We Found Love (HIATUS) escrita por Mayy Chan


Capítulo 5
Primeiro dia - Quarto 815


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu sei que eu demorei éons, mas não me matem. A escola já está fazendo esse trabalhinho pra vocês, acreditem.
Primeiramente, eu não sei nem a quem agradecer, porque vocês estão me dando o maior apoio pra eu continuar escrevendo e tudo mais. E CARAS, VOCÊS ARREBENTAM *U*
Eu não pretendo terminar com essa fic tão cedo, tanto que foram QUATRO capítulos para apenas um dia e tal. Agora, na real, eu prometo escrever mais rápido, porque assim não dá, né galera?
Pois bem, espero que gostem, porque eu amei esse capítulo XD
Beijocas, Mayy *u*



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Aquilo era um Mutante Rex vida louca, só pode.

Ou mesmo um alienígena parasita que veio do Tártaro pra poder me matar, porque, cara, isso tinha um tamanho monstrengo. Nunquinha mesmo, em toda a minha inocente vida colegial, vi uma aranha com uma proporção tão grande.

Não é por nada, mas acho que deveria ter escolhido um gato mais corajoso, porque o meu FatLouie apenas subiu encima da minha cama e começou a miar. Beleza, agora tinha mais um ser pra ajudar na gritaria das meninas, que eu não sabia qual era a mais desesperada.

Tá bom, talvez eu fosse a única desesperada, mas ninguém precisa de saber.

Minha coisinha de dormir estava no chão e eu estava me cagando de medo daquele animalzinho infernal entrar dentro do meu precioso local de dormir. Ou seja, meu saco de dormir lindinho e perfeito. E adivinha o que eu fiz quando descobri isso? Sim, eu voltei a gritar tipo uma menininha que eu sei que eu sou.

Quando eu vi Percy entrar pela porta, queria de verdade manter o meu orgulho, mas ficou difícil quando se tinha uma aranha mutante no meu colchãozinho amado. Mas o que eu não esperava era que, enquanto eu estivesse gritando, ele viesse na minha direção e me protegesse daquele ser horrível.

Tá bom, vou deixar de ser zoeira. Na verdade ele pegou a aranha com as mãos e, por mais que eu realmente pensasse que ele ia se livrar dela, o Jackson a segurou entre os dedos e disse:

— Você tem medinho, Chase?

Quando o Jackson começou a aproximar a mão emporcalhada pra cima de mim, tudo o que eu queria fazer era gritar e chorar o máximo que eu pudesse. E, bem, eu não chorei, mas eu comecei a gritar tão alto, mas tão alto que eu fiquei com medo de mim mesma.

E eu não posso falar que eu não chorei, porque ele largou a barata e, virando para mim, me sentou encima da cama e perguntou outra vez, só que dessa vez com uma voz mais calma:

— Você tem medo de verdade? Desculpa, eu não sabia.

Foi aí que eu notei que todas as meninas tinham ido embora. Mas também aposto que ninguém estava muito afim de ouvir o meu escândalo. Menos Percy, claro, porque ele queria me ferrar e ouvir os meus gritos de desespero.

Tudo bem que ele estava com essa carinha fofa e inocente, mas esse vagabo não me engana, meu amor. É claro que, por trás desse olhar de preocupação existe um sorriso perverso e pronto para me socar a aranha guela abaixo.

— Não, sei acéfalo estúpido.

— Olha, eu nem sei o que é acéfalo, mas pode ter certeza que eu não ia fazer isso sem ter certeza que você não tinha aracnofobia. Eu já joguei Flappy Bird. Acredite, eu sei o que é o medo de verdade.

Comecei a rir e ele me seguiu. Esse menino tem problemas mentais seríssimos, acredito eu. Cara, será que ele notou que estava rindo da própria cara? Se não, acho que tenho uma péssima notícia para dar pra ele.

FatLouie saiu de debaixo da cama e começou a rodear o garoto, como ele geralmente fazia comigo quando estávamos brincando. É, Percy, pelo jeito temos mais um concorrente pro seu fã-clube.

