We Found Love (HIATUS) escrita por Mayy Chan


Capítulo 4
Primeiro dia - Quarto de hotel


Notas iniciais do capítulo

Sim, galera, eu sei que eu demorei, mas é que com a correria que está a Enemies and Lovers (que, apesar, está em menos da metade, eu acho), eu acabei por atrasar. Mas, claro, prometo que isso não vai se repetir XD
Não se esqueçam dos meus reviews, espero que gostem.
Beijocas e boa leitura, Mayy



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Quando acordei, a primeira coisa que senti foi que eu não conseguia respirar.

Ao abrir os olhos, pude notar que isso só poderia haver dois motivos: um que a minha cara estava sendo amassada pela janelinha. Outra que não só o cabelo, como toda a parte superior do corpo da Annabeth se mantinham sobre mim.

A minha falta de ar não era romântica como: "O seu perfume floral envolvia-me como uma nuvem de aromas, fazendo com que todo o meu corpo se mantivesse imóvel para não acordá-la", e sim "Merda, essa baleia está tampando todo o meu sistema respiratório".

Se eu não fosse o “travesseiro-humano”, provavelmente estaria achando graça da situação, onde uma menina se encontrava na posição mais estranha de se dormir no mundo, sobre um menino. Detalhe: ambos tem mais de dezessete anos de idade e nenhum nível de interesse, e muito menos atração, sobre o outro.

E nem se beijaram, obvio.

— Acorda, sua anta! — empurrei-a vendo que seus cabelos estavam levemente úmidos.

— Eca. Molhei meus cabelos.

— Levanta logo. Chegamos em Miami.

Ela de repente levantou-se em apenas um impulso, com os seus cabelos bagunçados e cara cansada, como se isso fosse novidade para a mesma.

Ajeitou o vestido, juntamente com Thalia que, graças ao passar frenético de suas mãos pelo pescoço, podia notar que tinha dormindo em péssima posição, provavelmente encima das costas da Annabeth, fazendo com que eu me tornasse parte de uma escada humana patética.

— Cadê o meu bebê?

— Anh?

Bebê? Mas pelo que eu sabia, a coisa por que Annabeth mais tinha fobia envolvia o nome criança, cocô, vômito ou qualquer coisa que um ser sem idade o suficiente faz. Coisa patética.

Sim, talvez, um dia, caso eu arrume uma menina certa, adoraria ter uma família, coisa que a minha mãe sempre me disse.

E, bem, Annabeth não parecia ter afeto por nenhum ser humano que respirasse, o que não é normal para uma menina de dezesseis, dezessete anos cheia de hormônios.

— Fat, meu gatinho. Sabe, o preto com branco que pesa uns dez quilos? Quando você olha pra ele, dá mais pra parecer um novelo de lã malhado. — já estava exasperada a menina.

— Eu coloquei ele junto com as malas, oras. Só podemos pegar animais de estimação no bagageiro.

— Animal de estimação? O Fat é o meu bebê, a razão do meu viver! Cara, é bom que ele esteja na minha mão o mais cedo possível, se não quem vai se locomover vai ser o meu punho nessa sua cara de merda. — gritava a loira chamando atenção de todos os passageiros.

— Que merda, Chase! A gente pega o seu gato na saída, caramba!

— Que se dane a saída! Eu quero o meu filho aqui e agora!

— Cara, você já sacou que esta falando de um gato insignificante e aspirante de má sorte?

Foi aí que eu, no meio daquele tanto de gente, recebi um chute tão forte na canela que achei ter quebrado em mil pedaços. Por um segundo vi que os seguranças estivessem chagando para expulsá-la do avião antes que eu pegasse as bagagens. Foi aí que eu improvisei:

— Oh, milagrosa menina! Salvaste-me da minha dor insuportável, que me impedia de respirar direito. Gloriosa, e que seu nome seja dito com respeito por milhares de médicos, em todo o mundo. E que a sorte esteja sempre ao seu favor. — e a abracei com lágrimas falsas.

Cara, ainda bem que os nossos pais estavam bem longe a essa altura, porque, sério, nunca encenei uma coisa mais vergonhosa que isso.

— Oh, senhor! Me sinto engrandecida por tê-lo ajudado nesse momento de dificuldade! E que as filhas de Átemis vão para onde elas nunca deveriam ter saído. Agora vamos nos casar em uma capela em Los Angeles!

— Oh, amada! Por que demorastes longos três minutos para finalmente me pedir isso?! Nosso amor é louco como Travis Stoll! Sejamos livres da ditadura, querida!

As pessoas em volta olhavam a nossa encenação fracassada, que acabou comigo levando todas as malas nas mãos e uma duende nas minhas costas, o que é uma grande merda, considerando que você está em um aeroporto com adultos e caras da sua escola tirando fotos da cena constrangedora, o que pareceu não afetar a Chase.

