Estrada da Morte escrita por BailarinaDePorcelana


Capítulo 6
Cat


Notas iniciais do capítulo

Estou de volta com outro capitulo da Cat... Pra quem estava curioso sobre como ia continuar a história dela, aqui está a resposta! Espero que gostem!

~Momento propaganda~
Vocês PRECISAM ler a fic Angel, de TWD, da divônica Aphroditte Glabes!

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Cat

– Pessoas o que? - Cat encarou a faca na mão de Anthony com os olhos arregalados e apertou a filha nos braços.

– Estou falando sério, Catleen. Você tem que chamar a Jessie agora! - respondeu e saiu em direção á porta que ainda era esmurrada por alguém do outro lado.

A mulher continuou encarando o marido sem conseguir assimilar suas palavras. Pessoas mortas? As pessoas estavam morrendo, era isso? Talvez um ataque terrorista ou…

– O que está fazendo? - Cat interrompeu os próprios pensamentos, ao ver Tony segurar a faca preparado para apunhalar quem quer que estivesse atrás da porta.

Ele abriu um pouco e logo depois a fechou novamente, se jogando no chão e gritando.

– Se abaixem!

Na mesma hora, tiros ecoaram por todo o lugar, e Cat envolveu Kade com o próprio corpo para protegê-la.

– Mas o que está acontecendo? - Jessie desceu as escadas correndo, pisando nos cacos de vidro que tinham voado das janelas quebradas.

– Peguem suas coisas, vamos sair daqui agora mesmo. - Anthony se levantou, correndo de volta para a cozinha.

Ainda em choque, Cat não questionou e foi para o quarto da filha mais nova arrumar suas coisas, iluminando o caminho com a luz do celular. Colocou-a no chão, pegou a mochila da escola e derramou tudo em cima da cama, colocando a maior quantidade de roupas e calçados que podia dentro dela, sem nem mesmo dobrar antes.

Quando estava saindo do quarto com a mochila, Kade a parou.

– Mamãe, o Alfie. - ela falou apontando para o enorme urso que ficava num canto.

– Ele é muito grande filha. Precisamos ir.

– Mas mamãe… É o Alfie. - ela fez bico e olhou novamente para o urso branco e peludo, que era do tamanho de Cat. Ela sabia que a menina amava ele e que o tinha desde que tinha um ano de idade, mas não podia levá-lo.

– Escolha um menor, querida. Depois voltamos para pegar o Alfie, tudo bem?

Kade correu até a cama e pegou um menor de pelo amarelado e que segurava um coração escrito “eu amo você”.

Logo as duas estavam no outro quarto, a menina sentada na cama abraçada ao urso enquanto Cat tentava juntar todas as suas coisas e as do marido numa única bolsa. Abriu todas as gavetas vendo se não tinha esquecido nada, se tinha pego todos os documentos, até abrir a última gaveta da cômoda, encarando todos os papéis e a arma que estava por cima deles.

Hesitante, Cat pegou a arma e a pesou nas mãos, pensando se realmente deveria levar aquilo consigo. Ao longe, mais tiros podiam ser ouvidos e as sirenes da polícia também, então, depois de dar uma olhada em Kade, colocou a arma dentro de sua bolsa que usava para trabalhar, e desceu com ela, a outra bolsa, a mochila rosa da filha - que segurava o urso apertado nos braços com medo dos barulhos do lado de fora.

– Está tudo ai? - Anthony perguntou afobado, o cabelo caindo sobre os olhos e apele brilhando de suor.

– Está. Jessie já desceu?

– Sim, está me ajudando a levar algumas coisas para o carro.

– Vou colocar as bolsas lá e volto para ajudar.

Ela correu em direção á porta da frente, puxando Kade pela mão, mas parou antes de chegar lá, vendo algo estranho e escuro sob a porta. Andou lentamente até chegar mais perto, iluminando a mancha com o celular e identificar o tom vermelho nela. Sangue.

Ela recuou alguns passos, pensando nas batidas desesperadas na porta e nos tiros em seguida. No momento ela não pensou, mas, seja quem fosse que estava lá, agora estava morto. Talvez fosse sua vizinha idosa, senhora Gillies, querendo pedir ajuda, ou o homem da casa da frente, Henry.