Mas, para a minha surpresa e felicidade, Percy não o chutou ou agrediu o meu bebê. Muito pelo contrário. Ele o pegou no colo e fez carinho no espaço entre as suas orelhas.

— Gosta de gatos, Jackson?

— Só os animais, Chase. — ele levou no segundo sentido.

— Você entendeu.

— Sempre quis ter um. Só que a minha mãe é alérgica, então é melhor eu manter os pelos felinos bem longe dela.

— Sei como é. Meu pai odeia, então eu tive que rebolar no ritmo da ratatanga pra poder pegar esse bebezinho pra mim. Ele não é uma graça?

— Ele é o gato obeso mais sexy que eu já conheci. — riu.

— Puxou a mãe, queridinho.

— Só se for a que pariu ele.

— Cala a boca.

Me deixei no meu saco de dormir e vi que Percy estava me observando. Cara, eu sei que eu sou a maior gata, mas precisa mesmo ficar olhando pros meus dentes tortos? E pior ainda, pro meu nariz estranho. É sério, se já não bastasse o aparelho fixo, e inda tenho que ter esse nariz que parece que eu levei um soco.

Meu pijama era tão fora de moda quanto poderia ser para uma pessoa que estava pensando em realmente dormir, então podemos dizer que eu estava cagando e andando pra o que aquele moleque idiota estaria pensando sobre a minha roupa que era mais sensual que o cabelo da Marília Gadu, ou Cadu. Sei lá, ô.

Mas o que importa era que, sim, dessa vez eu ia poder não me preocupar de um garoto estar me olhando de pijama, porque não tem a mínima possibilidade de eu gostar dele, ou vice-versa.

Percy começou a rir incontrolavelmente do nada, o que me fez achar estranho, porque não me lembro de contar ou muito menos ouvir uma piada.

— Cara, o seu saco de dormir é um tubarão. — gargalhava. — Consegue ser mais infantil que eu dançando ballet.

— Pelo menos eu não tenho uma cueca do Bob Esponja.

— C-c-o-om-como você sabe? — seu sorriso sumiu na hora.

— Não sabia. Obrigada por confirmar.

— Idiota.

Sorrimos juntos, o que me fez esquecer por um certo tempo da aranha. Tá bom, você me pegou outra vez. Eu estou quase cagando de medo daquela aranha, mesmo que eu tenha visto o Jackson jogar ela pela janela.

— Bem, eu acho que deu a minha hora. Já tinha que ser vazado do seu quarto assim que eu joguei aquela aranha aqui.

— Não! — falei sem pensar, o que fez com que ele se virasse pra mim e fizesse uma cara de quem não tinha entendido nada. — Sabe, eu ainda estou com medo daquelas aranhas. Fica aqui só até as meninas chegarem.

— Você tem medo de verdade. Só fico porque sou um cara muito legal.

— Morre Jackson.

— Só se você for no meu funeral.

— Só se tiver bolo.

— Só se for de limão.

— Feito.

— Feito.

Me enfiei mais no saco de dormir, ficando apenas com a cabeça pra fora, e peguei FatLouie para fazer companhia pra mim. Meu melhor amigo para sempre era o meu gato obeso.

Beijo seu pelo colorido e o abraço mais forte. Ele pode ser um feioso, preguiçoso e muito lerdo, mas é o melhor gato do mundo.

— Eu te amo. — sussurro.

— Cara, você gosta de mim?! Isso é tão...

— Estou falando com o gato. Ficou louco em eu falar isso pra um mero bípede?! — gritei aborrecida.

— Por que seria tão difícil pra você falar que ama uma pessoa?

— Porque pessoas são más. Existem monstros dentro de todas as pessoas e eles as vezes controlam. Outras vezes não. Mas animais não correm risco de ficarem loucos sem motivo.

Mas eu não vi a sua reação. Já era tarde demais e eu já tinha dormido.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, galerinha do meu core XD
Agora eu tenho que sair, mas eu prometo responder todos os reviews quando voltar, okay?
Beijocas, Mayy *U*