Um Diário Nem Tão Querido escrita por The Reaper


Capítulo 31
O Estrago Está Feito


Notas iniciais do capítulo

Olá! Sumi né? Eu sei. Tenho andado ocupada como eu já havia dito anteriormente. Estou tentando me organizar para tentar postar com certa regularidade mas até lá temo que terei que postar quando possível.
Boa Leitura!!!!!



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Eu não podia ter ouvido aquilo. Eu com certeza devia estar ficando louca. É, era isso. Era a única explicação plausível para ouvir aquelas palavras naquela frase proferidas por aquela criatura.

Eu até desejaria que fosse uma alucinação minha mas, para meu desespero Vincent tinha dito cada palavra e estava lá, de pé com aquele sorriso bancando o menino tímido.

Porém, não fui a única a achar aquilo tudo um absurdo. Arthur teve um ataque de tosse, Kate deu um gritinho abafado, July pôs as mãos na boca e Ciprian arqueou uma sobrancelha enquanto Louise fazia uma careta. Apenas minha tia tinha uma expressão calma no rosto ainda que seus olhos mostrassem uma preocupação bem escondida.

Minha mãe uniu as sobrancelhas olhando fixamente para mim.

–Eu não sabia que você e a Sue já tinham voltado a se falar.

Ele passou um braço ao redor dos meus ombros enquanto me dava uma olhada que dizia “ei me ajude aqui ou vamos ter problemas”.

–Pois é, estamos nos falando – eu respondi a contragosto. De jeito nenhum que as palavras namoro e Vincent seriam pronunciadas por mim numa frase afirmativa.

–E vocês resolveram namorar – concluiu ela.

Aquela conversa ia complicar, isso era visível. Minha mãe não estava engolindo muito bem aquele namoro repentino. Apesar disso, Vincent ainda não tinha dado o seu melhor e eu sabia que ele podia ser muito convincente quando quisesse.

–Eu sei, é meio repentino – concordou ele – mas é que, sabe é meio difícil explicar.

Ele falava como se fosse um jovenzinho tímido e apaixonado. Aquilo era o cúmulo do absurdo.

–Hum – disse minha mãe com uma sobrancelha arqueada – mas bom, se vocês querem eu não vou impedi-los. Contanto, é claro que vocês cumpram certas regras.

Vincent abriu um sorriso.

–Muito obrigada senhora, quer dizer Grace. Mas eu também queria fazer outro pedido se não for muito abuso.

Eu o encarei intrigada. Que outro estrago ele pretendia fazer na minha vida?

–Pode falar.

–É que eu queria saber se posso levar a Susan numa pequena viagem comigo.

Viagem? O que Vincent estava planejando?

–Viagem? – disse a minha mãe com uma expressão muito pouco contente.

–É sabe, eu queria apresentar a Susan oficialmente para o meu pai. Claro, se a senhora concordar – terminou ele muito respeitoso.

–Só vocês dois? – indagou minha mãe.

–Minha mãe virá conosco - foi a resposta rápida que ele deu. Caramba, aquele cara já tinha tudo arquitetado.

Minha tia pareceu agitar-se com aquilo. Eu percebi que ela não concordava nem um pouco com aquilo.

–E a escola? – disse a minha tia – Susan não pode ficar faltando.

Todos os olhares se voltaram para ela. Minha mãe acenou com a cabeça concordando.

–Natalie tem razão.

–É só um final de semana – interveio Louise, para a surpresa do próprio Vincent – não se preocupe Grace, eu posso tomar conta das crianças.

Dito isso, dona Grace começou a pensar no assunto.

–Bom, se é só um final de semana... eu acho que a Susan pode ir.

Eu estava gostando cada vez menos dessa história toda. Namorar com o Vincent já era ruim o bastante e eu ainda teria que viajar com ele sei lá para onde?

–Muito obrigado – disse ele.

Minha mãe olhou em volta mais uma vez, provavelmente tentando entender o porquê da casa dela estar tão cheia.

–Bom, acho melhor irmos andando – disse Kate – foi um prazer vê-la dona Grace.

–Mande um beijo para a sua mãe Kate – respondeu minha mãe.

Kate agarrou July pelo braço (que só teve tempo de acenar rapidamente) e saíram.

Louise aproveitou a deixa para se despedir também.

–Bom, eu tenho uns assuntos para resolver. Eu passo uma outra hora para aquele cafezinho Grace.

–Claro Louise. Venha quando quiser.

–Vamos meninos? – disse Louise olhando para Vincent e Ciprian.

–Claro – concordou Vincent que virou-se para mim piscando de leve – tchau Sue.

Que história é essa de Sue? Só balancei a cabeça torcendo para que ele fosse embora logo e me deixasse em paz.

Ele se despediu da minha mãe e acompanhou Louise e Ciprian que já estavam saindo.

Sendo assim ficamos apenas eu, minha mãe, tia Nat e Arthur que não tinha dito uma palavra há um bom tempo.

–Você fica Natalie? - perguntou minha mãe.

–Não, eu vou levar o Arthur para casa. Ele não está se sentindo bem.

Minha mãe foi até ele e passou a mão pelos seus cabelos.

–Só assim mesmo para ele ficar tão quietinho. Estava até estranhando.

Quê?! Minha mãe conhecia o Azarado, quer dizer Arthur? Mas isso nem foi o mais , mas sim o meio sorriso que ele deu para ela. Isso não podia estar mesmo acontecendo. Minha cabeça estava girando com tanta coisa que estava acontecendo.

–Vocês podem ficar se quiserem. Arthur, eu posso ligar para o seu pai.

–Não. – respondeu ele decidido. Não sei por que, mas ele não deve se dar muito bem com o pai.

–Boa noite mana – disse minha tia – tchau Sue. Se cuide querida.

Eu os acompanhei até o carro. Já estava quase voltando para casa quando Arthur me puxou pelo braço.

–Ei. – disse ele.

–O que você quer? – respondi. Eu já tinha muitos problemas e não estava nem um pouco afim de discutir com o senhor péssimo humor.

Ele pareceu um pouco sem graça o que foi bem esquisito.

–Er, eu queria pedir desculpa sabe, pelo meu comportamento mais cedo.

Eu precisei de uns segundos para registrar aquilo. Ele revirou os olhos.

–Você está aí?

–Eu ouvi, só não digeri a informação ainda – respondi no mesmo tom – tudo bem não foi nada de mais.

Ele coçou a cabeça.

–Você... chegou a ouvir alguma coisa?

Eu não respondi, Não precisava de resposta para aquilo.

–Eu sei que não deveria pedir nada para você mas, por favor você pode guardar o que ouviu?

–Claro, eu não iria sair comentando isso com todo mundo.

Ele sorriu e leve.

–Valeu.

–Mas você sabe que eu não vou esquecer né? – indaguei.

Os olhos dele se escureceram.

–Eu não vou contar – falou ele ríspido.

Eu dei de ombros. Minha tia interrompeu chamando o Arthur.

–Então tchau – eu disse.

Ele se virou e foi embora sem se dar o trabalho de responder. Eu não pude deixar de sorrir. Esse cara é bipolar, só pode. Há uns cinco segundos ele tinha até sorrido!

Mas seja lá qual fosse o segredo que ele tivesse escondendo, eu ia descobrir.Ah, eu ia.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Comentem bastante pessoal!!!!!



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