Com os olhos enturvados por lágrimas e um nó apertado na garganta, Cat apertou a mão da filha e a puxou para a porta dos fundos. O carro estava na pequena garagem, ao lado da cozinha, mas a porta era bloqueada por uma enorme quantidade de coisas que guardavam ali, então deu a volta no quintal tentando fazer o ar gelado da noite entrar em seu pulmões, que parecia estar fechados. A falta de ar fazia sua cabeça girar e o vento gelado em suas pernas nuas não parecia nada diante da dor no estômago.

– Mãe. - Jessie chamou do carro, a voz parecia embargada - Pode me ajudar aqui?

Cat colocou as bolsas no meio do banco de trás, deixando a que estava com a arma no da frente e mandou Kade se sentar na cadeirinha enquanto ajudava Jessia a arrumar as coisas no porta-malas, enquanto Tony trazia outras.

– Essa foi a última. - ele falou colocando a caixa no lugar - Vamos logo.

Sem questionar novamente, Cat entrou no carro, assim como Jessie. Tony deu partida no carro e saiu com tudo da garagem, sem se importar em fechar o portão ou parar antes de seguir pela rua. Apenas dirigiu se desviando dos lugares que pegavam fogo e das pessoas que corriam pela rua.

A saída da cidade estava completamente lotada, mas as vias secundárias estavam com um trânsito normal.

– Ok… Pode explicar agora o que está acontecendo? - Cat perguntou em voz baixa, com medo de que se falasse mais alto alguma coisa horrível pudesse acontecer.

– Eu também quero entender porque diabos nós tivemos que sair de casa. - Jessie falou, aparecendo entre os bancos da frente.

– Olha a boca, mocinha. - Tony a repreendeu.

– Nós tivemos que abandonar nossa casa ás pressas no meio do caos! - ela retrucou irritada - Não me venha com isso agora, enquanto nem sabemos porque nos arrastou até aqui!

– Jessie Elane Forward! Estou tentando nos salvar, não ouse falar desse jeito!

– E estou falando como? Só quero sabe, e tenho o direito de saber…

– Mas que inferno! Parem com isso agora! - Cat a interrompeu, sentindo seu interior começar a ferver de raiva - Jessie, respeite seu pai, e Anthony… Por favor, explique o que está acontecendo…

O homem comprimiu os lábios encarando a estrada á frente enquanto ultrapassava um carro.

– Quando estávamos tentando apagar o fogo naquele carro, um homem chegou correndo, e falou que a gente devia fugir, que eles estavam chegando. Achamos que ele estava era maluco, mas logo depois um policial chegou e falou que devíamos ir para casa logo e ficar lá, ou ir embora da cidade, para algum lugar isolado; disse que a coisa estava feia. Pensei que estavam atacando a cidade ou coisa do tipo, terroristas, essas coisas. Não seria tão surpreendente assim. - ele revirou os olhos - Mas começamos a ouvir gritos, e uma mulher veio correndo ensaguentada gritando que tinham mordido ela, e um homem apareceu. A boca dele estava cheia de sangue, ele estava muito machucado e os olhos estranhos… Brancos… Andava estranho, arrastando os pés. E começou a vir na nossa direção. Tínhamos acabado de apagar o fogo.

– E então? - Cat incentivou quando o marido deu uma pausa, o coração martelando no peito.

– O que estava mais perto dele era o Sam. Sabe, o cara do apartamento, viciado em vinho. O homem parecia que tentava falar, mas só saia uns ruídos estranhos. E então segurou o braço do Sam, pensei que fosse pedir ajuda ou algo do tipo, mas ele mordeu o braço do Sam e arrancou um pedaço. Arrancou um pedaço, Catleen! O Ty bateu no cara louco com a ponta de metal da mangueira e a cabeça dele abriu, mas continuou de pé, tentando chegar até nós de novo. Ty e os outros continuaram lá, tentando ajudar Sam e parar a criatura… Mas eu preferi escutar o policial.

Cat ficou sem fala. Abriu a boca várias vezes, mas não saiu nada além de um suspiro engasgado. O nó na garganta estava lá de novo, mais forte do que nunca.

– Para onde vamos agora? - perguntou com um fio de voz.

– Qualquer lugar onde não tenham outras pessoas.

Duas horas depois, ela olhava para a beira da estrada, cercada por plantas e por uma camada de neblina. Ela não conseguia pensar em nada além das palavras do marido, que ecoavam em seus ouvidos e as imagens que sua mente formava. Aquilo tudo parecia um grande filme de terror.

E em todo filme de terror as coisas devem piorar.

