Além dos Mortais escrita por Ádrila Agnes, victor hugo


Capítulo 8
Primeiro Ataque - Parte I


Notas iniciais do capítulo

Oi! Eu sou Ryan Phillips, o novo coautor da história e vim postar um capítulo um pouco diferente, sob o ponto de vista do Drake... espero que gostem :3



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Savana e eu estávamos no quarto, nos beijando – beijos somente, afinal, eu me lembro de que até pouco tempo ela não sabia nada sobre mim, além do fato de um ter sido o humano visionário, a primeira criatura terrestre a ver o verdadeiro rosto de um alien e que, agora, esperava que a deusa Pandora me julgasse.

Ao pensar nisso, a empurrei delicadamente com os braços, deixando de sentir o seu hálito quente. Mesmo que eu pudesse ir á qualquer lugar, a minha vida ainda era, de certa forma, uma fraqueza no sistema que a Deusa-criadora – e nunca entendi muito bem isso, quero dizer, ela era uma espécie de deusa alienígena, mas, ainda assim, era temida em toda a galáxia - sempre mantivera. Um sistema ditador.

– Drake? – ela perguntou, apoiando o rosto em meu ombro. Antes de me levantar, acariciei os seus cabelos ruivos. Olhei pela grande janela, que ocupava toda a parede. Eu podia ver que ninguém se alarmara pela presença de Savanna, e, claro, pela presença dos seus amigos – Drake!

– Me desculpe eu só estava pensando.. O beijo, para vocês alienígenas, tem o mesmo significado que para os humanos?

Percebi que ela franziu o cenho, então, parei de falar, embora continuasse olhando para a janela. Mesmo durante o pôr-do-sol eu conseguia ver alguns planetas orbitando, lá longe. Aquilo chegava a ser estranho para mim, afinal, eu fui criado na Terra, mas, afinal, a ideia de namorar uma alienígena, principalmente uma alienígena tão importante também era estranha. Não que nós estivéssemos exatamente namorando, ou que não estivéssemos, mas, bom... Isso era o que menos importava agora.

Ela se levantou e foi até o meu lado. Passei o ombro pela sua cintura e ficamos ali, parados por alguns segundos, minutos, talvez, até que ela me beijou novamente, de modo que eu podia sentir o calor de seu corpo. E, além disso, eu pude sentir que ela estranhava o fato de, mesmo quando eu estava a beijando, eu estava usando o meu amuleto – ele era um entalhe simples de prata fundida ao cobre, mas tinha magia, muita magia bruta -, mas não disse nada.

– Seus amigos sabem que você está aqui? – disse, recuperando o fôlego – Aqui... no quarto... comigo.

Ela riu.

– Você não é nenhuma grande ameaça pública, sabia? Se fosse, nós não estaríamos treinando você, Drake. Quero dizer, você pode não ter percebido, talvez nem eu tivesse percebido até eu te ver há alguns minutos, mas tem algo em você... sei lá. Esquece.

– Tá, ok – dei de ombros e a conduzi até a porta, elegantemente. Segundos antes de eu tocá-la, a porta se abriu, apressadamente.

– Savanna... – Luki arfava, seus cabelos esbranquiçados grudados á nuca – Nós precisamos de você. Estamos sendo atacados.

E, neste momento, ele pareceu perceber que minha mão tocava a cintura da garota, que tinha um sorriso bobo no rosto. Ele recuou, mas, com um aceno breve com a cabeça da menina, ela pareceu se acalmar, embora um filete de suor ainda escorresse de seu rosto.

Savanna suspirou e, por um curto instante eu pude perceber que seu olhar era aturdido – e eu vi que ela não estava tão acostumada assim com batalhas e que, provavelmente, nunca empunhara arma alguma fora de seus centros de treinamento (assim como eu nunca fui capaz de ler o olhar de alguém daquele modo).

Respirou fundo e fez um rabo-de-cavalo no cabelo com a faixa que havia guardado em seu bolso, suas mãos emitiram um estranho brilho rubro que se transformou rapidamente em um par de facas vermelhas.

– Você não me disse que podia fazer isso.

– Tem muitas coisas que você ainda não sabe sobre mim. – ela sorriu, mas as palavras não eram muito reconfortantes.

Olhei para a porta, onde Luki estava apoiado, assim como Savanna havia feito, ele materializou sua arma, mas era um tridente que havia aparecido do nada em sua mão esquerda,através de uma aura de luz azulada.

E atrás, dele, antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, um grupo de sombras nos atacou.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Críticas? Sugestões? :)