Sua mala de roupas era menor que a minha, considerando que ela só colocou as primeiras roupas que viu na frente dentro dela. Mas a sua outra, com sei lá o que, era muito mais pesada que toda a bagagem. E, claro, também tinha Fat, que fez jus ao nome sendo um gato preto com mais de quinze quilos ou sei lá.

— Olha, não é por nada, mas sabia que se você parar de enfiar comida guela abaixo no seu gato, é bem possível que ele emagreça uns doze quilos, que faria com que ele estivesse no peso certo.

— Mas ele ama biscoitos! E não vamos discutir, porque o Fat é meu e eu dou o que eu quiser pra ele.

— Então, caso um dia o seu precioso gato morra de colesterol alto, a culpa não vai ser minha.

— Cala a boca, Jackson.

Continuei andando com dois braços finos presos no meu pescoço e duas pernas mais magras ainda entrelaçadas no meu quadril, o que, de certa forma, estava machucando.

— Mamãe?... — indagou Annabeth para sua mãe Atena.

— Animais são permitidos no hotel, não são?

— Claro, né filha. Você não ia vir sem esse seu gato gordo de qualquer forma.

— Ah, mas não era por isso que eu queria perguntar.

— Então era pra que, filha? — perguntou já impaciente.

— Era só pra conferir se o Percy também poderia entrar.

Enquanto todos os presentes se acabavam em risos, eu disse:

— Uau. Gênio de comédia. — revirei os olhos.

— Sinceramente, segurando a Chase assim você parece mais um animal do que nunca. — indagou Thalia.

Foi nisso, nessa fala estúpida de uma emo com problemas mentais, que eu notei que, sim, eu parecia um cachorrinho de Annabeth. O meu plano, um que mentalizei em cinco segundos, se concluiu quando eu ouvi seu grito:

— Jackson! Eu não acredito que você me jogou no lixo, seu infeliz!

E ela pulou no meu pescoço me dando o que parecia ser uma chave de braço, mas com sua falta de músculos, só pude sentir um leve desconforto na garganta.

— Filha, desce do pescoço dele. Não vá pegar germes dessa família, querida. E, claro, não vai querer que o seu gatinho sofra por causa dos seus erros, não é?

De repente a loira se levantou arrumando a roupa e foi de encontro à Fat, seu gato obeso e nojento. Fora que ele parecia mais um panda na variação felina, com sua pelagem mesclada, de forma que eu não conseguia definir a cor exata.

Quando o homem entregou a gaiola, ela parecia ter ganhado na loteria, abraçada à gaiola, como se fosse a coisa mais importante do mundo.

— Eu te amo, meu amor. Mamãe promete nunca mais te abandonar, querido. Nem por um segundo enquanto eu respirar.

Será que não era amor demais pra um pequeno felino não? Cara, eu jamais tinha visto ela ter esse afeto com uma pessoa, o que só torna essa afirmação mais estranha. Até parece que, sei lá, ela prefira um monte de pelos a humanos.

— Só espero que eu não fique com a bola de pelos no meu quarto.

— Falando nisso, vamos pegar logo os carros, porque só vamos deixar vocês no hotel, fazer a separação e ir pro tribunal. — indagou meu pai com a voz mais autoritária possível.

Cada um foi no carro alugado do seu pai, sendo que no de Hermes foram todos apertados, como se fossem todos uma família muito louca e engraçada, o que de fato eram.

Mas foi só quando chegamos que pude notar o amor intenso da Chase pelo seu animalzinho de estimação, um animal incontrolável e muito estranho na minha sincera opinião.

Ela o beijava os pelos, como se não tivesse medo de que pegasse germes, e acariciava seu pelo com tanto afeto, que podíamos pensar que era um bebê fantasiado.

— Vamos a separação. — meu pai começou a falar, mas só fui prestar atenção quando ele falou meu nome. — ... Percy, Nico e Travis vão pra o quarto 812, e, por fim, Annabeth, Clarice, Thalia e Silena vão pro 815. Peguem suas chaves e até mais tarde, onde jantaremos todos juntos exatamente as oito horas da noite no salão principal.

E, assim que eles foram, fomos olhar o nosso quarto. Normal, masculino e maneiro. Nada mais que precisávamos, e bem ao contrário do que eu imaginava o quarto das outras meninas ou dos outros meninos.

Mas só quando eu ouvi um grito esganiçado vindo do quarto 815 que eu pude notar o quão ferrados estávamos.

E, pior, um pedaço daquela música ainda tocava:

"It's the way I'm feeling I just can't deny"


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Notas finais do capítulo

Imaginem o quarto daquele jeito, só que com mais camas e um pouco mais espaçoso kkkk
E me desculpem pela demora, prometo que não vai se repetir kkk
Não se esqueçam dos meus reviews, okay?
Espero que tenham gostado.
Beijocas, com amor, Mayy *u*