Chegamos em casa e Regulus começou a resmungar:

—Se acha que vai ficar me fazendo de idiota, está bem enganada, lufana nojenta!

—eu não preciso fazer você de idiota, você faz isso sozinho!—retruquei.

—Hey—minha mãe saiu da cozinha e encarou Regulus— o que houve querido?

—Lynx houve, Sirius houve!

— não diga o nome dele!— mamãe falou calma e depois se virou pra mim, seu tom de voz mudou para um raivoso— se quiser continuar debaixo do meu teto, obedeça Regulus.

—Não vou obedece-lo, eu sou mais velha que ele!— falei irritada e antes que percebesse, ela me deu um tapa no rosto, cai no chão com o golpe.

—bastarda!— Regulus riu— obrigado mamãe, vou para o meu quarto!

Eu olhava para o chão, ouvi Regulus subindo as escadas.

—Levante-se!— minha mãe disse autoritária.

Levantei-me e a encarei, uma lagrima corria pelo meu rosto, ela a limpou com o dorso da mão.

—não seja fraca, Blacks não demonstram fraqueza nem perto da morte!— ela voltou pra cozinha e eu subi correndo pro meu quarto.

(...)

Finalmente 1° de setembro chegou, acordei as 9h00 e as 10h00 desci pra tomar café, me sentei ao lado do meu pai que murmurou um bom dia para mim, ele foi o único que falou comigo durante todo o café da manhã.

Nem deu tempo de comer muita coisa, tínhamos que estar na estação as 10h30, você sabe a pontualidade Black.

Mamãe aparatou com Regulus e papai comigo, eles atravessar conosco a barreira e depois desaparataram.

Regulus sumiu da minha vista rapidamente, fui colocar meu malão no trem, mas ele escorregou e caiu no meu pé.

—Merda!— reclamei

—Lufanos falam merda?— Remus estava atrás de mim, rindo.

—Lufanos falam merda— assenti e baixei a voz— e coisas muito piores

Ele riu.

—me deixa fazer isso pra você—Remus pegou o malão do chão e colocou no trem— não é você que tem uma gata?

—sim, eu a deixei com Liv, minha mãe não gosta muito da gata e eu não quero minha mãe a chutando!— expliquei— Sirius ainda não chegou?

—chegou—Remus falou— James e ele encontraram umas garotas e você sabe...

—sei!

—Hey, L, venha!— olhei pra uma janela do trem, Sam, meu melhor amigo estava inclinado pra fora e acenava pra mim.

—então, conversamos depois?— sorri pra Remus— obrigada pela ajuda, até logo!

—até!— Remus sorriu e eu entrei no trem

Sam me esperava na porta de uma cabine, ele esta no ultimo ano e é com certeza o garoto mais lindo da Lufa-lufa: cabelo preto, olhos azuis e um sorriso que diz que você pode confiar nele. Nós nos conhecemos nos dia da minha seleção, eu estava com muito medo e quando eu fui pra Lufa-lufa eu sentia mais medo ainda, então Sam pegou minha mão e disse que estava tudo bem, e eu senti que estava.

—eu senti tanto a sua falta!— o abracei— não recebeu minhas cartas?

—desculpe, eu passei as férias com meu pai e ele não gosta que eu fique fazendo outra coisa além de ficar com ele quando estou na casa dele!

Fiz uma careta.

—seu pai é bem carente! Conseguiu uma cabine?

Ele assentiu e entrou em uma cabine, o segui.

—então, me conta o que fez nas férias!— me sentei de frente para Sam

—meu pai e eu fomos para a América por um tempo, ficamos um tempo no Brasil e eu conheci tanta gente legal, há uma escola de magia lá e eu encontrei um pub onde os estudantes se encontram, é incrível! Não temos lugares como aquele aqui, você tem que ver!— Sam falava animado

—talvez um dia possamos ir juntos!—falei

—seria incrível!

A porta da cabine abriu e Liv, minha melhor amiga entrou, ela se sentou do meu lado e me entregou um cesto, minha gata dormia dentro.

—como vai, B?

Liv (ou Olivia) é uma Corvinal completamente louca, seus cabelos são azuis bem curtos e ela usa lentes de contato vermelha, usa roupas extravagantes e chama todo mundo pela primeira letra do sobrenome.

—melhor agora!—falei

Liv concordou, ela era nascida trouxa e me contou uma vez que seus pais viviam brigando e muitas vezes seu pai batia em sua mãe, ela odiava ir pra casa assim com eu.

—oi, W!— Liv acenou pra Sam, a propósito, seu sobrenome é West.

Ele acenou de volta.

—então, e as férias?— Liv deitou a cabeça no meu colo e apoiou os pé nas porta da cabine

— pra ser sincera? Horríveis!— falei— Mamãe finalmente perdeu o controle e me bateu, sério, ela ta ficando louca!

— ela fez o que?— Sam parecia indignado

— isso mesmo, um belo de um tapa no rosto foi o que eu levei pro dizer que não obedeceria meu irmão mais novo!

—Ela pirou de vez!— Liv se sentou novamente— eu tenho uma boa noticia!

— conta!— pedi

— meus pais estavam brigando e meu pai deu um tapa na minha mãe, então meu tio, irmão da minha mãe, chegou bem na hora e viu, ele deu uma surra no meu pai e o botou pra fora de casa!

—e a boa noticia? —Sam perguntou

— meu pai saiu de casa!— Liv falou como se fosse obvio

—ah...

Ficamos conversando mais um tempo, logo a tia dos doces passou, compramos algumas coisa e Liv resolveu dormir um pouco, Sam foi procurar seus amigos e eu fui procurar Sirius.

O encontrei em uma cabine sozinho... com duas garotas, fala sério!

Uma delas era da Grifinória e tava sentada no colo do Sirius, a outra era da Corvinal e ficava beijando a bochecha do meu irmão...nojento.

— her... oi!— falei com a certeza que estava bem vermelha

As garotas levantaram, também vermelhas, Sirius se levantou e deu um sorriso sacana.

—Oi, maninha! Vão embora!— ele falou pras garotas que saíram da cabine.

—não devia tratar todas as garotas como lixo, assim vai terminar sozinho!— falei

—querida irmã, aprenda uma coisa: a unica garota da minha vida é você! —Sirius falou muito sério e eu ri

—então tá, né!

Entrei na cabine e sente no banco, Sirius fechou a porta e se sentou de frente pra mim.

—agora é sério, você fugiu da minha pergunta no Beco diagonal, mas aqui não, como estão as coisas em casa?

— mamãe continua a bruxa de sempre, Regulus o filho da mãe de sempre e papai... bom, também continua o mesmo! — respondi

Sirius ia falar mais alguma coisa, mas a porta da cabine abriu de repente e

Marlene, uma das amigas do meu irmão entrou na cabine, ela estava branca e ofegante.

— Lily, ela foi encontrada desacordada... ela está muito machucada!