Em um momento, o carro deslizava pela pista já sem outros carros, e no outro ele desviava de uma sombra que surgira do nada no meio da neblina , com um estalo alto, o para-brisa era atingido por algo e rachaduras profundas apareciam ali, por pouco o vidro não quebrou.

– Saiam do carro! - um homem gritou, apontando uma arma diretamente para eles, e veio andando até estar na janela de Anthony - Saiam logo!

Cat, sem pensar, enfiou a mão na bolsa, sentindo o metal gelado da própria arma esfriar sua mão. Tony olhou o movimento pelo canto dos olhos e voltou a encarar o homem. Sem questionar, ele fez sinal para a esposa e saiu do carro. Cat suspirou e também saiu, sendo seguida por Jessie, que já carregava a irmã nos braços, que por sua vez ainda estava agarrada ao urso.

O homem estranho, que vestia uma roupa clara e suja de graxa, entrou no carro e logo saiu cantando pneus.

– Bem… Estamos num lugar sem outras pessoas. - Jessie comentou, encarando o carro desaparecer pela estrada e apontou para o outro carro parado no acostamento - Só nós e o carro estragado desse ladrão idiota.

– O que você tem ai? - Anthony perguntou, encarando a bolsa de Cat.

Se sentindo um pouco envergonhas, ela abriu a bolsa e tirou de lá a arma. Anthony a encarou como se perguntasse onde tinha conseguido aquilo.

– Nós guardamos na cômoda, lembra? - explicou.

– Nem me lembrava disso. - ele falou fazendo careta.

– Muito menos eu.

Os dois se encararam por um momento, se comunicando silenciosamente, e Cat se sentiu mais forte. No meio de todo aquele caos, ela ainda tinha a família dela, e isso bastava. Tinha que bastar.

– Vamos lá. - o homem falou, dando um beijo na testa da esposa e pegando a arma - Deixe isso á mão. Se precisar, não hesite em atirar.

Cat guardou a arma no cós do short e a tampou com a blusa, enquanto Tony colocava Kade em seus ombros.

– Perdemos a comida. - Jessie murmurou frustrada, ainda olhando para o ponto onde o carro desaparecera.

– Daremos um jeito. - Cat respondeu ajeitando a bolsa no ombro - Vamos andando.

Começaram a caminhar seguindo a estrada, sempre atentos a qualquer barulho e movimento. Não tinham um relógio, mas Cat tinha certeza absoluta de que fazia mais de duas horas que estavam caminhando.

– Tem um carro vindo. - Jessie falou, se virando para trás.

Faróis iluminaram o caminho e todos os quatro foram para o meio das árvores, onde não seriam vistos, e continuaram caminhando por ali até estarem bem no meio delas, sem pode enxergar nem a estrada, o caminho iluminado pela lua cheia e os celulares de Cat, Anthony e Jessie.

Andaram por mais quase uma hora, até acharem um acampamento.

– Isso parece abandonado. - Tony comentou, olhando os colchonetes cheios de terra e folhas dentro da barraca e algumas coisas espalhados pelo chão, como tigelas, camisetas, pacotes vazios e até uma toalha.

– Isso está um lixo. - Cat falou, fazendo careta.

– Podíamos ver se tem alguma comida. - Jessie deu a ideia, enfiando a cabeça dentro da barraca.

– Se tiver deve estar vencida. - O homem respondeu.

– Tem duas malas aqui dentro… Nunca se sabe.

– É, nunca se sabe. - uma voz diferente falou, chamando a atenção deles.

Tony desceu Kade - que foi acordada de seu cochilo - de suas costas e a colocou atrás de si, enquanto Cat colocava sutilmente a mão na base das costas, pronta para tirar a arma dali.

– Mãos para o alto, caso queiram tentar alguma coisa - ele completou, apontando a arma diretamente para Cat e passando os olhos por cada um deles -, e digam exatamente porque estão tentando roubar meu acampamento.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? E esse novo obstáculo... Como eles vão encarar? hehe'
Então, vou fazer desse jeito agora: quem mandar review, coloque o nome do personagem de quem quer que seja o próximo capitulo. Mas não vale repetir! Se esse capitulo é da Cat, não vale pedir outro dela, e tudo mais, ok? Se ninguém escolher personagem, ai eu mesma escolho u_u

Então, espero que tenham gostado, e para quem não leu as notas iniciais, leiam a fic Angel (http://socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-the-walking-dead-angel-1681769), que é mais que perfeita!

Beijos e até a próxima ♥



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