredes da cabine. O arqueiro, ou sei lá o que, estava com um capuz verde, mas eu o vi bem de longe. Ele pressionou o indicador sobre os lábios, para que eu não contasse a ninguém sobre ele e foi a última coisa que eu me lembro de ter visto naquele prédio. Caí com metade do corpo para fora da cabine, por cima do sangue daquele asqueroso que quase me matou e devo ter ficado desacordada por algum tempo, pois quando eu acordei, já estava na rua novamente, junto com Miles e Josh que tinham ido me procurar na porta daquele prédio. Miles, me conhecia, sabia que eu tinha me metido em encrenca, então, depois de me dar um longo sermão, ele e Josh me levaram de volta para casa, onde os outros garotos estavam.

Havia sido um dia muito louco. Até mesmo para nós. As imagens daquela manhã não saíam da minha mente, ora nítidas ora distorcidas, mas finalmente acabara. Os meninos conseguiram comida e estavam comemorando minha volta. Eu estava lavando a minha roupa ensanguentada, quando encontrei algo dentro do meu short. Era uma bonequinha havaiana que dançava quando mexíamos nela e eu não me lembro de ter visto aquilo antes. Não me pertencia.

– De quem é isso? – Perguntei, balançando o brinquedo.

– Você é a única menina do grupo, Mary. – Dizia Peter, o menor deles.

– Mas não me lembro de ter ganhado isso.

– O cara verde que te tirou do prédio disse que tinha encontrado isso logo após ter te tirado da cabine. – Miles me esclarecia.

– É, ele disse que estava na porta de uma cabine em frente à que você foi encontrada... Ele pensou que fosse sua. – Josh completava.

Olhei para a bonequinha por alguns segundos e então lembrei de Melinda.

– Foi ela.

– Ela quem?

– A mulher que me salvou.

– Mas não era uma mulher, era um homem de verde com arco e...

– Não, Josh. Antes que ele me salvasse do atirador... Tinha uma mulher lá... Ela deve achar que eu estou morta... Preciso encontra-la! – Deixei as roupas que estava lavando e peguei outra que não estava ensanguentada.

– Se você tá falando da equipe que estava no prédio... Lamento informar, mas eles foram embora. Nós os vimos partir em um enorme navio de carga agora a tarde. Já devem estar do outro lado do globo

– Josh tem razão, Mary. E não sabemos nada sobre eles.

– Não sabemos... Mas vamos descobrir. – Olhei para os garotos, esperando companhia para aquilo – Como é mesmo aquele lance que você falou sobre computadores, Josh? Se nós ficarmos super bons nisso... Quem sabe possamos ir atrás deles... Ou... Atrás dos meus pais? – Acabava de ter a melhor ideia da minha vida.

– Acho que não é uma boa ideia, Mary. – Danny de onze anos estava com medo de que eu me metesse em encrenca novamente.

– Não, não é boa... É ótima! É só eu me tornar muito boa nisso. Vocês também deviam fazer o mesmo. – Tentava convencê-los.

– Não custa nada, tentar... – Miles concordava. – Poderemos fazer grandes coisas com isso.

– Só mais uma coisa... “Mary Sue Poots”? Por favor! Só ontem eu me dei conta de quão ridículo esse nome é... – Pensei um pouco – A partir de hoje... Me chamem de Skye.

– Skye? – Miles segurou o riso – Realmente, bem melhor.

– Okay... Agora me deem um pouco dessa comida. – Disse, jogando-me no nosso sofá empoeirado – Estou faminta.


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Notas finais do capítulo

O que acharam da fic? E do ultimo capítulo? Deixe sua opinião/sugestão/crítica! :)

— THANK YOU mais uma vez!

#Itsallconnected :)



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